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APOSTILA DANÇA E RÍTMO NA EDUCAÇÃO FÍSICA UNINA

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Prévia do material em texto

1 
 
Disciplina: Dança e Ritmo na Educação Física 
Autores: M.e Desireé Goubel Favoreto 
Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso 
Ano: 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
2 
 
Desireé Goubel Favoreto 
 
 
 
 
Dança e Ritmo na Educação Física 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2017 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
FAVORETO, Desireé Goubel. 
Dança e Ritmo na Educação Física / Desireé Goubel Favoreto – 
Curitiba, 2017. 
42 p. 
Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt. 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso. 
Material didático da disciplina de Dança e Ritmo na Educação Física – 
Faculdade São Braz (FSB), 2017. 
 ISBN: 978-85-94439-89-5 
 
 
 
 
4 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio 
Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 
299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e 
Extensão Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Apresentação da disciplina 
 
A disciplina aborda sobre a dança, seu histórico e importância. Tratará 
da dança na escola, que deve-se ter diferenciação dos conteúdos por faixa 
etária, mostrando a importância do profissional de Educação Física, que além 
da movimentação corporal, visa-se formar o cidadão. Passará também pelas 
leis pertinentes à área, como os Parâmetros Curriculares Nacionais, as 
Diretrizes de Bases. 
Há vários questionamentos a serem respondidos, procurando se ter uma 
transformação da sociedade. Os pais são muito importantes para com essa 
aprendizagem também, apoiando e não discriminando as crianças, sendo que 
a escola tem um papel de extrema importância no desenvolvimento global da 
criança. 
Passará sobre as fases de desenvolvimento das crianças, e então se 
entrará em atividades que podem ser desenvolvidas para cada faixa etária, 
mostrando a importância e o que se desenvolver em cada uma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
6 
 
AULA 1 – DANÇA NA ESCOLA 
 
Apresentação da Aula 01 
 
A aula irá abordar sobre a dança, o que é, e como se insere dentro das 
escolas, mostrando sua importância e suas possibilidades, assim como sua 
inserção através dos Parâmetros Curriculares de Educação Física. 
 
1 Dança 
 
Ao lado do teatro e da música, a dança é uma das três principais artes 
cênicas da antiguidade. A especificidade da dança está em tratá-la como arte, 
a não somente como movimento (e suas diversas estruturas), dançarino (a), 
som e o espaço geral onde ocorre. 
 
Vocabulário 
A Dança é a arte ou técnica de acompanhar ritmos de 
músicas em uma série de movimentos corporais, sendo esses 
intencionais ou harmoniosos, podendo ser coreografado ou 
através da dança livre. 
Disponível em: http://www.aulete.com.br/dan%C3%A7a 
 
Historicamente a dança era realizada desde o Antigo Egito nas danças 
astro-teológicas, na Grécia relacionadas aos jogos olímpicos, e assim 
perpetuando e se desenvolvendo até se ter o que temos na atualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Saiba Mais 
Para compreender um pouco mais sobre a história da dança, 
os períodos históricos, acesse o site da Secretaria da 
Educação. 
Disponível em: 
http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.ph
p?conteudo=102 
 
 
A dança é uma maneira de trabalhar o corpo do ponto de vista orgânico, 
funcional e psicossocial, isto é, boa saúde orgânica, psicológica e social. A 
dança desperta, estimula e desenvolve a criatividade, o potencial humano e de 
movimento, incentivando a expressão corporal, disciplina, coordenação, 
flexibilidade, desinibição e trabalho em grupo. Assim, dentre outras áreas, a 
dança melhora as funções: 
 
• Orgânico funcional; 
• Psicossocial; 
• Saúde orgânica; 
• Saúde psicológica; 
• Saúde social; 
• Criatividade (fundamento mais importante); 
• Flexibilidade; 
• Desinibição; 
• Trabalho em grupo. 
 
 
8 
 
 
Fonte: http://www.curiosaidade.com.br/cgi-
local/conteudo.atw?url=conteudo/em_destaque/noticias/2013/1307121/materia& 
 
A Dança visa fazer um sujeito com maior consciência, melhorando suas 
escolhas e tomadas de decisões para interagir com o mundo. Para isso, ela 
conta com três elementos formais, o movimento corporal, espaço e o tempo. 
O movimento é feito pelo corpo, ou parte dele, em um determinado 
tempo e espaço, já o tempo é a velocidade do movimento, seu ritmo e duração, 
e o espaço é onde o movimento ocorrerá, e a sua amplitude e extensões. 
 
1.1 Dança na Escola 
 
A dança muda de forma e de sentido conforme as tendências de cada 
época, percebe-se então as diferentes movimentações por faixa etária. Quanto 
mais cedo a criança for estimulada, experimentando, criticando, opinando, 
adquirindo, quanto menos ela construir “estigmas”, mais desenvolverá as suas 
capacidades afetivas, motoras e cognitivas. Desenvolve a capacidade de 
representar e de elaborar combinações de movimentos, a espontaneidade, a 
flexibilidade do agir e a fantasia. 
A dança aparece como conteúdo da disciplina de Artes e nas atividades 
rítmicas e expressivas na de Educação Física. Para essa segunda disciplina, a 
de Educação Física, a dança vem com objetivo de inserir a dança como uma 
cultura corporal, inserindo os aspectos motores, biopsicossocial, assim como 
condicionamento físico, emagrecimento, bem-estar e saúde. 
 
9 
 
A faixa etária é algo que deve ser levado em consideração, pois cada 
idade tem um quesito a ser desenvolvido, precisando então de diferentes 
movimentações: 
 
1. Alunos que estão na puberdade: socialização de conhecimentos lógicos 
e estéticos, influência da sociedade, os padrões estéticos sociais e as 
várias mudanças hormonais, variações de pensamentos e sentimentos. 
2. Crianças na pré-escola absorvem e acreditam como verdade absoluta 
atitudes e valores que aprendem e copiam. 
Vídeo 
Para compreender mais sobre a importância da dança, assista 
ao vídeo GLOBO REPORTER – 26/07/2013 completo – Os 
benefícios da Dança. 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=wiwNxBhQfTQ 
 
A responsabilidade dos professores é fazer com que as crianças sejam 
estimuladas desde cedo, experimentando, criticando, opinando, adquirindo e 
não construindo “estigmas”, de forma a auxiliar o desenvolvimento global da 
criança,porém o maior desafio dos professores é formar o cidadão a: 
 
• Propiciar o autoconhecimento; 
• Estimular vivências de corporeidade; 
• Incentivar a expressividade; 
• Possibilitar diálogos corporais; 
• Relacionamentos estéticos com outras pessoas e com o mundo; 
• Desenvolver apreciação e fruição de arte; 
• Gerar prazer e leveza; 
• Construir a subjetividade humana. 
 
1.2 Dança na Escola 
 
 
10 
 
Deve-se refletir sobre a escola e sobre “como” o ensino de dança pode 
contribuir para que ela seja o espaço da construção e socialização de 
conhecimentos lógicos e estéticos. 
Contribuir para a educação de seres humanos mais sensíveis, críticos e 
expressivos. Deve-se fazê-los experienciar algo que conduza para além das 
vivências e sensações cotidianas. 
A dança na educação básica nos Parâmetro Curriculares Nacionais 
(PCNs) da área de Educação Física são os conhecimentos sobre o corpo e 
Atividades rítmicas e expressivas. 
As diretrizes situam a dança como uma das linguagens do ensino como 
complemento das aulas de música, artes, educação física e presente nas 
comemorações cívicas do calendário escolar. Quando a dança finalmente é 
oferecida no ambiente escolar como uma atividade em si, aparece como 
disciplina optativa de caráter extracurricular. 
 
