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1 Microbiologia de Alimentos 21-05-18 Critérios Microbiológicos - Na nossa legislação há uma contagem permitida de microrganismos, principalmente deteriorantes, mas alguns patogênicos também estão permitidos em pouca quantidade. 1) Legislação - IN 62, de 26 de agosto de 2003 ↳ Oficializa métodos analíticos oficiais para análise microbiológica. ↳ Dita meios de cultura e métodos de semeadura padrão para cada microrganismo - RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001 ↳ Regulamento técnico para padrões microbiológicos de alimentos. Padrão microbiológico - É o padrão ditado pelo Codex alimentaris de quanto é permitido de cada microrganismo no alimento. - De acordo com a severidade da doença são escolhidos planos de classe. Limite microbiológico - Determinado de acordo com o microrganismo e a doença que causa. Especificação microbiológica - Microrganismos que serão selecionados para contagem de acordo com os fatores intrínsecos e extrínsecos e doenças que causam. 2) Critérios microbiológicos - De acordo com o Codex alimentaris devem compor os critérios microbiológicos: • Definição dos microrganismos a serem analisados em cada produto; 2 ↳ Microrganismos selecionados através dos fatores intrínsecos extrínsecos. • Plano de amostragem; ↳ Depende da severidade da doença e do risco que a doença pode causar. • Metodologia analítica; ↳ Definido pela IN 62, pelos métodos oficiais • Estabelecimento de padrões para aprovação e reprovação. ↳ Definido pela RDC nº12. 2.1) Plano de Amostragem - Grupos (categorias) divididos relacionados com a severidade da doença que o microrganismo causa. - O risco a ser avaliado é o risco para o consumidor e o risco do produtor. - As amostras são escolhidas aleatoriamente. Plano de 3 Classes - N: Número de amostras. - C: Número permitido de microrganismos relacionada com a severidade da doença variando entre m e M. - M: Número máximo de microrganismos. Valores acima desse são inaceitáveis. - m: Número mínimo de microrganismos. - Análise quantitativa, pois há quantidades permitidas. Plano de 2 Classes - N: Número de amostras. - C: Igual a zero. Presença ou ausência de microrganismos. Reprovação por presença. - Análise qualitativa, não é necessario quantificar, pois a presença já reprova o alimento. 2.2) Categorias Grupo 1 - Categoria 1, 2 e 3 - Não oferecem risco direto à saúde. - Principalmente composto de microrganismos deteriorantes, que causam de redução da vida útil do alimento. - É permitida uma certa concentração dos microrganismos dessa classe. - É usado o plano de 3 classes. 3 Grupo 2 - Categoria 4, 5 e 6 - Oferecem risco baixo e indireto à saúde. - Composto principalmente por microrganismos indicadores (coliformes). - Em grande quantidade, podem indicar condições não apropriadas no alimento, como falta de qualidade sanitária ou higiênica. - É permitida uma certa concentração dos microrganismos dessa classe. - É usado o plano de 3 classes. Grupo 3 - Categoria 7, 8 e 9 - Oferecem risco moderado e difusão limitada. - Causa doenças autolimitantes, onde não há necessidade de intervenção clínica e tratamento medicamentoso. - Composto principalmente por microrganismos causadores de intoxicação. ↳ Ex.: Staphylococcus aureus, Bacillus cereus, Clostridium perfringens. - É usado o plano de 3 classes. Grupo 4 - Categoria 10, 11 e 12 - Microrganismos que oferecem risco direto, podendo causar doenças graves, mas que não levam à morte. - Demanda intervenção clínica e tratamento medicamentoso para que a doença não se agrave e leve o indivíduo a morte. - Causadores de infecção e toxinfecção. ↳ Ex.: Salmonella sp, Shigella (não produtora de toxina shiga), Vibrio, Escherichia coli (do tipo leve, que causa somente diarreia). - A doença pode ser causada se o microrganismo estiver presente, portanto não há qualquer concentração permitida, devendo ele estar completamente ausente. - É usado o plano de 2 classes. Grupo 5 - Categoria 13, 14 e 15 - Causam doenças muito graves, que podem levar à morte ou demandar de tratamento longo. - A presença de pequenas quantidades do microrganismo já podem causam a doença. - Podem causar infecção, toxinfecção e intoxicação. 4 ↳ Ex.: Clostridium botulinum, Shigella dysenteriae, Clostridium Perfringes (c), E. coli (enteroemorrágica). - O alimento não pode apresentar esses microrganismos. - É usado o plano de 2 classes. 3) Amostras - A coleta de amostras pode ser única ou de amostra duplicada se houver a possibilidade. - É feita uma análise laboratorial e o laudo de análise é dado de acordo com a legislação. ↳ Análise microbiológica ou físico- química. - Contraprova: A amostra é colhida em triplicata. Uma é a de análise, outra de contraprova e a terceira é de testemunho. Isso garante que a análise foi feita da forma correta. - Deverão ser registradas informações importantes, como: ↳ Motivo da coleta; ↳ Quantidade coletada; ↳ Tipo de análise que precisa ser feita; ↳ Condições de armazenamento. - A amostra deve ser lacrada e acomodada de forma adequada para que não haja alteração das características do produto. ↳ Gelo seco ou gelo reaproveitável (em saquinho) para garantir que não haverá crescimento de mais microrganismos. ↳ Material deve ser acondicionado em caixa isotérmica (não isopor). Amostra Indicativa - Número de unidades amostrais inferior do que o estabelecido. Amostra representativa - Número de unidades amostrais de acordo com o plano. Unidade amostral - Porção ou embalagem individual de forma aleatória. - Usado principalmente em casos de problemas pontuais.
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