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TGP - Apostila (36)

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Professora: Dâmares Ferreira
Aula 6
Contribuições Sociais Destinadas à
 Securidade Social Incidentes 
sobre o Faturamento
Direito Previdenciário - Custeio 
Coordenação: Dr. Wagner Ballera
01
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
www.r2direito.com.br
TEXTOS DE APOIO
Competência Legislativa Condicionada
Relativamente, à competência legislativa condicionada cita-se trechos do art. 149, caput, bem como do 
art. 195, caput, da CF/88:
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais..., como 
instrumento de sua atuação ...
Art. 195. A Seguridade Social será financiada ..., de forma direta ..., mediante recursos 
provenientes ...das seguintes contribuições sociais:
No primeiro dispositivo, recortado apenas para se identificar melhor as contribuições sociais sob estudo, 
ressalta-se que o seu modal deôntico decorre da interdefinição dos modais permitir e obrigar, resultando 
no permitido obrigar, típico das normas atributivas de poderes legislativos. O dispositivo seguinte 
apresenta-se do mesmo modo, apesar de o verbo nele veiculado estar expresso em conjugação futura. 
Os trechos transcritos compõem uma norma de estrutura, ou de competência, que autoriza o Poder 
Legislativo Federal a criar contribuições sociais destinadas à Seguridade Social.
Além da atribuição de competência, depreende-se dos textos constitucionais transcritos um 
condicionamento para o exercício desta autorização legislativa. Tal condicionamento encontra-se 
representado especialmente pela expressão "como instrumento de sua atuação" e pela palavra 
"mediante", presentes no art. 149 e 195, respectivamente; sendo que destes termos nasce a idéia de 
vínculo, de relação, entre a permissão para obrigar e a finalidade da imputação, ou, em outra palavras: 
a permissão para tributar e a finalidade da tributação. 
O constituinte permitiu ao legislador criar contribuições sociais para financiar a Seguridade Social. Esta é 
a medida da competência dada ao legislador inferior. Interdefinindo o modal permitido obrigar, com o 
auxílio do conectivo negador, teremos proibido obrigar, que indica "afirmação ostensiva e peremptória de 
incompetência"¹. Assim, não havendo a Seguridade Social para ser financiada, incompetente será o 
legislador para criar as contribuições sociais reguladas pelos artigos supra-referidos. 
Nessa medida, vislumbramos um vínculo entre a criação da contribuição social, em tela, e a finalidade à 
qual ela se destina, interferindo, tal vínculo, diretamente no regime jurídico aplicável à exação². 
O legislador ordinário somente terá competência para criar a contribuição social 
destinada à Seguridade Social se houver um sistema protetivo para ser financiado 
pelas referidas exações.
É cada vez maior o número de juristas que anuem a este condicionamento constitucional. Este é o 
entendimento de Marçal Justen Filho, ao dizer: "A 'contribuição especial' se individualiza e se identifica 
 ¹ Paulo de Barros Carvalho. Curso de direito tributário, 9 ed, São Paulo: Saraiva, 1997. p.117.
 ² Ressalvada, entretanto, a publicação da EC n. 27/00, de 22/03/2000.
02
não apenas pela natureza do 'fato gerador', mas pela vinculação entre a exação e o atendimento a um 
3específico encargo estatal" . O autor completa seu raciocínio ponderando: "A peculiaridade maior não 
está na simples vinculação. Reside em que a própria competência tributária é outorgada 
4constitucionalmente mediante comando determinante da vinculação" .
A professora Mizabel Derzi também leciona: "a destinação, discriminada na Constituição é que define o 
5conteúdo e a extensão da norma de competência federal" . "Inexistindo o fundamento constitucional, 
legitimador do exercício da faculdade legislativa, o contribuinte pode opor-se à cobrança, pois, indevido 
6o tributo que nasce de norma sem validade" .
Igualmente, o escólio José Eduardo Soares de Melo pontua: "é da essência do regime jurídico específico 
da contribuição para a Seguridade Social a sua destinação constitucional. Não a destinação legal do 
produto da arrecadação, mas a destinação constitucional. Vale dizer, o vínculo estabelecido pela própria 
Constituição entre a contribuição e o sistema de Seguridade Social, como instrumento do financiamento 
7direto desta pela sociedade, vale dizer, pelos contribuintes" .
A destinação constitucional vinculação também indica os sujeitos passivos 
possíveis da contribuição social destinada à Seguridade Social.
Ou seja, serão atingidos por estas exações aqueles que, mesmo de maneira indireta e pressuposta, 
forem beneficiados pela existência da Seguridade Social. É o que a doutrina chama de círculo específico 
de sujeitos passivos, outra peculiaridade das contribuições sociais.
Em trabalho inédito elaborado, conjuntamente, pela professora Mizabel e os professores José Arthur 
Lima Gonçalves e Estevão Horvath, foi asseverado: "a característica diferencial mais marcante das 
contribuições em relação aos impostos e taxas reside na circunstância de ser ela contribuição 
necessariamente relacionada com uma despesa ou vantagem especial referida aos sujeitos passivos 
8 respectivos (contribuintes)" (grifo nosso).
Os beneficiados diretos da Seguridade Social são aqueles que se utilizam efetivamente do sistema de 
proteção. Já os beneficiários indiretos são, por exemplo, os empregadores. A vantagem especial 
pressuposta deferida indiretamente ao empregador está fundamentada na própria criação do regime 
jurídico de proteção social deferido diretamente ao empregado deste. Esta vantagem especial justifica o 
dever de contribuição. Também atua como causa de justificação do dever de contribuir, a provocação de 
uma especial despesa, pelo sujeito passivo-empregador, ao sistema protetivo. Mas, olhando de perto, 
parece-nos que em ambas situações, ao empregador será deferida uma vantagem especial, vez que, 
mesmo provocando uma situação de risco social, causadora de maior despesa ao sistema protetivo e 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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3JUSTEN FILHO, Marçal. Contribuições sociais. In Caderno de Pesquisa Tributária nº 17, São Paulo: Co-edição CEU e
 Resenha Tributária, 1992, p.152.
4 Idem, ibidem, p.156 (destaque no original).
5DERZI, Mizabel Abreu Machado. Contribuições sociais. In Caderno de Pesquisa Tributária nº 17, São Paulo: Co-edição
 CEU e Resenha Tributária, 1992, p.133.
6Idem, ibidem, p.133.
7Melo, José Eduardo Soares de. Contribuições sociais, 3 ed., São Paulo: Malheiros, 2000, p. 83-84.
