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Anatomia MMII resumo

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Anatomia do sistema venoso superficial dos membros inferiores 
As veias dos membros inferiores estão divididas em dois sistemas venosos: um profundo e outro superficial. 
As veias do sistema venoso profundo localizam-se abaixo da fáscia profunda da perna e da coxa, que, juntamente com 
os músculos, lhes dão proteção. Essas veias são satélites das principais artérias dos membros inferiores. É comum 
existirem duas veias satélites para cada artéria situada abaixo do tronco tibiofibular, com exceção das artérias poplítea 
e femoral, que, usualmente, são acompanhadas por apenas uma veia satélite. 
As veias superficiais, localizadas acima da fáscia profunda da perna e da coxa e no interior do tecido celular subcutâneo, 
se iniciam no pé. No seu trajeto ascendente ao longo do membro inferior, formam as duas principais veias do sistema 
venoso superficial: a veia safena magna e a veia safena parva. Essas duas veias estabelecem entre si numerosas 
comunicações, do que resulta a formação de uma complexa rede venosa. 
A anatomia dos sistemas venosos dos membros inferiores apresenta grande complexidade por causa da disposição 
anatômica das veias, a presença ou ausência de válvulas, o número e a variação de veias comunicantes e das veias 
perfurantes. Essa complexidade pode, ainda, estar relacionada com fatores genéticos, ambientais e gestacionais. 
As chamadas veias comunicantes e perfurantes são de particular importância devido ao seu papel com relação ao 
diagnóstico e ao tratamento da insuficiência das veias safenas. 
As veias comunicantes unem entre si duas veias superficiais ou duas veias profundas, sem atravessar a fáscia 
profunda da perna e da coxa. 
As perfurantes são pequenas veias que atravessam a fáscia profunda da perna e da coxa e conectam o sistema 
venoso superficial com o profundo (Figuras 1 e 2). 
 
Figura – 1: Veia perfurante na coxa Figura – 2: Figura – 3: 
a) Veias perfurantes Ectasia de uma veia perfurante na coxa. Rede venosa anterior da 
b) Veia safena magna perna. 
c) Veia safena acessória medial. 
 
Anatomicamente, há dois tipos de veias perfurantes: as diretas e as indiretas. As diretas conectariam as veias 
superficiais com as profundas, sem interrupção; as veias perfurantes indiretas conectariam as veias profundas através 
de canais venosos musculares. 
Morfofuncionalmente, as veias superficiais possuem parede muscular relativamente espessa; drenam o sangue venoso 
dos tegumentos e asseguram uma suplência de sangue em caso de oclusão do sistema profundo. Apenas cerca de 10% 
do retorno venoso acontece através do sistema venoso superficial. As veias do sistema venoso profundo são de 
paredes menos espessas e possuem menos tecido muscular do que as veias superficiais. O sistema venoso profundo 
drena cerca de 90% do sangue das extremidades inferiores. 
A origem das veias safena magna e parva está relacionada com o chamado arco venoso dorsal do pé, que recebe, por 
sua convexidade, as veias dorsais digitais e metatársicas; e, por sua concavidade, de dois a cinco ramos plantares. Esses 
ramos estabelecem comunicação com as veias dorsais do pé e se prolongam com a rede venosa da face anterior da 
perna (Figuras 3 e 4). Do arco venoso dorsal do pé, apesar da sua variação anatômica, é mais comum formarem-se 
duas veias que se continuam medialmente, como veia marginal medial, e, lateralmente, como veia marginal lateral (Figura 
5). Essas veias, por sua vez, seguem dando origem, respectivamente, às veias safenas magna e parva. 
 
Figura – 4: Dilatação da rede venosa Figura – 5: Formação do arco venoso Figura – 6: Origem da veia safena 
anterior da perna. dorsal do pé: (d) Veia marginal medial, magna: (b) Veia safena magna: (d) 
 (e) Veias digitais dorsais do pé, (f) Veia Veia marginal medial, (h) Veia digital 
 marginal lateral, (g) Veias metatarsais dorsal do hálux, (i) Veias plantares. 
 dorsais. 
Veia safena magna 
Origem: A veia safena magna tem origem variável. Ela pode se originar na face medial do dorso do pé, a partir da junção 
da veia digital dorsal medial do hálux com o arco venoso dorsal; na veia dorsal marginal medial, ou ainda, na parte medial 
do arco venoso dorsal do pé (Figura 6). 
Trajeto: A partir do nível da articulação do tornozelo, a veia safena magna passa na frente do maléolo medial (Figura 7), 
ascende oblíqua e medialmente na perna (Figura 8), acompanhada pelo nervo safeno (Figura 9). Na região do joelho, 
passa posteriormente à projeção dos côndilos mediais da tíbia e do fêmur (Figura 10); desvia-se em seguida para frente 
e ligeiramente para fora e ascende pela face anteromedial da coxa, na mesma direção do músculo sartório (Figura 11). 
 