 
 
 
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DE 
EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
ATIVIDADES RÍTIMICAS E EXPRESSIVAS 
 Este bloco de conteúdos inclui as manifestações da cultura corporal que têm como 
características comuns a intenção de expressão e comunicação mediante gestos e a presença 
de estímulos sonoros como referência para o movimento corporal. Trata-se das danças e 
brincadeiras cantadas. 
O enfoque aqui priorizado é complementar ao utilizado pelo bloco de conteúdo “Dança”, que 
faz parte do documento de Arte. O professor encontrará, naquele documento, mais subsídios 
39 para desenvolver um trabalho de dança, no que tange aos aspectos criativos e à concepção 
da dança como linguagem artística. 
Num país em que pulsam o samba, o bumba-meu-boi, o maracatu, o frevo, o afoxé, a catira, o 
baião, o xote, o xaxado entre muitas outras manifestações, é surpreendente o fato de a 
Educação Física ter promovido apenas a prática de técnicas de ginástica e (eventualmente) 
danças européias e americanas. A diversidade cultural que caracteriza o país tem na dança 
uma de suas expressões mais significativas, constituindo um amplo leque de possibilidades de 
aprendizagem. 
Todas as culturas têm algum tipo de manifestação rítmica e/ou expressiva. No Brasil existe 
uma riqueza muito grande dessas manifestações. Danças trazidas pelos africanos na 
colonização, danças relativas aos mais diversos rituais, danças que os imigrantes trouxeram 
em sua bagagem, danças que foram aprendidas com os vizinhos de fronteira, danças que se 
 
11 
 
vêem pela televisão. As danças foram e são criadas a todo tempo: inúmeras influências são 
incorporadas e as danças transformam-se, multiplicam-se. Algumas preservaram suas 
características e pouco se transformaram com o passar do tempo, como os forrós que 
acontecem no interior de Minas Gerais, sob a luz de um lampião, ao som de uma sanfona. 
Outras, recebem múltiplas influências, incorporam-nas, transformando-as em novas 
manifestações, como os forrós do Nordeste, que incorporaram os ritmos caribenhos, resultando 
na lambada. 
Nas cidades existem danças como o funk, o rap, o hip-hop, as danças de salão, entre outras, 
que se caracterizam por acontecerem em festas, clubes, ou mesmo nas praças e ruas. Existem 
também as danças eruditas como a clássica, a contemporânea, a moderna e o jazz, que 
podem às vezes ser apreciadas na televisão, em apresentações teatrais e são geralmente 
ensinadas em escolas e academias. Nas cidades do Nordeste e Norte do país, existem danças 
e coreografias associadas às manifestações musicais, como a timbalada ou o olodum, por 
exemplo. 
A presença de imigrantes no país também trouxe uma gama significativa de danças das mais 
diversas culturas. Quando houver acesso a elas, é importante conhecê-las, situá-las, entender 
o que representam e o que significam para os imigrantes que as praticam. 
Existem casos de danças que estão desaparecendo, pois não há quem as dance, quem 
conheça suas origens e significados. Conhecê-las, por intermédio das pessoas mais velhas da 
comunidade, valorizá-las e revitalizá-las é algo possível de ser feito dentro deste bloco de 
conteúdos. 
As lengalengas são geralmente conhecidas das meninas de todas as regiões do país. 
Caracterizam-se por combinar gestos simples, ritmados e expressivos que acompanham uma 
música canônica. As brincadeiras de roda e as cirandas também são uma boa fonte para 
atividades rítmicas. 
Os conteúdos deste bloco são amplos, diversificados e podem variar muito de acordo com o 
local em que a escola estiver inserida. Sem dúvida alguma, resgatar as manifestações culturais 
tradicionais da coletividade, por intermédio principalmente das pessoas mais velhas é de 
fundamental importância. A pesquisa sobre danças e brincadeiras cantadas de regiões 
distantes, com características diferentes das danças e brincadeiras locais, pode tornar o 
trabalho mais completo. 
Por meio das danças e brincadeiras os alunos poderão conhecer as qualidades do movimento 
expressivo como leve/pesado, forte/fraco, rápido/lento, fluido/interrompido, intensidade, 
duração, direção, sendo capaz de analisá-los a partir destes referenciais; conhecer algumas 
técnicas de execução de movimentos e utilizar-se delas; ser capazes de improvisar, de 
construir coreografias, e, por fim, de adotar atitudes de valorização e apreciação dessas 
manifestações expressivas. 
A lista a seguir é uma sugestão de danças e outras atividades rítmicas e/ou expressivas que 
podem ser abordadas e deverão ser adaptadas a cada contexto: 
• danças brasileiras: samba, baião, valsa, quadrilha, afoxé, catira, bumbameu- boi, maracatu, 
xaxado, etc.; 
• danças urbanas: rap, funk, break, pagode, danças de salão; 
• danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas, jazz; 
• danças e coreografias associadas a manifestações musicais: blocos de afoxé, olodum, 
timbalada, trios elétricos, escolas de samba; 
• lengalengas; 
• brincadeiras de roda, cirandas; 
• escravos-de-jó. 
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro07.pdf 
 
 
 
12 
 
Deve-se ocupar o tempo da crianças para impedir que em seu tempo de 
ócio e fora do ambiente escolar, entre em contato com a violência e ilegalidade, 
e uma das melhores formas é oferecendo atividades que exigem menos 
formalidade para não ser cansativo mentalmente, como a dança e outras 
modalidades no contra turno. 
 
1.3 Formação ou Ocupação? 
 
A dança tem como um de seus objetivos o de prevenir contra o stress e 
esquecer dos problemas. 
Quando se fala do dança, se tem, por exemplo, a formação de uma 
coreografia no final do ano letivo. Neste caso se leva horas de aprendizagem, 
preparação, técnica, criação, ensaio, elaboração de figurino, iluminação, 
maquiagem, cenografia, gravação de trilha sonora etc., torna-se praticamente 
inviável dar conta de todo o conteúdo em alguns poucos encontros semanais 
na escola. 
 
 
 
 
No caso de apresentações, necessita-se de coreografias pré-
concebidas e memorização de sequências codificadas. 
 
 
 
Os profissionais devem superar o analfabetismo teórico-reflexivo, de 
forma a saber o que, como e até o porquê ensinar dança na escola, até porque 
a dança aparece muitas vezes apenas como meio ou recurso educacional, e 
não como disciplina. 
No entanto, a visão de que “dançar se aprende dançando”, nada mais é, 
na verdade, uma postura ingênua (no sentido freiriano) em relação aos 
múltiplos significados, relações, valores pessoais, culturais, políticos e sociais 
da importância da modalidade. Porém, assim ficam alguns questionamentos: 
 
 
13 
 
• Quais são, por exemplo, os ensinamentos em relação ao gênero 
contidosnos movimentos da quadrilha? 
• O que a dança do “bumbum” e do “tchan” estariam ensinando para as 
crianças sobre sexualidade? 
• Nas salas de aula, o que estaria se ensinando sobre hierarquia e poder 
quando os professores se colocam na frente dos alunos (as) e, virados 
de costas, mandam que simplesmente os sigam? 
• Ou ainda, que mensagens estariam ocultamente contidas no fato do 
professor (a) privilegiar as danças folclóricas em detrimento do repertório 
pessoal de movimento de cada aluno (a)? 
 
