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CCJ0052-WL-A-AMRP-05-Parecer Técnico-jurídico Ementa-02

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Aula 5
Parecer técnico-jurídico: ementa (2)
Objetivos:
- Conhecer a estrutura de um parecer técnico-formal;
- Reconhecer as características da ementa do Parecer;
- Produzir ementas.
Estrutura do conteúdo:
1. Estrutura e características da Ementa
2. Conteúdo da Ementa
3. Relação entre partes do Parecer e elementos da Ementa
Desenvolvimento da aula
Correção da tarefa de casa.
Separação de corpos. A autora afastou-se do lar. Fumus boni juris. Periculum in mora. Impossibilidade de convivência. Liminar. Alcoolismo. Art. 888, VI do CPC. Art. 223 do CC.
Identifique todos os problemas observados na ementa anterior e, em seguida, reescreva-a de acordo com as orientações dadas em sala de aula. Acrescente ou retire informações, se necessário. Não deixe de incluir em sua ementa os princípios do Direito aplicáveis.
Possibilidade de escritura:
MEDIDA CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS – Alcoolismo – Impossibilidade de convivência –Afastamento da autora do lar -- Fumus boni juris, Periculum in mora-- Art. 888, VI CPC – Parecer favorável ao deferimento da liminar.
Significado do termo:
Conforme CAMPESTRINI (1994, p. 1), ementa tem origem latina emeniscor, cujo significado é apontamento, ideia, instrumento breve de lembrança ou pensamento.[1: CAMPESTRINI H. Como redigir ementas. São Paulo: Saraiva, 1994, p.1]
Objetivos da ementa simples:
Permitir a identificação do Fato ocorrido, da discussão jurídica e dos argumentos principais dessa discussão que forneceram base para o opinamento final. Assim seu caráter é informativo.
Exemplo de ementa complexa;
Cabeçalho:
RESPONSABILIDADE CIVIL – Indenização – Erro médico – Culpa grave – Honorários profissionais – Danos estético e moral.
Dispositivo:
Em se tratando de pedido de indenização por cirurgia plástica mal sucedida, provada a culpa, fica o profissional obrigado a restituir ao paciente os honorários, bem como a reparar os danos decorrentes do erro médico. Se em ação de indenização houve pedido de reparação pecuniária por danos morais e estéticos decorrentes de defeitos da cirurgia e outro pagamento de despesas com futura cirurgia corretiva, atendido a este, inadmissível será o deferimento do primeiro. 
Texto base extraído do endereço: http://www.consumidorbrasil.com.br/consumidorbrasil/textos/ebomsaber/erromedico/jurisprudencia.htm 
Qualidades de uma ementa:
seleção cuidadosa dos registros;
clareza;
coesão;
coerência;
obediência à sequência cronológica e lógica; 
concisão;
objetividade;
uso do registro culto;
macro compreensão.
Composição da ementa simples
	 Quanto à forma
	 Quanto ao conteúdo
	Escreva a ementa a partir do centro da folha, no topo direito, justificado.
	Registre o fato jurídico ou o tipo de ação ou instrumento jurídico proposto.
	Utilize caixa-alta para a primeira informação oferecida.
	Em seguida, se possível, faça uma alusão às partes, sem nomeá-las.
	Não registre o nome próprio das partes.
	Selecione duas ou três informações extraídas do relatório que possam ser usadas como argumento.
	Produza frases nominais e palavras-chave. Evite adjetivos e conjunções. Use ordem direta e a voz ativa. Linguagem denotativa.
	Escreva o argumento de oposição mais forte à sua tese.
	Inicie com letra maiúscula cada item registrado e separe-os com travessão.
	Registre seus dois ou três argumentos mais fortes. Lembre-se de buscá-los nas fontes do Direito.
	Utilize, no máximo, 8 linhas.
	Por fim, registre o seu entendimento.
Breve exercício para a produção de frases nominais.
Registre os substantivos derivados dos seguintes verbos:
Abdicar- abdicação
Abduzir – abdução
Abster-se – abstenção
Abalroar- abalroamento
Absolver- absolvição
Acarear- acareação
Acordar – acordo
Agravar- agravo
Anular - anulação
Arrolar arrolamento
Avocar- avocação ( chamamento de causa em curso, em juízo ou em instância inferior, a outro juízo)
Alegar- alegação
Apelar- apelação
Apreender – apreensão
Acautelar- acautelamento
Competir- competição
Concorrer – concorrência
Compreender – compreensão
Combater – combate
Convolar- transformar (um ato ou medida judicial) em outro- convolação
Conceder- concessão
Colidir- colisão
Confessar - confissão
Conduzir – condução 
Delinquir- delinquência
Deduzir- dedução
Depender- dependência
Difamar- difamação
Distratar- distrato 
Financiar – financiamento
Enfatizar- ênfase
Estuprar = estupro
Homologar- homologação
Inadimplir (deixar de cumprir (contrato, condição de contrato, prestação) nos termos e prazo convencionados; descumprir )- inadimplência ou inadimplemento 
Prender- prisão
Morrer- morte
Nascer- nascimento
Privar-se – privação
Questionar- questionamento
Quitar- quitação
Reduzir- redução
Reforçar- reforço
Responder- resposta
Retroceder- retrocesso 
Sancionar- sanção
Seduzir- sedução
Testemunhar- testemunho
Violar- violação
Observações importantes:
