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Osteoartrite: doença degenerativa das articulações

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Fonte: Aula + Medcurso 2019 
1 OSTEOARTRITE (OA) 
Gizelle Felinto 
INTRODUÇÃO 
➢ A osteoartrite, também chamada de osteoartrose, é a doença 
reumática crônica mais comum e trata-se de uma doença 
degenerativa das articulações sinoviais 
➢ É a principal causa de Artropatia na população adulta 
➢ É uma doença que tem uma acentuada variabilidade de expressão 
clínica → ou seja, pode-se ter 2 indivíduos com alterações 
radiográficas proporcionalmente semelhantes, no que diz 
respeito à gravidade do acometimento, e um pode ser pouco 
sintomático e o outro apresenta uma dor importante 
➢ CARACTERÍSITCAS: 
• Clínicas → dor e limitação funcional (insuficiência 
articular) 
• Radiológicas → presença de: 
▪ Osteófitos → a visualização de osteófitos típicos numa 
articulação característica já é suficiente para definir a 
OA, tendo em vista as características epidemiológicas 
▪ Redução do espaço articular 
▪ Esclerose do osso subcondral 
• Histopatológicas → perda da integridade da cartilagem 
articular 
➢ Essa doença não é uma consequência normal do envelhecimento, 
pois é dependente da interação de fatores genéticos, 
biomecânicos e metabólicos 
➢ A grande maioria das pessoas com critérios radiológicos para OA 
não apresenta sintomas clínicos 
➢ A osteoartrite é considerada um fator de risco para Doenças 
Cardiovasculares (DCV), pois a osteoartrite causa uma dor de 
caráter mecânico, que piora com o movimento e tende a 
melhorar com o repouso. Assim, indivíduos que tem 
osteoartrite tendem a permanecer menos ativos para não 
aumentar a intensidade dos episódios dolorosos. Dessa forma, 
essa inatividade/limitação física contribui para a perda de massa 
muscular e pior controle do peso, dos lipídios séricos, dos níveis 
de glicose e dos níveis pressóricos, culminando no aumento do 
fator de risco de doenças cardiovasculares 
➢ Por definição, é uma doença que leva à Insuficiência da 
Articulação Sinovial → assim, a osteoartrite surge a partir de 
um desequilíbrio entre a síntese e a degradação de cartilagem 
• A doença inicia-se na cartilagem e, depois, tem-se a 
inflamação no osso subcondral, que fica logo abaixo da 
cartilagem. Esse osso sofre uma reação hipertrófica como 
um mecanismo de defesa do organismo para combater esse 
desgaste e se instala o osteófito. Isso tudo acaba culminando 
para a inatividade do indivíduo, causando fraqueza da 
musculatura, instabilidade da articulação e frouxidão dos 
ligamentos. Assim, essa articulação sinovial se torna 
insuficiente 
• Degradação da Cartilagem → Inflamação do Osso 
Subcondral → Insuficiência da Articulação Sinovial 
EPIDEMIOLOGIA 
➢ A osteoartrite é a doença reumática crônica mais comum. Assim, 
sua incidência e prevalência vem aumentando ao longo dos anos. 
Isso ocorre devido a vários motivos, como o envelhecimento da 
população e a obesidade 
➢ É mais observada em indivíduos na terceira idade (geralmente 
> 60 anos), devido ao início dos sintomas 
• Porém, o início do desgaste da cartilagem articular, 
geralmente, ocorre 2 décadas antes, por volta dos 40 anos 
• A doença, em geral, se torna sintomática por volta dos 60 
anos 
➢ Obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de 
osteoartrite → a obesidade é um fator mecânico que causa 
sobrecarga da cartilagem articular, favorecendo a degradação 
em detrimento da síntese 
➢ DADOS EPIDEMIOLÓGICOS: 
• Global Burden of Disease (GBD) 2016 → publicou que: 
▪ A incidência global de Osteoartrite de quadril e 
joelho, que são articulações de carga comumente 
acometidas, em 2016 era de aproximadamente 199 
casos por 100.000 habitantes/ano 
▪ Prevalência Global → 303 milhões de pessoas 
✓ Correspondendo a: 
o 3% da população geral 
o 10% dos indivíduos > 60 anos 
o Aproximadamente 100% dos indivíduos > 85 
anos → isso não significa dizer que toda 
pessoa com mais de 85 anos terá dor, mas 
sim que terão pelo menos uma alteração 
radiográfica compatível com a osteoartrite 
• Artigo publicado na Arthritis Rheum (2008) → mostrou 
que a estimativa do risco de se desenvolver osteoartrite 
sintomática do joelho ao longo da vida, de acordo com o sexo, 
é em torno de: 
▪ Homens → 40% 
▪ Mulheres → 47% 
➢ Incidência de Osteoartrite em joelhos, quadris e mãos → são 
as principais articulações acometidas pela osteoartrite 
• Da mais prevalente para a menos prevalente: 
1. Joelhos 
2. Quadril 
3. Mãos 
• Com o avançar da idade aumenta-se a incidência de 
osteoartrite 
➢ Prevalência da OA em mulheres segundo a faixa etária (de 
acordo com critérios radiológicos): 
• < 45 anos → 2% 
• 45 – 65 anos → 30% 
• > 65 anos → 70% 
ETIOPATOGENIA E FATORES DE RISCO 
➢ Existem fatores relacionados ao próprio paciente (idade, sexo, 
predisposição genética, obesidade, trauma, patologias prévias 
ortopédicas ou não ortopédicas) ou a sua atividade profissional 
e/ou esportiva 
➢ Fatores biológicos: 
• Genéticos 
 