8Apud Melo, José Eduardo Soares de. Contribuições sociais, 3 ed., p. 82.
autorizadora da incidência da contribuição, contará com a cobertura da seguridade à situação por ele 
provocada, o que não deixa de ser o recebimento de uma especial vantagem.
As decisões do STF no RE 146.733-9/SP e na ADC 1-1/93 dão conta que as contribuições sociais não 
se confundem com os impostos e, no que concerne às destinadas à Seguridade Social, possuem um 
regramento constitucional específico. Este é o nosso entendimento.
Princípio (ou regra) da contrapartida (art. 195, § 5º, da CF/88)
Além da competência condicionada e seus reflexos, outra peculiaridade das contribuições destinadas à 
Seguridade Social é o princípio da contrapartida, também chamado de regra da contrapartida constante do 
art. 195, § 5º, da CF/88. Este princípio é fundamentalpara o sistema de Seguridade Social, pois não é 
possível proporcionar benefícios e serviços sem a provisão de recursos econômicos para sua efetivação. 
Esse preceito constitucional tem o condão de criar, ao redor das áreas de prestação e custeio, um amálgama, 
uma união indissolúvel, e lança seus efeitos sobre todas as demais normas jurídicas que tratam, quer do 
custeio, quer dos benefícios protetivos.
A regra da contrapartida pode ser observada por dois ângulos distintos. De um lado, 
materializa-se na noção de dever de equilíbrio do orçamento da Seguridade Social, 
ou seja, não podem ser concedidos benefícios além das fontes de custeio existentes. 
Este equilíbrio, entretanto, só se verifica na presença de uma ampla avaliação 
técnica atuarial do sistema. Avaliação esta que dependerá de um plano de custeio 
bem estruturado, assegura Wagner Balera (BALERA, Wagner. Contribuições 
sociais. In Caderno de Pesquisa Tributária, n.17, São Paulo: Resenha Tributária e 
Centro de Extensão Universitária, p. 322). 
De outro lado, a regra da contrapartida promove a reafirmação da destinação 
específica dos resultados financeiros auferidos pela incidência da contribuição social 
destinada à Seguridade Social e a determinação da capacidade tributária ativa das 
contribuições sociais previstas no art. 195, I, e no art. 239, da CF/88.
Princípio da eqüidade no custeio (art. 194, § ú, V c/c art. 195, § 9 º, da CF/88). 
O art. 194, § único, inciso V, da CF/88 prescreveu como objetivo da Seguridade Social a eqüidade na forma 
de participação no custeio. Tal dispositivo, conjugado ao art. 195, § 9º, da Carta Maior, desenha o princípio 
da eqüidade no custeio.
A norma jurídica tributária, se geral e abstrata, será criada para atingir todos de modo indistinto. E isso, 
dependendo das realidades materiais (riscos sociais por elas provocadas) dos possíveis sujeitos passivos da 
obrigação, poderá gerar grave injustiça, uma vez se que todos contribuírem de modo igual para o caixa 
geral da seguridade, porém, existindo empregadores que necessitem de maior giro de mão-de-obra que 
outras, ou, desempenhem atividades que possuam a capacidade de gerar maiores riscos aos eventuais 
beneficiários da proteção conferida pela Seguridade Social, estas circunstâncias podem provocar maiores 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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retiradas do sistema de proteção. Assim, nada mais justo que tais pessoas contribuam mais para o caixa 
comum do sistema protetivo.
Não obstante a Lei de Custeio fundada no art. 195, I, "b", da CF/88 ser de aplicação geral a todos os 
possíveis sujeitos passivos, as peculiaridades de cada um já em 1991 eram de possível consideração no 
planejamento, por força do art. 194, § ú., inc. V, que fixou como objetivo da Seguridade Social a eqüidade 
na forma de participação no custeio. 
A Emenda Constitucional nº. 20/98 acrescentou o § 9º ao art. 195, e com isso inseriu os critérios através dos 
quais o objetivo eqüidade no custeio deverá ser alcançado. Tomando-se em conta a combinação entre os 
artigos referidos, o custeio da Seguridade Social tornou-se mais justo, materialmente igualitário, na medida 
em que possibilitou a criação de uma lei mais equânime, ajustada às realidades em que fundam o 
planejamento da Seguridade Social. Daí dizer que, a eqüidade no custeio é uma versão especialíssima da 
igualdade tributária, prevista no art. 150, I, da CF/88.
Assim, o legislador está autorizado a construir contribuições sociais incidentes sobre 
o faturamento e receita, com alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, conforme 
as peculiaridades objetivas dos sujeitos passivos, em razão da atividade econômica 
ou da utilização intensiva de mão-de-obra por eles utilizada e sempre tendo em vista 
a finalidade das contribuições sociais em tela. Toda e qualquer diferenciação de 
base de cálculo ou alíquota deverá, necessariamente, estar fundamentada na 
relação sinistro/prêmio, onde quanto maior o risco provocado pelas atividades dos 
sujeitos passivos, maior deverá ser a contribuição à caixa da Seguridade Social.
Os critérios objetivos presentes no art. 195, § 9º, da CF/88 não podem ser interpretados destacadamente 
dos demais dispositivos constitucionais. Não será com base apenas neles que o legislador obterá o vínculo 
semântico necessário para fundamentar a diferenciação de alíquotas e bases de cálculo da COFINS ou do 
PIS-Faturamento. 
Para tal mister, o legislador deverá tomar como base especialmente o plano de custeio do sistema de 
seguridade que, por sua vez, encontrar-se-á submetido também ao parágrafo 9º, é ali onde as projeções de 
risco/contribuição estarão dispostas. Os critérios citados funcionarão apenas como norte para o custeio, na 
medida em que é o planejamento atuarial que demonstra, com clareza, a realidade fática apresentada por 
determinados sujeitos passivos, no que concerne ao grau de risco que estes provocam.
O plano de custeio da Seguridade Social é instrumentalizado através de previsões de despesas e receitas 
fixadas a partir de avaliações atuariais, hoje com projeção mínima para 20 anos. Seu objetivo é a 
planificação econômica do regime protetivo e promoção de equilíbrio financeiro. 
Nesse sentido, a Lei nº 8.212/91, em seu art. 96 dispôs: "O Poder Executivo enviará ao Congresso Nacional, 
anualmente, acompanhando a Proposta Orçamentária da Seguridade Social, projeções atuariais relativas à 
Seguridade Social, abrangendo um horizonte temporal de, no mínimo, 20 (vinte) anos, considerando 
hipóteses alternativas quanto às variáveis demográficas, econômicas e institucionais relevantes".