As partes do parecer (ementa, relatório, fundamentação, conclusão) devem estar em constante comunicação. Assim, a primeira informação da ementa deve conferir com a do relatório. Só registre na ementa aquilo que estiver contido no relatório, na fundamentação e na conclusão.
O conteúdo extraído do relatório e da fundamentação deve indicar os nexos referenciais utilizados na análise do caso concreto e que foram devidamente ponderados pelo parecerista. Observe que representam uma sequência lógica de palavras.
A seleção desses nexos de referência deve ser, portanto, bem planejada, a fim de oferecer ao leitor uma ideia geral, mas bem clara e objetiva do caso concreto, da forma como este foi valorado e da tese que o parecerista defende.
Vamos retornar às duas ementas dos casos da aula 4:
 1ª) EMENTA 
Testamento. Herdeiro universal. Existência de um único bem a inventariar, sendo imóvel gravado com cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade (até 50 anos) e incomunicabilidade (vitalícia). Herdeiro instituído portador do vírus da AIDS, com doença em estágio avançado. Possibilidade de autorização para alienação do bem, depositando-se o produto da venda em caderneta de poupança, liberando-se os valores gradativamente para custeio do tratamento. Inteligência do art. 1.676 do Código Civil. Atendimento à real vontade da testadora. Interpretação sistemática dos dispositivos aplicáveis à espécie. Provimento do recurso. 
2ª) Ementa: 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL -- Dançarino e modelo intitulado como gay em programa de TV -- Fotos mostradas em rede nacional. Violação de intimidade e privacidade -- Alegação do réu de prevalência do Direito à informação -- Confronto de princípios Constitucionais. Preponderância e inteligência no Art. 5°, inciso X, CRFB/88 -- Parecer favorável à indenização. 
Ementa para reescritura:
Término do limite contratual – a seguradora recusou sua obrigação – paciente menor – o consumidor é hipossuficiente – cobertura de doença, sem fundamentação razoável à limitação do tratamento - risco de vida – Parecer favorável ao cumprimento de todas as obrigações médico-hospitalares - plano de saúde.
Correção:
TÉRMINO DO LIMITE CONTRATUAL – Plano de saúde – Paciente menor – Risco de vida – Recusa obrigacional da seguradora – Hipossuficiência do consumidor – Cobertura de doença, sem fundamentação razoável à limitação do tratamento - Parecer favorável ao cumprimento de todas as obrigações médico-hospitalares.
Caso concreto, adaptado para esta aula:
01/07/08 - 13h58 - Atualizado em 01/07/08 - 13h58 
Menino de 12 anos morre em brinquedo, num parque de diversão no Rio de Janeiro 
Na noite do sábado 28/07/2008, Rafael passeava com a avó, a tia e os primos no parque, instalado em Campo Grande. O acidente aconteceu quando ele ficou com parte do corpo para fora do brinquedo “Crazy Top”, um simulador de voo. O sistema de pêndulos que faz a cabine girar prensou a cabeça do garoto, que sofreu traumatismo craniano e morreu na hora. 
Três funcionários começaram a ser ouvidos pela polícia por volta das 12h. Um deles operava o brinquedo no momento do acidente. A polícia informou que ainda não há data para ouvir os depoimentosda família do garoto, que estaria muito abalada. Os parentes de Rafael disseram, porém, que devem entrar com uma ação na Justiça contra o parque nesta quarta feira, 2/07. 
A administração do parque apresentou à polícia os laudos de vistoria e garantiu que sempre é feita uma manutenção preventiva. Segundo o parque, o acrílico da janela do brinquedo estava em perfeito estado e Rafael e outras crianças não seguiram as normas de segurança. 
A polícia técnica esteve no local e verificou que uma placa de acrílico que fazia a proteção teria se soltado. Um laudo vai apontar se a peça poderia ter evitado o acidente, registrado como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. A família garante que a janela estava quebrada e acusa o operador de imprudência. 
Texto 2
23/07/08 - 09h55 -
O laudo sobre a morte de um menino de 12 anos em um parque de diversões em Campo Grande, apontou que houve um conserto improvisado na janela do brinquedo de onde ele caiu. De acordo com a perícia, o acrílico da janela do brinquedo estava rachado e tinha uma fita para remendá-lo. 
   O administrador do parque, José Pereira, afirmou desconhecer qualquer defeito no brinquedo.
Possibilidade de escritura de ementa:
MORTE – Menino de 12 anos – Parque de diversões – Prensagem pelo sistema de pêndulos em simulador de voo – Traumatismo craniano – Alegação de manutenção dos brinquedos – Rachadura em janela da cabine do simulador – Laudo técnico – Conserto improvisado com fita adesiva – Imprudência – Art. 14 CDC – Parecer favorável à indenização por danos morais.
Tarefa de casa:
Questão
Leia o relatório, a fundamentação e a conclusão do Parecer que se apresenta e, de forma compatível com esse conteúdo, redija uma ementa para essa peça. Não deixe de respeitar, também, todas as orientações já explanadas.
 
