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Exame físico neurológico

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EXAME FÍSICO 
NEUROLÓGICO 
Constituído por uma série de segmentos/partes, o que 
diferencia bastante do exame físico dos outros sistemas, pois 
vamos ter a inspeção, percussão, ausculta. Quando vai para o 
exame neurológico a divisão que é feita é totalmente 
diferente. 
 Avaliação estado mental; 
 Equilíbrio; 
 Tônus e trofismo; 
 Motricidade; 
 Coordenação; 
 Nervos cranianos; 
 Sensibilidade; 
 Sinais meningorradiculares; 
 Marcha; 
OBS: não necessariamente precisa ser nessa ordem. Ao 
contrário dos outros sistemas que se começa pela inspeção. 
AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL 
Quando fala em estado mental, é algo muito amplo e 
complexo. Quando fala de mente e cognição est falando de 
algo muito abstrato, está falando de várias funções mentais e 
cognitivas que compõem a nossa consciência/ mente. 
 NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 
 Alerta/Vigil 
 Sonolento – não consegue manter acordado caso não 
tenha um estímulo, acorda fácil. Desperta com facilidade 
 Letárgico – não consigo manter ele acordado mesmo com 
estímulo. Desperta com dificuldade. 
 Comatoso – perda de interação com o ambiente ou com 
outras pessoas que envolve o ambiente. 
Não é necessariamente o paciente que não se mexe, ele 
pode se mexer, porém movimentos involuntários. 
Ex: caso faça um estímulo doloroso na mão o paciente 
pode fazer um reflexo, fechando a mão. Porém esse 
movimento é algo inconsciente. 
 Conteúdo da consciência 
▪ Orientação 
- Autopsíquica (qual seu nome? Idade? Onde nasceu?) 
- Alopsíquica (espaço – onde você está? e tempo – que 
data é hoje?) 
 Atenção 
- “Verdadeira” – capacidade de perceber estímulos 
simultâneos de forma adequada. 
 Ex: a pessoa está assistindo aula, e de repente o 
celular tocou, uma pessoa passa na porta do 
quarto e essa pessoa ver um carro buzina na rua 
e você escuta. 
- Tenacidade – capacidade de mantermos o foco em 
algo 
 A pessoa com TDH, é comum é a pessoa tenha 
uma hipotenacidade, dificuldade de focar. 
 Cálculo – capacidade da pessoa calcular, algo que é 
construído. 
Uma pessoa com uma lesão no giro angular, pode levar a 
uma discalculia, e a pessoa ela pode perder ou diminuir a 
capacidade de fazer cálculos. 
 Linguagem ≠ fala 
 Memória (imediata/recente/remota) 
- Imediata/ trabalho – memória de muito curto prazo, 
que a gente utiliza para cumprir uma função naquele 
momento. 
- Recente – memória de minutos e horas, 
eventualmente pouco dias. Ex: o que comeu pela 
manhã? – Alzheimer 
- Remota – memoria de longo prazo, mais de um ano. 
Do tipo lembrar do primeiro dia de aula da faculdade, 
algo que aconteceu na infância. 
- Anterógrada – registrar memorias novas. 
 Pessoa com Alzheimer vai ter um prejuízo 
predominante da memória anterógrada. 
Dificuldade em registrar memorias novas e com 
a evolução da doença começa a prejudicar até 
mesmo as memorias retrógradas. 
- Retrógrada – memória que já está registrada, 
guardada no cérebro e só precisa regatar ela 
- Cada memória tem uma região específica no córtex 
cerebral, mas as informações são armazenadas no 
hipocampo. 
 Praxia – capacidade de planejamento motor. 
Pede ao paciente que com a ponta do dedo toque a ponta 
do nariz e depois tocar o dedo do médico. Isso é 
planejamento motor (escuta, compreende e planeja 
como vai fazer – praxia) 
O minimento é um exemplo de praxia 
 Gnosia - “conhecimento” 
- Agnosia o paciente não conhece reconhecer algo 
 Existe um tipo que o paciente não vai reconhecer 
certos objetos. 
- Prosopagnosia – incapacidade de reconhecer padrões 
de rostos/face. É um tipo específico de agnosia 
- Diferente de anomia, pois o paciente sabe que objeto 
é aquele e para que serve, ele só não lembra ou não 
sabe o nome. Tipo de linguagem. 
- No cérebro a localização da região responsável pelas 
gnosias fica nos lobos parietais. 
- Anosognosia: não reconhecimento de déficit motor 
(paciente com déficit motor à esquerda no braço, por 
exemplo, que não reconhece e acredita continuar 
movimentando) 
- Gnosia tátil – Astereognosia 
 Abstração – pode estar inserido por exemplo em 
inteligência. Os testes cognitivos que faz com o paciente e 
pergunta, por exemplo: qual a semelhança de um trem e 
uma bicicleta e ele responde é que ambos são meios de 
transportes. A região do cérebro responsável pela 
abstração encontra-se na região frontal. 
MINIMENTO 
Vai testar várias funções cognitivas 
O minimento não é para dar diagnóstico, mas sim o teste de 
triagem (identificando uma alteração prossegue 
investigando aquela pessoa) 
Não é um teste perfeito. 
Não pode ajudar o paciente 
AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO 
Estático 
Pede ao paciente para ficar em pé, parado. E observa-se o 
equilíbrio, um paciente com um equilíbrio comprometido, 
muitas vezes vai segurar na maca para se equilibrar, ou 
abastar os pés para enlanguescer a base. 
Começa a fazer uma sensibilização do teste, pedindo o 
paciente para juntar os pés (estreita a base). Caso o paciente 
tenha uma doença cerebelar na hora de juntar os pés ele 
começa a desequilibrar, segurando em algo. 
Nesse exame é preciso estar próximo ao paciente vai evitar 
que ele caia com qualquer que seja o desequilíbrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pé ante pé (posição de Tandem), mas difícil de manter o 
equilíbrio. O calcanhar encostado no dedão do pe. 
 
