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TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Aula 9
Produção da parte narrativa da Petição Inicial: “Dos fatos”.  
Correção do exercício da aula 8
Possibilidade de relatório para o caso apresentado:
Trata-se da disputa judicial entre Michael Schiavo, marido de Terri Schiavo, 41 anos, e seu guardião legal e , Bob e Mary Schindler, pais de Terri. Michael desejava o desligamento do tubo que alimentava a paciente, já os pais defendiam a manutenção do tubo. Terri vivia em estado vegetativo desde 1990.
Conforme o marido de Terri, sua mulher havia manifestado, repetidamente, o desejo de não ser mantida viva em estado vegetativo.
Em 1990, provavelmente em razão de uma parada cardíaca, o cérebro de Terri sofreu graves danos e passou a viver em “estado vegetativo persistente”. Passou, então, a viver artificialmente, recebendo alimentação por um tubo inserido em seu estômago. 
Segundo Michael, em respeito à vontade da esposa e com base na avaliação médica de estado irreversível, solicitou à justiça permissão para desconectar o tubo que alimentava a paciente.
Os pais de Terri afirmavam que ela apresentava reações e que poderia melhorar com reabilitação. Consideravam que ela se encontrava em “estado de consciência mínima”. Dessa forma, posicionaram-se contra a vontade do genro.
Após longa disputa judicial, o pedido de Michael foi deferido. Os pais da jovem apelaram a várias instâncias, inclusive à Suprema Corte Americana, mas não lograram êxito. 
O tubo que a alimentava foi retirado no dia 18 de março de 2005. Treze dias depois, ela morreu, no hospital Pinellas Park, na Flórida. Não foi divulgada a causa da morte, mas os médicos supõem que tenha sido por inanição. Consta que Michael tenha solicitado a realização da necropsia. Assim, o corpo de Terri foi transportado para o departamento de Exames Médicos do Condado de Pinellas.
É o relatório.
Objetivos da aula 9
-Produzir uma narrativa jurídica valorada;
- Diferenciar a narrativa simples (Relatório) da narrativa valorada (Dos fatos);
- Utilizar os modalizadores na narrativa forense.
Estrutura do conteúdo:
1. Narrativa simples
2.     Narrativa valorada
3.     Uso de modalização
4.     Seleção e organização do conteúdo
Considerações Iniciais
Considere que o discurso jurídico é normalmente visto como uma redação de difícil compreensão para aqueles que não fazem parte da comunidade de profissionais do Direito. Os textos jurídicos são redigidos, na maior parte das vezes, para leitores não-leigos, no entanto o público leitor é, na verdade, muito maior. Em outras palavras, os leitores das peças processuais não são apenas os profissionais do direito; são também – e principalmente – as partes interessadas, os litigantes.
Por essa razão, o cuidado com os textos jurídicos deve considerar leitores diretos e indiretos, o que exige que essa redação seja um pouco mais clara e simples.
Para melhor compreender a questão, leve em consideração a Petição Inicial. Esse texto é endereçado a um órgão jurisdicional. Seus principais pressupostos são indicados no art. 282 do CPC. 
	Art. 282 do CPC – A petição inicial indicará:
	Inciso I
	o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
	Inciso II
	os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;
	Inciso III
	o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
	Inciso IV
	o pedido, com as suas especificações;
	Inciso V
	o valor da causa; 
	Inciso VI
	as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
	Inciso VII
	o requerimento para a citação do réu.
No texto, devem estar dispostos a qualificação das partes, os fatos, os fundamentos jurídicos, o pedido e o valor da causa. Na tarefa de construção de um texto dessa natureza, o operador do direito trabalhará com diferentes tipologias – ou seja, servir-se-á tanto da narração, quanto da dissertação e da descrição.
Há quem possa pensar que, nessa tarefa, o produtor do texto deve se preocupar em trazer uma linguagem rebuscada ao alcance de poucos, no entanto não é o que deve acontecer. Aquele que redige uma Petição Inicial deve ter em conta que formalidade não se confunde com rebuscamento. Um texto pode ser simples na linguagem e permanecer formal.
Entretanto, a simplicidade não exclui o cuidado com a forma como se compõe o texto. Uma petição pode ser considerada inepta, caso seu texto não esteja claro, objetivo e se da narração dos fatos não decorrer uma conclusão lógica que justifique o pedido.
