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1 Disciplina: Dança e Ritmo na Educação Física Autores: M.e Desireé Goubel Favoreto Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso Ano: 2017 Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 2 Desireé Goubel Favoreto Dança e Ritmo na Educação Física 1ª Edição 2017 Curitiba, PR Editora São Braz 3 FICHA CATALOGRÁFICA FAVORETO, Desireé Goubel. Dança e Ritmo na Educação Física / Desireé Goubel Favoreto – Curitiba, 2017. 42 p. Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt. Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso. Material didático da disciplina de Dança e Ritmo na Educação Física – Faculdade São Braz (FSB), 2017. ISBN: 978-85-94439-89-5 4 PALAVRA DA INSTITUIÇÃO Caro(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão Universitária. A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas também brasileiros conscientes de sua cidadania. Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e estudantes. Bons estudos e conte sempre conosco! Faculdade São Braz 5 Apresentação da disciplina A disciplina aborda sobre a dança, seu histórico e importância. Tratará da dança na escola, que deve-se ter diferenciação dos conteúdos por faixa etária, mostrando a importância do profissional de Educação Física, que além da movimentação corporal, visa-se formar o cidadão. Passará também pelas leis pertinentes à área, como os Parâmetros Curriculares Nacionais, as Diretrizes de Bases. Há vários questionamentos a serem respondidos, procurando se ter uma transformação da sociedade. Os pais são muito importantes para com essa aprendizagem também, apoiando e não discriminando as crianças, sendo que a escola tem um papel de extrema importância no desenvolvimento global da criança. Passará sobre as fases de desenvolvimento das crianças, e então se entrará em atividades que podem ser desenvolvidas para cada faixa etária, mostrando a importância e o que se desenvolver em cada uma. Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 6 AULA 1 – DANÇA NA ESCOLA Apresentação da Aula 01 A aula irá abordar sobre a dança, o que é, e como se insere dentro das escolas, mostrando sua importância e suas possibilidades, assim como sua inserção através dos Parâmetros Curriculares de Educação Física. 1 Dança Ao lado do teatro e da música, a dança é uma das três principais artes cênicas da antiguidade. A especificidade da dança está em tratá-la como arte, a não somente como movimento (e suas diversas estruturas), dançarino (a), som e o espaço geral onde ocorre. Vocabulário A Dança é a arte ou técnica de acompanhar ritmos de músicas em uma série de movimentos corporais, sendo esses intencionais ou harmoniosos, podendo ser coreografado ou através da dança livre. Disponível em: http://www.aulete.com.br/dan%C3%A7a Historicamente a dança era realizada desde o Antigo Egito nas danças astro-teológicas, na Grécia relacionadas aos jogos olímpicos, e assim perpetuando e se desenvolvendo até se ter o que temos na atualidade. 7 Saiba Mais Para compreender um pouco mais sobre a história da dança, os períodos históricos, acesse o site da Secretaria da Educação. Disponível em: http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.ph p?conteudo=102 A dança é uma maneira de trabalhar o corpo do ponto de vista orgânico, funcional e psicossocial, isto é, boa saúde orgânica, psicológica e social. A dança desperta, estimula e desenvolve a criatividade, o potencial humano e de movimento, incentivando a expressão corporal, disciplina, coordenação, flexibilidade, desinibição e trabalho em grupo. Assim, dentre outras áreas, a dança melhora as funções: • Orgânico funcional; • Psicossocial; • Saúde orgânica; • Saúde psicológica; • Saúde social; • Criatividade (fundamento mais importante); • Flexibilidade; • Desinibição; • Trabalho em grupo. 8 Fonte: http://www.curiosaidade.com.br/cgi- local/conteudo.atw?url=conteudo/em_destaque/noticias/2013/1307121/materia& A Dança visa fazer um sujeito com maior consciência, melhorando suas escolhas e tomadas de decisões para interagir com o mundo. Para isso, ela conta com três elementos formais, o movimento corporal, espaço e o tempo. O movimento é feito pelo corpo, ou parte dele, em um determinado tempo e espaço, já o tempo é a velocidade do movimento, seu ritmo e duração, e o espaço é onde o movimento ocorrerá, e a sua amplitude e extensões. 1.1 Dança na Escola A dança muda de forma e de sentido conforme as tendências de cada época, percebe-se então as diferentes movimentações por faixa etária. Quanto mais cedo a criança for estimulada, experimentando, criticando, opinando, adquirindo, quanto menos ela construir “estigmas”, mais desenvolverá as suas capacidades afetivas, motoras e cognitivas. Desenvolve a capacidade de representar e de elaborar combinações de movimentos, a espontaneidade, a flexibilidade do agir e a fantasia. A dança aparece como conteúdo da disciplina de Artes e nas atividades rítmicas e expressivas na de Educação Física. Para essa segunda disciplina, a de Educação Física, a dança vem com objetivo de inserir a dança como uma cultura corporal, inserindo os aspectos motores, biopsicossocial, assim como condicionamento físico, emagrecimento, bem-estar e saúde. 9 A faixa etária é algo que deve ser levado em consideração, pois cada idade tem um quesito a ser desenvolvido, precisando então de diferentes movimentações: 1. Alunos que estão na puberdade: socialização de conhecimentos lógicos e estéticos, influência da sociedade, os padrões estéticos sociais e as várias mudanças hormonais, variações de pensamentos e sentimentos. 2. Crianças na pré-escola absorvem e acreditam como verdade absoluta atitudes e valores que aprendem e copiam. Vídeo Para compreender mais sobre a importância da dança, assista ao vídeo GLOBO REPORTER – 26/07/2013 completo – Os benefícios da Dança. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wiwNxBhQfTQ A responsabilidade dos professores é fazer com que as crianças sejam estimuladas desde cedo, experimentando, criticando, opinando, adquirindo e não construindo “estigmas”, de forma a auxiliar o desenvolvimento global da criança,porém o maior desafio dos professores é formar o cidadão a: • Propiciar o autoconhecimento; • Estimular vivências de corporeidade; • Incentivar a expressividade; • Possibilitar diálogos corporais; • Relacionamentos estéticos com outras pessoas e com o mundo; • Desenvolver apreciação e fruição de arte; • Gerar prazer e leveza; • Construir a subjetividade humana. 