 
• Prova de Romberg – comparar equilíbrio da pessoa com 
olho fechado e olho aberto (propriocepção) 
- Vias cerebelares e cerebelo 
o Como é feito a prova de Romberg? O paciente fica em 
pé na frente do médico, de olhos abertos, com os pés 
ligeiramente afastados. Em seguida, é pedido para o 
paciente fechar os olhos, sendo necessário observar 
como ele fica, se está equilibrado, não pende para 
nenhum dos lados. Com os olhos fechados, o paciente 
só continua na posição adequada devido à 
propriocepção, logo, em caso de problemas no 
equilíbrio com olhos fechados, indica lesão na região 
responsável. 
• Mudanças posturais 
Dinâmico 
• Avaliação da marcha 
o Padrões de marcha em doenças neurológicas 
 
֎ A marcha atáxica é aquela apresentada quando o 
paciente está embriagado, tendendo o tronco para várias 
direções, além da base alargada (pés mais afastados). 
Lesões cerebelares podem fazer o paciente apresentar 
esse tipo de marcha também. Pé ante pé ausente. 
 
֎ A marcha ceifante bilateral ou paraparética 
ocorre em paraparesia, consistindo no cruzamento das 
pernas (marcha de tesoura). 
Síndrome piramidal 
 
֎ A marcha escarvante ou paraparética se dá 
por lesão no nervo periférico fibular, com queda do 
pé, fazendo com que a ponta do pé atrapalhe a 
marcha (a ponta do dedo do pé “escava” o chão, por 
isso o nome). 
Déficit de dorsoflexão do pé – lesão de nervo fibular 
ou ciático ou raiz L5 
 
֎ A marcha ceifante ou hemiparética ocorre 
quando há paresia de somente um membro inferior 
(hemiparesia parcial ou total), com marcha 
apresentando movimento semicircular, com a ponta 
do pé na ponta adequada, vai estar com o braço em 
flexão. 
 
֎ A marcha miopática ocorre nas miopatias 
(doenças musculares – Becker, Duchenne, Pompe), 
com hiperextensão da perna e compensação do 
quadril. Possui uma hiperlordose, e impressão de que 
paciente anda rebolando. 
֎ A marcha parkinsoniana ou em bloco ocorre 
na doença de Parkinson e é caracterizada pelo tronco 
rígido e pernas rígidas, com pequenos movimentos, 
rígidos e lentos. A presença de tremores é 
característica também. E bases encurtada e passos 
curtos 
 
 
• Pé ante pé – pé na frente do outro e andar 
• Teste da passada de Fukuda - braços estendidos e olhos 
fechados, com o paciente parado, tendo que elevar os 
joelhos por um certo tempo. Mais de 30º girando para a 
direita, é indicativo de problema neurológico 
 