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Gizelle Felinto 
• Inflamatórios → Ex: se tem-se uma doença autoimune 
inflamatória, como a Artrite Reumatoide, e não se controla 
essa doença adequadamente, essa inflamação crônica da 
articulação vai destruir a cartilagem articular, promover 
uma reação hipertrófica do osso subcondral e a formar o 
osteófito. Assim, é um fator inflamatório que vai levar a uma 
osteoartrite secundária 
• Metabólicos/Hormonais → Ex: Diabetes, 
Hipotireoidismo... 
• Envelhecimento → é o principal fator biológico 
➢ Fatores mecânicos: 
• Trauma 
• Displasias 
• Obesidade 
• Desalinhamentos 
• Perda da propriocepção 
➢ Quando os fatores Biológicos e Mecânicos interagem entre 
si: 
 
• Ocorre um aumento da degradação em detrimento da 
síntese da matriz extracelular da cartilagem, o que leva a 
uma inflamação articular com proliferação sinovial e a um 
enfraquecimento global tanto dos ligamentos quanto dos 
músculos que compõem essa articulação, instalando-se a 
insuficiência da articulação sinovial 
➢ PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA OSTEOARTRITE: 
• Idade > 45 anos 
• Sexo feminino 
• História familiar positiva 
• Obesidade 
• Trauma: 
▪ Rotura de menisco ou meniscectomia 
▪ Rotura do ligamento cruzado 
▪ Fraturas 
• Patologias Ortopédicas: 
▪ Doença de Legg-Perthes 
▪ Displasia acetabular 
▪ Genu valgum ou varum → podem ser causa ou 
consequência da osteoartrite 
• Patologias Clínicas: 
▪ Acromegalia 
▪ Ocronose → deposição de ácido homogentísico nas 
cartilagens 
▪ Hemocromatose → deposição de ferro nas cartilagens 
▪ Doença de Wilson 
▪ Hipotireoidismo 
• Atividades Esportivas: 
▪ Ciclismo 
▪ Futebol 
▪ Ginástica olímpica 
▪ Corredores de velocidade (maratonistas não) 
• Atividades Profissionais: 
▪ Trabalhadores de algodão 
▪ Moedores 
▪ Mineiros 
▪ Perfuradores (britadeira) 
➢ DETALHES IMPORTANTES SOBRE ALGUNS FATORES DE RISCO: 
• Idade/Envelhecimento → é o fator de risco mais 
importante 
▪ A partir dos 45 anos a prevalência de OA aumenta em 
progressão geométrica → isso ocorre porque o grau 
de atividade metabólica da cartilagem articular diminui 
progressivamente com o passar do tempo 
✓ No idoso, o turnover da matriz cartilaginosa se 
encontra reduzido e os condrócitos não 
respondem com a mesma eficiência aos estímulos 
mecânicos, fazendo com que se tenha uma 
cartilagem mais fina e com maior propensão ao 
desgaste e lesão do osso subjacente 
▪ A OA é incomum antes dos 45 anos → em pessoas 
jovens, os condrócitos respondem à estimulação 
mecânica aumentando a síntese de matriz extracelular, 
e por isso a cartilagem desses indivíduos é 
naturalmente mais espessa e elástica 
• Sexo Feminino → acredita-se que a deficiência de 
hormônios sexuais após a menopausa seja o principal fator 
contribuinte em mulheres idosas para o risco aumentado de 
osteoartrite em todas as articulações 
• Predisposição Genética → é significativa somente em 
algumas articulações▪ Cerca de 50% dos casos de OA de quadril são 
familiares 
▪ Na OA dos joelhos o fator genético encontra-se 
presentem em apenas 30% dos casos 
• Obesidade → acredita-se que o acúmulo de gordura 
corporal esteja relacionado à maior circulação de algum 
fator metabólico que predisponha à OA 
▪ Aumenta o risco de OA das mãos 
▪ É o principal fator de risco da OA dos Joelhos, pois 
exerce ação mecânica direta 
▪ Assim, de um modo geral, pacientes obesos têm mais 
osteoartrite que os não obesos. Além disso, a 
intensidade dos sintomas tende a ser maior em 
pessoas obesas 
▪ A perda ponderal melhora o quadro clínico da 
osteoartrite 
• Desalinhamento Anatômico da Articulação (Ex: rotura do 
menisco, ligamento, cápsula, fratura óssea com 
incongruência das superfícies articulares...) → leva a um 
desequilíbrio de forças mecânicas intra-articulares 
• Atividades Profissionais e Esportivas → algumas 
sobrecarregam determinadas articulações, aumentando o 
risco de osteoartrite 
 