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Portanto, não é possível considerar como verdadeiro plano de custeio o disposto na Lei nº 8.212/91, pois o 
referido Diploma Legal não se encontra fundado em qualquer tipo de levantamento (estatístico, demográfico 
e atuarial), e, portanto, cria bases de financiamento sem nenhum apoio técnico.
O previsto no § 9º retrata as circunstâncias fáticas autorizadoras do discrimen com 
vistas à igualdade real entre as pessoas jurídicas empregadoras contribuintes, mas 
estas circunstâncias deverão ser consideradas no plano de custeio da Seguridade 
Social, para somente aí serem tomadas como fundamento das diferenciações de 
bases de cálculo e alíquotas. 
Não basta o legislador levar em consideração a utilização intensiva da mão-de-obra 
ou a atividade econômica, em si mesma considerada. O legislador há de considerar 
estas circunstâncias quando as mesmas provocarem um aumento ou diminuição dos 
riscos sociais sob a proteção da Seguridade Social e, com isso, gerarem uma maior 
ou menor demanda no custeio dos benefícios por esta devidos. 
Logo, não será uma diferença qualquer entre os sujeitos passivos, como por exemplo, as peculiaridades dos 
produtos que produzem, importam ou comercializam, que autorizará o legislador a criar alíquotas e bases 
de cálculo, maiores ou menores para as contribuições incidentes sobre o faturamento ou demais 
contribuições sociais destinadas à Seguridade Social. O agravamento ou não do critério quantitativo da 
exação precisará ter seu fundamento nas necessidades identificadas no plano de custeio do sistema 
protetivo.
Assim, pode-se concluir que o princípio da eqüidade no custeio é um princípiocujo fim é autorizar a 
discriminação das situações fáticas capazes de gerar maiores despesas para o caixa das prestações da 
Seguridade Social. Aproxima-se do princípio da igualdade tributária, mas com ele não se confunde, pois visa 
a maior aproximação possível da realidade dos sujeitos passivos objetivamente considerados, por isso, 
dissemos que se configura em uma versão especialíssima da isonomia tributária. Também não se confunde 
com o princípio da capacidade contributiva, previsto no art. 145, § 1º, da CF/88, aplicável aos impostos em 
geral, uma vez que o discrimen por este autorizado reside na gradação do signo presuntivo de riqueza, 
enquanto que o da eqüidade no custeio, repetimos: discrimina as situações fáticas capazes de gerar maiores 
despesas para o caixa das prestações da Seguridade Social; ou, por outro giro, as situações fáticas que 
geram maior risco social e conseqüentemente maior despesa para o caixa da Seguridade Social.
Como reverso do poder de tributar de forma eqüitativa existe também o poder de isentar. Este poder, 
igualmente, está limitado pelas finalidades do sistema protetivo. Assim como para criar tributos, o Poder 
Legislativo para isentar também deverá obedecer às disposições constitucionais, gerais e especiais relativas 
ao custeio da seguridade, mormente o princípio da eqüidade, concretizado pelo art. 195, § 9º, da CF/88. 
Além do exposto, o parágrafo § 9º reafirma a natureza da exação destinada à seguridade, qual seja, a de 
contribuição social; pois evidencia o vínculo existente entre a despesa especial/vantagem especial (ou a sua 
possibilidade), provocada pelo sujeito passivo empregador ao sistema de proteção e o dever do primeiro em 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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contribuir para o segundo.
Além das normas jurídicas constitucionais que traçam a competência condicionada, os princípios da 
contrapartida e da eqüidade no custeio, outras peculiaridades traçam o regime jurídico constitucional das 
contribuições sociais destinadas à Seguridade Social. Entretanto, alongar-se nestas especificidades nos fará 
fugir do tema principal desta aula, que são as contribuições sociais incidentes sobre o faturamento e a 
receita, cuja análise passaremos imediatamente.
Fizemos estas considerações introdutórias a respeito do regime jurídico constitucional geral das 
Contribuições Sociais destinadas à Seguridade Social para demonstrar que a COFINS e o PIS Faturamento, 
em vários pontos de se regramento infra-constitucional, encontram-se em desacordo com o Texto Maior, 
especialmente no que se refere os sujeitos passivos, à base de cálculo, majorações e reduções de alíquotas e 
os próprios fatos jurídicos tributários. A seguir passaremos à análise das referidas contribuições sociais.
Regra matriz de incidência tributária
Adotamos a orientação de que a norma jurídica de tributária possui estrutura bimembre. No primeiro 
membro encontra-se o antecedente normativo; no segundo, o conseqüente. 
Para melhor demonstração desta estrutura e seus elementos, lançaremos mão dos recursos disponibilizados 
pela chamada regra-matriz de incidência tributária. Esta, vertida em linguagem lógico-formal, tem a 
finalidade de organizar, didaticamente, os dados da norma jurídica primária (geral e abstrata) de custeio.
No antecedente da regra-matriz, os fatos jurídicos são demonstrados formalmente por meio de três critérios: 
material, temporal e espacial. Apesar de seus objetos serem distintos, estes critérios se complementam para 
representar um dado fato jurídico em circunstâncias de tempo e lugar.
O critério material, como recurso formal, orienta a identificação, na norma jurídica, do comportamento 
subjetivo capaz de fazer nascer uma relação de custeio. E como comportamento subjetivo, entendemos toda 
ação, ou estado, realizado por sujeitos de direito (pessoas físicas ou jurídicas).No campo do custeio da 
seguridade social, entretanto, não será qualquer comportamento subjetivo que poderá gerar 
conseqüências, mas somente aqueles comportamentos fixados, no art. 195, I e II ou outros fatos eleitos nos 
termos do art. 195, § 4º, ou no art. 239, da CF/88.
Sob o ponto de vista gramatical, um comportamento compõe-se de um verbo pessoal, transitivo e com 
predicação incompleta, i. é., que demande um complemento. Satisfazem o primeiro, v. g., os termos 
"vender", "obter", etc; mas, por si sós, estas palavras não representam uma ação ou um estado completo. 
Motivo pelo qual, necessitam ser complementadas, por exemplo, "vender + mercadoria", "obter + 
faturamento", etc. Aliados entre si, os verbos e os complementos estimulam a projeção mental de um 
comportamento subjetivo específico.
Já o critério espacial da regra-matriz tem por função identificar, pinçar, na norma jurídica de custeio, os 
dados referentes ao local onde o fato descrito pelo critério anterior deverá ocorrer. Por seu intermédio, 
identifica-se a porção ou extensão territorial onde o evento deverá se dar concretamente. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Esse critério é importante para a análise de alguns impostos que possuem em sua configuração a ocorrência 
do evento jurídico num local ou área geograficamente determinados, mas, quanto às contribuições sociais 
destinadas à seguridade social, este critério não é dado fundamental para a configuração destas, uma vez 
que as mesmas incidem em qualquer lugar, desde que sobre o território nacional. Como regra geral, o local 
não há que ser peculiar para a incidência das contribuições sociais.