AVALIAÇÃO DO TÔNUS E TROFISMO 
 Inspeção 
 Palpação 
Avaliação passiva 
Trofismo é a avaliação do volume muscular. Deltoide, região 
do glúteo e quadril e região das mãos (tenar e hipotênar). 
Tônus é a manutenção da contração mínima muscular para 
que mantenhamos a rápida movimentação. A avaliação é feita 
por meio da palpação e solicitação de movimentos amplos, 
em que o paciente conseguirá mexer o membro, 
apresentando a natural resistência conferida pelo tônus. 
Tônus seria um grau mínimo de ativação do músculo mesmo 
em repouso. 
Se estiver deitado e a pessoa manda você relaxar, quando 
estiver bem relaxado e tocar no bíceps, existe uma 
consistência no músculo, existe uma contração mínima desse 
músculo, isso é o tônus. Sempre vai avaliar o tônus com 
aquele segmento em repouso. 
Pode ter um tônus normal, aumentado ou diminuído. 
A pessoa com hipertonia o músculo relaxado tem aspecto de 
músculo que está contraído, ou o contrário o musculo está 
flácido não tendo a contração mínima que espera de pessoa, 
para pessoa 
A pessoa que malha te um tônus maior que uma pessoa 
sedentário. 
Poucas vezes vai conseguir avaliar o tônus com a inspeção 
(comparando um braço com outro) 
Avaliação passiva, pede para o paciente relaxar o braço, e vai 
pegar o braço e fazer flexão e extensão em repouso, o médico 
que vai mexer, quando faz o movimento, vai conseguir fazer 
esses movimento com facilidade, mas o paciente com uma 
hipertonia vai sentir uma maior dificuldade para fazer essa 
movimento, e com uma hipotonia os movimentos vai ser 
exacerbados. 
A diminuição da resistência sugere doença do SNP, doença 
cerebelar ou estágios agudos de lesão raquimedular. Em caso 
de suspeita, deve-se segurar o antebraço do paciente e 
sacudir a mão dele para frente e para trás. Normalmente a 
mão se move para frente e para trás livremente, mas não se 
mostra totalmente flácida. A flexibilidade exagerada indica 
hipotonia ou flacidez muscular, geralmente consequente a um 
transtorno do sistema motor periférico. 
Já o tônus aumentado é denominado espasticidade e depende 
da velocidade que se agrava nos extremos de amplitude. Ela é 
detectada nas doenças dos tratos corticoespinais centrais 
(velocidade dependente e se agrava com os movimentos 
rápidos). Rigidez é o aumento da resistência ao longo do arco 
de movimento e nos dois sentidos, que não é velocidade 
dependente. 
 Hipertonia espástica ou sinal do canivete – paciente 
que tem uma lesão no neurônio motor superior 
(exemplo AVC/lesão piramidal). Consiste em uma 
resistência inicial grande e final menor, semelhante 
ao que ocorre com à abertura de um canivete 
✓ Hipertonia pior no início do movimento 
✓ Sinal do Canivete 
 Hipertonia plástica ou o sinal do cano de chumbo – 
hipertonia do paciente com DP ou lesão 
extrapiramidal. Consiste na manutenção da 
resistência até o fim do movimento. Ocorre na 
doença de Parkinson (se associado a tremor, 
chamamos de sinal em roda denteada). 
✓ Sinal do Cano de Chumbo 
✓ Resistência igual do início ao fim 
✓ Lesão da substância negra 
✓ 
AVALIAÇÃO DA MOTRICUDADE 
 Movimentos involuntários 
 Força muscular (graduação/ provas deficitárias) 
 
 Grau I – paciente contrai, mas não consegue mexer. 
 Grau II – paciente já consegue movimentar a parte do 
corpo, arrasta para lado e para outro, mas não vende 
a gravidade 
 Grau III – vence gravidade, mas não vence nenhuma 
resistência que outra pessoa impõe 
 Grau IV – tem dificuldade de vencer a resistência, 
mas vence um pouco 
O grau IV pode ainda ser classificado em grau IV(-), 
que consiste no resultado do paciente ceder a 
qualquer contato sutil; grau IV(+), que consiste no 
resultado do paciente não ceder mesmo com força 
aplicada. 
 Grau V – vence a resistência de forma tranquila 
 I, II, III e IV são as graduações referentes às paresias. 
0 não tem força muscular e V é a força muscular 
normal. 
PROVAS DEFICITÁRIAS - consistem em algumas manobras, 
em que é solicitado ao paciente resistir aos movimentos que o 
médico iniciar (o membro é mais forte quando está encurtado 
do que quando está alongado): 
• Manobra dos braços estendidos: mão totalmente 
supinada, olhos fechados. Detecta déficit motor em 
MMSS. 
 