Como exemplo, de como uma petição inicial mal redigida pode provocar seu indeferimento, apresenta-se a seguinte sentença:
Ação : consignação em pagamento
Requerente : XXXXXXXX
Requerido : ESTADO DE YYYYYYYY 
Proc. nº 00000000000
I - Vistos etc.
XXXXXXXXXX., pessoa jurídica de direito privado, já qualificada nos autos, ajuizou ação de procedimento especial apontada como consignação em pagamento, processo previsto nos arts.890 e seguintes do CPC (Código de Processo Civil), contra "YYYYYYYY=BESC" (??? ipsis literis fl.04), cuja inicial foi distribuída (art.251, 2ª parte, do CPC), sendo feito o seu registro (art.251, 1ª parte, do CPC) e sua autuação (art.166 do CPC).
II -TUDO BEM VISTO E ANALISADO, DECIDO.
Em saneamento progressivo ab initio litis, não vislumbro possibilidade de dar prosseguimento à ação em face de a técnica redacional ser totalmente confusa, obscura e enleada de forma que da narração dos fatos não decorre uma conclusão lógica justificadora do pedido. 
Em princípio, nota-se que o autor não aponta quem é exatamente a parte em face de quem quer litigar para busca de seu direito. 
Indica como réu o "ESTADO DE YYYYYYY-=BESC" (ipsis literis fl.04). Sem querer alongar muito o assunto, é sabido que o Estado de YYYYYY é pessoa jurídica de direito público interno: 
"Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: I - a União; II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; (...)" (Lei Ordinária Federal nº 10.406, de 10/01/2002). 
Já o BESC S/A é instituição financeira, pessoa jurídica de direito privado (art.44 do diploma legal citado). 
Então, daí já inicia a confusão, eis que o Estado de YYYYYYYYY obviamente não é igual ao BESC S/A, e somente o primeiro é que atrairia a competência desta Vara Especializada dos Feitos da Fazenda Pública, na forma do art.99 do CEDOJESC (Código de Divisão e Organização Judiciárias do Estado de YYYYYYYY - Lei Ordinária Estadual nº 5.624/79). 
Então, como dito, já se inicia a leitura sem se conseguir distinguir contra quem exatamente o autor quer litigar, e, consequentemente, fixar a competência do Juízo. 
A partir da fl.04 até a fl.06, o autor tenta descrever sua causa de pedir. Entretanto, aparentemente com o intuito de demonstrar um vocabulário rebuscado e erudito, torna o entendimento da peça exordial verdadeiro jogo de quebra-cabeças, onde se tenta descobrir quais são os fatos que o levaram a intentar a presente ação junto ao Poder Judiciário. 
Este julgador perfilha do entendimento de que, havendo um nexo de causalidade entre a causa petendi e o pedido final da inicial, mesmo com redação obscura, deve o Magistrado mandar, no mínimo, emendar a exordial. E assim é o entendimento majoritário do egrégio Tribunal de Justiça de YYYY: apelação cível n. 99.016381-4, apelação cível n. 98.006628-0 e outras. 
Todavia, não é o caso presente. O autor, na intenção de demonstrar seu direito, constrói orações extensas, com excesso desnecessário de preposições e transcreve uma série de dispositivos legais no entremeio das palavras sem destaque. Depois de tantas leituras feitas por este juiz, cumpre gizar, por exemplo, que o autor não utiliza o "ponto final" desde a fl.04 até a fl.06. 
O "ponto final" – classificado pelos livros de gramática como sinal sintático, da classe de pontuação objetiva – deve ser usado com o seguinte critério: "havendo separação de ideias, ou corte nas mesmas, inicia-se o período seguinte na outra linha; se o pensamento continua, sendo o período seguinte uma consequência ou continuação do anterior, o novo período começa na mesma linha" (VIEIRA, João AlfredoMedeiros Vieira. Português prático e forense. 7.ed. São Paulo: LEDIX, 1991. p.240). 
Será que não houve interrupção de pensamento no decorrer de duas folhas escritas pelo autor? 
E daí em diante apenas colaciona jurisprudência (das fls.06 até 13), inclusive com voto do desembargador, sem fundamentar sua pretensão nem ligar os fatos ao teor dos julgados. 