A dança traz a liberdade de poder agir crítica e corporalmente em função 
da compreensão, desconstrução e transformação da sociedade. 
Os pais tem extrema importância para os alunos, e a educação estética 
dos pais se faz nas apresentações dos filhos. Deve-se preparar os pais para se 
sentarem na plateia e serem o público. 
Um espetáculo completo irá fazer os alunos desenvolverem, além da 
sua coordenação motora, sua criatividade, espírito de equipe, consciência 
corporal, liderança, companheirismo, dentre outras habilidades importantes não 
somente para o momento da criação, mas para toda a vida. 
Para os pais, as apresentações são um prazer, pois além de sair da 
rotina, envolve-os em uma magia cênica, sendo efetivamente uma experiência 
estética, na qual os pais poderão ver a evolução e desenvolvimento de seus 
filhos. 
O forte preconceito é um motivo para muitos professores(as) darem 
outros nomes as suas atividades com a dança (“expressão corporal”, 
“movimento e criação”, etc.) que mascaram suas intenções e, ao mesmo 
tempo, permitem que um número maior de alunos tenham acesso à ela. 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Saiba Mais 
Sabe-se que ainda hoje, não são poucos os pais, e até 
mesmo os alunos, que consideram a dança como “coisa de 
mulher”. Para compreender um pouco sobre esse estigma, 
veja o artigo do site Terra: Dança é coisa de homem, sim, 
senhor! 
Disponível em: https://diversao.terra.com.br/arte-e-
cultura/danca/danca-e-coisa-de-homem-sim-
senhor,ee9a10044fcbc410VgnVCM3000009af154d0RCRD.ht
ml 
 
 
O corpo, como a dança, ainda são cobertos por um mistério que a 
grande maioria da população escolar ainda não conseguiu investigar, explorar, 
perceber, sentir, entender ou criticar. Embora não se aceite mais o pré-conceito 
em relação ao contato com o corpo e com a arte, as gerações que não tiveram 
dança na escola muitas vezes não conseguem entender em seus corpos 
exatamente o que se propõe. 
A escola tem o papel não de reproduzir, mas de instrumentalizar e de 
construir conhecimento em/através da dança com seus alunos(as). É um 
complexo articulado entre os espaços vividos percebidos e imaginados na 
inter-relação de corpos, mentes, emoções, intuições e crenças espirituais. 
Dessa forma, o professor deve proporcionar aos alunos, conhecimentos 
sistematizados, “novos” enquanto cultura de movimento. 
 
1.4 Conteúdos Sistematizados 
 
A dança quanto a conteúdo sistematizado podem ser de expressão, 
consciência corporal, expressão corporal, conteúdo e repertório: 
 
 Expressão: No primeiro momento sentimento efetivo, associado às 
vivências/descargas emocionais. Sentimento cognitivo, com o qual a dança, 
enquanto forma de conhecimento e disciplina escolar, estaria mais engajada. 
Conhecimento direto da dança (a vivência prática) permite um tipo diferenciado 
 
15 
 
de percepção, discriminação e crítica tanto da dança quanto de suas relações 
conosco mesmo e com o mundo. 
 Consciência corporal: Perceber, experimentar e entender dos corpos o 
quê, onde, como e com quem/o porquê o movimento acontece. Conhecimento 
e prática com as diversas partes do corpo, com as dinâmicas de movimento, 
com o uso do espaço pessoal de cada um, das ações e dos relacionamentos 
que se estabelecem entre esses elementos. 
 Expressão corporal: O sentimento e a emoção contidos nas artes 
permite dar/criar significados àquilo que se vive sem intermediação da 
linguagem falada ou das experiências refletidas. Ela permite exprimir aquilo 
que se sente e quer. 
 Conteúdos: Em um segundo momento, o conhecimento inclui os 
elementos históricos, culturais e sociais da dança como história, estética, 
apreciação e crítica, sociologia, antropologia, música, assim como saberes de 
anatomia, fisiologia e cinesiologia. 
 Repertórios: Depois são os textos que possibilitam um conhecimento 
direto da dança nas artes. É essencialmente a escolha dos textos que, 
articulada aos itens anteriores, garante a presença da dança no processo 
educativo. 
 
Deve-se ter a criação de uma “rede de textos” tecida especialmente para 
cada situação educativa. O professor deve montar “listas de conteúdos por 
série e faixa etária” e o planejamento “em colunas”. 
O contexto é aquilo a ser trabalhado, compreendido, desvelado, 
desconstruído, problematizado e transformado por processos artístico-
educativos. 
 
Para Refletir 
Até onde o professor pode e deve ir ao ensinar a dança? 
Quais são os objetivos a serem alcançados durante as aulas 
de dança ministradas por professores de Educação Física? 
 
 
 
16 
 
1.5 A vivência, a Prática e o Treino 
 
O âmbito da vivência diz respeito à atuação do profissional de Educação 
Física na escola, em que o aluno toma contato com a cultura corporal de 
movimento, sem preocupar-se com a aquisição e habilidade técnica, pois esta 
cabe ao âmbito do treino. E a dança quando ensinada na escola deve estar 
inserida no âmbito da vivência. 
A dança como atividade motora utilizada para a consecução dos 
objetivos da educação física, ela deve prestar-se aos propósitos e finalidades 
da educação física escolar, e não se caracterizar como um campo de 
conhecimento isolado. 
A Educação Física não deve descaracterizar e nem desqualificar a 
dança, apenas amplia as suas possibilidades de interação e atuação, sem se 
esquecer que através da dança procede-se um resgate da produção da cultura 
com significado de existência. 
 
Resumo da Aula 01 
 
Nesta aula foram abordados os conceitos de dança, de educação física 
e do conteúdo dentro da disciplina, mostrando as possibilidades e sua 
importância, mostrando os conteúdos que devem ser abordados e como fazer 
isso. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Dentro das possibilidades observadas nas escolas, discorra 
sobre quais seriam os conteúdos e temas que seriam 
pertinentes abordar dentro do conteúdo de dança na disciplina 
de Educação Física. 
 
 
 
 
 
 
17 
 
2 – DESENVOLVENDO A CRIANÇA 
 
Apresentação Aula 02 
 
A aula irá abordar sobre as atitudes esperadas para os professores, 
como é o contato com a criança, o que os autores falam sobre o 
desenvolvimento, como ele ocorre, assim como formas para fazer esse ocorrer 
da melhor forma possível, e as fases de desenvolvimento, além dos conteúdos 
e objetivos a se alcançar nas aulas. 
 
2.1 Atitudes 
 
As atitudes que os professores tem, os alunos irão copiar. Os alunos são 
reflexo do professor, possuem células espelho ou neurônios espelho, refletindo 
o que é visto ou ouvido. As atitudes refletem no outro sempre (bocejo, choro, 
alegria). Dessa forma, o professor deve olhar internamente, analisar sua 
conduta e postura, e somente após a de seus alunos. Deve-se pensar, “que 
tipo de alunos se quer formar?”, sendo que a resposta deveria ser: “uma 
criança mais madura não só pela técnica”, para isso, se deve olhar com mais 
amor e afeto para os alunos, passando confiança, de forma com que faça a 
criança se sentir bem, confiante e seguro para se libertar de qualquer possível 
estigma e aprender. 
 
2.2 Contato com a Criança 
 
Para o contato com a criança, o professor deve saber que na dança o 
corpo é o mediador, o veículo de emoções, e assim compreender, através da 
postura, o que a criança está sentindo. 
Os pais muitas vezes acabam cometendo excessos ou negligência com 
seus filhos, as vezes superprotegendo-os, em outra não reconhecendo a 
importância de determinadasatividades, assim negligenciando o aprendizado. 
 