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▪ Quando se analisa as faixas etárias abaixo dos 45 anos, 
observa-se que há uma maior prevalência de OA nos 
homens do que nas mulheres, devido a essas atividades 
profissionais e esportivas 
• Doenças Metabólicas Sistêmicas → interferem no 
turnover da matriz cartilaginosa 
• Osteoporose e Tabagismo → apresentam correlação 
negativa com a osteoartrite, como se fossem fatores 
protetores. Porém, os mecanismos fisiológicos dessa 
relação ainda não foram esclarecidos 
PATOGÊNESE 
➢ À NÍVEL MOLECULAR: 
• Nas fases iniciais da osteoartrite, tem-se o aumento da 
matriz extracelular da cartilagem articular que é sintetizada 
pelos condrócitos. Os condrócitos tentam vencer o 
desequilíbrio, aumentando a produção dessa matriz 
(composta por colágeno tipo II, ácido hialurônico e 
proteoglicanas). Porém, em fases tardias, esse condrócito 
não consegue manter o equilíbrio, havendo a diminuição 
dessas moléculas que formam a matriz. Por outro lado, 
quando esse condrócito é estimulado por um fator mecânico 
como um trauma ou a obesidade, por exemplo, ele vai se 
desgastar e essa degradação da matriz extracelular da 
cartilagem vai liberar produtos de degradação no espaço 
articular que vão ativar a sinovia. Essa ativação sinovial 
ativa algumas enzimas e inativa outras enzimas, 
contribuindo para o aumento da degradação da matriz 
extracelular da cartilagem articular. Todo esse processo se 
autoperpetua. Assim, quanto mais degradação se tem, mais 
produtos são liberados no espaço articular, causando maior 
estimulação da ativação sinovial e maior quantidade de 
Metaloproteinases de matriz são produzidas. Por outro lado, 
essa ativação sinovial também promove a liberação de 
fatores de crescimento, que são os responsáveis pela 
formação do osteófito, e a liberação de citocinas pró-
inflamatórias (IL-1 e TNF), na qual a citocina predominante é 
a Interleucina-1 
 
➢ Na imagem acima tem-se: 
• Osteófito (“Bico de Papagaio”) → hipertrofia óssea que 
ocorre na margem da articulação 
▪ Não ocorre somente na coluna 
▪ Pode ocorrer em qualquer articulação que sofra de 
osteoartrite 
• Destruição da Cartilagem articular 
• Fibrose da capsula articular → tornando-se mais espessa 
• Espessamento, remodelamento e esclerose do osso 
subcondral 
• Diminuição do espaço articular 
• Tudo isso acima culmina em: 
▪ Enfraquecimento de músculos e ligamentos 
▪ Dor 
▪ Perda de função ou dificuldade de realizar a amplitude 
total do movimento do joelho 
CLASSIFICAÇÃO 
➢ Pode-se classificar a osteoartrite de duas formas: 
• Idiopática/Primária ou Secundária 
• Localizada ou Generalizada 
 
➢ IDIOPÁTICA/PRIMÁRIA: 
• É a mais comum e na qual não se tem uma causa bem 
definida 
• Acomete preferencialmente as seguintes articulações: 
▪ Coluna cervical e lombar 
▪ 1ª Carpometacarpal (CMC) → a osteoartrite da 1ª 
Carpometacarpiana é conhecida como Rizartrose 
▪ Joelhos 
▪ Quadris 
▪ Interfalangianas distas 
▪ 1ª Metatarsofalangiana (MTF) 
Normal Osteoartrite 
Articulações Afetadas na Osteoartrite 
Locais comuns 
Locais menos comuns 
Principais Locais 
 
