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Tutorial 01 – Módulo XII Revisão da Anatomia do SN →CRITÉRIOS ANATÔMICOS: → SNC = localizado dentro do esqueleto axial, que compõe o crânio e o canal vertebral, e composto então por encéfalo e medula espinal. Encéfalo: cérebro + cerebelo + tronco encefálico. Ponte separa o bulbo do mesencéfalo. Medula: localizada no canal vertebral → SNP = localizado fora do esqueleto axial. Nervos: cordoes esbranquiçados que unem o SNC aos órgãos periféricos. Podem ser cranianos, quando unem com o encéfalo, ou podem ser espinhais, quando unem com a medula. Gânglios: dilatação feitas de corpos neuronais. Podem ser sensitivos ou motores viscerais (SN autônomo). Terminações nervosas: extremidades das fibras que constituem os nervos. Podem ser sensitivas (aferentes) ou motores (eferentes). Sistema Nervoso Central →ENCÉFALO: o cérebro é o principal órgão do SN, responsável por coordenar as ações motoras, estímulos sensoriais e atividades neurológicas (memoria, aprendizagem, pensamento e fala). Formado por duas metades, os hemisférios esquerdo e direito, separados pela fissura longitudinal. Encéfalo: compreende os dois hemisférios cerebrais e a lâmina terminal, a qual fica na porção anterior do III ventrículo, e os dois hemisférios unidos pelo corpo caloso. Cada hemisfério tem 3 polos (frontal, occipital e temporal) e 3 faces (dorsolateral, convexa, medial, plana, e inferior/base). Tem sulcos, que permitem o aumento da superfície sem aumento do volume cerebral, delimitando os giros. → Sulco lateral → Sulco central = delimita o giro pré-central (motricidade) e o pós-central (sensibilidade). Lobos: → Frontal = movimento voluntário (córtex motor primário) e planejamento do movimento (córtex pré-motor), movimento ocular e produção da fala (área de broca). → Parietal = sensibilidade somática geral, percepção de objetos, sons, partes do corpo, compreensão da fala (área de wernicke). → Temporal = audição, olfato, identificação de objetos, reposta emocional, memoria. → Occipital = visão e paladar. Ventrículos laterais D e E, que são cavidades revestidas de epêndima, contendo liquido cerebroespinhal, que se comunicam com o III ventrículo pelo forame interventricular. Cada hemisfério tem um superfície de substância cinzenta onde ocorrem as sinapses (córtex cerebral) e que reveste a substância branca, onde tem dendritos e axônios (medula cerebral). Dentro da medula tem massas de substancia cinzenta, os núcleos da bases, que recebem impulsos do córtex e projetam por meio do tálamo ate o córtex frontal. Diencéfalo: compreende o tálamo, hipotálamo, epitálamo, subtalamo, todos relacionados com o III ventrículo. → Tálamo = reorganização dos estímulos e percepção (consciência), reenvia informações motoras, junto do tronco filtra mensagens pras partes conscientes. → Hipotálamo = controle da atividade visceral, regula SNA e glândulas endócrinas, responsável pela homeostase. → Epitálamo = glândula pineal → Subtalamo = função motora, transição entre diencéfalo e mesencéfalo. Tronco Encefálico: → Bulbo = entre ponte e medula espinhal, regulação de função autônoma como respiração, pressão sanguínea, deglutição, tosse, vomito e etc. Emergem os nervos XII, XI, X, IX. → Ponte = equilíbrio, postura, respiração, informa o cerebelo dos hemisférios. → Mesencéfalo = atravessado pelo aqueduto cerebral, une o III ao IV ventrículo. Emergem os nervos III e IV. Participa da movimentação ocular. Cerebelo: construído pelo teto do IV ventrículo, importante pra postura, tônus, equilíbrio, coordenação dos movimentos e aprendizagem motora. Possui dois hemisférios separados pelo vérmis, e os hemisférios