No que tange ao pedido, não obstante mais uma vez transcrever o dispositivo legal no meio da oração sem nenhum destaque (fl.14), o autor igualmente não agiu conforme a previsão legal, eis que se limitou a requerer, outra vez, confusamente, "o recebimento e aceitação da presente propositura de inicial de ação de consignação em pagamento, nos termos ora propugnados, com a juntada e efeitos da inclusa documentação (...)". 
Tratando-se de ação de consignação em pagamento, o art.893 do CPC prevê: "O autor, na petição inicial, requererá: I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a hipótese do §3º do art. 890; II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer resposta". 
Mal se consegue entender os fatos e fundamentos jurídicos do pedido (art.282, III e IV, do CPC). Pior ainda é remeter o pedido e suas especificações "nos termos ora propugnados". 
Como se não bastasse, o autor lucubra repentinamente à fl.14 sobre suposta inclusão do seu nome no cadastro do SPC, contudo não mencionou isso na causa de pedir e nem trouxe documentos que comprovam tal situação. 
E nem se diga que a leitura dos documentos anexos (fls.16-243) supriria a falta de precisão da inicial, eis que se fosse possível desta maneira proceder, bastaria entregar o calhamaço de documentos para o Juiz e se abster da preparação da peça inaugural da ação. 
Esta autoridade judiciária tem mais de quarenta mil processos em tramitação nesta unidade jurisdicional, de maneira que, em prol da racionalização do serviço para uma maior eficiência do Poder Judiciário de YYYYYYY, se vê obrigado a exigir maior concisão, clareza e objetividade nas peças processuais que tem dever de apreciar, por força do próprio cargo e do princípio constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional (art.5º da CF). Características essas – concisão, clareza e objetividade – que, inclusive, devem nortear todos os produtos jurídicos, mais ainda aqueles que são apresentados na praça de elegância do processo judicial. 
A concisão é o mais importante requisito do estilo forense. É a faculdade de transmitir o máximo de ideias com o mínimo de palavras. A concisão é o traço distintivo de quem escreve bem, ou, como assinala JOSÉ OITICICA: "Todo exagero produz geralmente o contrário do fim previsto. Assim as palavras servem para tornar as ideias perceptíveis, mas somente até certo ponto. Amontoadas além da justa conta escurecem sempre as ideias a comunicar. Missão do estilo e encargo do juízo é parar na risca exata, pois cada palavra demasiada é contraproducente. Voltaire disse, a propósito: ‘o adjetivo é inimigo do substantivo’. Mas, na verdade, muitos escritores buscam esconder na superabundância das palavras a pobreza das ideias. Evitem-se, consequentemente, toda a prolixidade e todo o encrustamento de notículas insignificantes que não pagam a pena de ser lidas. Devemos economizar o tempo, os esforços e a paciência do leitor. (...) Recorrer a muitas palavras para exprimir poucas ideias é sinal infalível de mediocridade. O do cérebro eminente, ao contrário, é concentrar muitas ideias em poucas palavras (Schopenhauer)" (OITICICA, José. Manual de estilo. 8. ed. Rio de Janeiro: F. Alves, 1959. p.39/40).
Uma bem-aventurança rege os Tribunais: benditos os breves, pois deles será a gratidão dos juízes e dos auditórios. 
A clareza quer dizer a possibilidade de transmitir as ideias com a menor possibilidade de dúvida por parte do destinatário da comunicação. O oposto da clareza é a obscuridade, vale dizer, a impossibilidade ou a dificuldade de transmitir, com limpidez, o pensamento, a ideia, o conceito. É preciso que se saiba o que se quer dizer antes de escrever. 
A outra principal característica dos textos jurídicos é a objetividade, ou seja, a capacidade de transmitir a mensagem com vistas a atingir o fim almejado. 
Ainda que as peças e decisões judiciais modernamente devam adotar um universo vocabular simples e serem acessíveis a absolutamente todas as pessoas, não é demasiado repetir que o texto jurídico é peça técnica, elaborada por técnico e dirigida a outros técnicos, para atingir determinado fim: vitória judicial, convencimento do destinatário, concretização de uma operação jurídica. Se assim não se entender, a figura da nobre classe dos Advogados restaria inócua, pois não haveria necessidade da utilização da intermediação do causídico entre a parte e o Estado-Juiz. 