1.2 Dança na Escola 10 Deve-se refletir sobre a escola e sobre “como” o ensino de dança pode contribuir para que ela seja o espaço da construção e socialização de conhecimentos lógicos e estéticos. Contribuir para a educação de seres humanos mais sensíveis, críticos e expressivos. Deve-se fazê-los experienciar algo que conduza para além das vivências e sensações cotidianas. A dança na educação básica nos Parâmetro Curriculares Nacionais (PCNs) da área de Educação Física são os conhecimentos sobre o corpo e Atividades rítmicas e expressivas. As diretrizes situam a dança como uma das linguagens do ensino como complemento das aulas de música, artes, educação física e presente nas comemorações cívicas do calendário escolar. Quando a dança finalmente é oferecida no ambiente escolar como uma atividade em si, aparece como disciplina optativa de caráter extracurricular. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ATIVIDADES RÍTIMICAS E EXPRESSIVAS Este bloco de conteúdos inclui as manifestações da cultura corporal que têm como características comuns a intenção de expressão e comunicação mediante gestos e a presença de estímulos sonoros como referência para o movimento corporal. Trata-se das danças e brincadeiras cantadas. O enfoque aqui priorizado é complementar ao utilizado pelo bloco de conteúdo “Dança”, que faz parte do documento de Arte. O professor encontrará, naquele documento, mais subsídios 39 para desenvolver um trabalho de dança, no que tange aos aspectos criativos e à concepção da dança como linguagem artística. Num país em que pulsam o samba, o bumba-meu-boi, o maracatu, o frevo, o afoxé, a catira, o baião, o xote, o xaxado entre muitas outras manifestações, é surpreendente o fato de a Educação Física ter promovido apenas a prática de técnicas de ginástica e (eventualmente) danças européias e americanas. A diversidade cultural que caracteriza o país tem na dança uma de suas expressões mais significativas, constituindo um amplo leque de possibilidades de aprendizagem. Todas as culturas têm algum tipo de manifestação rítmica e/ou expressiva. No Brasil existe uma riqueza muito grande dessas manifestações. Danças trazidas pelos africanos na colonização, danças relativas aos mais diversos rituais, danças que os imigrantes trouxeram em sua bagagem, danças que foram aprendidas com os vizinhos de fronteira, danças que se 11 vêem pela televisão. As danças foram e são criadas a todo tempo: inúmeras influências são incorporadas e as danças transformam-se, multiplicam-se. Algumas preservaram suas características e pouco se transformaram com o passar do tempo, como os forrós que acontecem no interior de Minas Gerais, sob a luz de um lampião, ao som de uma sanfona. Outras, recebem múltiplas influências, incorporam-nas, transformando-as em novas manifestações, como os forrós do Nordeste, que incorporaram os ritmos caribenhos, resultando na lambada. Nas cidades existem danças como o funk, o rap, o hip-hop, as danças de salão, entre outras, que se caracterizam por acontecerem em festas, clubes, ou mesmo nas praças e ruas. Existem também as danças eruditas como a clássica, a contemporânea, a moderna e o jazz, que podem às vezes ser apreciadas na televisão, em apresentações teatrais e são geralmente ensinadas em escolas e academias. Nas cidades do Nordeste e Norte do país, existem danças e coreografias associadas às manifestações musicais, como a timbalada ou o olodum, por exemplo. A presença de imigrantes no país também trouxe uma gama significativa de danças das mais diversas culturas. Quando houver acesso a elas, é importante conhecê-las, situá-las, entender o que representam e o que significam para os imigrantes que as praticam. Existem casos de danças que estão desaparecendo, pois não há quem as dance, quem conheça suas origens e significados. Conhecê-las, por intermédio das pessoas mais velhas da comunidade, valorizá-las e revitalizá-las é algo possível de ser feito dentro deste bloco de conteúdos. As lengalengas são geralmente conhecidas das meninas de todas as regiões do país. Caracterizam-se por combinar gestos simples, ritmados e expressivos que acompanham uma música canônica. As brincadeiras de roda e as cirandas também são uma boa fonte para atividades rítmicas. Os conteúdos deste bloco são amplos, diversificados e podem variar muito de acordo com o local em que a escola estiver inserida. Sem dúvida alguma, resgatar as manifestações culturais tradicionais da coletividade, por intermédio principalmente das pessoas mais velhas é de fundamental importância. A pesquisa sobre danças e brincadeiras cantadas de regiões distantes, com características diferentes das danças e brincadeiras locais, pode tornar o trabalho mais completo. Por meio das danças e brincadeiras os alunos poderão conhecer as qualidades do movimento expressivo como leve/pesado, forte/fraco, rápido/lento, fluido/interrompido, intensidade, duração, direção, sendo capaz de analisá-los a partir destes referenciais; conhecer algumas técnicas de execução de movimentos e utilizar-se delas; ser capazes de improvisar, de construir coreografias, e, por fim, de adotar atitudes de valorização e apreciação dessas manifestações expressivas. A lista a seguir é uma sugestão de danças e outras atividades rítmicas e/ou expressivas que podem ser abordadas e deverão ser adaptadas a cada contexto: • danças brasileiras: samba, baião, valsa, quadrilha, afoxé, catira, bumbameu- boi, maracatu, xaxado, etc.; • danças urbanas: rap, funk, break, pagode, danças de salão; • danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas, jazz; • danças e coreografias associadas a manifestações musicais: blocos de afoxé, olodum, timbalada, trios elétricos, escolas de samba; • lengalengas; • brincadeiras de roda, cirandas; • escravos-de-jó. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro07.pdf 12 Deve-se ocupar o tempo da crianças para impedir que em seu tempo de ócio e fora do ambiente escolar, entre em contato com a violência e ilegalidade, e uma das melhores formas é oferecendo atividades que exigem menos formalidade para não ser cansativo mentalmente, como a dança e outras modalidades no contra turno. 1.3 Formação ou Ocupação? A dança tem como um de seus objetivos o de prevenir contra o stress e esquecer dos problemas. Quando se fala do dança, se tem, por exemplo, a formação de uma coreografia no final do ano letivo. Neste caso se leva horas de aprendizagem, preparação, técnica, criação, ensaio, elaboração de figurino, iluminação, maquiagem, cenografia, gravação de trilha sonora etc., torna-se praticamente inviável dar conta de todo o conteúdo em alguns poucos encontros semanais na escola. No caso de apresentações, necessita-se de coreografias pré- concebidas e memorização de sequências codificadas. Os profissionais devem superar o analfabetismo teórico-reflexivo, de forma a saber o que, como e até o porquê ensinar dança na escola, até porque a dança aparece muitas vezes apenas como meio ou recurso educacional, e não como disciplina. No entanto, a visão de que “dançar se aprende dançando”, nada mais é, na verdade, uma postura ingênua (no sentido freiriano) em relação aos múltiplos significados, relações, valores pessoais, culturais, políticos e sociais da