comandam os lados que estão contidos. →MEDULA ESPINHAL: massa cilindroide de mais ou menos 45 cm. Cada nervo se associa com a medula espinhal pela raiz dorsal (traz informação até a medula) e ventral (transmite informações que saem da medula. Tem limite cranial com o bulbo e limite caudal geralmente em L2, onde forma a cauda equina (meninges junto de raízes nervosas dos últimos nervos). → Neurônios descendentes = controla funções motoras dos músculos, regula funções como pressão e temperatura e transporta sinais cerebrais. → Neurônios ascendentes = transporta sinais da extremidade corporal até o cérebro. Os corpos celulares fiam no centro da medula (massa cinzenta em forma de H) e os axônios na área adjacente (massa branca), ao contrario do encéfalo. →MENINGES: membranas que isolam e protegem o SNC. → Dura-máter = mais externa, resistente e espessa, contato com os ossos. Possui pregas, como a foice do cérebro, tenta do cerebelo, foice do cerebelo e diafragma da sela. Tem o espaço epidural, entre dura-mater e periósteo do canal vertebral. → Aracnoide = intermidiaria, como uma teia de aranha. Tem o espaço subdural, entre dura-mater e aracnoide, fenda com liquido. → Pia-mater = interna e delicada, contato direto com o SNC. Aqui tem o líquor ocupando o espaço subaranoideo e cavidades ventriculares, com função de proteção e nutrição, além do transporte de substancios. Produzido no plexo coroide dos ventrículos. Ventrículos laterais (1º e 2º) > forame intervertebral (monro) > 3º vent > aqueduto cerebral (Sylvius) > 4º vent > abertura mediana (medula espinhal) e abertura lateral (cérebro). →VASCULARIZAÇÃO: encéfalo é vascularizado pelos sistemas vertebro-basilar (aa vertebrais) e carotídeo (aa carótidas internas). Na base cranial, as artérias formam um polígono anastomótico de Willis. Artérias vertebrais formam a artéria basilar, e as carótidas internas original a artéria cerebral media e artéria cerebral anterior. Sistema Nervoso Periférico Formado pelos nervos e gânglios nervosos, função de ligar o SNC aos outros órgãos do corpo, transportando informações. Dividido em (critérios funcionais) SN somático e em SN autônomo (vida vegetativa). → SNPS = ações voluntarias resultam na contração dos músculos esqueléticos. Aferente e eferente. → SNPA = ações involuntárias resultam da contração da musculatura lisa e cardíaca, integração das vísceras pra manutenção da constância interna. Via eferente divida em SN simpático (ações que mobilizam energia, como ↑FC/PA, ↑[glicose], adrenalina e noradrenalina) e em SN parassimpático (ações contrarias, acetilcolina). →PARES CRANIANOS: Nervo olfatório I Sensitivo – olfato Nervo optico II Sensitivo – visão Nervo oculomotor III Motor – olhos externo, pupila interno Nervo troclear IV Motor – olhos Nervo trigêmeo V Misto – sensibilidade da face e motricidade da mastigação Nervo abducente VI Motor – olhos laterais Nervo facial VII Misto – paladar e mímica Nervo vestibulococlear VIII Sensitivo – equilíbrio e audição Nervo glossofaríngeo IX Misto – paladar, língua e deglutição Nervo vago X Misto – visceral, deglutação, fala. Nervo acessório XI Motor – pescoço e ECM Nervo hipoglosso XII Motor – língua intrínseca. Células Nervosas – Tecido Nervoso →CÉLULAS DO SNC: Astrócitos: parecem uma estrela, tem vários prolongamentos que sustentam e nutrem neurônios, envolvem as sinapses (isolamento). → Protoplasmáticos = substancia cinzenta, prolongamento curto, espesso, muita ramificação. → Fibrosos = substancia branca, prolongamento fino, longo e pouca ramificação. Sitio de armazenamento de glicogênio, pode liberar glicose. Oligodendrócitos: menores, poucos prolongamentos, “pés-vasculares”. → Satélites = junto ao pericário e aos dendritos. → Fasciculares = responsáveis pela formação da bainha de mielina dos axônios do SNC. Microgliócitos: ambas as substancias, fagocitose do SN, aumentando em injurias e inflamações. Células ependimárias: células cuboides ou prismáticas que forram as paredes ventriculares, aqueduto e canalcentral da medula espinhal. →CÉLULAS DO SNP: Células satélites: envolve os pericarios dos neurônios dos gânglios sensitivos e do SNA. Células de Schwann: circundam os axônios, formando a bainha de mielina e neurilema dos neurônios do SNP. Regeneração das fibras nervosas, secreta fatores tróficos e fagocitose. →NEURÔNIOS: células muito excitáveis que se comunicam entre si através de modificações no potencial de membrana (sinapses). Possuem irritabilidade e condutibilidade. A sinapse é composta pelo terminal axonal da celula, dendrito da celula receptora e um processo de celula glial, tendo um espaço entre esses dois componentes (fenda sináptica). → Corpo celular = núcleo e citoplasma (pericário), organelas (ribossomos, RER/REL e AG) pra síntese proteica. → Axônio = prolongamento único, fino, quase sempre sem substancia de Nissl, conduz impulsos nervosos, pode se ramificar. Começa com um cone de implantação e termina no terminal axonal/botão terminal. Classificados pelo tamanho, morfologia ou pelos neurotransmissores que atuam: multipolares (maioria), pseudounipolares, bipolares. Sinapses A membrana plasmática do axônio bombeia sódio pra fora e mantem o potássio dentro, fazendo uma ddp/potencial de membrana de -65mV (interior). Quando os neurônios são estimulados, os canais iônicos se abrem e ocorre influxo de sódio, e assim o potencial de repouso fica +30mV (interior positivo), gerando o potencial de ação/impulso nervoso. Depois os canais de potássio abrem e volta o potencial de repouso, e assim se propaga pelo axônio ate chegar no fim, liberando os neurotransmissores. Ocorre então a transmissão unidirecional dos impulsos, e a comunicação sináptica transforma o sinal elétrico do neurônio pré-sinaptico em sinal químico que atua no pós-sinaptico. → Sinapses elétricas = junções comunicantes acoplam um neurônio no outro, característico dos neurônios “C”. → Sinapses químicas = terminal pré-sinaptico, fenda sináptica e terminal pós-sinaptico. Comunicação por meio dos neurotransmissores. →TRANSDUÇÃO DO SINAL SINÁPTICO: o potencial de ação chega ao terminal pré, onde os canais dependentes de cálcio se abrem, ocorrendo influxo de cálcio e as vesículas com neurotransmissores jogam eles pra fenda sináptica. Os neurotransmissores então se ligam nos receptores pós, abrindo canais iônicos. Os canais iônicos que abrirem vao determinar se é induzido potencial pós-sinaptico inibitório ou excitatório. → Influxo de sódio = PPSE excitatório. Membrana chega mais perto do limiar. → Influxo de cálcio = PPSI inibitório, afasta potencial do limiar. E depois tem a somação temporoespacial, onde o neurônio pós-sinaptico dispara o potencial de ação. → Receptores ionotrópicos = neurotransmissores são acoplados nos canais iônicos, tendo alteração conformacional e fluidez de ions. → Receptores metabotrópicos = neutrotransmissores se acoplam numa cascata de sinalização intracelular, por proteína G, e assim abre e fecha canais. Neurotransmissores Moléculas liberadas pelos neurônios pré-sinapticos que são o meio de comunicação na sinapse química. São específicos pros receptores que se ligam e provocam resposta especifica, resultam em sinal inibitório ou excitatório. → Glutamato = excitatório mais comum, podendo se ligar a receptores ionotrópicos e aos metabotrópicos. Sintetizado pelos