• Manobra de Mingazzini: quadril flexionado 90º com 
o corpo e joelhos flexionados 90º com as pernas. 
Qualquer mínimo desalinhamento já é considerado 
déficit motor dos MMII. 
Envolve músculos proximais (quadril, abdômen) e 
distais (pés) 
Avalia principalmente a musculatura extensora 
(quadríceps) 
 
• Manobra de Barré: avalia déficit motor, com ênfase 
nos músculos posteriores das coxas. 
 Musculatura flexora 
 
 
É preciso avaliar a flexão (C5, C6 – músculo bíceps braquial) e 
a extensão (C6, C7, C8 – músculo tríceps braquial) no cotovelo 
por meio de tração ou compressão contra a mão do médico. 
 
É preciso avaliar a extensão na altura do punho (C6, C7, C8 – 
nervo radial – músculos extensores radial longo do carpo e 
extensor radial curto do carpo). Solicitar ao paciente que cerre 
o punho e resista ao movimento para baixo imposto pelo 
médico. 
 
É preciso avaliar a preensão (C7, C8, T1). Solicitar ao paciente 
para apertar dois dedos da mão do médio o mais 
vigorosamente possível e segurá-los com força. Normalmente, 
o médico sentirá dificuldade ao tentar puxar os dedos que 
estão sendo segurados pelo paciente. A avaliação 
simultaneamente com os membros superiores esticados 
facilita a compreensão. 
 
O comprometimento da preensão ocorre na radiculopatia 
cervical, na tenossinovite de Quervain, na síndrome do túnel 
do carpo, na artrite e na epicondilite. 
É preciso avaliar a abdução dos dedos das mãos (C8, T1 – 
nervo ulnar). A mão do paciente deve estar com a palma para 
baixo e os dedos separados uns dos outros. O médico deverá 
tentar aproximar os dedos do paciente e este deve tentar 
resistir a tais movimentos. 
 
É preciso avaliar a extensão na altura dos joelhos (L2, L3, L4 – 
músculo quadríceps femoral). O médico deve segurar o joelho 
do paciente em flexão e solicitar que ele estique a perna 
contra a resistência imposta. O músculo quadríceps femoral é 
o músculo mais forte do corpo, portanto espera-se uma 
resposta vigorosa. 
 
É preciso avaliar a flexão na altura dos joelhos (L4, L5, S1, S2 – 
músculos isquiotibiais). O membro inferior do paciente é 
posicionado de tal modo que o joelho fica flexionado e o pé 
apoiado no leito. Deve-se pedir ao paciente que mantenha o 
pé encostado no leiro enquanto o médico tenta esticar a 
perna do paciente. 
 
AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS 
Reflexo é uma resposta motora, secundaria e automática a 
um estímulo 
Movimentos de defesa por hiperextensão, evitando lesão 
muscular. Mas o que realmente é um reflexo? Reflexo é uma 
resposta estereotipada involuntária que envolve até mesmo 
dois neurônios: um aferente (sensorial) e um eferente 
(motor), através de uma sinapse única. Os reflexos tendinosos 
profundos nos membros superiores e inferiores são reflexos 
monossinápticos. Eles são um exemplo da unidade mais 
simples de função sensorial e motora. Outros reflexos são 
polissinápticos envolvendo interneurônios interpostos entre 
neurônios sensoriais e motores. 
 Superficial – o estímulo que faz é cutâneo – reflexo 
cutâneo plantar, sola do pé 
 Profundo – o estímulo vai ser um estilo motor, vai 
provocar estiramento de tendão que vai provocar 
flexão de um músculo – gerando flexão no músculo. 
Exemplo: sinal patelar 
 
 O grau I não necessariamente é patológico, suspeita se é 
patológico se um lado está reduzido e do outro normal 
(assimétrico). 
 Grau 0 é arreflexia – sempre patológico. 
 Grau III- reflexo mais exaltado, aumento da área do 
reflexo, pode repercutir o músculo e mesmo assim 
paciente fazer o reflexo, não necessariamente é 
patológica também, é preciso avaliar ambos os lados. 
 Grau IV sempre é patológico, muito hiperativa, risca no 
pacientee ela faz o reflexo, além do aumento tem o 
clônus (quando faz a extensão, e o tendão e a perna ficar 
batendo, como se mantivesse realimentando o reflexo) 
 