importância da modalidade. Porém, assim ficam alguns questionamentos: 13 • Quais são, por exemplo, os ensinamentos em relação ao gênero contidosnos movimentos da quadrilha? • O que a dança do “bumbum” e do “tchan” estariam ensinando para as crianças sobre sexualidade? • Nas salas de aula, o que estaria se ensinando sobre hierarquia e poder quando os professores se colocam na frente dos alunos (as) e, virados de costas, mandam que simplesmente os sigam? • Ou ainda, que mensagens estariam ocultamente contidas no fato do professor (a) privilegiar as danças folclóricas em detrimento do repertório pessoal de movimento de cada aluno (a)? A dança traz a liberdade de poder agir crítica e corporalmente em função da compreensão, desconstrução e transformação da sociedade. Os pais tem extrema importância para os alunos, e a educação estética dos pais se faz nas apresentações dos filhos. Deve-se preparar os pais para se sentarem na plateia e serem o público. Um espetáculo completo irá fazer os alunos desenvolverem, além da sua coordenação motora, sua criatividade, espírito de equipe, consciência corporal, liderança, companheirismo, dentre outras habilidades importantes não somente para o momento da criação, mas para toda a vida. Para os pais, as apresentações são um prazer, pois além de sair da rotina, envolve-os em uma magia cênica, sendo efetivamente uma experiência estética, na qual os pais poderão ver a evolução e desenvolvimento de seus filhos. O forte preconceito é um motivo para muitos professores(as) darem outros nomes as suas atividades com a dança (“expressão corporal”, “movimento e criação”, etc.) que mascaram suas intenções e, ao mesmo tempo, permitem que um número maior de alunos tenham acesso à ela. 14 Saiba Mais Sabe-se que ainda hoje, não são poucos os pais, e até mesmo os alunos, que consideram a dança como “coisa de mulher”. Para compreender um pouco sobre esse estigma, veja o artigo do site Terra: Dança é coisa de homem, sim, senhor! Disponível em: https://diversao.terra.com.br/arte-e- cultura/danca/danca-e-coisa-de-homem-sim- senhor,ee9a10044fcbc410VgnVCM3000009af154d0RCRD.ht ml O corpo, como a dança, ainda são cobertos por um mistério que a grande maioria da população escolar ainda não conseguiu investigar, explorar, perceber, sentir, entender ou criticar. Embora não se aceite mais o pré-conceito em relação ao contato com o corpo e com a arte, as gerações que não tiveram dança na escola muitas vezes não conseguem entender em seus corpos exatamente o que se propõe. A escola tem o papel não de reproduzir, mas de instrumentalizar e de construir conhecimento em/através da dança com seus alunos(as). É um complexo articulado entre os espaços vividos percebidos e imaginados na inter-relação de corpos, mentes, emoções, intuições e crenças espirituais. Dessa forma, o professor deve proporcionar aos alunos, conhecimentos sistematizados, “novos” enquanto cultura de movimento. 1.4 Conteúdos Sistematizados A dança quanto a conteúdo sistematizado podem ser de expressão, consciência corporal, expressão corporal, conteúdo e repertório: Expressão: No primeiro momento sentimento efetivo, associado às vivências/descargas emocionais. Sentimento cognitivo, com o qual a dança, enquanto forma de conhecimento e disciplina escolar, estaria mais engajada. Conhecimento direto da dança (a vivência prática) permite um tipo diferenciado 15 de percepção, discriminação e crítica tanto da dança quanto de suas relações conosco mesmo e com o mundo. Consciência corporal: Perceber, experimentar e entender dos corpos o quê, onde, como e com quem/o porquê o movimento acontece. Conhecimento e prática com as diversas partes do corpo, com as dinâmicas de movimento, com o uso do espaço pessoal de cada um, das ações e dos relacionamentos que se estabelecem entre esses elementos. Expressão corporal: O sentimento e a emoção contidos nas artes permite dar/criar significados àquilo que se vive sem intermediação da linguagem falada ou das experiências refletidas. Ela permite exprimir aquilo que se sente e quer. Conteúdos: Em um segundo momento, o conhecimento inclui os elementos históricos, culturais e sociais da dança como história, estética, apreciação e crítica, sociologia, antropologia, música, assim como saberes de anatomia, fisiologia e cinesiologia. Repertórios: Depois são os textos que possibilitam um conhecimento direto da dança nas artes. É essencialmente a escolha dos textos que, articulada aos itens anteriores, garante a presença da dança no processo educativo. Deve-se ter a criação de uma “rede de textos” tecida especialmente para cada situação educativa. O professor deve montar “listas de conteúdos por série e faixa etária” e o planejamento “em colunas”. O contexto é aquilo a ser trabalhado, compreendido, desvelado, desconstruído, problematizado e transformado por processos artístico- educativos. Para Refletir Até onde o professor pode e deve ir ao ensinar a dança? Quais são os objetivos a serem alcançados durante as aulas de dança ministradas por professores de Educação Física? 16 1.5 A vivência, a Prática e o Treino O âmbito da vivência diz respeito à atuação do profissional de Educação Física na escola, em que o aluno toma contato com a cultura corporal de movimento, sem preocupar-se com a aquisição e habilidade técnica, pois esta cabe ao âmbito do treino. E a dança quando ensinada na escola deve estar inserida no âmbito da vivência. A dança como atividade motora utilizada para a consecução dos objetivos da educação física, ela deve prestar-se aos propósitos e finalidades da educação física escolar, e não se caracterizar como um campo de conhecimento isolado. A Educação Física não deve descaracterizar e nem desqualificar a dança, apenas amplia as suas possibilidades de interação e atuação, sem se esquecer que através da dança procede-se um resgate da produção da cultura com significado de existência. Resumo da Aula 01 Nesta aula foram abordados os conceitos de dança, de educação física e do conteúdo dentro da disciplina, mostrando as possibilidades e sua importância, mostrando os conteúdos que devem ser abordados e como fazer isso. Atividade de Aprendizagem Dentro das possibilidades observadas nas escolas, discorra sobre quais seriam os conteúdos e temas que seriam pertinentes abordar dentro do conteúdo de dança na disciplina de Educação Física. 17 2 – DESENVOLVENDO A CRIANÇA Apresentação Aula 02 A aula irá abordar sobre as atitudes esperadas para os professores, como é o contato com a criança, o que os autores falam sobre o desenvolvimento, como ele ocorre, assim como formas para fazer esse ocorrer da melhor forma possível, e as fases de desenvolvimento, além dos conteúdos e objetivos a se alcançar nas aulas. 