precursores de glutamina, fornecida pelos astrócitos. → GABA e glicina = inibitórios, glicina é mais na medula espinhal e permite influxo de cloro. Maioria no SNC usa o GABA, induzindo influxo de cloro. Acumula cargas negativas e afasta do limiar. → Acetilcolina = usado no SNP, SNC e na junção neuromuscular. Tem receptores nicotínicos (ionotrópicos não seletivos) e os muscarínicos (proteína G). → Aminas biogênicas = dopamina (emoção, motivação, recompensa, receptores de proteína G), noradrenalina (vigília e atenção), histamina (vigília) e serotonina (humor, emoções, homeostase). →VIAS SENSORIAIS PRA TRANSMISSÃO DOS SINAIS PRA DENTRO DO SNC: Sistema da coluna dorsal-lemnisco-medial: tato fino, vibração, consciência proprioceptiva do corpo pro córtex, com fibras grossas, mielinizadas e velocidade rápida. Transmite sinais ate o bulbo pela coluna dorsal, depois do bulbo até o tronco, pelo tálamo, pelo lemnisco medial. Sistema anterolateral: transmissão grosseira, fibras mielínicas mais finas, com velocidade menor, organização espacial menor, transmissão de sensações (calor, dor, frio e tato). Transmite sinais que não necessitam de localização muito precisa e não precisam de graduação de intensidade (dor, calor, frio, tato grosseiro, cocegas, prurido, sensações sexuais). Sensação desagradável restrita a uma parte do corpo, relacionada com dano tecidual ou potencial, acompanhada de ansiedade e desejo de escapar da sensação ou interromper (dualidade da dor – sensação/emoção). Pode estar presente na ausência de danos (dor fantasma). Importante, pois é um mecanismo de aviso de uma lesão, dando pistas ao diagnostico clinico. →CLASSIFICAÇÃO DOS ESTADOS DE DOR: pode ser classificada de acordo com a duração ou a fonte anatômica/etiologia. → Dor aguda = resulta de lesão ou inflamação, importante pra sobrevivência do individuo, evita que gerem novas lesões na cicatrização. Associada a resposta de estresse como aumento da PA, da FC, do diâmetro da pupila e dos níveis plasmáticos de cortisol, também contrai os músculos esqueléticos locais. → Dor crônica = interpretada como uma doença, após 6 meses ou após a cura da patologia. Podem ser classificadas conforme a intensidade pela escala de dor visual EVA, dividindo em leve, moderada e grave. → Dor somática = bem localizada, originada na pele, músculos esqueléticos ou articulações. → Dor visceral = disfunção dos órgãos internos por inflamação, isquemia, oclusao de fluxo, distensão capsular ou dos órgãos. É mal localizada, com mais características emocionais. Classificação da etiologia dolorosa: → Dor neuropática = doença ou lesão do SN somatossensorial central ou periférico. → Dor nociceptiva = lesão ou doença que afeta estruturas somáticas como pele, músculos, tendões, ligamentos, ossos e articulações. → Dor mista = união das dores, geralmente em câncer. → Dor disfuncional = síndromes dolorosas caracterizadas por amplificar a sinalização dolorosa, mesmo na ausência de qualquer dano. Inclui o intestino irritável, cistite, fibromialgia, eritromelalgia, dor extrema paroxística (essas ultimas associadas com mutações no canal de sódio dependente de cálcio Nav1,7). →MECANISMO DA DOR: a dor é resultado da ativação de receptores periféricos especializados, chamamos nociceptores, que são estimulados por um evento nocivo, tendo três categorias: → Estimulo nocivo mecanico = por pressão, incisão ou crescimento de massa. → Estimulo nocivo Térmico = frio ou calor → Estimulo nocivo Químico = isquemia ou infecção. Etapas sequenciais que levam a dor: 1. Transdução = conversão do estimulo do nociceptor em um sinal elétrico. 