Quanto ao critério temporal, que também compõe o antecedente da regra-matriz, este é relevante para 
determinar o momento em que efetivamente ocorreu o evento descrito como capaz de fazer nascer os efeitos 
dispostos no conseqüente normativo da norma geral e abstrata de custeio. 
Comprometido com o antecedente encontra-se um conseqüente normativo. Por a regra matriz nos moldes 
da norma jurídica - ser um juízo hipotético condicional, diz-se que, o primeiro implica o segundo.
O conseqüente compõe-se de critérios que possibilitam a identificação, na norma jurídica de custeio, dos 
dados relativos à configuração dos elementos da relação jurídica. Estes critérios são o pessoal e o 
quantitativo. O primeiro assinala as particularidades dos sujeitos ativo e passivo do liame jurídico. O 
segundo revela as variáveis que, conjugadas, representarão o valor do objeto da prestação de custeio. Em 
outras palavras, no conseqüente está formalizada, através dos critérios pessoal e quantitativo, uma 
9representação da relação jurídica a ser instaurada pela incidência da norma de custeio. 
No critério pessoal, o sujeito ativo será o titular do direito subjetivo de haver para si a prestação advinda da 
relação jurídica de custeio. Já o sujeito passivo será a pessoa de quem o primeiro sujeito irá exigir o 
cumprimento da prestação oriunda da referida relação. 
O critério quantitativo, por sua vez, compõe-se de base de cálculo e de alíquota, critérios abstratos que, 
aliados entre si, conduzem à identificação do valor do objeto da prestação jurídica do sujeito passivo. A base 
de cálculo, segundo a abalizada doutrina de Aires Bernardino Barreto, é a descrição legal de um padrão de 
referência "que possibilite a quantificação da grandeza do fatotributário"; quanto à alíquota, esta, no plano 
10normativo, é o indicador da proporção a ser tomada da base de cálculo.
O até agora descrito pode ser formalizado da seguinte maneira:
 A = C +C +Cm (v+c) e t
 
 R (DS) mt n \(dever-ser neutro)
 C = C (S +S ) + C (b al )s p a p q c x 
11 DSm (dever-ser modalizado em obrigar) 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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{
9 Carvalho, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 9. ed., São Paulo: Saraiva, 1997, p. 196.
10 BARRETO, Aires Bernardino. Base de cálculo, alíquota e princípios constitucionais, São Paulo: Max Limonad, 1999, p. 51 e 58.
11Rmt = Regra Matriz Tributária: A antecedente: Cm = critério material; (v+c) = verbo + complemento; 
Ct = critério temporal; Ce = critério espacial; DSn dever-ser neutro; Cs conseqüente: Cp = critério pessoal; 
Sa = sujeito ativo; Sp = sujeito passivo; Cq = critério quantitativo; (bc x al) = base de cálculo x alíquota; 
DSm = dever- ser modalizado.
07
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Feita essa rápida exposição sobre a estrutura da regra matriz como instrumento lógico sintático, passaremos 
a analisar em seguida a compostura da contribuição destinada ao financiamento da seguridade social, 
utilizando-nos, para tanto, do instrumental supra-exposto.
Tal formulação lógica poderá ser chamada, ora de regra-matriz de custeio, ou de regra-matriz tributária, já 
que tais expressões pretendem veicular o mesmo significado.
Bases de cálculo e alíquotas
a. Regime de incidência cumulativo da COFINS e do PIS-Faturamento 
As pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, 
que apuram o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado estão sujeitas à incidência cumulativa. As 
pessoas jurídicas, ainda que sujeitas à incidência não-cumulativa, submetem à incidência cumulativa as 
receitas elencadas no art. 10, VII a XXV da Lei nº 10.833, de 2003.
a.1. Bases de cálculo gerais da COFINS e do PIS-Faturamento
 A base de cálculo da Contribuição para o PIS - Faturamento e COFINS, no regime de incidência 
cumulativa, é o faturamento mensal, que corresponde à receita bruta, assim entendida a totalidade 
das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e 
a classificação contábil adotada para as receitas. (Lei nº 9.718, de 1998, art. 3º, § 1º) - aqui remetemos 
o aluno para os comentários sobre a constitucionalidade da Lei n. 9718/98.
Entretanto, a base de cálculo da COFINS e PIS-Faturamento que consideramos válida e constitucional, 
ainda é o faturamento entendido como resultado positivo das vendas à vista ou a prazo, nos termos do art. 2º 
da LC nº 70/91 e fixação do conteúdo da palavra faturamento na decisão prolatada pelo Supremo Tribunal 
Federal na ADC nº. 1-1/DF, isso em função das graves inconstitucionalidades que a Lei nº. 9.718/98.
As noções de receita bruta e faturamento não se confundem entre si, a primeira é mais ampla que a segunda, 
apesar de ambas representarem ingressos positivos novos, de cunho patrimonial ao empregador 
empresário. A receita engloba todos os ingressos com relevância patrimonial, independente de se 
originarem da exploração do objeto social da pessoa jurídica, enquanto, o faturamento está relacionado à 
venda de bens, mercadorias e prestação de serviços.
Não obstante isso, enquanto não for declarada a inconstitucionalidade da Lei nº. 9718/98, devemos ainda 
considerar como eficaz a base de cálculo contida no art. 3º, § 1º da referida Lei.
a.2. Exclusões da Base de Cálculo
Para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos da base de cálculo, quando o tenham 
12integrado, os valores:
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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12 Conferir: Lei nº 9.718, de 1998, art. 3º, § 2º, com alterações da MP 2.158-35/2001 e Instrução Normativa SRF nº 247,
 de 2002, art. 23.
a)das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero); 
b)das vendas canceladas; 
c)dos descontos incondicionais concedidos; 
d)do IPI; 
e)do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos 
serviços na condição de substituto tributário; 
f)das reversões de provisões; 
g)das recuperações de créditos baixados como perdas, que não representem ingresso de novas receitas; 
h)dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido; 
i)dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido 
computados como receita; 
j)das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do ativo permanente. 
Além da base de cálculo geral da COFINS e do PIS-Faturamento, foram prescritas pelo legislador várias 
bases de cálculo diferenciadas - bases de cálculo especiais, conforme se verá abaixo. 