RONALDO CALDEIRA XAVIER salienta: "A redação das diversas peças de um processo obedece a uma sistemática até certo ponto pré- estabelecida, o que a faz convizinhar da redação notarial e oficial e, mais remotamente da comercial. Mas uma regra deve in limine estabelecer-se: nos papéis que tramitam em juízo não se faz literatura. Em linguagem forense, insista-se, tudo deve ser escrito de modo objetivo, em obediência á lógica e à precisão técnica, eliminando-se filigramas verbais, rebuscamentos de estilo, ambages e enredos tortuosos. Dos usos individuais que se possam fazer da língua (idioletos), sequer se cogita. Enfim, o texto jurídico visa um só alvo: a comunicação imediata e direta" (XAVIER, Ronaldo Caldeira. Português no Direito : linguagem forense. Rio de Janeiro : Forense, 2002, p.240).
Essas características principais – ao lado de outras como a correção, precisão, originalidade, ordem e elevação, que não se comentará no momento – dão a coerência necessária e imprescindível aos textos jurídicos. 
EDUARDO C.B. BITTAR pronuncia que "a coerência de um texto jurídico não se dá pela mera ligação de locuções técnico-jurídicas entre si (ex.: prescrição – crime prescrito – carência de ação – improcedência da denúncia – julgamento extinto do processo), ou, ainda, pelo simples uso indiscriminado de uma linguagem rebuscada (ex.: ‘A prescrição intercorrente no âmago do iter procedimental atravanca e atabalhoa a escorreita marcha da veneranda e decantada valoração social que nos une em vivência social’), prenhe de estilísticas construções barrocas, ou mesmo de expressões latinas (ex.: ‘Data venia, há que se considerar desprovida de ratio iuris aquele que discute por meio de argumentos ad terrorem, contribuindo para a produção da summa iniuria’). A coerência do texto jurídico se constata quando meios e fins são atingidos, e nisso existe consciência de quem são os operadores envolvidos, qual o auditório a que se destina o discurso, quais as técnicas envolvidas para a maximização dos resultados..." (BITTAR, Eduardo Carlos Bianca. Linguagem jurídica. São Paulo: Saraiva, 2001. p.347/348).
E escrevendo sobre a importância do uso correto da palavra para os Advogados, PEDRO PAULO FILHO leciona:  "A palavra é sangue e oxigênio para o advogado... É ferramenta de trabalho, arma de combate – porque não dizer – a sua própria vida, eis que através da palavra o causídico luta o bom combate, quer na argumentação lógica pela vitória da tese, quer na defesa do direito conspurcado, quer ainda no combate à pretensão adversária. O nono mandamento do decálogo de Santo Ivo – considerado o primeiro tratado de deontologia jurídica – preceituava que, para fazer uma boa defesa, o advogado deve ser verídico, sincero e lógico. Nenhum advogado poderá cumprir sua missão sem manejar com destreza, agilidade, ciência e honra, a sua arma fundamental – a palavra" (PAULO FILHO, Pedro. A revolução da palavra. São Paulo: Siciliano, 1977. p.163/164).
Enfim, dito isso e não oferecendo o autor a certeza necessária sobre sua real pretensão, considero ininteligível por confusa e obscura a redação da petição inicial, de maneira que não se consegue vislumbrar ligação entre a narração tresloucada dos fatos e fundamentos jurídicosao pedido final, que, repita-se, remete aos "termos ora propugnados" (fl.13). Portanto, é inepta. 
Prevê o inciso II do parágrafo único do art.295: "considera-se inepta a petição inicial quando: (...) II – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão". 
Comentando tal dispositivo, ANTONIO CLÁUDIO DA COSTA MACHADO explica: "Entre os fatos narrados e o direito – que, em função desses fatos, o autor diz existir – sempre deve haver uma relação lógica. Por isso é que se afirma que na petição inicial existe um silogismo, isto é, um raciocínio lógico composto de duas premissas (a maior, a norma jurídica; a menor, os fatos) a partir das quais chega-se a uma conclusão: a existência ou a inexistência do direito invocado. Se esta relação lógica não existe, não é possível ao magistrado dizer se o pedido procede ou não. Exemplos: para o fato não há direito, o direito exposto não é aplicável aos fatos; da aplicação do direito aos fatos não pode decorrer, nem em tese, a procedência do pedido (os exemplos são de João Mendes), ou, ainda, a narrativa dos fatos é realizada de maneira obscura, ou contraditória, de sorte a não permitir a compreensão do que seja a causa eficiente do pedido" (MACHADO, Antonio Cláudio da Costa. Código de processo civil interpretado: artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. São Paulo: Saraiva, 1993. p.246).