2. Transmissão = transmissão do sinal elétrico do nociceptor através dos axônios das fibras Adelta ou C por caminhos medulares. 3. Modulação = atenuação dos sinais dolorosas através da atividade inibitória intrínseca dentro do SNP e SNC antes de ser entendida como uma sensação desagradável. →MECANISMOS PERIFERICOS DA DOR: constituído pelo nociceptor aferente primário, e esses neurônios são constituídos por axônios de três tipos diferentes de neurônios: os motores, os pós-ganglionares simpáticos e os sensitivos aferentes primários (corpo fica nos gânglios das raízes dorsais dos forames vertrbrais). Os sensitivos tem dois ramos, um que se projeta centralmente pra medula, e outro que se projeta em sentidoperiférico pra inervar os tecidos. Classificação das fibras: → Fibras A-beta = aferentes, maiores, nervos que suprem a pele, não provocam dor. Respondem a estímulos de dado e/ou movimento leve. → Fibras A-delta = pouco mielinizadas, pequeno diâmetro. → Fibras C = amielinizadas. As A-delta e as C são encontradas nos nervos que suprem a pele e as estruturas somáticas e vísceras profundas, respondem apenas quando ocorre estimulo doloroso, chamadas de nociceptores aferentes primarias. O estimulo doloroso pode ser calor, frio intenso, mecanico intenso, alteração de pH, substancias químicas irritantes como ATP, serotonina, bradicinina e histamina. Sensibilização: ocorre quando são aplicados estímulos intensos, repetidos ou prolongados, fazendo com que o limiar de ativação dos nociceptores aferentes primários seja reduzido. Ou seja, mais fácil sentir dor. Fatores que contribuem pra isso: bradicinina, fator de crescimento neural, prostaglandinas e leucotrienos. → Sensibilização periférica = ocorre quando mediadores inflamatórios ativam a transdução de sinais nociceptores, determinando aumento dos canais iônicos ativos, e isso aumenta a excitabilidade dos terminais (reduz limiar). → Sensibilização central = atividade gerada pelos nociceptores aumenta a excitabilidade das células nervosas no corno posterior da medula. Tudo isso contribui pra hipersensibilização à palpação e hiperalgesia. Essas fibras também inervam vísceras e são insensíveis na normalidade sem lesão e sem inflamação, mas quando tem mediadores inflamatórios, cria a hipersensibilidade e dor intensa. Os nociceptores também desempenham uma função neuroefetora, pois quando ativados liberam mediadores polipeptídicos como a substancia P, a qual é vasodilatadora, degranula mastocitos e quimioatria leucócitos. →MECANISMOS CENTRAIS DA DOR: Medula Espinhal e Dor referida: os axônios dos nociceptores aferentes primários entram na ME pela raiz dorsal, terminando no corno posterior da substancia cinzenta. Esse contato é responsável por transmitir o sinal nocivo pro SNC. Nesse momento, os aferentes primários liberam geralmente o glutamato, excitando os neurônios medulares de segunda ordem no corno posterior (base da dor referida). → O axônio de cada aferente primário estabelece contato com muitos neurônios medulares, e cada um desses neurônios recebe impulsos convergentes de inúmeros aferentes primárias o neurônio medular é ativado e encaminha o sinal para o cérebro realizar a percepção, sem exatidão do local. Um estimulo nocivo do diafragma pode ter dor no ombro, pois a mesma região da medula recebe axônios do ombro e do diafragma. Vias ascendentes para a dor: os neurônios medulares que tem contato com os nociceptores formam o trato espinotalamico contralateral, que fica na substancia branca anterolateral da ME, na borda lateral do bulbo, na ponte, e no mesencéfalo lateral. Desse trato saem projeções pro córtex somatossensorial (mediação sensitiva da dor, localização, intensidade, caráter). Também saem