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Julia Silva Hematoquezia E O Uso De Metronidazol Em Gastroenterite Canina A hematoquezia é hemorragia por via retal de cor avermelhada (sangue vivo nas fezes), pode ser originária de uma fonte do trato gastrintestinal superior ou inferior. A gastroenterite Canina é um quadro clínico de ocorrência rotineira na clínica médica de pequenos animais devido à inflamação de mais de uma parte do trato gastrintestinal ou de todo o trato (JONES, 2000). Esses casos podem apresentar, além da hematoquezia, sinais de tenesmo, dor abdominal, vomito e diarreia. Em muitos casos é utilizado o Metronidazol na terapêutica dessa afecção, que age bem nos casos bacterianos (ex: clostridium) e protozoários (ex: giárdias), porém as gastroenterites podem ter diversas causas e identificá-las é importante para um correto diagnóstico e tratamento. Esse quadro possui, entre outras, várias etiologias: virais, parasitárias, bacterianas, intoxicações em geral e alimentares (MAHL, 1994). A hematoquezia também vai estar presente nos casos de parasitismo, DRC (amônia gera lesões no sistema gastrointestinal), colites, infecções fúngicas (Pythium). Para identificar a presença de vírus e vermes que promovam gastroenterite em cães é necessário a análise de amostras sanguíneas e de fezes. A terapêutica deve ser adequada de acordo com o diagnóstico. Quando o metronidazol penetra no organismo parasita, as enzimas redutoras geram nitroderivados que possuem toxicidade seletiva para microrganismos anaeróbios. Essa toxicidade se deve pelos metabólitos formarem complexos com o DNA e provocarem rupturas na estrutura helicoidal, se decompondo em compostos inativos posteriormente (LINDSAY e BLAGBURN, 2013). Porém em quadros crônicos, característicos de colites, o uso de metronidazol é dispensável sendo indicado a realização da biopsia para diagnostico.
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