JOSÉ ROGÉRIO CRUZ E TUCCI acrescenta que "nossos doutrinadores e tribunais também consideram inepta a petição inicial não só quando lhe falta a causa de pedir, como também na hipótese de narração obscura, desarmônica ou imprecisa dos fatos e dos fundamentos jurídicos, de sorte a tornar impossível ou dificultada a elaboração da contestação pelo réu" (TUCCI, José Rogério Cruz e. Causa de Pedir e Pedido no Processo Civil. São Paulo: RT, 2002. p. 160). 
É da jurisprudência: 
"É inepta a inicial quando da narração dos fatos não decorre, logicamente, a conclusão e muito menos se consegue extrair a causa de pedir" (TFR, Ac. un. da 2a — Seção do TFR, de 12/05/87, na Ação Rescisória 1.321 - AL, rel. Min. Miguel Ferrante, DJU, de 18/06/87, pág. 12.255 apud Apelação cível n. 38.707, de Itajaí, Relator: Des. Cláudio Marques, j. 17/12/92).
"RESPONSABILIDADE CIVIL — ACIDENTE DE TRÂNSITO — AÇÃO REGRESSIVA DE REPARAÇÃO DE DANOS — SEGURADORA — PETIÇÃO INICIAL INEPTA — EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO — SENTENÇA CONFIRMADA — RECLAMO DESPROVIDO.
Inepta a petição inicial, em face da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão, impõe-se a extinção do feito sem julgamento de mérito (art. 267, I e VI c/c art. 295, § único, II, CPC)" (TJSC, Apelação cível n. 98.011217-6, de Blumenau, Relator: Desembargador ORLI RODRIGUES, j. "INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – BANCO – INSCRIÇÃO DO NOME DE CORRENTISTA EM CADASTRO DE CHEQUES SEM FUNDOS – FATOS NARRADOS DISSOCIADOS DA CONCLUSÃO – PETIÇÃO INICIAL INEPTA – EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO – RECURSO DESPROVIDO – SENTENÇA MANTIDA.
Quando da exposição fática prefacial não decorre a consequência jurídica logicamente pretendida, extingue-se o feito sem julgamento do mérito, por inépcia da preambular" (TJSC, Apelação cível n. 1998.011699-6 de Anita Garibaldi, Relator: Des. MONTEIRO ROCHA, j.01/04/2004).
"PROCESSUAL CIVIL – CAUTELAR – NULIDADE DA SENTENÇA – FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO – INOCORRÊNCIA – INDEFERIMENTO DA INICIAL – TEORIA DA SUBSTANCIAÇÃO – CAUSA DE PEDIR REMOTA EM DESACORDO COM O PEDIDO – INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 282, III E IV, E 284, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC – DECISÃO MANTIDA 
1. "Não é nula a sentença que, embora concisa, resolve a lide de forma lógica através de juízo jurídico em perfeito silogismo" (AC n.º 36.397, Des. Amaral e Silva). 
2. ‘O pedido é a conclusão lógica da exposição dos fatos e dos fundamentos de direito formulada na peça vestibular. Inexistente delimitação do pedido, ou refugindo ela por completo dos objetivos da ação promovida, o que desprovê a pretensão da necessária certeza e determinação, a inicial padece de total inépcia, autorizando a extinção do pleito deduzido’ (AC n.º 1999.003263-9, Des. Trindade dos Santos)" (TJSC, Apelação Cível n. 2003.028212-2, da Capital, Relator: Des. MARCUS TULIO SARTORATO, j.05/03/2004).
Ipso facto, considerando confusa, ambígua, obscura e dispersa a técnica redacional da petição inicial, impossibilitando, assim, saber qual a causa petendi e atribuir ligação com o pedido final, bem como não se saber quem é a parte ré, é de se entender como inepta a peça exordial, motivo pelo qual merece o indeferimento de plano, na forma do art.295, I, do CPC.
III – DISPOSITIVO
ISSO POSTO, sem mais delongas por força do art.459 do CPC, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL ex vi do art.295, parágrafo único, II, do CPC, e DECLARO A EXTINÇÃO DO PROCESSO nº 033.04.027273-0, em que são partes XXXXXXXXX e ESTADO DE YYYYYYYYY ou BESC S/A, sem julgamento do mérito, com fulcro no art.267, I, do CPC. 