projeções corticais ligadas às respostas emocionais. →MODULAÇÃO DA DOR: explicação que a dor provocada por lesões semelhantes varia em diferentes situações e individuas. A expectativa de dor é capaz de provoca-la mesmo na ausência dela. → Efeito placebo = sugestão de alivio. → Efeito Nocebo = sugestão de dor. Ocorre a liberação de opioides endógenos diante de uma ameaça grave, competição, após procedimentos, placebo e etc. podendo intensificar ou suprimir a dor. →DOR NEUROPÁTICA: ocorre nas lesões das vias nociceptoras periféricas ou centrais. Exemplos clássicos: neuropatia diabética, herpes- zoster. Pode ocorrer também por lesões ao SNC, como traumatismo ou lesão vascular da ME, sendo dores frequentemente resistentes aos tratamentos convencionais. Caracterizada pela sensação de queimação, formigamento ou choque elétrico, espontânea ou sem qualquer estimulo, ou ainda por um leve toque. Uma das causas seria um aumento da sensibilidade por meio do aumento da concentração de canais de sódio na fibra nervosa que foi danificada, e isso diminui o limitar de ativação neuronal. →SISTEMA DE SUPRESSÃO DA DOR: o grau de reação da pessoa à dor varia muito, por causa da capacidade do encéfalo de suprimir as aferencia de sinais dolorosos pro SN, pela ativação do sistema de controle de dor. → Áreas periventriculares e da substancia cinzenta periaquedutal do mesencéfalo e região superior da ponte que circundam o aqueduto de Sylvius, e a porão do III e IV ventrículo. Os neurônios dalí enviam sinais pro núcleo magno da rafe e núcleo reticular paragigantocelular (isso é no bulbo). Depois, sinais de segunda ordem são transmitidos pelas colunas dorsolaterais da ME pro complexo inibitório da dor, nos cornos laterais da medula espinhal. Então os sinais da dor podem ser bloqueados antes de serem transmitidos pro encéfalo. Há também a existência de circuitos cerebrais que modulam a atividade das vias de transmissão. Um deles controla as transmissão por meio da via descendente, contendo receptores opioides. Os principais neurotransmissores envolvidos no sistema de analgesia são: encefalina e serotonina. Sistema Opioide do Cérebro: varias substanciais causam analgesia em núcleos periventriculares e medula espinhal, sendo produtos da degradação de pró-opiomelanocortina, pró-encefalina e pró- dinorfina. → Beta-endorfina → Metencefalina → Leu-encefalina → Dinorfinas Tratamento da Dor Aguda O ideal é eliminar sua causa, então devem ser empregador esforços pra determinar a etiologia subjacente, e as vezes isso não vai eliminar a dor imediatamente. Alguns distúrbios são tao dolorosos que tem que obter analgesia rápida e eficaz (pós-op, queimaduras, traumatismo, câncer, crise anêmica falciforme). Tratamento em Escada: → 1º degrau = não opioides e drogas adjuvantes pro controle de dores leves (1-3). → 2º degrau = manter não opioides,, associar um opioide fraco (codeína, tramadol, oxicodona) pra dores moderadas (4-6) → 3º degrau = mantem não opioide e associada um opioide forte (morfina, metadona, fentalina, oxicodona dose alta) pra dores intensas (7-10). Nas dores crônicas é comum utilizar a escada, mas dores agudas, em que se sabe que o pcte vai sentir muita dor, pula os degraus. →AAS, PARACETAMOL E AINEs: mecanismo de ação análogo, todos eles inibem a cicloxigenase COX, e tirando o paracetamol, exercem ação anti- inflamatoria também em doses mais altas. Efetivos pra cefaleia leve-moderada e pra dor de origem musculoesquelética. De preferencia sejam VO. Bem absorvidos no TGI, apresentam efeitos colaterais mínimos. Com uso crônico pode ter irritação gástrica (AAS), interferência na coagulação sanguínea (AAS). Nefrotoxicidade, cuidar