Neste ponto vale invocar o princípio da eqüidade no custeio, pois entendemos que o legislador do 
custeio da Seguridade Social está autorizado a fixar bases de cálculo e/ou alíquotas diferenciadas, 
dependendo da atividade econômica do sujeito passivo ou utilização intensiva de mão-de-obra por este 
(art. 194, Parágrafo Único, V, c/c o art. 195, § 9º, da CF/88), desde que a finalidade pretendida seja 
equilibrar o caixa do sistema protetivo por meio do binômio: > ou < risco social / > ou < dever de 
custeio. 
Frisamos: os critérios objetivados no parágrafo 9º são os únicos que autorizam eventual diferenciação 
nos elementos do critério quantitativo da regra-matriz de custeio. Mas, para serem aplicados, deverão 
estar norteados pela noção de risco causado pelo sujeito passivo. 
Quanto maior for o risco provocado por este ou maior for sua vantagem, maior ou menor poderá ser a 
base de cálculo ou alíquota da contribuição social por ele devida, sob pena de ofensa aos princípios da 
eqüidade no custeio e da igualdade. Este, entretanto, não é o posicionamento adotado pelo legislador 
infra-constitucional, que diferencia bases de cálculo e alíquotas ao seu alvedrio e sem qualquer 
embasamento nas reais de custeio do Sistema Protetivo, razão da competência tributária prescrita nos 
artigos 149, caput, c/c art. 195, caput, da CF/88. 
a. 3. Alíquotas gerais da COFINS e do PIS - Faturamento 
As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS, no regime de incidência cumulativa, são, 
respectivamente, de sessenta e cinco centésimos por cento (0,65%) e de três por cento (3%). 
b. Regime de incidência não cumulativa da COFINS e do PIS - Faturamento
Regime de incidência da Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS instituídos em dezembro de 
2002 e fevereiro de 2004, respectivamente. O diploma legal da Contribuição para o PIS - Faturamento não-
cumulativa é a Lei nº 10.637, de 2002, e o da COFINS a Lei nº 10.833, de 2003.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Este regime não cumulativopermite o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e 
encargos da pessoa jurídica. Nesse regime, as alíquotas da Contribuição para o PIS - Faturamento e da 
COFINS são, respectivamente, de 1,65% e de 7,6%. 
As pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, 
que apuram o IRPJ com base no lucro real estão sujeitas à incidência não-cumulativa, exceto: as instituições 
financeiras, as cooperativas de crédito, as pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de 
créditos imobiliários e financeiros, as operadoras de planos de assistência à saúde, as empresas particulares 
que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores de que trata a Lei nº 7.102, de 1983, e as 
sociedades cooperativas (exceto as sociedades cooperativas de produção agropecuária e as sociedades 
cooperativas de consumo).
As pessoas jurídicas submetidas à incidência não-cumulativa integram a essa incidência as receitas obtidas 
nas vendas de bens submetidos a alíquotas diferenciadas, excetuadas as receitas de venda de álcool para 
fins carburantes, que permanecem excluídas da incidência não-cumulativa. 
b.1. Base de cálculo 
A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e COFINS, com a incidência não-cumulativa, é o valor 
do faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, 
independentemente de sua denominação ou classificação contábil (Lei nº 10.637, de 2002, art 1º, §§ 1º e 
2º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, §§ 1º e 2º).
b.2. Exclusões ou deduções da Base de Cálculo 
Para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do faturamento, quando o tenham 
integrado, os valores constantes da Lei nº 10.637, de 2002, art 1º, §3º e Lei nº 10.833, de 2003 art. 1º, § 3º 
e Instrução Normativa da SRF nº 247, de 2002, art. 24.
b.3. Alíquotas
As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS, com a incidência não-cumulativa, são, 
respectivamente, de um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento (1,65%) e de sete inteiros e seis 
décimos por cento (7,6%). 
Há exceções à aplicação das alíquotas acima quando se tratar de alíquotas concentradas e/ou reduzidas em 
função de regimes especiais de tributação.
b. 4. Desconto de créditos
Dos valores de Contribuição para o PIS/Pasep e COFINS apurados, a pessoa jurídica submetida à incidência 
não-cumulativa poderá descontar créditos, calculados mediante a aplicação das alíquotas de 7,6% 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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(COFINS) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep), sobre os valores:
a)das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês; 
b)das aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços utilizados como insumos na fabricação de 
produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes; 
c)dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do 
mês ou de mês anterior, e tenha sido tributada no regime de incidência não-cumulativa; 
d)das despesas e custos incorridos no mês, relativos: à energia elétrica consumida nos estabelecimentos 
da pessoa jurídica; a aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da 
empresa; a contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas a pessoa jurídica, exceto 
quando esta for optante pelo Simples; armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos 
casos dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor; 
e)dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a máquinas, equipamentos e 
outros bens incorporados ao ativo imobilizado adquiridos a partir de maio de 2004, para utilização na 
produção de bens destinados à venda, ou na prestação de serviços (Ver IN SRF nº 457, de 2004); 
f)dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a edificações e benfeitorias 
em imóveis próprios ou de terceiros, adquiridas ou realizadas a partir de maio de 2004, utilizados nas 
atividades da empresa. 
c. Regimes Especiais de Incidência
Contribuição para o PIS e a COFINS, além das duas regras gerais de apuração (incidência não-cumulativa e 
incidência cumulativa), possuem ainda diversos regimes especiais de apuração. 
A maioria dos regimes especiais se refere a incidência especial em relação ao tipo de receita e não a pessoas 
jurídicas atingidas, devendo a pessoa jurídica calcular ainda a Contribuição para o PIS - Faturamento e a 
COFINS no regime de incidência não-cumulativa ou cumulativa, conforme o caso, sobre as demais receitas. 
Os regimes especiais são divididos em:
c.1. Base de cálculo e alíquotas diferenciadas
 Instituições financeiras: Têm direito a deduções específicas para apuração da sua base de cálculo, que 
incide sobre o total das receitas e estão sujeitas à alíquota de 4% para cálculo da COFINS. 
 Entidades sem fins lucrativos: As entidades sem fins lucrativos de que trata o art. 13 da MP nº 2.158-35, 
de 2001, calculam a Contribuição para o PIS - Faturamento com base na folha de salários, à alíquota de 1%. 