Condeno o autor ao pagamento das despesas processuais. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Após trânsito em julgado, arquivem-se os autos. 
YYYYYYYYYY, 18 de fevereiro de ??????? 
WWWWWWWWWWWWWW, juiz de Direito
Resumindo:
 
 Narrativa da Petição Inicial 
 
 Dos fatos 
Registro dos fatos juridicamente relevantes e daqueles que os esclarecem, ocorridos anteriormente, durante e posteriormente ao fato gerador do conflito. Tais fatos têm por objetivo justificar a pretensão de um direito subjetivo do autor contra o réu. 
Características mais importantes dessa narrativa:
parcialidade;
seleção dos fatos que favoreçam ao autor da demanda;
uso de modalizadores;
Exemplo da narrativa de uma petição inicial
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO MM. JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXXXXXX 
 WWWWWW, brasileiro, casado, Procurador do Estado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº (.....), portador da cédula de identidade RG nº (.....), inscrito no CPF MF sob o nº (.....), residente e domiciliado em TTTTTTT, São Paulo, na avenida Charles (......) nº 1001, ap. 62-D, CEP.: (.......), por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 3º, inciso I, da Lei nº 9.099/95, propor ação veiculando PEDIDO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS em face de Teco-Teco, pessoa jurídica de natureza comercial, inscrita no CNPJ sob o nº (....), inscrição estadual nº 1(.....), sediada em São Paulo, Capital, na rua (.....), CEP.: (.....), pelos motivos de fato e de direito abaixo aduzidos.
 
 DOS FATOS.
	Induzido por maciça propaganda veiculada em rádio e televisão, o Autor estabeleceu contrato de compra e venda via telefone com a Ré, empresa renomada no mercado da informática, para adquirir computador e outros equipamentos.
	Bastou contatar o telefone nº 0800 00000, ramal 4801, serviço televendas, no dia 21 de fevereiro de 2000, e fazer o pedido aquisitivo do equipamento denominado TRANStttttt, computador de média capacidade, com gabinete torre, com programas de computador inclusos. 
A atendente Matilde confirmou a remessa da mercadoria no prazo máximo de 15 (quinze) dias após o envio no dia 25 de fevereiro de 2000, de fac-símile pelo telefone nº 011 333333333, do comprovante de depósito de R$ 2.079,00 (dois mil, e setenta e nove reais), na conta corrente da Ré, no Banco Bom Bom S.A., agência 209, nº 3333333333 (consoante guia e documentos anexos).
 No dia 24 de março de 2000, um mês depois da confirmação de remessa, o paciente consumidor recebeu as mercadorias em casa (doc. anexo).
 O moderno equipamento veio desmontado, e o consumidor buscou informações nos vinte dias seguintes sobre a conexão das várias peças e instalação de programas. Segundo as propagandas e os prepostos da Ré, o equipamento seria de fácil montagem, não havendo necessidade de contratação de serviços de profissionais especializados, pois o computador estaria “configurado”.
	Entusiasmado pelo sucesso da cansativa aquisição e da aventura de montagem e instalação de programas no computador,enfim, no dia 13 de abril de 2000, o Autor obteve a plena funcionalidade do computador adquirido para enfrentar seu estafante serviço profissional como Procurador do Estado na Procuradoria de Assistência Judiciária Cível de XXXXXXXX, PR-9, recém- empossado e inexperiente na função de defensor público.
	Dissiparam-se os tormentos do Autor ao iniciar a cumprir suas tarefas de elaboração de peças e recursos, com regularidade, no ambiente residencial, durante o período noturno, na tranquilidade do lar, pois, durante o dia, resta tempo apenas para participar intensamente do cotidiano forense, em audiências, verificação de processos e atendimento a enorme demanda de pessoas hipossuficientes, que buscam o amparo da Justiça.
	No dia 20 de abril de 2000, véspera de feriado, uma semana após ter conseguido montar e fazer funcionar o computador, quando se preparava para entregar o primeiro relatório oficial de atividades funcionais à Corregedoria da Procuradoria Geral do Estado, o Autor viu derrocar seu longo trabalho contido na memória do computador.
	A máquina, desse dia em diante, nunca mais funcionou!