2.1 Atitudes As atitudes que os professores tem, os alunos irão copiar. Os alunos são reflexo do professor, possuem células espelho ou neurônios espelho, refletindo o que é visto ou ouvido. As atitudes refletem no outro sempre (bocejo, choro, alegria). Dessa forma, o professor deve olhar internamente, analisar sua conduta e postura, e somente após a de seus alunos. Deve-se pensar, “que tipo de alunos se quer formar?”, sendo que a resposta deveria ser: “uma criança mais madura não só pela técnica”, para isso, se deve olhar com mais amor e afeto para os alunos, passando confiança, de forma com que faça a criança se sentir bem, confiante e seguro para se libertar de qualquer possível estigma e aprender. 2.2 Contato com a Criança Para o contato com a criança, o professor deve saber que na dança o corpo é o mediador, o veículo de emoções, e assim compreender, através da postura, o que a criança está sentindo. Os pais muitas vezes acabam cometendo excessos ou negligência com seus filhos, as vezes superprotegendo-os, em outra não reconhecendo a importância de determinadasatividades, assim negligenciando o aprendizado. 18 Vídeo Sobre a importância e o papel de cada um dentro da escola, assista o vídeo Pais x Escola – Quem Educa? – Mário Sérgio Cortella – 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Y5lBljqYdNg Muitas vezes a presença dos pais atrapalha, tirando a autoridade dos professores, porém, o trabalho deve ser em conjunto, e ambos falarem a mesma língua. Deve-se falar da importância tanto da educação física, como da dança na vida deles, e deixá-las falar suas ambições, expectativas e sugestões para as aulas, sendo que os professores devem observar: • A ação (instintiva, movido por emoção); • O movimento (existe cognição); • As expressões e tom de voz: apresenta atitudes diferentes com choros e risos diferentes, quando bate pode ser insatisfação e desconta no primeiro que está do lado ou por que quis bater mesmo. Henri Wallon (1995) fala sobre o pensamento sincrético, que é reservado a criança, em que se tem a mistura de ideias, confusão mental, já o pensamento categorial é o de adultos, no qual se tem a seleção de ideias, filtro de assuntos. Segundo o autor, o amadurecimento acontece em camadas: • Até 12 meses - só recebe estímulos; • Até 5 anos - interpreta estímulos (Egocentrismo - 2 a 5 anos); • Até 8 anos - armazena estímulos, interpreta. (Ex: jogar a bola só para os amigos, não jogar a bola, não querer participar.) Quando se fala em aprendizagem, deve-se saber que no indivíduo há uma tripolaridade: 19 Fonte: Elaborado pelo DI (2017) O corpo é o instrumento mais importante que o ser humano disponibiliza para trabalhar, se transformar. A pessoa, quando dança, utiliza o corpo experimentando diversas sensações, descobrindo inúmeras possibilidades de se movimentar, de se conectar consigo mesmo, descobrindo formas de se sentir bem com seu próprio corpo (GARAUDY, 1980). O professor deve compreender qual é o tipo de aprendizagem que melhor se adeque ao seu aluno, dessa forma, para as crianças visuais o professor deve demonstrar, para as crianças cognitivas deve-se visar o manuseio de objetos, e para as crianças sonoras, deve-se falar, explicar. Freud (1856 – 1939), conhecido como criador da psicanálise, propôs que a mente é dividida em duas áreas, o consciente, que é uma pequena parte da personalidade, é o nítido, o pequeno, insignificante e superficial, já o inconsciente é a maior parte, é interno, está oculto, são os instintos. O psicanalista destacou então, a partir disso, o id, o ego e o superego: Id: representa os processos primitivos do pensamento e as características atribuídas ao sistema inconsciente. É regido pelo princípio do prazer e apresenta origem orgânica/hereditária, estando ligado ao impulso sexual. O id se apresenta na forma de instintos que impulsionam o organismo, estando relacionado a todos os impulsos não civilizados, de tipo animal. Seria a voz que diria em nossa cabeça “Se está com vontade, vá e faça”. É o “querer”. Superego: é a parte que age contra o id, representando os pensamentos morais e éticos civilizados. Origina-se do complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. O superego é o nosso indicativo interno das normas e valores sociais que foram transmitidos pelos pais através do sistema de castigo e recompensas impostos à criança. O superego seria a voz que diria “não faça isso, pois não é certo”. É o “dever”. Ego: nada mais é do que a origem do seu próprio significado originado do latim, “eu”. O ego atua de acordo com o princípio da realidade, estabelecendo o equilíbrio entre as reivindicações do id e Intelecto (saber fazer) Motor (poder fazer) Emocional (querer fazer) 20 as exigências do superego com relação ao mundo externo. O ego localiza-se na zona consciente da mente. Enquanto o id e o superego são as vozes antagônicas, o ego é o responsável pela tomada de decisão. (RENNAN, 2017, s/p) O professor e os pais devem diferenciar quando a criança não faz algo por não querer de quando não faz pelo fato de não ter entendido. As crianças aprendem ações, medos e sentimentos por associação, ou seja, através da coincidência de vários estímulos, que levam a estabelecer nexo entre eles, ou por meio de consequências de suas condutas, podendo ser respostas positivas ou negativas. A criança aprende o tempo todo, mas não necessariamente aquilo que os pais e professores tentam ensinar-lhes de forma intencional. A relação ensino-aprendizagem nem sempre é linear e direta: nem tudo que se ensina, se aprende, e às vezes aprende-se coisas que não se pretendia ensinar. As crianças devem ser valorizadas, e para isso os professores e todos dentro da instituição devem se nortear nos seguintes pontos: • Utilizar princípios psicopedagógicos que norteiam um ambiente estimulante e principalmente feliz para as crianças, e saber que esses estão inter-relacionados e são interdependentes: autoestima, motivação, aprendizagem e disciplina. • Ajudar as crianças a criar sentimentos positivos em relação a si mesma. Sentindo-se valiosa e segura, o êxito escolar estará garantido. • Utilizar a aprendizagem por meio da ação e da exploração, é conquista, é construção do conhecimento pela própria criança. Uma vez adquirido por ela mesma, a apropriação desse conhecimento é mais significativa e nela permanecem. • Visar a aprendizagem lúdica através de jogos, brincadeiras, músicas, e dramatizações, pois é significativa e altamente motivadora, devendo acontecer em casa e na escola. 21 Saiba Mais O professor irá desestimular seus alunos caso se mostre inseguro na hora de aplicar o conteúdo, se for preconceituoso ou se der conteúdo inadequado a faixa etária. 