 
 
 
18 
 
Vídeo 
Sobre a importância e o papel de cada um dentro da escola, 
assista o vídeo Pais x Escola – Quem Educa? – Mário Sérgio 
Cortella – 2015. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Y5lBljqYdNg 
 
 
Muitas vezes a presença dos pais atrapalha, tirando a autoridade dos 
professores, porém, o trabalho deve ser em conjunto, e ambos falarem a 
mesma língua. Deve-se falar da importância tanto da educação física, como da 
dança na vida deles, e deixá-las falar suas ambições, expectativas e sugestões 
para as aulas, sendo que os professores devem observar: 
 
• A ação (instintiva, movido por emoção); 
• O movimento (existe cognição); 
• As expressões e tom de voz: apresenta atitudes diferentes com choros e 
risos diferentes, quando bate pode ser insatisfação e desconta no 
primeiro que está do lado ou por que quis bater mesmo. 
 
Henri Wallon (1995) fala sobre o pensamento sincrético, que é reservado 
a criança, em que se tem a mistura de ideias, confusão mental, já o 
pensamento categorial é o de adultos, no qual se tem a seleção de ideias, filtro 
de assuntos. 
 
Segundo o autor, o amadurecimento acontece em camadas: 
 
• Até 12 meses - só recebe estímulos; 
• Até 5 anos - interpreta estímulos (Egocentrismo - 2 a 5 anos); 
• Até 8 anos - armazena estímulos, interpreta. (Ex: jogar a bola só para os 
amigos, não jogar a bola, não querer participar.) 
 
Quando se fala em aprendizagem, deve-se saber que no indivíduo há 
uma tripolaridade: 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo DI (2017) 
 
O corpo é o instrumento mais importante que o ser humano disponibiliza 
para trabalhar, se transformar. A pessoa, quando dança, utiliza o corpo 
experimentando diversas sensações, descobrindo inúmeras possibilidades de 
se movimentar, de se conectar consigo mesmo, descobrindo formas de se 
sentir bem com seu próprio corpo (GARAUDY, 1980). 
O professor deve compreender qual é o tipo de aprendizagem que 
melhor se adeque ao seu aluno, dessa forma, para as crianças visuais o 
professor deve demonstrar, para as crianças cognitivas deve-se visar o 
manuseio de objetos, e para as crianças sonoras, deve-se falar, explicar. 
Freud (1856 – 1939), conhecido como criador da psicanálise, propôs que 
a mente é dividida em duas áreas, o consciente, que é uma pequena parte da 
personalidade, é o nítido, o pequeno, insignificante e superficial, já o 
inconsciente é a maior parte, é interno, está oculto, são os instintos. 
O psicanalista destacou então, a partir disso, o id, o ego e o superego: 
 
Id: representa os processos primitivos do pensamento e as 
características atribuídas ao sistema inconsciente. É regido pelo 
princípio do prazer e apresenta origem orgânica/hereditária, estando 
ligado ao impulso sexual. O id se apresenta na forma de instintos que 
impulsionam o organismo, estando relacionado a todos os impulsos 
não civilizados, de tipo animal. Seria a voz que diria em nossa cabeça 
“Se está com vontade, vá e faça”. É o “querer”. 
Superego: é a parte que age contra o id, representando os 
pensamentos morais e éticos civilizados. Origina-se do complexo de 
Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da 
autoridade. O superego é o nosso indicativo interno das normas e 
valores sociais que foram transmitidos pelos pais através do sistema 
de castigo e recompensas impostos à criança. O superego seria a 
voz que diria “não faça isso, pois não é certo”. É o “dever”. 
Ego: nada mais é do que a origem do seu próprio significado 
originado do latim, “eu”. O ego atua de acordo com o princípio da 
realidade, estabelecendo o equilíbrio entre as reivindicações do id e 
Intelecto (saber fazer) Motor (poder fazer) 
Emocional (querer fazer) 
 
20 
 
as exigências do superego com relação ao mundo externo. O ego 
localiza-se na zona consciente da mente. Enquanto o id e o superego 
são as vozes antagônicas, o ego é o responsável pela tomada de 
decisão. (RENNAN, 2017, s/p) 
 
O professor e os pais devem diferenciar quando a criança não faz algo 
por não querer de quando não faz pelo fato de não ter entendido. As crianças 
aprendem ações, medos e sentimentos por associação, ou seja, através da 
coincidência de vários estímulos, que levam a estabelecer nexo entre eles, ou 
por meio de consequências de suas condutas, podendo ser respostas positivas 
ou negativas. 
A criança aprende o tempo todo, mas não necessariamente aquilo que 
os pais e professores tentam ensinar-lhes de forma intencional. A relação 
ensino-aprendizagem nem sempre é linear e direta: nem tudo que se ensina, 
se aprende, e às vezes aprende-se coisas que não se pretendia ensinar. 
As crianças devem ser valorizadas, e para isso os professores e todos 
dentro da instituição devem se nortear nos seguintes pontos: 
 
• Utilizar princípios psicopedagógicos que norteiam um ambiente 
estimulante e principalmente feliz para as crianças, e saber que esses 
estão inter-relacionados e são interdependentes: autoestima, motivação, 
aprendizagem e disciplina. 
• Ajudar as crianças a criar sentimentos positivos em relação a si mesma. 
Sentindo-se valiosa e segura, o êxito escolar estará garantido. 
• Utilizar a aprendizagem por meio da ação e da exploração, é conquista, 
é construção do conhecimento pela própria criança. Uma vez adquirido 
por ela mesma, a apropriação desse conhecimento é mais significativa e 
nela permanecem. 
• Visar a aprendizagem lúdica através de jogos, brincadeiras, músicas, e 
dramatizações, pois é significativa e altamente motivadora, devendo 
acontecer em casa e na escola. 
 
 
 
 
21 
 
Saiba Mais 
O professor irá desestimular seus alunos caso se mostre 
inseguro na hora de aplicar o conteúdo, se for 
preconceituoso ou se der conteúdo inadequado a faixa 
etária. 
 
2.3 Desenvolvimento Global 
 
O desenvolvimento global envolve o fator motor, o cognitivo e o 
emocional, sendo uma ferramenta de auxílio para a mesma. 
O Fator Cognitivo está ligada ao processo de aquisição de 
conhecimento, envolvendo fatores como a linguagem, raciocínio, percepção, 
memória, entre outros, ou seja, o desenvolvimento intelectual. 
O fator motor irá abordar fatores como a sustentação, força, 
coordenação, lateralidade, velocidade, entre outros, em sua execução. 
Já o fator emocional é sobre conhecer a si mesmo, seus pares, ter 
segurança, perspectiva, reconhecer o meio e ter controle emocional 
(satisfazer). 
É por meio da experiência, da observação e da exploração de seu 
ambiente, que a criança constrói seu conhecimento, modifica situações, 
reestrutura seus esquemas de pensamento, interpreta e busca soluções para 
fatos novos, o que favorece, e muito, o desenvolvimento intelectual da criança, 
principalmente, na fase pré-escolar. 
Dessa forma, o professor deve ajudar a criança a se divertir e aprender, 
partilhando suas descobertas, estimulando-as a pensarem criativamente e 
transformando o cotidiano e agitação em lições que poderão ser proveitosas 
para elas. 
A relação entre a vida escolar e o cotidiano é o que constitui a vida da 
criança, e no mundo atual necessita de humanização. Resgatar na criança de 
hoje os sentimentos da solidariedade, da cooperação, do compartilhar, do 
prazer de dividir e de dar. É na interação que desenvolverá seus valores, sua 
crítica, sua postura de vida, além da aquisição do conhecimento. Vai 
 
22 
 
conhecendo suas habilidades e talentos, colocando-os em prática e 
identificando o seu valor. 
 Deve-se desenvolver certos estímulos: 
 
• Tátil – Sentir os movimentos e seus benefícios para seu corpo. 
• Visual – Ver os movimentos e transformá-los em atos. 
• Auditivo – Ouvir a música e dominar o seu ritmo. 
• Afetivo – Emoções e sentimentos transpostos na coreografia. 
• Cognitivo – Raciocínio, ritmo, coordenação. 
• Motor – Esquema corporal. 
 