	O Autor procurou a mais próxima assistência técnica da Ré, indicada pela assistência técnica de (....) pelos telefones nº 012 9999999 e nº 38888888, denominada TECNOTOM, sediada no Centro de XXXXXX, na rua (......) nº 463, CEP.: (.....).
	Entregou, no dia 24 de abril de 2000, apenas o computador, denominado CPU, à assistência técnica (....), mantendo as demais mercadorias adquiridas e discriminadas na anexa nota fiscal, por não terem apresentado defeito algum.
	O prazo de entrega estipulado para o conserto da CPU, 28 de abril de 2000, também foi descumprido, e, apesar de várias e diversas justificativas incompreensíveis, o Autor manteve a máquina sob os cuidados da representante da Ré até 24 de maio de 2000.
	Retirou a máquina, por não haver qualquer condição de aguardar o conserto prometido, e pugnou à Ré a restituição do valor despendido no TRANSTUBE TG10, devolução da quantia de R$ 1.330,00 (um mil, trezentos e trinta reais).
	Formou-se infrutífero procedimento de Reclamação nº 109.999 aos cuidados da atendente Silvana, e a documentação comprobatória foi enviada pelo tele-fax nº (011) 0000-8798. Várias ligações telefônicas inócuas foram realizadas, enquanto os responsáveis divagavam maliciosamente, maltratando com descaso ou respostas ríspidas o consumidor insatisfeito.
 Estas novas decepções, cumuladas aos inúmeros dissabores vividos na fracassada relação de consumo, geraram no Autor suficiente entusiasmo para arcar com todos os ônus da via processual, após adquirir equipamento similar em loja local, arcando com novo dispêndio.
 DO DIREITO.
Leia o caso concreto já trabalhado na aula 7, mas com algumas modificações, e produza a narrativa de uma petição inicial –“Dos fatos”.
  Marcelo Guimarães e Camila Guimarães são casados há 10 anos. O casal tem dois filhos: Ana, de 9 anos e Pedro, de 7 anos. 
Em 01 de novembro de 2008, quando Camila digitava um trabalho da faculdade de Direito no computador utilizado pelo casal, ficou estarrecida: encontrou uma série de e-mails comprometedores, armazenados pelo marido, na máquina da família.
Descobriu que, no período de 12 de fevereiro de 2008 a 30 de outubro de 2008, seu marido, usando o apelido “homem carente de meia idade”, trocava quase diariamente mensagens de natureza erótica com uma mulher que assinava “cheia de amor pra dar”.
Ao ler as mensagens, constatou que o marido se declarara diversas vezes para a internauta, com quem construía fantasias sexuais e praticava sexo virtual. A situação ficou ainda mais grave, porque, nessas ocasiões, Marcelo fazia comentários jocosos sobre o desempenho sexual de Camila e afirmava que ela seria uma pessoa "fria" na cama.
Sua primeira reação foi conversar com Marcelo. Disse-lhe da decepção que tivera com a descoberta. Afirmou que tinha se dedicado à família nesses dez anos, inclusive interrompeu seus estudos, por insistência dele, já que queria o segundo filho. Ele ficou indignado por ela ter acessado seu e-mail. Afirmou que sexo virtual não era traição, e que ela havia violado sua privacidade. Justificou suas confidências com a mulher com a qual conversava como uma forma de desabafo, já que Camila estava sempre distante, ocupada com os trabalhos da faculdade.
Camila não aceitou as acusações e justificativas e decidiu se separar do marido. Além disso, após a separação, ajuizou ação de reparação por danos morais em face do ex-marido, na qual pediu indenização no valor de 20 mil reais. Em síntese, alegou na Petição Inicial que: a) o ex-marido manteve relacionamento com outra mulher na constância do casamento; b) a traição foi comprovada por meio de e-mails trocados entre o acusado e sua amante; c) a traição foi demonstrada pela troca de fantasias eróticas (sexo virtual) entre os dois; d) precisou passar por tratamento psicológico para superar a dor que sofria; e) foram violados sua honra subjetiva e seu direito à privacidade no casamento. 
Em entrevista à imprensa, a autora afirmou que não houve violação de sigilo das correspondências. Para ela, não está caracterizada a invasão de privacidade porque os e-mails estavam gravados no computador de uso da família e os cônjuges compartilhavam a mesma senha de acesso. 