Figura – 7: Relação da veia Figura – 8: Trajeto da Figura – 9: Relação da Figura – 10: Trajeto da veia 
safena magna com o maléolo veia safena magna na veia safena magna com o safena magna à nível do joelho. 
medial: (b) Veia safena magna, perna nervo safeno: (b) Veia safena. 
(j) Maléolo medial. magna, (l) Nervo safeno 
 
Figura – 11: Trajeto Figura – 12: Tributárias da Figura – 13: Tributárias da Figura – 14: Veias safenas 
da veia safena magna veia safena magna na veia safena magna na coxa acessórias: (b) Veia safena 
dilatada na coxa: (m) perna. magna, (c) Veia safena acessória 
Músculo sartório. medial, (n) Veia safena acessória lateral 
À medida que ascende na perna e na coxa, a veia safena magna recebe numerosas veias tributárias (Figuras 12 e 13) e 
comunica-se em diversos pontos com a veia safena parva. Veias tributárias formam as veias da face anterolateral e 
posterolateral da perna, que, reunidas, formam a veia colateral anterior da perna31. As veias tributárias da face medial 
e posteromedial formam a veia colateral posterior, e ambas desembocam em veias do terço superior da perna. 
Na coxa, a veia safena magna recebe um número variável de tributárias, destacando-se as chamadas veias 
posteromedial e anterolateral da coxa. A veia posteromedial é também chamada de veia safena acessória (Figura 14). 
Ela pode ser única ou dupla, drena um grande volume de sangue da região e é considerada de grande importância 
cirúrgica e radiológica. A veia anterolateral da coxa vem da parte distal da coxa, cruza o ápice e a metade distal do 
trígono femoral onde alcança a veia safena magna (Figura 15). 
Terminação: A veia safena magna, ao chegar à região ingüino-crural, percorre o espaço celulo-ganglionar, entre a fáscia 
cribiforme por um lado e a fáscia superficial da coxa por outro; penetra no hiato safeno e desemboca na veia femoral 
comum, na forma ou não de um arco (Figura 16). 
 
Figura – 15: Trajeto Figura - 16 Arco da veia safena Figura – 17: Tributárias da Figura – 18: Tributárias da 
da veia safena magna. magna ectasiada terminação da veia safena magna: terminação da veia 
 (b) Veia safena magna, (o) Veia pudenda safena magna: (b) Veia 
 externa, (p) Veia epigástrica superficial, safena magna, (c) Veia(q) Veia circunflexa ilíaca superficial, safena acessória 
 (r) Veia femoral. medial, (o) Veia pudenda 
 externa, (p) Veia epigástrica 
 superficial, (q) Veia circunflexa ilíaca 
 superficial, (r) Veia femoral. 
Veia safena parva 
Origem: A veia safena parva tem início ao longo da face lateral do dorso do pé. Geralmente é uma continuação do ramo 
marginal lateral do arco dorsal do pé, mas pode resultar da união de três ou quatro veias da região dorsal ou da planta 
do pé, ou, ainda, da união da veia dorsal do dedo mínimo com o arco venoso dorsal (Figura 19). 
Trajeto: A veia safena parva passa para cima e atrás do maléolo lateral e ascende, lateralmente, ao tendão do calcâneo. 
Nesse nível, recebe as veias da margem lateral e as do dorso do pé. Ao ascender, ela cruza, superficialmente, o tendão 
do calcâneo (Figura 20) e o músculo gastrocnêmio (Figura 21) e continua pela linha média da região da panturrilha (Figura 
22) acompanhada do nervo sural (Figura 23). Esse nervo se localiza de maneira bastante variável. Pode apresentar-se 
na margem lateral ou na medial da veia ou formando uma rede em toda a sua extensão. A veia safena parva, na linha 
média da face posterior da perna, penetra na fáscia profunda da perna em altura variável. Essa penetração ocorreu 
entre 10 e 20cm acima da linha intermaleolar, em 2,05% dos casos em que a veia safena parva apresentava trajeto 
totalmente subcutâneo, e em 11,79% dos casos a veia safena parva era totalmente subfacial (Figura 24). Para alguns 
autores a penetração seria na fáscia em qualquer ponto do terço médio da perna, enquanto outros admitem que esta 
penetração ocorra atrás do maléolo lateral. 
 
Figura – 19: Origem da veia safena Figura – 20: Relação da veia safena Figura – 21: Relação da Figura – 22: 
parva: (i) Veias, lantares, (f) Veia parva com o tendão do calcâneo: (s) veia safena parva com Trajeto de uma 
marginal lateral, (s) Nervo sural, (t) Nervo sural, (u) Veia safena parva,. o músculo gastrocnêmio: veia safena 
Maléolo lateral, (v) Tendão do calcâneo (v) Tendão do calcâneo (s) Nervo sural, (u) Veia safena parva 
 parva, (w) Músculo gastrocnêmio. dilatada 
 na panturrilha 
Terminação: A veia safena parva, ao passar pelo sulco que separa as cabeças do músculo gastrocnêmio, inclina-se para 
a frente, perfura a fáscia profunda da parte distal ou média da fossa poplítea e vai terminar na face posterior da veia 
poplítea (Figura 25). A veia safena parva pode, dentro de suas variações, desembocar na veia safena magna, na veia 
femoral e, ocasionalmente, em veias musculares da panturrilha (Figura 26). 
 
Figura – 23: Relação da veia Figura – 24: Trajeto Figura – 25: Terminação da Figura – 26: Terminação da veia 
safena parva com nervo subfascial da veia veia safena parva na poplítea safena parva no tronco venoso 
sural: (s) Nervo sural, (u) safena parva: (u) Veia safena parva, (x) Veia poplítea. gastrocnêmio: (u) Veia safena 
 parva, (x) Veia poplítea, (z) Tronco 
 venoso gastrocnêmio. Veia safena 
 parva.

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