2.3 Desenvolvimento Global O desenvolvimento global envolve o fator motor, o cognitivo e o emocional, sendo uma ferramenta de auxílio para a mesma. O Fator Cognitivo está ligada ao processo de aquisição de conhecimento, envolvendo fatores como a linguagem, raciocínio, percepção, memória, entre outros, ou seja, o desenvolvimento intelectual. O fator motor irá abordar fatores como a sustentação, força, coordenação, lateralidade, velocidade, entre outros, em sua execução. Já o fator emocional é sobre conhecer a si mesmo, seus pares, ter segurança, perspectiva, reconhecer o meio e ter controle emocional (satisfazer). É por meio da experiência, da observação e da exploração de seu ambiente, que a criança constrói seu conhecimento, modifica situações, reestrutura seus esquemas de pensamento, interpreta e busca soluções para fatos novos, o que favorece, e muito, o desenvolvimento intelectual da criança, principalmente, na fase pré-escolar. Dessa forma, o professor deve ajudar a criança a se divertir e aprender, partilhando suas descobertas, estimulando-as a pensarem criativamente e transformando o cotidiano e agitação em lições que poderão ser proveitosas para elas. A relação entre a vida escolar e o cotidiano é o que constitui a vida da criança, e no mundo atual necessita de humanização. Resgatar na criança de hoje os sentimentos da solidariedade, da cooperação, do compartilhar, do prazer de dividir e de dar. É na interação que desenvolverá seus valores, sua crítica, sua postura de vida, além da aquisição do conhecimento. Vai 22 conhecendo suas habilidades e talentos, colocando-os em prática e identificando o seu valor. Deve-se desenvolver certos estímulos: • Tátil – Sentir os movimentos e seus benefícios para seu corpo. • Visual – Ver os movimentos e transformá-los em atos. • Auditivo – Ouvir a música e dominar o seu ritmo. • Afetivo – Emoções e sentimentos transpostos na coreografia. • Cognitivo – Raciocínio, ritmo, coordenação. • Motor – Esquema corporal. O corpo se coloca segundo o que a pessoa pensae sente naquele momento e naquele espaço, muitas das vezes a cultura que este corpo vem adquirindo não vem sobrepor â sensação e ao sentimento no comportamento do corpo naquele ambiente. Trabalho de base físico, para o despertar da consciência corporal, percepção de si com o que está ao seu redor e despertar o interesse por algum código, estilo de dança. Importante Como os ossos, tendões, tecido cartilaginoso e discos epifisários estão flexíveis e frágeis na infância, os estímulos deverão ser submáximos utilizando a bilateralidade e de exigência múltipla, com progressão lenta para dar tempo suficiente para adaptação e estímulos suficientes para desenvolver suas conexões sinápticas. Um treinamento de flexibilidade, por exemplo, estará sempre associado a um treinamento de força específico: quanto mais um grupo muscular for fortalecido, mais ele deverá ser relaxado e submetido a um alongamento. 23 Para Refletir Como seria uma linguagem apropriada e adequada nas aulas de dança para as diferentes fases escolares: berçário, pré- escola, ensino fundamental I e II, ensino médio? 2.4 Fases de Desenvolvimento das Crianças Para compreender as fases de desenvolvimento das crianças, elas foram divididas de forma com que pudesse melhor compreender o que se desenvolve em cada uma delas: 3 a 7 anos: intensa movimentação, necessidade de brincadeiras, curiosidade por tudo e aptidão para o aprendizado. Reduzida capacidade de concentração, pensamento intuitivo, concreto, voltado para a prática, estritamente relacionado às experiências pessoais e de grande emocionalidade. Deve-se aplicar exercícios elementares gerais, estimular a alegria e a motivação da criança. Fazer as mais variadas explorações de movimento, contato com as sensações corporais a sua memória cinestésica. 6 a 7 anos: controle motor global se aprimorando; ocorrem perturbações no sono e perda de peso; desenvolvimento de habilidades motoras básicas; meninos e meninas ainda brincam juntos; já controlam alguns movimentos de equilíbrio, o cérebro já atingiu cerca de 90 a 95% do peso do adulto; aparelho muscular insuficiente e pouco tônico; escassa capacidade vital; caracteres sexuais e psicossexuais em estruturação; não apta para esforço prolongado; crescimento maior das extremidades; constrói sentenças cada vez mais longas; pensamento lógico; difere o certo do errado; gosta de ouvir histórias, desenhar, escrever e brincar; imitação e observação; tem dificuldade de manipular ideias opostas; idade de assimilação; ordena experiências acumuladas como adquiridas; mudanças de humor, curiosas; gosta de ser ouvida; separação da família e o convívio com outras crianças; compreende regras; ativas e 24 irriquietas; dificuldade de tomar decisões; centro das atrações; atenção limitada; raciocínio intuitivo e prático; aprendem com experiências pessoais do dia a dia; impulsos psíquicos instáveis; falta de paciência e perseverança. Movimentos fundamentais aprimorando os movimentos rudimentares. 6 a 10 anos: movimentação contínua que se reduz ao nível normal, interesse pelo esporte, bom equilíbrio psicológico, otimismo, entusiasmo, aprendizado rápido das aptidões ensinadas, processo de estimulação junto com o processo de irradiação do sistema nervoso central, levando facilmente a uma memorização motora que devem ser repetidos. Técnicas básicas dentro de uma coordenação mais grosseira que deverá ser aperfeiçoada. Nessa fase é que, por excelência, são adquiridos os níveis de flexibilidade que se possuirá ao longo da vida. Adquirirá importância fundamental e, embora a componente geral seja mantida obrigatoriamente, inicia o crescimento da componente específica. Submetidos a um regime de treinamento que mescle exercícios específicos com os de caráter geral. Exercícios passivos são ideais. 9 a 10 anos: combinações de movimentos; bom equilíbrio psicológico, atitude otimista em relação à vida, despreocupação, aquisição entusiasmada, porém destituída de crítica, de conhecimentos e habilidades; os músculos adquirem tônus e força, enquanto a nível cardio-circulatório obtém-se uma melhor resposta para o aumento do volume e força contrátil do miocárdio; o aparelho respiratório torna-se mais potente (maior capacidade vital); Autoconfiança e coragem; identificação e a afirmação sexual; sociabilização; amplitude funcional da coordenação e movimentação motoras; aperfeiçoamento da técnica; atenção, independência, responsabilidade, interesse, autocrítica em face às próprias realizações; aumento da substância muscular e da capacidade de resistência da estrutura óssea; comportamento psíquico em fase de equilíbrio; separação de meninos e meninas. 25 Atividade Elabore uma progressão de um movimento que é utilizado na dança. Pensando em cada faixa etária como seria aplicado? Utilize da Progressão pedagógica. 