 
 
Possibilidade de resposta:
A autora casou-se com Marcelo em 1998. Um ano depois de uma feliz relação, nasceu Ana. Em 2001, cedeu aos insistentes pedidos do marido e concebeu Pedro. Nessa ocasião, Marcelo fez questão que Camila abandonasse os estudos e se dedicasse inteiramente à família. Como amava o marido e desejava ver sua família equilibrada e feliz, abriu mão da realização pessoal e passou a viver em função do marido e dos filhos.
Quando, enfim, seus filhos estavam maiores, decidiu retomar um adiado sonho: formar-se em direito. Jamais poderia imaginar que o homem para o qual entregara sua juventude, seus sonhos, sua vida, pudesse traí-la e, pior, denegrir a sua honra com uma aventureira. Camila, em um dos poucos momentos de que dispunha para estudar, recorreu ao computador de uso da família, para produzir um trabalho da faculdade. Triste desilusão: acessou o e-mail do marido, com a senha comum a ambos, e ficou frente a uma realidade com a qual jamais imaginara. Seu marido, apresentando-se como “homem de meia idade carente” a traía com uma mulher que se denominava “cheia de amor para dar”. Ficou estarrecida ao descobrir que trocavam fantasias eróticas por oito longos meses: de 12 de fevereiro de 2008 a 30 de outubro de 2008. Pior, ainda, foi a revelação de que denegria sua honra: fazia comentários jocosos sobre o seu desempenho sexual e afirmava que ela seria uma pessoa "fria" na cama.
A Autora ainda tentou dialogar com seu marido, mas sua tentativa foi em vão: em momento algum, o infiel marido demonstrou arrependimento, e ainda a reprovou por ter acessado o seu e-mail. 
O sofrimento foi tanto, que precisou passar por tratamento psicológico, para recuperar o equilíbrio e voltar a ter uma vida normal.
Assim, não lhe restou alternativa a não ser pedir o divórcio e, em razão de ter sua honra subjetiva maculada e de ter sido violada sua privacidade conjugal, ajuizou a presente ação de indenização por danos morais. 
QUESTÃO 
Leia o caso concreto adiante e produza uma narrativa valorada a favor da parte autora, ou seja, produza a narrativa de uma petição inicial – “Dos fatos”.
 
Cuida-se de ação indenizatória ajuizada por Marta Gomes em face de Supermercados Pão de Mel, na qual pretende a autora obter a reparação de danos morais e materiais sofridos em virtude de ter escorregado no piso molhado de um dos supermercados da ré, fato este que lhe provocou lesões em seu pé direito, no dia 14 de junho de 2003, e acarretou afastamento das atividades habituais por cerca de vinte dias.
Alega a demandante ter escorregado no chão molhado porque uma funcionária não isolou um corredor que estava sendo lavado. Afirma que a placa com “Piso escorregadio” não é suficiente para evitar acidentes.
Afirma a autora não ter vistoa referida placa (cavalete) e, pelo fato de estar o piso molhado e com sabão, não foi possível se equilibrar. Em razão da queda, sustenta que foi levada por empregados da ré a uma clínica conveniada ao plano de saúde oferecido pela empresa a seus funcionários, onde lhe foi recomendado que se dirigisse a um ortopedista, pois não havia na clínica profissional especializado naquele momento.
A autora, então, foi encaminhada ao Centro de Reumatologia e Ortopedia, no qual foi diagnosticada tendinite na face dorsal de seu pé direito; o que ensejou a imobilização de seu pé direito por exatos 21 (vinte e um) dias; tendo ficado afastada de seu trabalho e de suas atividades esportivas por todo esse tempo. Pretendeu a autora, de forma subsequente, obter ante a requerida o reembolso das despesas efetuadas com sua recuperação; o que foi negado pela requerida, ante fundamentação de que a autora havia declarado que, alguns anos antes do fato em referência, sofrera uma lesão no tornozelo direito, pelo que o diagnóstico realizado no Centro de Reumatologia e Ortopedia referir-se-ia a esse evento.
Requer judicialmente a autora, portanto, a condenação da ré ao pagamento de R$865,99 (oitocentos e sessenta e cinco reais e noventa e nove centavos) a título de danos materiais, bem como de compensação pecuniária pelos alegados danos morais sofridos em virtude do mesmo fato. Acompanham a inicial os documentos comprobatórios das despesas médicas alegadas pela autora.

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