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▪ Subtalar 
➢ SECUNDÁRIA: 
• É a osteoartrite secundária a alguma outra doença que 
lesionou previamente a articulação 
• Essa osteoartrite pode ser: 
▪ Pós-traumática 
▪ Secundária a uma doença congênita 
▪ Secundária a alguma outra doença articular 
• Assim, classicamente, não se observa acometimento das 
seguintes articulações na osteoartrite primária, mas 
observa-se na secundária: 
▪ Ombros 
▪ Cotovelos 
▪ Punhos 
▪ Metacarpofalangianas (MCF’s) 
➢ LOCALIZADA → Acometimento de < 3 articulações ao mesmo 
tempo 
➢ GENERALIZADA → Acometimento de > 3 articulações ao mesmo 
tempo 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
➢ DOR MECÂNICA → em aperto ou constrição 
• É a dor que melhora com o repouso → geralmente, ao 
acordar o indivíduo desperta sem dor ou com uma dor de 
menor intensidade e ao longo do dia essa dor vai piorando 
de intensidade a medida em que se vai usando essa 
articulação acometida 
• A dor piora com o movimento 
• ≠ Dor Inflamatória → é a dor que melhora com o 
movimento e tende a piorar ou não melhorar com o repouso. 
Essa dor inflamatória pode levar o paciente a acordar de 
madrugada, pois o repouso piora a dor 
• Duas doenças que apresentam dor mecânica: 
▪ Osteoartrite 
▪ Reumatismos de Partes Moles (Tendinites, Bursites, 
Epicondilites...) 
• Paciente com Osteoartrite tem dor mecânica principalmente 
nas articulações de carga (coluna lombar, quadril, joelho, 1ª 
metatarsofalangiana...), coluna cervical, interfalangianas 
distais e proximais... 
• A osteoartrite tem uma variabilidade clínica significante, 
podendo-se ter 2 pacientes com radiografias semelhantes e 
um ser assintomático e o outro sintomático. Isso ocorre 
porque a dor é multifatorial e o dano estrutural é apenas 
um dos componentes responsáveis pela intensidade da dor 
• Fatores que contribuem para dor: 
▪ Fatores genéticos 
▪ Fatores psicológicos 
▪ IMC 
▪ Educação 
▪ Idade 
▪ Sexo 
▪ Dano estrutural 
▪ Sensibilização central 
▪ Sensibilização periférica 
• Sabe-se que indivíduos que sofrem de dor crônica, 
independente da etiologia dessa dor, tem um nível 
aumentado de sensibilização, tanto à nível periférico quanto 
à nível central. Assim, esses neurônios ficam mais excitados 
e esse estímulo doloroso será transmitido de maneira mais 
ágil via segundo neurônio motor para o sistema nervoso 
central 
➢ AUSÊNCIA DE SINTOMAS CONSTITUCIONAIS → a osteoartrite 
é uma doença que fica restrita à articulação. Assim, não se 
observa sintomas constitucionais como febre, perda de peso e 
inapetência. Esses sintomas podem ser vistos nas artrites 
inflamatórias autoimunes, que são doenças sistêmicas com 
sintomas constitucionais 
➢ RIGIDEZ MATINAL BREVE, AUTOLIMITADA → a rigidez matinal é 
a dificuldade que o indivíduo sente de, ao despertar, conseguir 
realizar toda a amplitude de movimento da articulação 
• Paciente chega no ambulatória afirmando que acorda 
“entrevado”, mas depois de 5 – 10 minutos ele já consegue 
se mover melhor 
• Autolimitada → na osteoartrite essa rigidez nunca 
ultrapassa mais de 30 minutos, geralmente dura cerca de 5 
– 10 minutos 
▪ ≠ Dor inflamatória (Ex: Artrite Reumatóide) → a rigidez 
matinal costuma durar mais de 1 hora depois que o 
indivíduo acorda 
➢ LIMITAÇÃO FUNCIONAL → a dor promove limitação, pois é uma 
dor mecânica e sempre que o paciente movimenta a articulação 
ele piora a dor. Assim, às vezes, o paciente tende a ficar inativo 
➢ INSTABILIDADE ARTICULAR → ocorre em fases mais tardias 
• Acontece em decorrência da frouxidão dos ligamentos e da 
fraqueza muscular, deixando a articulação instável 
• Pode haver a instalação de subluxações➢ CREPITAÇÕES → ao exame físico consegue-se palpar essas 
crepitações 
• Podem ser palpáveis ou até mesmo audíveis à movimentação 
tanto ativa quanto passiva da articulação 
➢ PROEMINÊNCIAS ÓSSEAS → são observadas nas margens 
articulares, constituindo os osteófitos 
 
 
• Nódulos de Bouchard → nas articulações interfalangianas 
proximais 
• Nódulos de Heberden → nas articulações interfalangianas 
distais 
• Esses nódulos são os osteófitos, que são uma reação 
hipertrófica do osso subcondral nas margens articulares, e 
 