em pctes com IR. Idade avançada e historia de doença gastrointestinal são fatores de risco relacionados com AINEs e AAS. A introdução das formas parenterais de AINEs, cetorolaco e diclofenaco, ampliou a utilidade dessa classe de medicamentos no tratamento da dor aguda intensa. Mecanismo de ação: existem duas classes principais de COX → COX-1: expressa constitutivamente → COX-2: induzida em estados inflamatórios. Os seletivos pra COX-2 possuem ação analgésica semelhante e provocam menos irritação gástrica que os não seletivos, mas não tem diferença na nefrotoxicidade. →ANALGÉSICOS OPIÓIDES: agentes mais potentes, maior abrangência de eficácia e tem o método mais confiável e efetivo pro alivio rápido. Efeitos colaterais reversíveis: náusea, vomito, prurido e constipação. Depressão respiratória é incomum, mas em pctes com problemas respiratórios, manter a vigilância. Esses efeitos podem ser revertidos com a naxolona, um antagonista dos narcóticos. A probabilidadede um pcte se tornar dependente de narcóticos por causa do uso clinico apropriado é muito pequena. Medico não deve hesitar em usar. Mecanismo de ação: atuam no SNC, ativam neurônios inibidores da dor e inibem diretamente os neurônios que a transmitem, atuando no receptor-y. Alguns efeitos colaterais resultam do acumulo de metabolitos não opioides específicos de determinados fármacos (normeperidina). A forma mais rápida é a administração IV, a VO é bem mais lenta. Possui efeito dose-dependentes. Combinação com inibidores da COX: apresentam efeitos aditivos, utilizando doses menores de cada um, porem os efeitos colaterais não são aditivos. Cuidar dos níveis de paracetamol, em razão da tolerância do organismo, pra não aumentar tanto que fique um nível toxico pro fígado. Exemplos dos fármacos: morfina, oxicodona, hidromorfina e metadona. Tratamento da Dor Crônica Ocasionada por uma sensibilização do SN que ocorre sem causa precipitante evidente, como fibromialgia ou cefaleia crônica, tornando-se uma doença. Fatores: → Pcte pode ser portador de uma doença caracteristicamente dolorosa, que não tem cursa, como uma artrite, câncer, cefaleia crônica, fibromialgia, neuropatia diabética. → Fatores perpetuadores secundários desencadeados, como lesão de nervos sensitivos, atividade simpática e contração dolorosa. → Disfunção psicológica. Geralmente esses pctes apresentam depressão associada, sendo preciso uma anamnese psicológica. Analisar traumas emocionais. →ANTICONVULSIVANTES E ANTIARRÍTIMICOS: dor neuropática, sendo a fenitoína e a carbamazepina (neuralgia do trigêmeo). Agem se ligando as subunidades alfa-2-delta dos canais de cálcio gabapentina e pregabalina. →ANTIDEPRESSIVOS: os antidepressivos tricíclicos ADT, especialmente a nortriptilina e a desipramina, são uteis e possuem um espectro relacionado com a dose que inclui analgesia em distúrbios crônicos. Não se sabe o mecanismo analgesivo, porem tem inicio mais rápido e em doses mais baixas que as necessárias pra tratar depressão. Podem potencializar os opioides. Usados na neuropatia diabética e na neuralgia pós- herpética. Efeitos colaterais: hipotensão ortostática, sonolência, retardo da condução cardíaca (cuidar), perda de memoria, constipação, retenção urinaria, problemático em idosos). →MEDICAÇÃO OPIOIDE CRÔNICA: aceito pra pctes com câncer. Não é muito indicativo, pois tem tolerância e dependência física em tempo prolongado. Pode-se ter o quadro de hiperalgesia induzida por opioides. No uso oral, é desejável prescrever os de ação prolongada, como levorfanol, metadona, morfina de liberação sustentada ou fentanila transfermica.
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