RELATÓRIO
 
 
            No dia 18 de janeiro último, o rompimento de um duto da Petrobras ocasionou o vazamento de 1.292 toneladas de óleo para a baía da Guanabara, durante quatro horas e meia, numa área de cerca de 50 quilômetros quadrados, atingindo dez praias em torno da baía, afetando várias espécies, entre peixes e aves, impedindo o trabalho de 600 pescadores, com graves danos ao ecossistema, em especial da área de manguezal.
            O duto, que liga a Refinaria Duque de Caxias – REDUC, ao terminal marítimo da Ilha D’Água, já tinha apresentado vazamento anterior, em março de 1997, jogando ao mar 600 toneladas de óleo e destruindo quatro mil metros quadrados de manguezais.
            A Petrobras, que assumiu prontamente a responsabilidade de promover a limpeza da baía, foi multada pelo IBAMA por crime ambiental, em mais de 50 milhões de reais, sendo ainda instada a prestar assistência às inúmeras famílias de pescadores que ficaram sem possibilidade de trabalho.
            Técnicos da empresa concluíram que alterações do solo do fundo da baía, além do assoreamento, foram responsáveis pela deformação e consequente rompimento do duto. Entretanto, admitiram que uma falha operacional aumentou a dimensão do desastre.
            Segundo o relatório da estatal, já era para estar sendo usado um programa de monitoramento automático dos dutos, em teste desde outubro de 1999 e, se o operador tivesse sido mais ágil nos procedimentos necessários, o vazamento teria sido contido em apenas meia hora, minimizando seus efeitos.
            Três empregados, operador, supervisor e gerente de operações do terminal de Ilha D’Água foram punidos e destituídos dos cargos, acusados de lentidão.
            O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Rio de Janeiro – CREA/RJ, constituiu uma Comissão Extraordinária para investigar a possibilidade do rompimento do duto ter sido causado por possíveis erros técnicos na área de engenharia e concluiu, preliminarmente, que para um acidente ecológico de tal proporção concorrem vários eventos, impossível de ser atribuído a um fator isolado, desconectado de uma complexa rede de relações causais.
            O Presidente do Sindipetro de Duque de Caxias, Nilson Cesário, denunciou a existência, na REDUC, de um sistema instalado para detectar anormalidades no fluxo de óleo bombeado que não funcionou no dia do acidente.
            O Diretor da Federação Única dos Petroleiros, José Araújo Celso, acrescentou que tal fato ocorreu porque um dos componentes do sistema – o pressostato – foi retirado para reparo, há um ano, e, até hoje, não foi reinstalado. Afirmou, ainda, que um sensor ultrassom de monitoramento do duto, importado há nove meses, também não foi instalado.
            Além disso, foi denunciada pelo Sindicato a política de redução de custos adotada pela Petrobras, mantendo apenas dois operadores para monitorar os 14 quilômetros do duto avariado.
            A COPPE – Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em seu relatório divulgado em 30 de março de 2000, concluiu que o duto, que deveria estar livre na baía e enterrado no canal que deságua na baía, tinha situação oposta, chegando a ter sobre ele uma camada de quase três metros de lama, num trecho da baía com grande assoreamento. Também a proximidade de outro duto provocou o choque entre eles, fazendo com que a tubulação dobrasse e rompesse.
            Em 25 de abril de 2000, a Petrobras assinou um termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público Federal, em que se compromete a cumprir uma série de medidas para evitar desastres ambientais. A elaboração de um plano de inspeção das suas atividades, dutos e instalações, que possam gerar impacto na baía de Guanabara e no litoral é uma das exigências do termo. O descumprimento das cláusulas resultará em multa diária de R$ 20 mil.
            O Programa de Excelência em Gestão Ambiental e Segurança Operacional elaborado pela Petrobras prevê a priorização das questões do meio ambiente e tem, dentre suas metas, a certificação de qualidade pela ISO 14001 e BS 8800 de todas as suas instalações e unidades operacionais, além da supervisão automatizada de todos os dutos operados.
            Para tanto, serão necessários investimentos de 1 bilhão e 800 milhões de reais, até o final de 2003, triplicando a média anual de recursos destinados à questão ambiental até o ano passado.
            É o relatório.
 