2.5 Conteúdos e Objetivos Com o objetivo definido, utilizando todos os artifícios apresentados no decorrer do processo e o bom senso deve-se dosar o que será útil no alcance do objetivo real, levando em consideração o que está sendo apresentado pela ciência, senso comum, educação e desenvolvimento humano, dentro da realidade em questão, cria-se novas perspectivas utilizando iniciativas com criatividade que ajudam no alcance do objetivo, inovando sem esquecer da ética. Os conteúdos específicos da dança são: aspectos e estruturas do aprendizado do movimento (aspectos da coreologia, educação somática e técnica), disciplinas que contextualizem a dança (história, estética, apreciação e crítica, sociologia, antropologia, música, assim como saberes de anatomia, fisiologia e cinesiologia) e possibilidades de vivenciar a dança em si (repertórios, improvisação e composição coreográfica). Vídeo A categoria Expressividade (como nos movemos) refere-se à teoria e prática desenvolvidas por Laban, em que as qualidades dinâmicas expressam a atitude interna do indivíduo, com relação a quatro fatores (dispostos na ordem de seu desenvolvimento na infância): fluxo, espaço, peso e tempo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FSShj74qcwo Sobre os fatores envolvidos no método de Laban, se tem: Fator fluência – fluxo: 26 Quando se fala de fluência, fluxo, se quer dizer a sensação do movimento, liberação e energia. As qualidades do elemento de esforço fluência são “livres” e/ou “contida” (libertada ou controlada). Auxilia na “integração”, trata-se de sua tarefa. A integração traz a sensação de unidade corporal. Existe na ligação dos movimentos para orientá-los em relação a eles mesmos e a outros movimentos. Fator força: Forte, firme, leve, fraco, suave, macio; As qualidades do peso são “leve” e/ou “firme”. Significa a conquista da verticalidade. A “tarefa” é a “assertividade”. Estabilidade e segurança. A “atitude” relacionada com o peso é a “intenção”, e afeta a sensação e a percepção do movimento. O peso informa sobre o “que” do movimento, transportar a si mesmo e auxiliar a afirmação da vontade. Distribui melhor o peso no “centro de leveza” (região escapular) e no “centro de gravidade” (região pélvica). Fator espaço: Graus de amplitude interno, pessoal, geral, social e direções de movimento; “direta” (um único foco no espaço, o corpo ou partes dele dirigem- se para um só ponto espacial) e/ou “flexível” (não com vistas à flexibilidade de juntas musculares e ósseas, mas com a ideia de multifoco: o corpo ou partes dele dirigem-se para vários pontos espaciais). Posições: quem sou eu e quem é o outro. “Comunicação”. “Atenção” que afeta o foco do movimento. O espaço informa o “onde” do movimento. Fator tempo: Duração, ritmo corporal e musical. “súbitas” (rápida) e/ou “sustentada” (lenta). “Operacionalidade”. Maturidade, a pessoa decide sobre o tempo. “Decisão”,e afeta a intuição e a execução do movimento. O tempo informa sobre o “quando” do movimento. Ajuda os limites a não serem tão rígidos e proporciona maiores mobilidade e tolerância em relação às frustrações (se não faço agora, farei depois). Salientar a existência dos tempo métrico e não- métrico. O ritmo interno ou biológico é o “não-métrico”, fundamental nas 27 improvisações. O “métrico” é o da adequação a uma música ou ao ritmo de trabalho. Saiba Mais Quando se fala de música, deve-se saber que para utilizá-la necessita-se cuidado, pois músicas podem gerar estados expressivos (e não pré-expressivos) com facilidade. Resumo da Aula 02 Nesta aula abordou-se sobre quais são as atitudes esperadas do professor, como é a relação professor-aluno, o que autores renomados falam sobre o desenvolvimento das crianças, as fases de desenvolvimento das crianças, os conteúdos e objetivos a serem abordados, e a mudança na dança a partir do método Laban. Atividade de Aprendizagem Discorra sobre quem foi Laban, e a importância de seu método para a dança. 3 – AULAS, CONTEÚDOS E PLANEJAMENTOS Apresentação da Aula 03 Esta aula irá abordar sobre as aulas, conteúdos e planejamentos, mostrando como se preparar uma aula. Falará sobre atividades rítmicas e expressivas, mostrando diversas atividades para se usar nas escolas para todas as faixas etárias. 28 3.1 Planejamento O planejamento da aula é muito importante, através dele se tem mais chances de obter êxito no processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que as aulas não sejam monótonas, desestimulantes ou desorganizadas. Assim, o planejamento é considerado peça-chave para o ensino. O planejamento do plano de aula é a organização escrita do que será elaborado pelo professor, visando aprimorar sua prática e o aprendizado dos alunos. Aqui serão demonstrados dois planejamentos, um por técnica e um por data/aula. Planejamento por técnica: Fonte: Elaborado pelo Autor 29 Planejamento por data/aula: Fonte: Elaborado pelo Autor 3.2 Planejamentos de Aulas de Dança As aulas de Dança na Educação Física, tem diversas atividades a serem elaboradas, de forma a abordar todos os conteúdos pertinentes a disciplina, de forma a desenvolver os alunos em todas as suas perspectivas. Serão elencadas atividades a se fazer nas aulas de dança. Atividades Rítmicas e Expressivas: Seguir diferentes tipos de música, ritmos e danças (identificar quais são). • História da serpente; • Marcha soldado; • Cabeça-ombro-joelho e pé; • Mestre André; • Escravos de Jó com objeto ou com o corpo; • Alabum ticabum (tons, ritmos); 30 • Andar e correr em ritmo de palmas, instrumentos, batuques, em várias direções • Estátua (temas); • Formar letras com o corpo; • Sessão historiada (cada um conta uma parte da história e todos representam); • Batalha do aquecimento (partes do corpo); Vídeo Assista ao vídeo do canal palavra cantada, Dança do tic tic tac (música sai preguiça) – Palavra Cantada, e descubra uma brincadeira que envolve a música, ritmo, dança, coordenação, equilíbrio, atenção, dentre outros. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Fr1zL7sr9oM Atividade Escolha uma técnica de dança e relacione-a com habilidades motoras, cognitivas e emocionais. Essa deve estar dentro dos objetivos da Educação Física. O instituto Alfaebeto coloca conceitos e ferramentas necessárias para um bom planejamento de aula: 1. Objetivos gerais e objetivos específicos: Os objetivos da educação são sempre de longo prazo – o que o aluno aprende na escola deve servir sempre ou para aprender mais ou para aplicar em situações novas, no futuro próximo ou remoto. Cada aula é um passo para atingir os objetivos de longo prazo e o que ocorre em cada aula deve ser consistente com isso. 2. Pré-requisitos: Pré-requisito refere-se a algo aprendido anteriormente e que integra uma nova aprendizagem. Essa nova aprendizagem não pode ocorrer sem que o pré-requisito tenha sido apreendido e esteja disponível na memória ativa do aluno. Por exemplo, para compreender um conteúdo sobre a história do continente americano, o aluno deve ter como pré-requisitos os 31 conceitos de Terra, conceitos de sociedade, o nove dos continentes, leituras de mapas etc. 3. O que deverá ser revisto na aula: Toda aprendizagem repousa em aprendizagens anteriores. Recordar assuntos, conceitos e operações já aprendidas facilita novas aprendizagens e permite aplicar o conhecido a novas situações. Cada plano de aula deve ser concluído com orientações sobre a aula seguinte, ressaltando para os alunos a relação com os objetivos gerais do curso. 