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são quase patognomônico de Osteoartrite, principalmente os 
nódulos de Heberden 
• Além disso, esses nódulos são bastante endurecidos 
• Não há edema articular, mas sim um aumento do volume 
articular em decorrência dos osteófitos 
➢ EXAMES LABORATORIAIS NORMAIS → isso confirma que a 
doença é restrita à articulação 
• Não se tem anemia de doença crônica 
➢ As fases iniciais da doença são caracterizadas por lesão restrita 
à cartilagem articular, um tecido insensível à dor, por isso que 
muitos indivíduos com sinais radiológicos de OA não apresentam 
sintomas 
➢ A intensidade dos sintomas não possui relação direta como grau 
de OA na radiografia → incompatibilidade clínico-radiológica 
➢ Principais padrões de acometimento articular da 
Osteoartrite: 
• Poliarticular das mãos e joelhos → mulheres de meia-idade 
• Monoarticular de joelho → mulheres e homens de meia-
idade 
• Monoarticular de quadril → homens jovens ou de meia-
idade 
• Poliarticular destrutiva generalizada → mulheres idosas 
• Coluna vertebral → mulheres e homens de meia-idade 
➢ Ao conceito de que a OA é invariavelmente progressiva é 
incorreto, pois em vários pacientes ocorre estabilização da 
doença. Alguns pacientes apresentaram regressão da dor 
articular e até mesmo das alterações radiográficas 
➢ Principais sinais articulares da Osteoartrite: 
• Aumento do volume, com consistência firme 
• Dor ao movimento passivo 
• Crepitação audível ou palpável 
• Limitação real da amplitude articular 
• Instabilidade articular 
• Sinais de sinovite (leve ou moderada) 
• Nódulos de Heberden e Bouchard 
EXAME FÍSICO 
➢ APARÊNCIA: 
• Edema/Aumento do líquido sinovial → não costuma ser 
visto de rotina 
▪ Porém, pode ocorrer, principalmente em grandes 
articulações como joelho quando há 
concomitantemente à osteoartrite uma lesão de 
ligamento cruzado anterior ou uma ruptura de menisco, 
por exemplo 
• Atitude que a articulação assume em repouso → se ela 
vai desviar ou não, indicando a presenta de subluxações 
• Deformidade 
• Fraqueza muscular 
➢ PALPAÇÃO: 
• Ausência de calor → classicamente, não se consegue 
flagrar calor. Assim, tem-se a inflamação, mas ela é 
localizada e não costuma ser tão exuberante quanto na gota 
ou na artrite psoriásica, por exemplo 
• Edema (quando ocorre é, geralmente, pequeno e frio) → 
essa característica fria faz diagnóstico diferencial com 
outras artrites 
• Dor à palpação da linha interarticular 
• Dor à palpação das estruturas periarticulares 
(principalmente joelho e quadril) 
➢ AMPLITUDE DE MOVIMENTO (movimentos passivos e ativos): 
• Crepitações 
• Redução da amplitude dos movimentos 
• Fraqueza muscular local 
ACHADOS RADIOGRÁFICOS 
➢ Sequência de Radiografias de um Paciente ao Longo de 19 
anos de acompanhamento: 
• Inicialmente → observa-se uma articulação praticamente 
normal, com uma discreta esclerose do osso subcondral 
(linha branca mais hiperdensa), em decorrência da 
inflamação do osso subcondral que fica abaixo da 
cartilagem, sendo mais intensa nos côndilos tibiais do que 
nos femorais 
• 9 anos depois: 
▪ Presença de Osteófito na margem articular (seta 
laranja) 
▪ Redução do espaço articular, principalmente do 
compartimento femorotibial medial, que é o 
compartimento mais acometido do joelho (seta 
amarela) 
• 13 anos depois: 
▪ Osteófito aumentou de tamanho (seta laranja) 
▪ Maior redução do espaço articular (seta amarela) 
▪ Espessamento do osso subcondral, que é a 
esclerose visível na radiografia (seta azul) 
• 19 anos depois: 
▪ Ausência de espaço articular (seta amarela) → 
assim, o indivíduo não consegue mais dobrar o joelho 
por completo, em 90° 
▪ Desalinhamento da articulação (seta verde) 
▪ Isso tudo culmina com a insuficiência da articulação 
sinovial 
➢ Osteoartrite de Mãos: 
• Osteófito na margem articular (seta azul) 
 
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➢ Radiografia de Coluna em AP (ântero-posterior): 
• Coluna com escoliose → a escoliose 
promove uma sobrecarga mecânica da 
musculatura paravertebral à direita e o 
surgimento dos osteófitos 
• Osteófitos → começaram a se formar 
na curva da escoliose. Se comparado ao 
outro lado, praticamente não se tem 
osteófitos. Isso mostra a importância do 
fator mecânico 
 
➢ Radiografia de Bacia: 
 
 
• Normal → consegue-se delimitar a cabeça do fêmur, o 
acetábulo... 
• Osteoartrite → não se consegue diferenciar o que é 
acetábulo e o que é a cabeça femoral 
▪ Diz-se que há uma Anquilose da Articulação, na qual 
os ossos se fundiram e não há espaço articular 
CLASSIFICAÇÃO RADIOGRÁFICA DA OSTEOARTRITE 
Grau Classificação Descrição 
0 Normal Sem características de osteoartrite 
 