 
FUNDAMENTAÇÃO
 
            Fenômenos da natureza, assoreamento da baía, erros operacionais ou técnicos, sistemas que não funcionam, peças avariadas e não instaladas, política irresponsável de redução de custos, enfim, inúmeras e discutíveis podem ser as razões do vazamento de cerca de 1,3 toneladas de óleo nas águas da baía de Guanabara, mas os danos ecológicos resultantes são incontestáveis e, talvez, irreparáveis.
            Assiduamente agredida pelo despejo industrial, de esgotamento sanitário e de lixo, decorrente do desenvolvimento urbano e industrial às suas margens, a baía de Guanabara, que sofreu uma mudança radical na qualidade de suas águas, flora, fauna, balneabilidade das praias e declínio da pesca, já foi vítima de dois grandes vazamentos em oleodutos da Petrobras nos últimos três anos.
            As áreas de manguezal atingidas no primeiro acidente, em 1997, que ainda se recuperavam, agora correm o risco de só voltarem à formação original dentro de cinco anos, e as famílias de 600 pescadores estão com sua sobrevivência ameaçada, dada a impossibilidade de manter sua atividade laboral.
            As conclusões da comissão técnica da Petrobras, assim como a punição aplicada aos empregados, julgados lentos nas suas atividades, ainda que visem identificar causas e responsabilidades para efetiva adoção de providências, não servirão para aplacar os efeitos dos vazamentos já ocorridos e não se constituem em procedimentos eficazes na prevenção de novas ocorrências.
            Tem razão o CREA/RJ, quando afirma, antes mesmo da conclusão dos estudos pela Comissão Extraordinária, que o acidente não pode ser atribuído a um fator isolado, mas para ele concorreram vários eventos, uma complexarede de relações causais.
            As denúncias do Sindipetro  e da Federação Única dos Petroleiros, assim como o relatório da COPPE confirmam aquela conclusão. O Programa de Excelência elaborado pela Petrobras, exigindo a triplicação do orçamento destinado às questões ambientais, ratifica o entendimento que as providências adotadas até então eram insuficientes e ineficientes para prevenir danos ambientais.
            Sabe-se que a atividade petrolífera gera grande impacto desde a fase de exploração até a queima dos combustíveis. Sabe-se, também, que as empresas de petróleo trabalham no limiar do alto risco, já que sua matéria-prima é altamente poluente. No entanto, os investimentos para remediar essa situação geralmente têm ficado aquém do que seria necessário, e os órgãos públicos de fiscalização ambiental também têm se mostrado ineficazes, dada a própria inexistência de uma política clara de proteção ambiental.
            A intervenção do Ministério Público Federal, dada a pressão da opinião pública e das denúncias já citadas, obrigou a Petrobras a assumir o compromisso de adoção das medidas preventivas propostas, reformulando todo seu programa de atuação. Porém, cabe ainda ao Poder Público tornar transparentes as aplicações dos recursos provenientes da multa aplicada e paga pela estatal, garantindo a sua reversão em prol de programas de reabilitação da própria baía de Guanabara e, ainda, a fiscalização ininterrupta de todas as atividades que possam resultar em danos ecológicos, instando os responsáveis a adotar os procedimentos necessários de preservação e controle.
 
 
 
            As medidas administrativas previstas para sanção em casos de danos ambientais como o causado pelo acidente com o oleoduto da Petrobras foram adotadas e levadas a efeito, cabendo, entretanto, ressaltar que as graves conseqüências ao ecossistema estão longe de serem solucionadas.
            O Programa de Excelência é, possivelmente, o resultado mais eficaz da atuação do Poder Público no caso, dado seu caráter preventivo, porém a empresa deve ser instada a participar, efetivamente, do processo de recuperação da área atingida, utilizando-se, se necessário, as vias judiciais.
Conclusão:
            Recomenda-se às autoridades governamentais, a revisão da política de proteção ambiental, com a reestruturação dos órgãos de fiscalização, de forma a torná-los eficazes e, ainda, a criação de mecanismos da sociedade civil que ajudem a tornar efetivas as medidas de alerta e prevenção de acidentes ecológicos de qualquer espécie.
É o Parecer.
 
 
Rio de Janeiro, 29 de maio de 2000
 
 
 
Maria Ligia de Oliveira
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