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Coprocultura É normal encontrar bactérias em coprocultura, por isso, deve-se atentar às bactérias de interesse clínico, que são enteropatogênicas: Salmonella sp, Shigella sp, Escherichia coli, e Yersinia. No caso da Escherichia coli e da Yersinia, existem as bactérias enteropatogênicas e as da microbiota intestinal. Logo, ao identificar a presença dessas bactérias, deve ser feita uma sorotipagem, através de uma reação de aglutinação, para caracterizá-las. Para a realização do exame de cultura de fezes, após coleta, com auxílio de uma alça de platina, o material foi colocado em um tubo de ensaio contendo Tetrationato, um meio de enriquecimento seletivo, que favorece o crescimento de bactérias patogênicas e inibe o crescimento de bactérias não patogênicas. Em seguida, o tubo foi agitado e observou-se se a cor da solução estava semelhante à cor das fezes. O tubo de ensaio na estufa a 37º C por cerca de 3 horas, até o fim da aula. Após decorrido esse tempo, o conteúdo foi retirado da estufa e semeado nos meios Ágar EMB, que favorece o crescimento de bactérias Gram negativas e no Ágar SS, para crescimento de Salmonella sp e Shigella sp. Para o semeio, fez-se estrias próximas até a metade da placa, em seguida a alça foi flambada para retirar um pouco das bactérias e o semeio continuou com estrias mais distanciadas e em direção diferente da anterior, para que se possa obter colônias isoladas. As placas foram colocadas na estufa a 37ºC mais uma vez. Leitura das placas – Coprocultura Após 48 horas de incubação, as placas foram retiradas da estufa para leitura. Observou-se as colônias que cresceram nas placas de EMB e SS. No Ágar EMB, as bactérias de importância clínica são colônias verdes metálicas (sugestivo de E. coli) e incolores. No ágar SS, as colônias importantes são incolores ou pretas. Nas placas estudadas, observou-se presença de colônias verde metálicas no EMB, bem como de uma colônia preta no SS. Foram realizadas então as provas bioquímicas para identificação das bactérias. Provas bioquímicas - Coprocultura Com auxílio de uma haste de inoculação introduziu-se as bactérias nos meios TSI, SIM, CITRATO, LIA e UREIA. Os testes foram colocados na estufa. Após 24 horas, foi realizada a leitura das provas bioquímicas. Ágar EMB com presença de bactéria com coloração verde metálica, sugestivo de Escherichia coli. Ágar SS com presença de bactérias com coloração preta, sugestivo de Salmonella sp. Citrato TSI LIA SIM M Ureia Resultados: PROVA COLÔNIA PRETA COLÔNIA VERDE TSI Ápice e base de cor amarelo, sem presença de H2S, com presença de gás Ápice e base de cor amarelo, sem presença de H2S, com presença de gás SIM Positivo Negativo CITRATO Positivo Positivo LIA Positivo Positivo UREIA Positivo Negativo INDOL Positivo Positivo Ordem dos tubos nas fotografias: Ureia, LIA, Citrato, SIM e TSI, respectivamente. Para ambas as bactérias, o tubo do TSI ficou completamente amarelo, mostrando que a bactéria fermentou os três açúcares: glicose, lactose e sacarose. Além disso, hoube formação de bolhas, mostrando a produção de CO2. No entanto, não houve produção de H2S, já que não houve formação de pigmentação negra. Para a colônia preta, houve turvação no tubo do SIM, mostrando que a bactéria é móvel. Para a colônia verde, não houve turvação do SIM. Em ambas, após a adição de 5 gotas do reagente de Kovacs, houve produção de um pigmento rosa, indicando indol positivo. Nos dois tubos de Citrato, houve aparição de coloração azul, indicando Citrato positivo. Como na colônia verde, havia suspeita de E. coli, recomendou-se a repetição do teste. No entanto, ao realizar a sorotipagem, optou-se pela não repetição do teste. Os tubos de lisina continuaram com a cor original, púrpura, mostrando lisina positiva. Resultado das provas para a colônia preta. Resultado das provas para a colônia verde. O tubo de ureia foi positivo para a colônia preta, adquirindo coloração rosa. Já para a colônia verde, foi negativo, visto que o meio continuou amarelo. Não foi encontrada bactéria com características da colônia preta. Como havia sugestão de Escherichia coli na bactéria verde, mesmo com o citrato positivo, realizou-se o teste de sorotipagem, para verificar se a bactéria era enteropatogênica ou de flora normal. Introduziu-se a bactéria na solução salina até a solução ficar turva. Posteriormente, a uma lâmina, adicionou-se 20 microlitros desta suspensão bacteriana + 1 gota do reagente. Não houve reação de aglutinação. Optou-se por não repetir a prova do Citrato, tendo em vista que a bactéria identificada fazia parte da microbiota intestinal. Resultado: Não houve crescimento de bactérias enteropatogênicas.
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