Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BCM 2 – Biologia molecular ➛ Produzidas pela combinação de transtornos genéticos que predispõem a uma determinada suscetibilidade aos agentes ambientais ➛ Doenças que são causadas por diversos fatores ➛ Doenças crônicas multifatoriais mais frequentes: ✓ Diabetes ✓ Hipertensão ✓ Dislipidemias ✓ Câncer ✓ Alzheimer ✓ Obesidade ➛ Multiplicação celular ocorre constantemente ➛ Indispensável para repor células que morrem ➛ Proliferação e diferenciação recebem influência de agentes internos e externos as células (fatores de crescimento locais e endócrinos) ➛ Lesão constituída por proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma ➛ Ocorre em consequência de alterações em genes e proteínas que regulam a multiplicação das células ➛ Neoplasia benigna -> há o crescimento descontrolado anormal, formando uma massa tumoral, porém esse crescimento é localizado e as células permanecem unidas e envolvidas por uma membrana ➛ Neoplasia maligna -> há o crescimento descontrolado anormal, formando uma massa tumoral e esse crescimento não ocorre somente em um lugar, as células se soltam uma das outras e não há o envoltório da membrana – chegam a corrente sanguínea, migram para outro local e fixam-se em um local diferente ➛ Fatores: ✓ Ambiental ✓ Genético ✓ Geográfico ✓ Cultural ➛ Etiologia do câncer: ✓ Fatores externos (90% dos casos) – agentes carcinogênicos - Carcinógenos químicos - Carcinógenos por radiação - Vírus oncogênicos de RNA e DNA - Bactéria H. pylori – inflamação crônica (ulceras pépticas) – carcinomas gástricos ou linfomas gástricos ✓ Fatores genéticos (10% dos casos) – ex: 40% dos retinoblastomas são herdados ➛ Certos agentes químicos e físicos podem facilitar o surgimento de tumores ➛ Individuo deve ser geneticamente suscetível ➛ Cada fator ambiental tem uma chance determinada de causar o desenvolvimento de um tumor em uma determinada condição genética ➛ Originam-se de células normais que sofreram mutação gênica ou alterações epigenéticas ✓ Genes alvo de mutações no câncer: - Estimulam multiplicação celular (controle +) - Inibem proliferação celular (controle -) - Regulam apoptose (controle -) - Regulam reparo do DNA (controle -) - Regulam metilação e acetilação de DNA Quando mutados: ✓ Maior sobrevivência celular ✓ Redução apoptose ✓ Crescimento autônomo Controle (+) -> proto-oncogene Controle (-) -> supressores de tumor Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BCM 2 – Biologia molecular ➛ São genes cujos produtos proteicos controlam o crescimento, proliferação e a diferenciação celular ➛ Quando sofrem mutações, são chamados de oncogenes -> mutação de ganho de função gênica ou proteica ➛ Ocorre o ganho de força -> câncer ➛ É um gene mutante cuja função ou expressão alterada resulta em estimulação anormal da divisão e proliferação celular ➛ Os oncogenes tem um efeito dominante a nível celular – basta que um único alelo dos dois sofra alteração para que a célula perca o controle ➛ Controle positivo da proliferação celular – ativação ➛ Quando ativado ou hiperexpresso, um único alelo mutante é suficiente para iniciar a mudança do fenótipo de uma célula, de normal para maligno – os oncogenes tem um efeito dominante a nível celular ➛ Proteínas oncogênicas: ✓ Fatores de crescimento ✓ Receptores de fatores de crescimento ✓ EGFR – receptor do fator de crescimento epidérmico ✓ Fatores de transcrição ➛ Atuação dos oncogenes: - Receptores de fatores de crescimento -> ativados sem a presença de mitógenos ou fatores de crescimento ➛ Inibidores de EGFR: ✓ Erlotinibe e Gefitinibe - EGFR – importante alvo para tratamento de tumores, levando ao desenvolvimento de inibidores do domínio quinase desse receptor, como os inibidores da tirosinoquinase (TK1), erlontinibe e do gefitinibe, que previnem a ativação dessas vias de sinalização ➛ Genes normais envolvidos com o controle negativo da proliferação celular, principalmente nos pontos de checagem do ciclo celular ➛ Controle negativo da proliferação celular – inativação ➛ Bloqueiam o desenvolvimento do tumor regulando a transição das células nos pontos de checagem no ciclo celular ou promovendo a morte celular programada ➛ Esses genes estão envolvidos no reparo de DNA e na manutenção da integridade do genoma ➛ Os dois alelos de um gene supressor tumoral devem estar mutados para o desenvolvimento de um câncer – os alelos mutantes são recessivos ➛ Proteínas inibitórias do ciclo celular: ➛ Ponto de checagem -> presença de freios moleculares capazes de impedir o prosseguimento do ciclo ✓ p53 – proteína 53 ✓ p21 – proteína 21 ✓ pRb – proteína do retinoblastoma ✓ Proteínas responsáveis pela detecção e reparo das mutações ✓ Proteínas envolvidas na disjunção normal dos cromossomos durante a mitose ✓ Componentes da maquinaria da morte celular programada ➛ Biomarcador de câncer de pulmão: ✓ O EGFR – receptor de fator de crescimento epidérmico – é uma proteína transmembrana com atividade quinase citoplasmática que exerce transdução de sinalização do fator de crescimento do meio extracelular para a célula ✓ Uma via associada com crescimento e sobrevida celular, sendo expresso em mais de 60% dos casos de carcinoma de pulmão de não pequenas células Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BCM 2 – Biologia molecular ➛ Papel da p53 e p21 como supressores de tumor: ✓ DNA danificado por raios-X, por exemplo, leva a tivação de p53, que estimula a transcrição de vários genes, incluindo p21 ✓ A proteína p21 continua o ciclo celular ou leva a célula para a apoptose – se não houver correção da lesão a p21 ativa BAX que leva a apoptose ➛ BRCA 1 e BRCA2 ➛ O processo de formação do câncer em geral se da lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere e dê origem a um tumor visível ➛ Esse processo passa por vários estágios antes de chegar ao tumor: ✓ Estágio de iniciação – mudança/mutação do DNA ✓ Estágio de promoção – logo após a mutação onde começa a ocorrer a ativação de um oncogene e inativação de um supressor ✓ Estágio de progreesão – poder mitotico descontrolado Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BCM 2 – Biologia molecular ➛ Etapas no processo da carcinogênese: ✓ Auto-suficiência em fatores de crescimento ✓ Insensibilidade aos inibidores de crescimento ✓ Evasão à apoptose ✓ Imortalidade ✓ Angiogênese sustentada ✓ Capacidade de invasão 1) Auto-suficiência em fatores de crescimento: ✓ Ação dos oncogenes (RAS) ✓ Produção dos próprios fatores de crescimento (ação autócrina) ✓ Ativação dos receptores de fatores de crescimento sem ligação desses fatores (mutação ou aumento da expressão)✓ Descontrole da sinalização após ativação dos receptores de crescimento (também por mutação ou aumento de expressão) 2) Insensibilidade aos inibidores de crescimento: ✓ Ação dos supressores de tumor ✓ Inativação de genes supressores de tumor, ocasionadas por alguma mutação ✓ Como estão mutadas, não podem barrar o ciclo celular em caso de mutação no DNA, ou encaminhar a célula para a apoptose 3) Evasão à apoptose: ✓ Mais comum: inativação do gene supressor de tumor p53 (50% dos tumores sólidos) este gene deflagra apoptose quando não é possível o reparo no DNA ✓ Superexpressão de oncogenes também pode contribuir para a diminuição da apoptose 4) Imortalidade ✓ As células cancerígenas se multiplicam constantemente ✓ Como não há apoptose não há morte celular 5) Angiogenese ✓ Fator de crescimento endotelial vascular – VEGF ✓ Todos os tumores exigem um suprimento sanguíneo para atingir um volume significativo ✓ Fatores pró-angiogênicos como VEGF, são secretados por tumores, induzindo proliferação das células endoteliais e crescimento de novos vasos sanguíneos Angiogênese e metástase: ✓ A produção de novos vasos favorece a migração das células tumorais na corrente sanguínea de maneira direita, e alojamento em outras células e tecidos ✓ Tumores malignos tem a capacidade de formar tumores secundários, através do deslocamento de células cancerígenas de um local para o outro, no processo conhecido como metástase
Compartilhar