1 
 
Duvidosa 
Minúsculo osteófito, de significância 
questionável (será que esse pequeno 
osteófito é responsável por tamanha 
sintomatologia do paciente?) 
2 Mínima Osteófito definido, espaço articular 
preservado 
3 Moderada Moderada redução do espaço articular 
 
4 
 
Severa 
Espaço articular bastante reduzido, com 
esclerose do osso subcondral (anquilose 
da articulação) 
 
DIAGNÓSTICO 
➢ O diagnóstico de osteoartrite é clínico. Existem critérios 
específicos para OA de joelho, quadril e de mãos, mas pode-se sim 
diagnosticar clinicamente a OA, desde que se obedeça 3 pré-
requisitos 
➢ DIAGNÓSTICO CLÍNICO: 
• O diagnóstico é clínico quando presentes os 3 seguintes 
critérios: 
▪ Idade > 45 anos 
▪ Dor articular mecânica 
▪ Ausência de rigidez matinal (ou rigidez matinal < 30 
minutos) 
• Com a presença dessas 3 características citadas, não é 
necessário de Radiografia para dar o diagnóstico de 
osteoartrite. Esse diagnóstico é clínico. A radiografia é 
realizada para estadiamento e avaliação do que deve ser 
feito e de que forma se poderia tratar melhor o indivíduo 
➢ Características atípicas podem indicar diagnósticos 
alternativos ou adicionais: 
• Características atípicas: 
▪ Histórico de trauma 
▪ Rigidez matinal prolongada → deve-se pensar na 
possibilidade de outro diagnóstico 
▪ Rápido agravo dos sintomas → pois a osteoartrite é 
uma doença crônica e é lentamente progressiva. Assim, 
se o paciente começa a piorar muito rápido, deve-se 
pensar na possibilidade de um outro diagnóstico 
▪ Edema e calor na articulação → dos 4 sinais 
flogísticos/da inflamação (dor, edema, calor e rubor), 
na osteoartrite tem-se dor e, quando há, um edema 
pequeno e frio (caracteristicamente a articulação é da 
mesma temperatura ou até mesmo mais fria que o 
restante do membro). Assim, se palpa-se e vê-se que a 
temperatura está mais elevada na articulação do que 
no resto do membro, isso é um sinal de que se pode não 
estar diante de um caso de osteoartrite 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
➢ O diagnóstico diferencial é amplo e para realizá-lo é preciso de 
dados do(a): 
• Anamnese 
• Exame físico 
• Epidemiológicos 
• Número de articulações acometidas 
• Tipo de dor (Mecânica x Inflamatória) 
➢ Fazem diagnóstico diferencial com a Osteoartrite: 
• Artrite Reumatóide → é uma artrite autoimune, sendo 
uma poliartrite simétrica de pequenas articulações de mãos 
e punhos que poupa as articulações interfalangianas distais 
• Artrites Microcristalinas: 
▪ Gota 
▪ Condrocalcinose 
• Artrite Psoriásica• Hemocromatose 
• Artrite Infecciosa 
• Malignidades → tanto tumores primários como tumores 
metastáticos 
• Reumatismos de Partes Moles (Tendinites e Bursites) 
TRATAMENTO 
CARACTERÍSTICAS 
➢ A osteoartrite é uma doença crônica e lentamente progressiva 
➢ Não se tem uma droga que modifique a evolução da doença, que 
impeça o osteófito de hipertrofiar ainda mais ou que impeça que 
o indivíduo evolua para anquilose a para a disfunção além da dor 
Normal Osteoartrite 
 