O corpo se coloca segundo o que a pessoa pensae sente naquele 
momento e naquele espaço, muitas das vezes a cultura que este corpo vem 
adquirindo não vem sobrepor â sensação e ao sentimento no comportamento 
do corpo naquele ambiente. 
Trabalho de base físico, para o despertar da consciência corporal, 
percepção de si com o que está ao seu redor e despertar o interesse por algum 
código, estilo de dança. 
 
Importante 
Como os ossos, tendões, tecido cartilaginoso e discos epifisários 
estão flexíveis e frágeis na infância, os estímulos deverão ser 
submáximos utilizando a bilateralidade e de exigência múltipla, 
com progressão lenta para dar tempo suficiente para adaptação 
e estímulos suficientes para desenvolver suas conexões 
sinápticas. 
 
Um treinamento de flexibilidade, por exemplo, estará sempre associado 
a um treinamento de força específico: quanto mais um grupo muscular for 
fortalecido, mais ele deverá ser relaxado e submetido a um alongamento. 
 
 
 
23 
 
Para Refletir 
Como seria uma linguagem apropriada e adequada nas aulas 
de dança para as diferentes fases escolares: berçário, pré-
escola, ensino fundamental I e II, ensino médio? 
 
 
 
2.4 Fases de Desenvolvimento das Crianças 
 
Para compreender as fases de desenvolvimento das crianças, elas 
foram divididas de forma com que pudesse melhor compreender o que se 
desenvolve em cada uma delas: 
 
3 a 7 anos: intensa movimentação, necessidade de brincadeiras, 
curiosidade por tudo e aptidão para o aprendizado. Reduzida capacidade de 
concentração, pensamento intuitivo, concreto, voltado para a prática, 
estritamente relacionado às experiências pessoais e de grande 
emocionalidade. 
Deve-se aplicar exercícios elementares gerais, estimular a alegria e a 
motivação da criança. Fazer as mais variadas explorações de movimento, 
contato com as sensações corporais a sua memória cinestésica. 
6 a 7 anos: controle motor global se aprimorando; ocorrem perturbações 
no sono e perda de peso; desenvolvimento de habilidades motoras básicas; 
meninos e meninas ainda brincam juntos; já controlam alguns movimentos de 
equilíbrio, o cérebro já atingiu cerca de 90 a 95% do peso do adulto; aparelho 
muscular insuficiente e pouco tônico; escassa capacidade vital; caracteres 
sexuais e psicossexuais em estruturação; não apta para esforço prolongado; 
crescimento maior das extremidades; constrói sentenças cada vez mais longas; 
pensamento lógico; difere o certo do errado; gosta de ouvir histórias, desenhar, 
escrever e brincar; imitação e observação; tem dificuldade de manipular ideias 
opostas; idade de assimilação; ordena experiências acumuladas como 
adquiridas; mudanças de humor, curiosas; gosta de ser ouvida; separação da 
família e o convívio com outras crianças; compreende regras; ativas e 
 
24 
 
irriquietas; dificuldade de tomar decisões; centro das atrações; atenção 
limitada; raciocínio intuitivo e prático; aprendem com experiências pessoais do 
dia a dia; impulsos psíquicos instáveis; falta de paciência e perseverança. 
Movimentos fundamentais aprimorando os movimentos rudimentares. 
6 a 10 anos: movimentação contínua que se reduz ao nível normal, 
interesse pelo esporte, bom equilíbrio psicológico, otimismo, entusiasmo, 
aprendizado rápido das aptidões ensinadas, processo de estimulação junto 
com o processo de irradiação do sistema nervoso central, levando facilmente a 
uma memorização motora que devem ser repetidos. Técnicas básicas dentro 
de uma coordenação mais grosseira que deverá ser aperfeiçoada. 
Nessa fase é que, por excelência, são adquiridos os níveis de 
flexibilidade que se possuirá ao longo da vida. Adquirirá importância 
fundamental e, embora a componente geral seja mantida obrigatoriamente, 
inicia o crescimento da componente específica. Submetidos a um regime de 
treinamento que mescle exercícios específicos com os de caráter geral. 
Exercícios passivos são ideais. 
9 a 10 anos: combinações de movimentos; bom equilíbrio psicológico, 
atitude otimista em relação à vida, despreocupação, aquisição entusiasmada, 
porém destituída de crítica, de conhecimentos e habilidades; os músculos 
adquirem tônus e força, enquanto a nível cardio-circulatório obtém-se uma 
melhor resposta para o aumento do volume e força contrátil do miocárdio; o 
aparelho respiratório torna-se mais potente (maior capacidade vital); 
Autoconfiança e coragem; identificação e a afirmação sexual; 
sociabilização; amplitude funcional da coordenação e movimentação motoras; 
aperfeiçoamento da técnica; atenção, independência, responsabilidade, 
interesse, autocrítica em face às próprias realizações; aumento da substância 
muscular e da capacidade de resistência da estrutura óssea; comportamento 
psíquico em fase de equilíbrio; separação de meninos e meninas. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Atividade 
Elabore uma progressão de um movimento que é utilizado na 
dança. Pensando em cada faixa etária como seria aplicado? 
Utilize da Progressão pedagógica. 
 
2.5 Conteúdos e Objetivos 
 
Com o objetivo definido, utilizando todos os artifícios apresentados no 
decorrer do processo e o bom senso deve-se dosar o que será útil no alcance 
do objetivo real, levando em consideração o que está sendo apresentado pela 
ciência, senso comum, educação e desenvolvimento humano, dentro da 
realidade em questão, cria-se novas perspectivas utilizando iniciativas com 
criatividade que ajudam no alcance do objetivo, inovando sem esquecer da 
ética. 
Os conteúdos específicos da dança são: aspectos e estruturas do 
aprendizado do movimento (aspectos da coreologia, educação somática e 
técnica), disciplinas que contextualizem a dança (história, estética, apreciação 
e crítica, sociologia, antropologia, música, assim como saberes de anatomia, 
fisiologia e cinesiologia) e possibilidades de vivenciar a dança em si 
(repertórios, improvisação e composição coreográfica). 
 
Vídeo 
A categoria Expressividade (como nos movemos) refere-se à 
teoria e prática desenvolvidas por Laban, em que as qualidades 
dinâmicas expressam a atitude interna do indivíduo, com relação 
a quatro fatores (dispostos na ordem de seu desenvolvimento na 
infância): fluxo, espaço, peso e tempo. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FSShj74qcwo 
 
 
Sobre os fatores envolvidos no método de Laban, se tem: 
 
 Fator fluência – fluxo: 
 
26 
 
Quando se fala de fluência, fluxo, se quer dizer a sensação do 
movimento, liberação e energia. As qualidades do elemento de esforço fluência 
são “livres” e/ou “contida” (libertada ou controlada). Auxilia na “integração”, 
trata-se de sua tarefa. A integração traz a sensação de unidade corporal. Existe 
na ligação dos movimentos para orientá-los em relação a eles mesmos e a 
outros movimentos. 
 