4. Considerações sobre motivação e aplicações práticas: A motivação numa aula é algo muito concreto e tem duas implicações que também são muito concretas. Uma delas é a de energizar, mobilizar a atenção, o esforço e a energia do aluno. A outra é a de conectar o aluno com o tema e objetivo da aula. A mobilização, portanto, tem que ser permanente e duradoura – não pode se tratar de qualquer estímulo, apenas para chamar a atenção inicial dos alunos. 5. Atividades a serem desenvolvidas: As atividades não devem ser vistas como uma tarefa mecânica, mas sim como uma oportunidade de alcançar os objetivos previstos para a aula. Para cada atividade, o plano de aula deve identificar o formato, o conteúdo, as questões a serem respondidas pelo aluno, as formas de trabalho, o material e o tempo necessário. 6. Materiais necessários: A possibilidade de materiais é quase infinita – tudo o que existe no mundo, a rigor, pode tornar-se objeto de aprendizagem. No entanto, é preciso considerar alguns aspectos sobre esse ponto: os materiais devem estar disponíveis no momento da aula; devem ser compatíveis com as formas de apresentar o conteúdo; e as instruções de uso devem ser claras para que o tempo da atividade seja proveitoso. 7. Como avaliar: Ao final do plano de aula, o professor deve ter consciência de como, a partir de todos os tópicos citados acima, vai avaliar se os objetivos foram atingidos. A única forma de saber se o aluno aprendeu é oferecendo oportunidades para que ele demonstre o aprendizado, seja por meio de provas, trabalhos de campo, exposições ou outras formas de avaliação. (INSTITUTO ALFAEBETO, 2016, s/p) Para se elaborar aulas de dança para a Educação infantil alguns conceitos devem ser pensados: • Escolher músicas com ritmo adequado à motricidade da idade; • Letras simples e repetitivas; • De fácil compreensão e memorização para a criança; • Movimentos que combinem com a letra da música; • Linguagem infantil; • Deixá-los soltos pelo espaço. Berçário e maternal – grupo 3 Músicas: • Fui ao mercado (Formiguinha) - várias versões 32 • Cinco Patinhos - Xuxa • Patati patata remix • Pop pop - Eliana • Bichos - Xuxa • Pintinho amarelinho - várias versões Mais elaboradas: • Aeróbica tropical - Bia Bedran • O carimbador maluco - Eliana várias versões • A Casa - Eliana várias versões • Olha a música - Xuxa • Bolinha de sabão - Cristina Mel Vídeo Uma das opções discutidas, é sobre a música fui no mercado (formiguinha), veja o vídeo Fui no mercado comprar café – música da formiguinha – Fer e tia Cris. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EyH8a8r2rF8 Pré I – grupo 4 Músicas: • O Ônibus - Xuxa • O Sapo não lava o pé e a minhoca - Xuxa • Levanta o Braço – Vovó Mafalda • Boneca de lata - Xuxa, Eliana • Os Números - Xuxa • Lavar as mãos - Eliana • Palminhas - Eliana Mais elaboradas: • Dança dos bichos - Eliana • Marchinha da Sereia - Helio Ziskind • Charleston - Balão Magico • As vogais - Eliana 33 • Meu cachorrinho (Chihuahua) - Eliana • O circo já chegou - Xuxa • Pular corda - XuxaPré II – grupo 5 Nessa fase já se consegue executar alguns movimentos diferentes dos anatômicos e começa a memorizar com movimentos mais precisos. Pode ser dado músicas com letras mais historiadas e que despertem a imaginação e a emoção. Músicas: • Biquíni de bolinha amarelinho tão pequenininho - Ronnie Cord; • Misturando as cores/onde estão as cores? - Xuxa; • Brincadeira de roda Ip op - Pandalelê; • Comida natural; • Tic tac do amor - Eliana; • O Circo – Xuxa; • Quando a música parar (Adoleta) – Eliana; • Piruetas – Xuxa; • Pipoca - Kitty Driemeyer; • Um mundo ideal - Eliana e Alexandre Pires; • Esquilos remix - Alvin e os esquilos. Vídeo Uma das músicas que foi indicada para se trabalhar no pré e que tem várias versões, é a Biquíni de bolinha amarelinha. Assista ao vídeo de uma apresentação dessa: Espetáculo de dança – biquíni de bolinha amarelinha. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lyZqyer_8CU Outro tipo de exercício que necessariamente deve ser abordado, é o alongamento. O alongamento irá ajudar e muito no crescimento das crianças, evitando elas de se machucarem, de se lesionarem, sendo que ter um bom 34 alongamento irá ajudar no desenvolvimento de várias atividades na escola e na vida. Os alongamentos podem ser: 1. Com música - Ex: borboletinha; 2. Com história; 3. Com figuras associativas; 4. Desafiar o aluno, por exemplo (Verão deitado, inverno em pé, outono e primavera sentado). Resumo da Aula 03 A aula abordou diversas atividades que podem ser executadas nas aulas de Dança na disciplina de Educação Física. Atividade de Aprendizagem Discorra sobre quais são os conteúdos de dança que despertam a curiosidade e novidade de conhecimento corporal, social e cultural dentro da realidade escolar. 4 – BRINCADEIRAS PARA CADA FASE DA EDUCAÇÃO Apresentação da Aula 04 A aula irá abordar sobre o que se deve desenvolver em cada faixa etária e dar exemplos tipos de atividades que poderão ser desenvolvidas. 4.1 Educação Infantil Na Educação Infantil, pode-se dividir a aula em quatro partes básicas: 35 • Aquecimento; • Parte técnica; • Fortalecer e alongar; • Coreografia e brincadeiras. Importante O principal papel da Educação Física com a aula de Dança é fazer o aluno experimentar todas as formas possíveis de movimentos e terem as mais diversas vivências. O aquecimento vai depender da parte técnica que será abordada. O professor além de ter o conteúdo, nessa faixa etária sempre deve buscar o fortalecimento, que pode ser através de: 1. História; 2. Figuras associativas; 3. Fazer a contagem mantendo o alinhamento; 4. Desafio. Há algumas brincadeiras que podem ser utilizadas nessa faixa etária que os alunos gostam muito, e os professores podem modificar e usar de diversas formas, como no aquecimento, no alongamento e também técnicas. Alguns exemplos delas são: • Esticar – Xuxa; • Estátua – Xuxa; • Sou um Jacaré – Xuxa; • Dirigindo meu carro – Xuxa; • A noite no Castelo - Hélio Ziskind; • Cinco na cama – Xuxa; • Agora eu vou andar (Andar devagarinho) – Xuxa; 36 • Ratinho tomando banho - Hélio Ziskind; • Ratinho escovando os dentes - Hélio Ziskind; • Ratinho, rap do reciclar - Hélio Ziskind; • Brincar de sonhar – Xuxa; • Tumbalacatumba – Xuxa; • Funk do Pica pau remixada; • O auê aí ô - Trem da alegria. 4.2 Ensino fundamental I, II e ensino médio Nessa fase, alguns quesitos podem ser desenvolvidos com as crianças, como o aperfeiçoamento, independência e memória: Aperfeiçoamento e independência: 1º e 2º ano No primeiro e segundo ano é uma fase interessante para aprender as diferentes possibilidades de pautas (lugar que o aluno ocupa na dança em espaço determinado) e as trocas de lugares. Coreografias elaboradas com letras mais difíceis mas ainda com toque infantil, mudança gradativa para nova faixa etária. Experimentar passos mais técnicos. Para memorização adequada ensiná-los a utilizar as lateralidades com referência no próprio corpo e não no espaço. 