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7 OSTEOARTRITE (OA) 
Gizelle Felinto 
➢ Deve-se dizer ao paciente que não há uma medicação que 
modifique a evolução da doença. Além disso, deve-se falar os 
objetivos dos tratamentos disponíveis 
➢ OBJETIVOS DO TRATAMENTO: 
• Controlar a dor 
• Melhorar a função e a qualidade de vida 
• Minimizar a toxicidade associada aos medicamentos 
▪ Uma das medicações mais utilizadas pelos portadores 
de osteoartrite são os anti-inflamatórios não 
hormonais (AINH) e seu uso abusivo pode ter 
consequências deletérias perigosas, como picos 
hipertensivos, gastrite, úlcera gástrica, disfunção 
renal, disfunção hepática. Assim, deve-se deixar isso 
bem claro para o paciente e avisar que ele não pode 
fazer uso de anti-inflamatório de forma prolongada 
➢ O tratamento da pessoa com osteoartrite deve ser feito de uma 
forma Holística/Global, por isso que é tão difícil tratar a 
osteoartrite. Além do fato de não se ter uma medicação que 
modifique a evolução da doença, tem-se vários fatores que serão 
responsáveis direta ou indiretamente pela qualidade de vida 
desses indivíduos 
➢ AVALIAÇÃO HOLÍSTICA/GLOBAL DA PESSOA COM 
OSTEOARTRITE: 
• Social: 
▪ Quais as expectativas de estilo de vida do paciente 
▪ Hobbies do paciente 
▪ Dinâmica familiar 
▪ Atividades do dia-a-dia 
• Quais expectativas e nível de conhecimento que o paciente 
tem sobre a osteoartrite 
• Deve-se instituir algum exercício físico para fortalecer a 
musculatura e evitar o seu enfraquecimento e a frouxidão 
ligamentar, conseguindo manter a função da articulação 
• Ocupacional: 
▪ Ver se o paciente se mantém hábil para continuar no 
trabalho 
▪ Analisar a necessidade de ser feita alguma modificação 
no ambiente de trabalho ou até mesmo na cada do 
paciente 
• Humor: 
▪ Screening/rastreio para depressão → pois a dor é 
uma das causas de isolamento social, que é um fator de 
risco para a depressão 
▪ Situações de estresse 
• Qualidade do sono → a dor pode fazer com que o indivíduo 
tenha dificuldade para iniciar o sono 
• Suporte familiar: 
▪ Ideias e expectativas dos familiares 
▪ Como a família está lidando 
• Presença de outras dores Musculo-Esqueléticas 
• Atitudes que ele tem no exercício 
• Influência das comorbidades: 
▪ Comorbidades como: 
✓ Diabetes 
✓ Obesidade... 
▪ Interação de duas ou mais comorbidades 
▪ Quedas 
▪ Avaliação da terapia medicamentosa mais adequada 
• Avaliação da dor → mensurar a dor 
▪ Estratégias de autoajuda 
▪ Analgésicos: 
✓ Drogas, doses, frequência, tempo... 
✓ Efeitos colaterais 
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
➢ Alvo do tratamento farmacológico → Fatores Modificáveis que 
contribuem para a dor (Ex: Desalinhamentos, Fraqueza Muscular, 
Sobrepeso/Obesidade) 
• Exercício físico → para controlar o peso e evitar 
enfraquecimento muscular 
• Ao se controlar o peso, diminui-se a carga em cima da 
cartilagem articular e, dessa forma, desacelera-se a 
velocidade de desgaste dessa cartilagem 
➢ Dispositivos de Auxílio → para aqueles pacientes que 
necessitem, tanto em casa quanto no trabalho 
• Terapeuta ocupacional 
➢ Órteses: 
• São contraindicadas joelheiras para aqueles pacientes que 
tem osteoartrite de joelho, pois quando se imobiliza por 
longos períodos de tempo ao longo do dia e por vários dias 
consecutivos, essa imobilização leva à hipotrofia muscular 
• Não são recomendadas de rotina 
• Pode-se utilizar quando o paciente tem um desalinhamento 
na mão e ele está evoluindo com uma subluxação, por 
exemplo, da articulação interfalangiana distal, o que dificulta 
os movimentos de abrir e fechar uma porta. Assim, esse tipo 
de paciente poderia utilizar uma órtese 
• A órtese é usada justamente no sentido de função e não deve 
ser usada por longos períodos 
➢ Fisioterapia 
➢ Educação em Saúde 
➢ Programas de Exercícios Estruturados em solo com ou sem 
controle de peso dietético: 
• Tipo 1 → Fortalecimento e/ou Cardiovasculares e/ou Treino 
de Equilíbrio e/ou Exercício Neuromuscular 
ou 
• Tipo 2 → Exercício mente-corpo, incluindo Tai Chi ou Ioga 
➢ Exercícios Físicos: 
• Deve-se manter o indivíduo funcional para prevenir a perda 
de massa muscular e o enfraquecimento dos tendões e 
ligamentos 
• Pacientes que tem osteoartrite podem fazer exercícios de 
resistência, como musculação 
• Existe uma contraindicação relativa aos exercícios de 
impacto → assim, o paciente não pode fazer agachamentos, 
jumping... 
• Paciente deve evitar esportes coletivos de impacto (Ex: 
basquete, vôlei, futebol...) 
 