 Fator força: 
Forte, firme, leve, fraco, suave, macio; As qualidades do peso são “leve” 
e/ou “firme”. Significa a conquista da verticalidade. A “tarefa” é a 
“assertividade”. Estabilidade e segurança. A “atitude” relacionada com o peso 
é a “intenção”, e afeta a sensação e a percepção do movimento. O peso 
informa sobre o “que” do movimento, transportar a si mesmo e auxiliar a 
afirmação da vontade. Distribui melhor o peso no “centro de leveza” (região 
escapular) e no “centro de gravidade” (região pélvica). 
 
 Fator espaço: 
Graus de amplitude interno, pessoal, geral, social e direções de 
movimento; “direta” (um único foco no espaço, o corpo ou partes dele dirigem-
se para um só ponto espacial) e/ou “flexível” (não com vistas à flexibilidade de 
juntas musculares e ósseas, mas com a ideia de multifoco: o corpo ou partes 
dele dirigem-se para vários pontos espaciais). Posições: quem sou eu e quem 
é o outro. “Comunicação”. “Atenção” que afeta o foco do movimento. O espaço 
informa o “onde” do movimento. 
 
 Fator tempo: 
Duração, ritmo corporal e musical. “súbitas” (rápida) e/ou “sustentada” 
(lenta). “Operacionalidade”. Maturidade, a pessoa decide sobre o tempo. 
“Decisão”,e afeta a intuição e a execução do movimento. O tempo informa 
sobre o “quando” do movimento. Ajuda os limites a não serem tão rígidos e 
proporciona maiores mobilidade e tolerância em relação às frustrações (se não 
faço agora, farei depois). Salientar a existência dos tempo métrico e não-
métrico. O ritmo interno ou biológico é o “não-métrico”, fundamental nas 
 
27 
 
improvisações. O “métrico” é o da adequação a uma música ou ao ritmo de 
trabalho. 
 
Saiba Mais 
Quando se fala de música, deve-se saber que para utilizá-la 
necessita-se cuidado, pois músicas podem gerar estados 
expressivos (e não pré-expressivos) com facilidade. 
 
 
Resumo da Aula 02 
 
Nesta aula abordou-se sobre quais são as atitudes esperadas do 
professor, como é a relação professor-aluno, o que autores renomados falam 
sobre o desenvolvimento das crianças, as fases de desenvolvimento das 
crianças, os conteúdos e objetivos a serem abordados, e a mudança na dança 
a partir do método Laban. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre quem foi Laban, e a importância de seu 
método para a dança. 
 
 
 
 
3 – AULAS, CONTEÚDOS E PLANEJAMENTOS 
 
Apresentação da Aula 03 
 
Esta aula irá abordar sobre as aulas, conteúdos e planejamentos, 
mostrando como se preparar uma aula. Falará sobre atividades rítmicas e 
expressivas, mostrando diversas atividades para se usar nas escolas para 
todas as faixas etárias. 
 
28 
 
 
3.1 Planejamento 
 
O planejamento da aula é muito importante, através dele se tem mais 
chances de obter êxito no processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que 
as aulas não sejam monótonas, desestimulantes ou desorganizadas. Assim, o 
planejamento é considerado peça-chave para o ensino. 
O planejamento do plano de aula é a organização escrita do que será 
elaborado pelo professor, visando aprimorar sua prática e o aprendizado dos 
alunos. 
Aqui serão demonstrados dois planejamentos, um por técnica e um por 
data/aula. 
 Planejamento por técnica: 
 
 
Fonte: Elaborado pelo Autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 Planejamento por data/aula: 
 
 
Fonte: Elaborado pelo Autor 
 
3.2 Planejamentos de Aulas de Dança 
 
As aulas de Dança na Educação Física, tem diversas atividades a serem 
elaboradas, de forma a abordar todos os conteúdos pertinentes a disciplina, de 
forma a desenvolver os alunos em todas as suas perspectivas. 
Serão elencadas atividades a se fazer nas aulas de dança. 
 
Atividades Rítmicas e Expressivas: 
 
Seguir diferentes tipos de música, ritmos e danças (identificar quais são). 
 
• História da serpente; 
• Marcha soldado; 
• Cabeça-ombro-joelho e pé; 
• Mestre André; 
• Escravos de Jó com objeto ou com o corpo; 
• Alabum ticabum (tons, ritmos); 
 
30 
 
• Andar e correr em ritmo de palmas, instrumentos, batuques, em várias 
direções 
• Estátua (temas); 
• Formar letras com o corpo; 
• Sessão historiada (cada um conta uma parte da história e todos 
representam); 
• Batalha do aquecimento (partes do corpo); 
 
Vídeo 
Assista ao vídeo do canal palavra cantada, Dança do tic tic tac 
(música sai preguiça) – Palavra Cantada, e descubra uma 
brincadeira que envolve a música, ritmo, dança, coordenação, 
equilíbrio, atenção, dentre outros. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Fr1zL7sr9oM 
 
 
Atividade 
Escolha uma técnica de dança e relacione-a com habilidades 
motoras, cognitivas e emocionais. Essa deve estar dentro dos 
objetivos da Educação Física. 
 
 
O instituto Alfaebeto coloca conceitos e ferramentas necessárias para 
um bom planejamento de aula: 
 
1. Objetivos gerais e objetivos específicos: Os objetivos da 
educação são sempre de longo prazo – o que o aluno aprende na 
escola deve servir sempre ou para aprender mais ou para aplicar em 
situações novas, no futuro próximo ou remoto. Cada aula é um passo 
para atingir os objetivos de longo prazo e o que ocorre em cada aula 
deve ser consistente com isso. 
2. Pré-requisitos: Pré-requisito refere-se a algo aprendido 
anteriormente e que integra uma nova aprendizagem. Essa nova 
aprendizagem não pode ocorrer sem que o pré-requisito tenha sido 
apreendido e esteja disponível na memória ativa do aluno. Por 
exemplo, para compreender um conteúdo sobre a história do 
continente americano, o aluno deve ter como pré-requisitos os 
 
31 
 
conceitos de Terra, conceitos de sociedade, o nove dos continentes, 
leituras de mapas etc. 
3. O que deverá ser revisto na aula: Toda aprendizagem 
repousa em aprendizagens anteriores. Recordar assuntos, conceitos 
e operações já aprendidas facilita novas aprendizagens e permite 
aplicar o conhecido a novas situações. Cada plano de aula deve ser 
concluído com orientações sobre a aula seguinte, ressaltando para os 
alunos a relação com os objetivos gerais do curso. 
4. Considerações sobre motivação e aplicações práticas: A 
motivação numa aula é algo muito concreto e tem duas implicações 
que também são muito concretas. Uma delas é a de energizar, 
mobilizar a atenção, o esforço e a energia do aluno. A outra é a de 
conectar o aluno com o tema e objetivo da aula. A mobilização, 
portanto, tem que ser permanente e duradoura – não pode se tratar 
de qualquer estímulo, apenas para chamar a atenção inicial dos 
alunos. 
5. Atividades a serem desenvolvidas: As atividades não devem 
ser vistas como uma tarefa mecânica, mas sim como uma 
oportunidade de alcançar os objetivos previstos para a aula. Para 
cada atividade, o plano de aula deve identificar o formato, o conteúdo, 
as questões a serem respondidas pelo aluno, as formas de trabalho, 
o material e o tempo necessário. 
6. Materiais necessários: A possibilidade de materiais é quase 
infinita – tudo o que existe no mundo, a rigor, pode tornar-se objeto 
de aprendizagem. No entanto, é preciso considerar alguns aspectos 
sobre esse ponto: os materiais devem estar disponíveis no momento 
da aula; devem ser compatíveis com as formas de apresentar o 
conteúdo; e as instruções de uso devem ser claras para que o tempo 
da atividade seja proveitoso. 
7. Como avaliar: Ao final do plano de aula, o professor deve ter 
consciência de como, a partir de todos os tópicos citados acima, vai 
avaliar se os objetivos foram atingidos. A única forma de saber se o 
aluno aprendeu é oferecendo oportunidades para que ele demonstre 
o aprendizado, seja por meio de provas, trabalhos de campo, 
exposições ou outras formas de avaliação. (INSTITUTO 
ALFAEBETO, 2016, s/p) 
 
Para se elaborar aulas de dança para a Educação infantil alguns 
conceitos devem ser pensados: 
 
• Escolher músicas com ritmo adequado à motricidade da idade; 
• Letras simples e repetitivas; 
• De fácil compreensão e memorização para a criança; 
• Movimentos que combinem com a letra da música; 
• Linguagem infantil; 
• Deixá-los soltos pelo espaço. 
 