As sociedades cooperativas de crédito, na apuração dos valores devidos a título de COFINS e de 
Contribuição para o PIS incidente sobre o Faturamento, poderão excluir da base de cálculo os ingressos 
decorrentes do ato cooperativo, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 15 da Medida Provisória no 
2.158-35, de 24 de agosto de 2001, e demais normas relativas às cooperativas de produção agropecuária 
e de infra-estrutura.(Lei nº 11.051, de 2004, art. 30).
c.2. Base de cálculo diferenciada 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Estão sujeitas à incidência cumulativa, com alíquotas de 0,65% (Contribuição para o PIS - Faturamento) e 
3% (COFINS), porém, com direito a deduções específicas previstas na legislação, as receitas obtidas:
1.nas vendas de veículos usados de que trata o art. 5º da Lei nº 9.716, de 1998; 
2.nas operações de compra e venda de energia elétrica, no âmbito do Mercado Atacadista de Energia 
Elétrica (MAE), pelas pessoas jurídicas submetidas ao regime especial de que trata o art. 47 da Lei nº 
10.637, de 2002; 
Integram o regime geral de incidência da pessoa jurídica (cumulativa ou não-cumulativa, conforme o caso), 
porém, com direito a deduções específicas previstas na legislação, as receitas obtidas: 
3.nas operações realizadas em mercados futuros - considera-se como receita bruta por mês os 
resultados positivos incorridos, inclusive os sujeitos a ajustes de posições, reconhecidos por ocasião da 
liquidação do contrato, cessão ou encerramento da posição; 
4.nas operações de câmbio, realizadas por instituição autorizada pelo Banco Central do Brasil - 
considera-se receita bruta a diferença positiva entre o preço de venda e o preço de compra da moeda 
estrangeira; 
5.na aquisição com deságio de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de 
prestação de serviços, por empresas de fomento comercial (factoring) - considera-se receita bruta o valor 
da diferença entre o valor de aquisição e o valor de face do título ou direito creditório adquirido (IN SRF 
nº 247, de 2002, art. 10, § 3º). 
c.3. Em substituição tributária 
 Cigarros: Os fabricantes e os importadores de cigarros estão sujeitos ao recolhimentodessas contribuições, 
na condição de contribuintes e substitutos dos comerciantes varejistas e atacadistas desse produto. 
As bases de cálculos da Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS são os valores obtidos pela 
multiplicação do preço fixado para a venda do cigarro no varejo, multiplicado por 1,38 (um inteiro e trinta e 
13oito centésimos) e 1,18 (um inteiro e dezoito centésimos), respectivamente. 
 Veículos: Os fabricantes e os importadores de veículos autopropulsados descritos nos códigos 8432.30 e 
87.11 da TIPI estão obrigados a cobrar e a recolher a Contribuição para o PIS - Faturamento e a COFINS, na 
condição de contribuintes substitutos, em relação às vendas feitas a comerciantes varejistas dos 
mencionados produtos. A base de cálculo será calculada sobre o preço de venda da pessoa jurídica 
14fabricante.
c.4. Alíquotas diferenciadas majoradas ou reduzidas
a) Alíquotas Majoradas:
 
Combustíveis: A Contribuição para o PIS - Faturamento e a COFINS incidente sobre gasolina (exceto de 
aviação), óleo diesel, GLP e álcool para fins carburantes são calculados aplicando-se alíquotas 
diferenciadas concentradas sobre a receita bruta auferida com as vendas destes produtos, efetuadas pelos 
produtores, importadores, refinarias de petróleo e distribuidores de álcool para fins carburantes e reduzindo-
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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13Cfr. Instrução Normativa SRF nº 247, de 2002, art. 48 e Lei nº 10.865, de 2004, art. 29.
14 Cfr. MP n. 2.158-35, de 2001, art. 43, parcialmente revogado pela Lei nº 10.485, de 03 de julho de 2002. 
se a zero as alíquotas aplicadas sobre a receita auferida com as vendas efetuadas pelos distribuidores e 
15comerciantes varejistas. 
Querosene de aviação: A receita bruta auferida com a venda de querosene de aviação está sujeita à 
incidência da Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS uma única vez pelo produtor ou 
importador, com previsão de alíquotas diferenciadas concentradas, não incidindo sobre a receita de venda 
de querosene de aviação auferida por pessoa jurídica não enquadrada na condição de produtora ou 
16importadora. 
Produtos farmacêuticos: As receitas obtidas na venda dos produtos farmacêuticos citados na Lei nº 
10.147, de 2000 estão sujeitas a regime especial de apuração da Contribuição para o PIS - Faturamento e 
da COFINS, com previsão de alíquotas diferenciadas concentradas sobre os produtores e importadores, e 
direito ao cálculo de créditos presumidos na venda de alguns produtos, na forma e sob as condições 
estabelecidas no art. 3º da Lei nº 10.147, de 2000. Ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição 
para o PIS - Faturamento e da COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda dos produtos 
tributados com a alíquota diferenciada concentrada, pelas pessoas jurídicas não enquadradas na condição 
17de industrial ou de importador. 
Veículos e pneus novos de borracha: As receitas obtidas na venda dos veículos e pneus novos de borracha 
citados na Lei nº 10.485, de 2002, estão sujeitas a regime especial de apuração da Contribuição para o PIS 
- Faturamento e da COFINS, com previsão de alíquotas diferenciadas concentradas sobre os fabricantes e 
importadores, reduzindo-se a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS 
incidentes sobre a venda desses produtos pelos comerciantes atacadistas e varejistas e sobre a venda dos 
produtos (autopeças) relacionados nos anexos I e II da Lei nº 10.485, de 2002. 
A partir de agosto de 2004, a venda dos produtos (autopeças) relacionados nos anexos I e II da Lei nº 
10.485, de 2002, deixaram de ter as alíquotas reduzidas a zero e passaram a ser tributadas pelas alíquotas 
de 1,65% e 7,6% no caso de vendas para os fabricantes de veículos citados acima e no regime de alíquotas 
concentradas no caso de vendas para comerciantes atacadistas e varejistas.
Bebidas: As receitas obtidas na venda das bebidas citadas no art. 49 da Lei nº 10.833, de 2003, estão 
sujeitas a regime especial de apuração da Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS, com 
previsão de alíquotas diferenciadas concentrada sobre os fabricantes e importadores, reduzindo-se a zero as 
alíquotas da Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS incidentes sobre a venda desses produtos 
18pelos comerciantes atacadistas e varejistas. 
A pessoa jurídica industrial dos produtos citados no art. 49 da Lei nº 10.833, de 2003, pode optar por 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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15Conferir: Lei nº 9.718, de 1998, art. 4º a 6º, Lei nº 9.990, de 2000, art. 7º, MP 2.158-35, de 2001, art. 42, Lei nº 10.865, 
de 2004, arts. 17, 22, 23 e 42, Decreto nº 5.059, de 2004 e Instr. Normativa SRF nº 423, de 2004.