 
Fonte: Aula + Medcurso 2019 
8 OSTEOARTRITE (OA) 
Gizelle Felinto 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
➢ É um tratamento sintomático, devendo ser usado apenas na 
vigência de sintomas 
➢ A escolha do tratamento farmacológico dependerá de: 
• Qual articulação foi afetada 
• Número de articulações acometidas 
• Presença de comorbidades 
➢ Escala Analgésica: 
1. Inicia-se com Analgésicos (Paracetamol ou Dipirona): 
▪ EUA → Paracetamol 
▪ Brasil → Dipirona 
✓ Se o paciente for alérgico ao Dipirona, faz-se uso 
do Paracetamol 
▪ Dipirona tem uma potência analgésica superior à do 
Paracetamol 
Quando a dor não responde aos medicamentos acima: 
2. AINE Tópico → Ex: por aerossol 
3. AINE Oral → menor dose possível durante o menor número 
de dias possível 
4. Duloxetina ou Pregabalina → caso o paciente não responda 
ao AINE oral 
▪ Promovem a dessensibilização à nível periférico e, 
principalmente, à nível central, diminuindo a 
transmissão do impulso doloroso via segundo neurônio 
motor 
GUIDELINES 2019 
➢ OSTEOARTRITE DE JOELHO: 
• Tratamento não farmacológico é recomendado para todos 
os pacientes 
• A escolha do anti-inflamatório depende da presença ou 
ausência de comorbidades 
• Preferências: 
▪ Sem comorbidades → AINE não seletivo, quando for 
necessário recorrer a um anti-inflamatório oral 
▪ Comorbidades Gastrointestinais → Inibidor Seletivo 
da Cox 2 
▪ Comorbidades Cardiovasculares → alguns estudos 
demonstram que se pode uso de inibidor seletivo da cox 
2 por curtos períodos de tempo em pacientes 
hipertensos controlados, por exemplo. Porém, se ele 
for hipertenso descontrolado usa-se Corticoide Intra-
articular (CSIA) ou Ácido Hialurônico Intra-articular 
(AHIA) 
 ÁCIDO HIALURÔNICO (AHIA) → visa aumentar a viscosidade 
do líquido sinovial, amortizando um pouco do impacto do dia-
a-dia em cima da cartilagem articular 
▪ Especula-se que ele age inativando os sinoviócitos, o 
que inibe a liberação de fatores de crescimento e de 
citocinas pró-inflamatórias 
▪ Antes acreditava-se que ele tinha apenas uma ação de 
proteção mecânica, amortizando os impactos, mas 
estudos mais recentes mostram que talvez ele tenha 
uma ação molecular, impedindo a ativação dos 
sinoviócitos 
• Tratamento intra-articular: 
▪ Sem comorbidade → infiltração intra-articular de 
corticosteroide 
➢ OSTEOARTRITE DE QUADRIL: 
 
• Não é autorizado o uso de Ácido Hialurônico Intra-articular 
para o tratamento de OA de quadris 
 
Fonte: Aula + Medcurso 2019 
9 OSTEOARTRITE (OA) 
Gizelle Felinto 
➢ OSTEOARTRITE POLIARTICULAR: 
• Quando se tem a dor generalizada pode-se fazer uso da 
Duloxetina ou da Pregabalina 
OUTRAS OPÇÕES DE TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
➢ CAPSAICINA TÓPICA → funciona como um anti-inflamatório tópico 
para o tratamento sintomático, principalmente da osteoartrite de 
mãos 
➢ INFILTRAÇÕES COM GLICOCORTICÓIDES→ principalmente em 
pacientes que tem algum grau de edema articular 
➢ OARSI guidelines não recomendam mais o paracetamol como 
analgésico de primeira linha 
➢ Benefícios de infiltração com ácido Hialurônico → para 
osteoartrite de joelhos grau 1 e 2 radiográfico 
➢ OPIOIDES → reservados para aqueles pacientes com doença 
refratária e incapacitante (casos mais graves) 
• Deve-se usar por curtos períodos → pois o opioide, mesmo 
o opioide sintético (Tramadol, Codeina), tem um fator de 
tolerância, no qual o paciente teria que utilizar doses cada 
vez mais altas para conseguir resultado. Assim, altas doses 
de opioides sintéticos causam a depressão do sistema 
respiratório à nível de bulbo, podendo haver uma paralisia 
do diafragma e o paciente pode entrar em um quadro de 
insuficiência respiratória e até mesmo morte súbita 
➢ Não há recomendação de rotina para suplementação nutricional 
→ assim, colágeno tipo II, por exemplo, não deve ser prescrito 
de rotina 
• Existem alguns estudos falando que a suplementação de 
Glucosamina associada a Condroitina, extratos 
insaponificáveis de soja e abacate e óleo de peixe (ômega-3) 
podem beneficiar pacientes com doença leve 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
➢ Pacientes que estão no estágio 4 radiográfico, tem muita dor, não 
consegue se movimentar, não realiza suas atividades cotidianas 
por não ter mais espaço articular e toda vez que ele vai 
movimentar leva a atrito... 
➢ Artroplastia → é o tratamento cirúrgico mais utilizado 
 
• É a substituição da articulação 
• Pode ser parcial ou total 
➢ Artroscopia 
• Ex: paciente com ruptura de menisco, sabe-se que esse 
menisco rompido vai ficar como produtos de degradação da 
cartilagem que vão estimular os sinoviócitos. Assim, pode-
se fazer uma “limpeza cirúrgica”, retirando esses 
fragmentos e lavando a cartilagem articular para diminuir a 
perpetuação dessa atividade inflamatória

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