Berçário e maternal – grupo 3 
Músicas: 
• Fui ao mercado (Formiguinha) - várias versões 
 
32 
 
• Cinco Patinhos - Xuxa 
• Patati patata remix 
• Pop pop - Eliana 
• Bichos - Xuxa 
• Pintinho amarelinho - várias versões 
Mais elaboradas: 
• Aeróbica tropical - Bia Bedran 
• O carimbador maluco - Eliana várias versões 
• A Casa - Eliana várias versões 
• Olha a música - Xuxa 
• Bolinha de sabão - Cristina Mel 
 
Vídeo 
Uma das opções discutidas, é sobre a música fui no mercado 
(formiguinha), veja o vídeo Fui no mercado comprar café – 
música da formiguinha – Fer e tia Cris. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EyH8a8r2rF8 
 
 
Pré I – grupo 4 
Músicas: 
• O Ônibus - Xuxa 
• O Sapo não lava o pé e a minhoca - Xuxa 
• Levanta o Braço – Vovó Mafalda 
• Boneca de lata - Xuxa, Eliana 
• Os Números - Xuxa 
• Lavar as mãos - Eliana 
• Palminhas - Eliana 
Mais elaboradas: 
• Dança dos bichos - Eliana 
• Marchinha da Sereia - Helio Ziskind 
• Charleston - Balão Magico 
• As vogais - Eliana 
 
33 
 
• Meu cachorrinho (Chihuahua) - Eliana 
• O circo já chegou - Xuxa 
• Pular corda - XuxaPré II – grupo 5 
Nessa fase já se consegue executar alguns movimentos diferentes dos 
anatômicos e começa a memorizar com movimentos mais precisos. 
Pode ser dado músicas com letras mais historiadas e que despertem a 
imaginação e a emoção. 
Músicas: 
• Biquíni de bolinha amarelinho tão pequenininho - Ronnie Cord; 
• Misturando as cores/onde estão as cores? - Xuxa; 
• Brincadeira de roda Ip op - Pandalelê; 
• Comida natural; 
• Tic tac do amor - Eliana; 
• O Circo – Xuxa; 
• Quando a música parar (Adoleta) – Eliana; 
• Piruetas – Xuxa; 
• Pipoca - Kitty Driemeyer; 
• Um mundo ideal - Eliana e Alexandre Pires; 
• Esquilos remix - Alvin e os esquilos. 
 
Vídeo 
Uma das músicas que foi indicada para se trabalhar no pré e que 
tem várias versões, é a Biquíni de bolinha amarelinha. Assista ao 
vídeo de uma apresentação dessa: Espetáculo de dança – 
biquíni de bolinha amarelinha. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lyZqyer_8CU 
 
 
Outro tipo de exercício que necessariamente deve ser abordado, é o 
alongamento. O alongamento irá ajudar e muito no crescimento das crianças, 
evitando elas de se machucarem, de se lesionarem, sendo que ter um bom 
 
34 
 
alongamento irá ajudar no desenvolvimento de várias atividades na escola e na 
vida. 
 
Os alongamentos podem ser: 
 
1. Com música - Ex: borboletinha; 
2. Com história; 
3. Com figuras associativas; 
4. Desafiar o aluno, por exemplo (Verão deitado, inverno em pé, outono e 
primavera sentado). 
 
Resumo da Aula 03 
 
A aula abordou diversas atividades que podem ser executadas nas aulas 
de Dança na disciplina de Educação Física. 
 
 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre quais são os conteúdos de dança que 
despertam a curiosidade e novidade de conhecimento 
corporal, social e cultural dentro da realidade escolar. 
 
 
 
4 – BRINCADEIRAS PARA CADA FASE DA EDUCAÇÃO 
 
Apresentação da Aula 04 
 
A aula irá abordar sobre o que se deve desenvolver em cada faixa etária 
e dar exemplos tipos de atividades que poderão ser desenvolvidas. 
 
4.1 Educação Infantil 
 
Na Educação Infantil, pode-se dividir a aula em quatro partes básicas: 
 
35 
 
 
• Aquecimento; 
• Parte técnica; 
• Fortalecer e alongar; 
• Coreografia e brincadeiras. 
 
Importante 
 
O principal papel da Educação Física com a aula de Dança é 
fazer o aluno experimentar todas as formas possíveis de 
movimentos e terem as mais diversas vivências. 
 
 
 
O aquecimento vai depender da parte técnica que será abordada. O 
professor além de ter o conteúdo, nessa faixa etária sempre deve buscar o 
fortalecimento, que pode ser através de: 
 
1. História; 
2. Figuras associativas; 
3. Fazer a contagem mantendo o alinhamento; 
4. Desafio. 
 
Há algumas brincadeiras que podem ser utilizadas nessa faixa etária 
que os alunos gostam muito, e os professores podem modificar e usar de 
diversas formas, como no aquecimento, no alongamento e também técnicas. 
Alguns exemplos delas são: 
 
• Esticar – Xuxa; 
• Estátua – Xuxa; 
• Sou um Jacaré – Xuxa; 
• Dirigindo meu carro – Xuxa; 
• A noite no Castelo - Hélio Ziskind; 
• Cinco na cama – Xuxa; 
• Agora eu vou andar (Andar devagarinho) – Xuxa; 
 
36 
 
• Ratinho tomando banho - Hélio Ziskind; 
• Ratinho escovando os dentes - Hélio Ziskind; 
• Ratinho, rap do reciclar - Hélio Ziskind; 
• Brincar de sonhar – Xuxa; 
• Tumbalacatumba – Xuxa; 
• Funk do Pica pau remixada; 
• O auê aí ô - Trem da alegria. 
 
4.2 Ensino fundamental I, II e ensino médio 
 
Nessa fase, alguns quesitos podem ser desenvolvidos com as crianças, 
como o aperfeiçoamento, independência e memória: 
 
Aperfeiçoamento e independência: 
 
 1º e 2º ano 
No primeiro e segundo ano é uma fase interessante para aprender as 
diferentes possibilidades de pautas (lugar que o aluno ocupa na dança em 
espaço determinado) e as trocas de lugares. Coreografias elaboradas com 
letras mais difíceis mas ainda com toque infantil, mudança gradativa para nova 
faixa etária. Experimentar passos mais técnicos. 
Para memorização adequada ensiná-los a utilizar as lateralidades com 
referência no próprio corpo e não no espaço. 
 
1º ano: 
• Bambu - Mauro Brincante; 
• A paz - Patrícia Negrini; 
• Cada bicho tem - Patrícia Negrini; 
• Soco, bate, vira – Xuxa; 
• O palhacinho atrapalhado – Xuxa; 
• Festa do amor – Eliana; 
• Bobinho – Xuxa. 
 