16Conferir: Lei nº 10.560, de 2002, art. 2º, Lei nº 10.865, de 2004, arts. 17, 22, 23 e 42, Decreto nº 5.059, de 2004 e 
Instrução Normativa SRF nº 423, de 2004
17 Conferir: [Lei nº 10.147, de 2000, Lei nº 10.548, de 2002, Lei nº 10.865, de 2004, arts. 17, 34 e 42 e 
Decreto nº 3.803, de 2001.
18 Conferir: Lei nº 10.485, de 2002 e Lei nº 10.865, de 2004, arts. 17, 36, 42 e 47.
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regime de apuração e pagamento da Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS no qual os 
19valores das contribuições são calculados por unidade do produto.
Embalagens: As receitas decorrentes da venda de embalagens, pelas pessoas jurídicas industriais ou 
comerciais e pelos importadores, destinadas ao envasamento das bebidas sujeitas às alíquotas 
diferenciadas, ficam sujeitas ao recolhimento da Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS 
fixadas por unidade de produto. 
As receitas decorrentes da venda a pessoas jurídicas comerciais das embalagens especificadas no art. 51 da 
Lei nº 10.833, de 2003, ficam sujeitas ao recolhimento da Contribuição para o PIS - Faturamento e da 
COFINS com as alíquotas diferenciadas, independentemente da destinação das embalagens.
A pessoa jurídica comercial que adquirir para revenda essas embalagens poderá se creditar dos valores das 
contribuições referentes às embalagens que adquirir, no período de apuração em que registrar o respectivo 
documento fiscal de aquisição. Na hipótese de a pessoa jurídica comercial não conseguir utilizar o crédito 
até o final de cada trimestre do ano civil, poderá compensá-lo com débitos próprios, vencidos ou vincendos, 
relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal - SRF, observada a 
20legislação específica aplicável à matéria.
No caso de industrialização por encomenda, as alíquotas concentradas são aplicadas pelo encomendante, 
ficando reduzidas a zero as alíquotas aplicáveis à pessoa jurídica executora da encomenda nos termos do 
art. 10, da Lei 11.051, de 2004.
Biodiesel: A Contribuição para o PIS - Faturamento e a Contribuição Social para o Financiamento da 
Seguridade Social - COFINS incidirão, uma única vez, sobre a receita bruta auferida, pelo produtor ou 
importador, com a venda de biodiesel, às alíquotas de 6,15% (seis inteiros e quinze centésimos por cento) e 
28,32% (vinte e oito inteiros e trinta e dois centésimos por cento), respectivamente.
O importador ou produtor de biodiesel poderá optar por regime especial de apuração e pagamento da 
Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS, no qual osvalores das contribuições são fixados por 
metro cúbico do produto, conforme o disposto na Lei nº 11.116, de 2005.
No caso de industrialização por encomenda para revenda dos produtos dos itens 1, 2, 4 e 5 acima, as 
alíquotas concentradas são aplicadas sobre a receita bruta do encomendante, ficando reduzidas a zero as 
alíquotas aplicáveis à pessoa jurídica executora da encomenda, tal como prescrito no art. 10, da Lei 11.051, 
de 2004.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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19 Conferir: Lei nº 10.833, de 2003, arts. 49 a 56, Lei nº 10.865, de 2004, arts. 17, 26, 42 e 52, Decreto nº 4.965, de 2004, 
Decreto 5.062, de 2004, Decreto 5.162, de 2004, Instruções Normativas da SRF nºs 423 e 433, de 2004 e 
Lei nº 10.925, 2004.
20 Conferir: Lei nº 10.833, de 2003, art. 51, Lei nº 10.865, de 2004, arts. 17 e 42, Decreto nº 4.965, de 2004 e 
Decreto 5.062, de 2004.
Em suma, possuem alíquotas majoradas as receitas advindas dos seguintes 
produtos: Combustíveis, Querosene de aviação, Produtos farmacêuticos, Veículos e 
pneus novos de borracha, Bebidas, Embalagens e Biodiesel.
b. Alíquotas Reduzidas
Nafta petroquímica: As alíquotas da Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS incidentes sobre 
a receita bruta decorrente da venda de nafta petroquímica às centrais petroquímicas estão reduzidas a zero. 
Aplicam-se à nafta petroquímica destinada à produção ou formulação de gasolina ou diesel as disposições 
do art. 4º da Lei no 9.718, de 1998, e dos arts. 22 e 23 da Lei nº 10.865, de 2004, incidindo as alíquotas 
específicas: fixadas para o óleo diesel, quando a nafta petroquímica for destinada à produção ou 
formulação exclusivamente de óleo diesel; ou fixadas para a gasolina, quando a nafta petroquímica for 
21destinada à produção ou formulação de óleo diesel ou gasolina.
Papel imune, destinado à impressão de periódicos: A venda de papel imune a impostos de que trata o 
art. 150, inciso VI, alínea d, da Constituição Federal, quando destinado à impressão de periódicos, fica 
sujeita às alíquotas de 3,2% (COFINS) e 0,8% (Contribuição para o PIS - Faturamento), caso a pessoa 
22jurídica vendedora esteja no regime da não-cumulatividade. 
Papel destinado à impressão de jornais: Ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da Contribuição para o 
PIS - Faturamento e da COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda, no mercado interno, 
de papel destinado à impressão de jornais, até 30 de abril de 2008 ou até que a produção nacional atenda 
80% (oitenta por cento) do consumo interno, na forma a ser estabelecida em regulamento do Poder 
Executivo. 
[Lei nº 10.865, de 2004, art. 28, I]
Papel destinado à impressão de periódicos: Encontram-se reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da 
Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda, 
no mercado interno, de papéis classificados nos códigos 4801.00.10, 4801.00.90, 4802.61.91, 
4802.61.99, 4810.19.89 e 4810.22.90, todos da TIPI, destinados à impressão de periódicos até 30 de 
abril de 2008 ou até que a produção nacional atenda 80% (oitenta por cento) do consumo interno, nos 
termos do art 28, II, da Lei nº 10.865, de 2004.
Produtos hortícolas e frutas: Também estão em (zero) as alíquotas da Contribuição para o PIS - 
Faturamento e da COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda, no mercado interno, de 
produtos hortícolas e frutas, classificados nos Capítulos 7 e 8, e ovos, classificados na posição 04.07, todos 
da TIPI, tal como prescrito no art. 28, III, da Lei nº 10.865, de 2004.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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21 Cfr. Lei nº 10.336, de 19 de dezembro de 2001, art. 14 e Lei nº 10.925, de 2004, art. 2º.