1º ano: • Bambu - Mauro Brincante; • A paz - Patrícia Negrini; • Cada bicho tem - Patrícia Negrini; • Soco, bate, vira – Xuxa; • O palhacinho atrapalhado – Xuxa; • Festa do amor – Eliana; • Bobinho – Xuxa. Músicas com outra língua historiada: 37 • I like to move it – Madagascar; • Tu tu tu pi - Helio Ziskind; • Macarena - Alvin e os esquilos; • Dig-dig-joy - Sandy e Júnior; • Afro circo - Madagascar 3; • He-man - trem da alegria. 2º ano • Escravos de Jó - várias versões; • Diga sim – Eliana; • Vamo pula! - Sandy e Júnior; • Kung fu fighting - Carl Douglas; • To Brazil – Vengaboys. 3º e 4º ano As técnicas devem ser passadas como elas precisam ser executadas nessa faixa etária, por completo. Os alunos apresentarão movimentos sem definições e com descontrole, mas a visualização e o entendimento acontecem por parte do aluno na maioria das vezes. A prática e a repetição irão trazer o refinamento da movimentação e da técnica. • Chegou a festa - Fat family; • Firework - Katy Perry; • What time is it? - High School Musical; 5º e 6º ano Conseguem atingir a técnica precisa e memorizam bem a movimentação, assim, pode-se ser exigidas sua execução adequadamente. Conseguem um controle adequado da movimentação. Os estímulos, as variações e as técnicas devem ser explorados ao máximo. 38 • Don´t stop the music – Rihana; • I gotta feeling - Black Eyed Peas; • Party Rock Anthem – LMFO; • What makes you beautiful - One Direction; Saiba Mais Sucessos musicais podem ser passageiros, mas não podem deixar de fazer parte do repertório nas aulas. Tocar as músicas dos momentos, pois os alunos as conhecem, e poderão se sentir mais à vontade em dançar. Outro fator que estimula os alunos a aprenderem e se desenvolverem com a dança, é através dos eventos sociais, como festas, definindo os estilos musicais, quando percebem que chamam atenção do sexo oposto. A dança também pode ajudar com a mudança física e comportamental que acontecem nessa faixa etária. 7º ano ao 1º ano do ensino médio Nessa fase acontece o estirão do crescimento, membros crescem antes do tronco, alterações hormonais e emocionais. Acontece o amadurecimento. Precisará se ter uma reaprendizagem motora, pois terá um “novo” corpo, novos valores e novas perspectivas sociais. Assim, reorganizando sua estrutura física e mental. Para as músicas, deve-se misturar os estilos, dar oportunidade para que eles escolham as músicas também e sintam-se parte da construção do conteúdo. Deve-se trazer um olhar crítico e estético sem julgamento, deve-se saber se é adequado a realidade. O professor deve agir e ensinar o RESPEITO. 39 Outro ponto que deve ser abordado com os alunos é sobre o Folclore. Além do Folclore Brasileiro, deve-se abordar o Mundial, como: Brasileiro: frevo, bumba meu boi, gaúcha, maculele, coco, fandango, samba etc Mundial: por exemplo a indiana, que são divididas em quatro categorias, as culturais ou semi-religiosas, as sociais, as de guerra e as sazonais, sendo conhecidas por estados (SHARANA, 2011): Karnataka: Kollatam, Yakshagana, Kodada Kunita Andhra Pradesh: Mathuri, Khonda Tamil Nadu: Kavadi, Bhotta Nritya, Karaga Kerala: Kolkali, Velakali, Tereyattam Maharashtra: Tamasha, Gowlan, Dindi Gujarat: Garba, Danda Rasa Rajastão: Kalbelia, Ghumar, Dandiya, Rasiya Bengal: Keertan, Dhale, Baul Punjab: Bhangra, Jhumar, Gidha Himachal Pradesh: Dangi, Deepak Assam: Dhuliya, Naga Vídeo Uma das formas de se mostrar a cultura do Brasil, desde a escravatura até a cultura momentânea, é através de pesquisas sobre ritmos e estilos de dança, e então montar apresentações e festivais.Veja algumas dessas danças: Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=aO96RV3u1OU 9º ano e Ensino médio 40 Esses alunos tem muito interesse nas danças de salão. Deve-se pedir para que eles tragam as pesquisas de passos, músicas e posturas masculinas e femininas dentro da dança. Exemplo: forró, samba de gafieira, tango, salsa, bolero, rumba, soltinho, lambada, zouk, valsa, etc. Saiba Mais Para compreender um pouco mais sobre a dança, os pontos que são importantes, seus fundamentos, acesse o site do mundo da dança. Disponível em: http://www.mundodadanca.art.br/2010/02/fundamentos-da- danca.html Resumo da Aula 04 Na aula foram abordadas atividades e os conteúdos que podem e devem ser abordados em cada série escolar. Atividade de Aprendizagem Monte uma sequência de músicas atuais e interessantes para adolescentes e analise se elas combinam entre si, tanto em ritmo quanto em letras e conteúdo. Monte de forma que seja possível elaborar uma coreografia com as músicas escolhidas para esta faixa etária. 41 Resumo da Disciplina A disciplina abordou sobre os pontos mais importantes dentro da área de Dança na Educação Física. Passou-se sobre sua importância em contexto geral, e dentro da escola, assim como as leis que abordam o tema. A dança se bem trabalhada pode abordar os conteúdos gerais, como corporeidade, equilíbrio, ritmo, entre outros, sendo que além dos aspectos físicos, aborda também o espírito de equipe, a cooperação e a criatividade. O professor e a escola tem grande importância no desenvolvimento e na vida das crianças, pois irão ajudar a formar o cidadão. A disciplina além de mostrar todas as qualidades de se trabalhar a dança, ainda mostrou várias opções de músicas e atividades a se usar, mostrando o que deve ser desenvolvido em cada faixa etária. 42 REFERÊNCIAS BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Artes. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental; Rio de Janeiro: DP&A, 2000. BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. FREIRE, Paulo. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 2005. FREIRE, Paulo. Professora Sim, tia Não – cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho D’Água, 2003. GARAUDY, D. Dançar a vida. 4ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. LE BOUCH, Jean. O desenvolvimento psicomotor: do nascimento aos 6 anos. Porto Alegre: Artes Médicas, s/d. RENNAN, D., Id, ego e superego: as “vozes” dentro de nossas mentes. Disponível em: https://www.eusemfronteiras.com.br/id-ego-e-superego-as- vozes-dentro-de-nossas-mentes/ SHARANA, K, Dança Indiana Brasil – Dib, disponível em: http://dancaindianabrasil.blogspot.com.br/p/as-dancas-folcloricas.html VYGOTSKY, L. S., Pensamento e linguagem. Ed. Martins Fontes, 1991. WALLON, H., As origens do caráter na criança. Ed. Nova Alexandria, 1995. WALLON, H., Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil, de Izabel Galvão. Ed. Vozes. Tel.: (24) 2246-5552. 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