Músicas com outra língua historiada: 
 
37 
 
 
• I like to move it – Madagascar; 
• Tu tu tu pi - Helio Ziskind; 
• Macarena - Alvin e os esquilos; 
• Dig-dig-joy - Sandy e Júnior; 
• Afro circo - Madagascar 3; 
• He-man - trem da alegria. 
 
2º ano 
• Escravos de Jó - várias versões; 
• Diga sim – Eliana; 
• Vamo pula! - Sandy e Júnior; 
• Kung fu fighting - Carl Douglas; 
• To Brazil – Vengaboys. 
 
 3º e 4º ano 
 
As técnicas devem ser passadas como elas precisam ser executadas 
nessa faixa etária, por completo. Os alunos apresentarão movimentos sem 
definições e com descontrole, mas a visualização e o entendimento acontecem 
por parte do aluno na maioria das vezes. A prática e a repetição irão trazer o 
refinamento da movimentação e da técnica. 
 
• Chegou a festa - Fat family; 
• Firework - Katy Perry; 
• What time is it? - High School Musical; 
 
 5º e 6º ano 
 
Conseguem atingir a técnica precisa e memorizam bem a 
movimentação, assim, pode-se ser exigidas sua execução adequadamente. 
Conseguem um controle adequado da movimentação. Os estímulos, as 
variações e as técnicas devem ser explorados ao máximo. 
 
 
38 
 
• Don´t stop the music – Rihana; 
• I gotta feeling - Black Eyed Peas; 
• Party Rock Anthem – LMFO; 
• What makes you beautiful - One Direction; 
 
Saiba Mais 
Sucessos musicais podem ser passageiros, mas não 
podem deixar de fazer parte do repertório nas aulas. Tocar 
as músicas dos momentos, pois os alunos as conhecem, e 
poderão se sentir mais à vontade em dançar. Outro fator 
que estimula os alunos a aprenderem e se desenvolverem 
com a dança, é através dos eventos sociais, como festas, 
definindo os estilos musicais, quando percebem que 
chamam atenção do sexo oposto. A dança também pode 
ajudar com a mudança física e comportamental que 
acontecem nessa faixa etária. 
 
 
 7º ano ao 1º ano do ensino médio 
 
Nessa fase acontece o estirão do crescimento, membros crescem antes 
do tronco, alterações hormonais e emocionais. Acontece o amadurecimento. 
Precisará se ter uma reaprendizagem motora, pois terá um “novo” corpo, novos 
valores e novas perspectivas sociais. Assim, reorganizando sua estrutura física 
e mental. 
Para as músicas, deve-se misturar os estilos, dar oportunidade para que 
eles escolham as músicas também e sintam-se parte da construção do 
conteúdo. Deve-se trazer um olhar crítico e estético sem julgamento, deve-se 
saber se é adequado a realidade. 
 
 
 
O professor deve agir e ensinar o RESPEITO. 
 
 
 
 
 
39 
 
Outro ponto que deve ser abordado com os alunos é sobre o Folclore. 
Além do Folclore Brasileiro, deve-se abordar o Mundial, como: 
 
 Brasileiro: frevo, bumba meu boi, gaúcha, maculele, coco, fandango, 
samba etc 
 Mundial: por exemplo a indiana, que são divididas em quatro categorias, 
as culturais ou semi-religiosas, as sociais, as de guerra e as sazonais, 
sendo conhecidas por estados (SHARANA, 2011): 
 
Karnataka: Kollatam, Yakshagana, Kodada Kunita 
Andhra Pradesh: Mathuri, Khonda 
Tamil Nadu: Kavadi, Bhotta Nritya, Karaga 
Kerala: Kolkali, Velakali, Tereyattam 
Maharashtra: Tamasha, Gowlan, Dindi 
Gujarat: Garba, Danda Rasa 
Rajastão: Kalbelia, Ghumar, Dandiya, Rasiya 
Bengal: Keertan, Dhale, Baul 
Punjab: Bhangra, Jhumar, Gidha 
Himachal Pradesh: Dangi, Deepak 
Assam: Dhuliya, Naga 
 
Vídeo 
Uma das formas de se mostrar a cultura do Brasil, desde a 
escravatura até a cultura momentânea, é através de pesquisas 
sobre ritmos e estilos de dança, e então montar apresentações e 
festivais.Veja algumas dessas danças: 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=aO96RV3u1OU 
 
 
 9º ano e Ensino médio 
 
 
40 
 
Esses alunos tem muito interesse nas danças de salão. Deve-se pedir 
para que eles tragam as pesquisas de passos, músicas e posturas masculinas 
e femininas dentro da dança. Exemplo: forró, samba de gafieira, tango, salsa, 
bolero, rumba, soltinho, lambada, zouk, valsa, etc. 
 
Saiba Mais 
Para compreender um pouco mais sobre a dança, os 
pontos que são importantes, seus fundamentos, acesse o 
site do mundo da dança. 
Disponível em: 
http://www.mundodadanca.art.br/2010/02/fundamentos-da-
danca.html 
 
Resumo da Aula 04 
 
Na aula foram abordadas atividades e os conteúdos que podem e 
devem ser abordados em cada série escolar. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Monte uma sequência de músicas atuais e interessantes para 
adolescentes e analise se elas combinam entre si, tanto em 
ritmo quanto em letras e conteúdo. Monte de forma que seja 
possível elaborar uma coreografia com as músicas escolhidas 
para esta faixa etária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
Resumo da Disciplina 
 
A disciplina abordou sobre os pontos mais importantes dentro da área de 
Dança na Educação Física. Passou-se sobre sua importância em contexto 
geral, e dentro da escola, assim como as leis que abordam o tema. 
A dança se bem trabalhada pode abordar os conteúdos gerais, como 
corporeidade, equilíbrio, ritmo, entre outros, sendo que além dos aspectos 
físicos, aborda também o espírito de equipe, a cooperação e a criatividade. 
O professor e a escola tem grande importância no desenvolvimento e na 
vida das crianças, pois irão ajudar a formar o cidadão. A disciplina além de 
mostrar todas as qualidades de se trabalhar a dança, ainda mostrou várias 
opções de músicas e atividades a se usar, mostrando o que deve ser 
desenvolvido em cada faixa etária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Artes. Brasília: 
Secretaria de Educação Fundamental; Rio de Janeiro: DP&A, 2000. 
 
BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução. Brasília: 
Secretaria de Educação Fundamental. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. 
 
FREIRE, Paulo. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 2005. 
 
FREIRE, Paulo. Professora Sim, tia Não – cartas a quem ousa ensinar. São 
Paulo: Olho D’Água, 2003. 
 
GARAUDY, D. Dançar a vida. 4ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. 
 
LE BOUCH, Jean. O desenvolvimento psicomotor: do nascimento aos 6 
anos. Porto Alegre: Artes Médicas, s/d. 
 
RENNAN, D., Id, ego e superego: as “vozes” dentro de nossas mentes. 
Disponível em: https://www.eusemfronteiras.com.br/id-ego-e-superego-as-
vozes-dentro-de-nossas-mentes/ 
 
SHARANA, K, Dança Indiana Brasil – Dib, disponível em: 
http://dancaindianabrasil.blogspot.com.br/p/as-dancas-folcloricas.html 
 
VYGOTSKY, L. S., Pensamento e linguagem. Ed. Martins Fontes, 1991. 
 
WALLON, H., As origens do caráter na criança. Ed. Nova Alexandria, 1995. 
 
WALLON, H., Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil, de 
Izabel Galvão. Ed. Vozes. Tel.: (24) 2246-5552. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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