22 Cr.Lei nº 10.833, de 2003, art. 2º, § 2º e Lei nº 10.637, de 2002, art. 2º, § 2º.
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Aeronaves, suas partes, peças, etc.: Igualmente reduzidas a 0 (zero) são as alíquotas da Contribuição 
para o PIS - Faturamento e da COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda, no mercado 
interno, de aeronaves, classificadas na posição 88.02 da TIPI, suas partes, peças, ferramentais, 
componentes, insumos, fluidos hidráulicos, tintas, anticorrosivos, lubrificantes, equipamentos, serviços e 
matérias-primas a serem empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, 
conversão e montagem das aeronaves, seus motores, partes, componentes, ferramentais e equipamentos. 
A redução a zero das alíquotas de que trata o caput deste artigo será concedida somente às aeronaves e aos 
bens destinados à manutenção, reparo, revisão, conservação, modernização, conversão e montagem de 
23aeronaves utilizadas no transporte comercial de cargas ou de passageiros.
Sêmens e embriões: Ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da Contribuição para o PIS - Faturamento e da 
COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda, no mercado interno, de sêmens e embriões da 
24posição 05.11 da NCM. 
Zona Franca de Manaus (ZFM): Ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da Contribuição para o PIS - 
Faturamento e da COFINS incidentes sobre as receitas decorrentes da comercialização de matérias-primas, 
produtos intermediários e materiais de embalagem, produzidos na ZFM para emprego em processo de 
industrialização por estabelecimentos industriais ali instalados e consoante projetos aprovados pelo 
Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), nos termos do art. 
5ºA da Lei nº 10.637, de 2002.
Também estão reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS 
incidentes sobre as receitas de vendas de mercadorias destinadas ao consumo ou à industrialização na ZFM, 
por pessoa jurídica estabelecida fora da ZFM, conforme o art. 2º da MP nº 202, de 2004.
Concessionários de veículos: Serão tributados, para fins de incidência da Contribuição para o PIS - 
Faturamento e da COFINS, à alíquota de 0% (zero por cento) os valores recebidos pelos concessionários de 
que trata a Lei no 6.729, de 28 de novembro de 1979, a esses devidos pela intermediação ou entrega dos 
veículos nas vendas diretas ao consumidor final dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da 
Tipi. 
[Lei nº 10.485, de 2002, art. 2º, § 2º, II] 
Fertilizantes, defensivos agrícolas e outros: Ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o 
PIS - Faturamento e da COFINS, incidentes na importação e na comercialização no mercado interno, dos 
produtos especificados no art. 1º da Lei nº 10.925, de 2004 (arroz, feijão, farinha de mandioca, adubos, 
fertilizantes agrícolas, corretivos de solo de origem mineral, vacinas para uso veterinário, defensivos 
agrícolas, sementes, mudas destinadas à semeadura e plantio, farinha, grãos, pintos, leite). 
o[Lei nº 10.925, de 2004, art. 1º e Decreto n 5.195, de 2004]
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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23Cfr. Lei nº 10.865, de 2004, art. 28, IV e parágrafo único, e, Decreto nº 5.171,de 2004, art. 6º.
24Cfr. Lei nº 10.865, de 2004, art. 28, V, com a redação dada pelo art. 6º da Lei nº 10.925, de 2004
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Gás natural canalizado: Ficam reduzidas a zero por cento as alíquotas da Contribuição para o PIS - 
Faturamento e da COFINS, incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda de gás natural canalizado, 
destinado à produção de energia elétrica pelas usinas integrantes do Programa Prioritário de 
Termoeletricidade, nos termos e condições estabelecidas em ato conjunto dos Ministros de Estado de Minas e 
Energia e da Fazenda. 
[Lei nº 10.312, de 2001, art. 1º]
 Carvão mineral:Ficam reduzidas a zero por cento as alíquotas da Contribuição para o PIS - Faturamento e 
da COFINS, incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda de carvão mineral destinado à geração de 
energia elétrica. 
[Lei nº 10.312, de 2001, art. 2º]
Produtos químicos e farmacêuticos: Fica o Poder Executivo autorizado a reduzir a 0 (zero) e a restabelecer 
as alíquotas da Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS, incidentes no regime da não-
cumulatividade sobre a receita bruta decorrente da venda de produtos químicos e farmacêuticos, 
classificados nos Capítulos 29 e 30, sobre produtos destinados ao uso em laboratório de anatomia 
patológica, citológica ou de análises clínicas, classificados nas posições 30.02, 30.06, 39.26, 40.15 e 
90.18, todos da Tipi. 
[Lei nº 10.637, de 2002, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.833, de 2003, art. 2º, § 3º; Decreto nº 5.127, de 2004]
Livros: Fica reduzida a 0 (zero) as alíquotas da Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS 
incidentes sobre a receita de venda, no mercado interno, de livros, conforme definido no art. 2º da Lei nº 
10.753, de 30 de outubro de 2003. 
[Lei nº 10.865/2004, art. 28, VI] 
Combustíveis, bebidas e embalagens: O Poder Executivo pode reduzir e restabelecer as alíquotas ad rem 
da Contribuição para o PIS - Faturamento e da COFINS previstas nos arts 23 da Lei nº 10.865, de 2004, e 
nos arts. 51 e 52 da Lei nº 10.833, de 2003. 
[Lei nº 10.865, de 2004, art. 23, § 5º; Lei nº 10.833, art. 53; Decreto nº 4.965, de 2004; Decreto 5.062, de 
2004; Decreto nº 5.059, de 2004; Decreto nº 5.162, de 2004]
Receitas financeiras: O Poder Executivo poderá reduzir e restabelecer as alíquotas da Contribuição para o 
PIS - Faturamento e da COFINS incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas 
sujeitas ao regime de não-cumulatividade das referidas contribuições, nas hipóteses que fixar. 
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"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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De acordo com o Decreto nº 5.442, de 2005, estão reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da Contribuição para o 
PIS - Faturamento e da COFINS incidentes sobre as receitas financeiras. A redução não se aplica aos juros 
sobre capital próprio.
[Lei nº 10.865, de 2004, art. 27, § 2º; Decreto nº 5.442, de 2005]
Em suma, usufruem de alíquotas reduzidas as receitas advindas dos seguintes 
produtos:
Nafta petroquímica; papel imune destinado à impressão de periódicos; papel 
destinado à impressão de jornais; papel destinado à impressão de periódicos; 
produtos hortícolas e frutas; aeronaves, suas partes, peças etc; sêmens e embriões; 
determinados produtos intermediados na Zona Franca de Manaus (ZFM; veículos 
por meio de concessionárias; fertilizantes, defensivos agrícolas e outros; gás natural 
canalizado; carvão mineral; produtos químicos e farmacêuticos; livros; 
combustíveis, bebidas e embalagens.

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