REFLEXOS PROFUNDOS 
Reflexo aquileu S1, basicamente 
Reflexo patelar L2, L3, L4 
Reflexo supinador (braquiorradial) C5, C6 
Reflexo bicipital C5 e C6 
Reflexo tricipital C6, C7 
 
Para incitar um reflexo tendinoso profundo, percute-se com 
vigor o tendão de um músculo parcialmente estirado. Para 
que o reflexo ocorra, todos os componentes do arco reflexo 
têm de estar íntegros: fibras nervosas sensoriais, sinapse na 
medula espinal, fibras nervosas motoras, junção 
neuromuscular e fibras musculares. A percussão do tendão 
ativa fibras sensoriais especiais no músculo parcialmente 
estirado, deflagrando um impulso sensorial que avança para a 
medula espinal via um nervo periférico. A fibra sensorial 
estimulada faz sinapse diretamente com a célula do corno 
anterior que inerva o mesmo músculo. Quando o impulso 
cruza a junção neuromuscular, o músculo subitamente 
contrai-se e o arco reflexo é completado. 
Visto que cada reflexo tendinoso profundo envolve segmentos 
espinais específicos, juntamente com suas fibras motoras e 
sensoriais, um reflexo anormal pode ajudar a localizar uma 
lesão patológica. 
REFLEXOS PRO ESTIMULAÇÃO CUTÂNEA 
Reflexos abdominais 
 - superiores T8,T9,T10 
 - inferiores T10, T11, T12 
Reflexos plantares L5, S1 
Reflexo anal S2, S3, S4 
Os reflexos podem ser iniciados por meio da estimulação da 
pele, assim como do músculo. Passar as pontas dos dedos na 
pele do abdome, por exemplo, provoca um espasmo muscular 
localizado. 
Alteração de reflexo é algo presente na síndrome de Guillain 
Barré. 
 
 
REFLEXO PROFUNDOS 
O reflexo bicipital consiste na flexão do braço sobre o 
antebraço, por meio do martelinho no tendão do bíceps. O 
caminho do reflexo: nervo músculo-cutâneo, raiz e centro 
reflexógeno C5-C6. 
 
O reflexo tricipital consiste na extensão do braço, por 
meio do martelinho no tendão do tríceps. O caminho do 
reflexo: nervo radial, raiz e centro reflexógeno. C6-C7. 
 
O reflexo do flexo dos dedos consiste na flexão dos 
dedos, por meio do martelinho no tendão flexores do carpo. O 
caminho do reflexo: nervo mediano e ulnar, raiz e centro 
reflexógeno. 
 
O reflexo estilorradial consiste na pronação da mão. O 
caminho do reflexo: nervo radial, raiz e centro reflexógeno. 
 
Os reflexos adutores da coxa consistem na adução da 
coxa. O caminho do reflexo: nervo obturador, raiz e centro 
reflexógeno 
 
O reflexo patelar consiste na extensão do joelho. O 
caminho do reflexo: nervo femoral, raiz e centro reflexógeno. 
L2, L3 e L4. 
 
O reflexo de aquileu segue o caminho do nervo tibial, raiz 
e centro reflexógeno. S1. Observar e palpar a flexão plantar na 
altura do tornozelo. 
 
REFLEXOS SUPERFICIAIS 
O reflexo cutâneo-abdominal é feito em regiões 
superior, médio e inferior sempre em direção ao umbigo. 
 Abolido na síndrome do neurônio motor inferior. 
O reflexo cutâneo plantar pode detectar o sinal de 
Babinski, que consiste na hiperextensão do dedão e 
movimento de leque dos outros 4 dedos e sinal de Hoffman, 
que pode estar presente em mulheres jovens de forma não 
patológica. L5 e S1. 
✓ Normal: flexor 
✓ Patológico: extensor – sinal de Babinski 
 
 
AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO 
Consiste na movimentação fluida e precisa dos movimentos. 
Elementos: propriocepção (cinética postural) e sensibilidade 
vibratória, integrados no cerebelo (refinamento do 
movimento). 
A coordenação do movimento muscular demanda a 
integração de 4 áreas funcionais: 
 O sistema motor, necessário para a força muscular; 
 O sistema cerebelar (também parte do sistema 
motor) para os movimentos rítmicos e postura 
constante; 
 O sistema vestibular, para equilíbrio e coordenação 
dos movimentos dos olhos, da cabeça e do corpo; 
 O sistema sensorial, para a propriocepção 
 
 Prova index-nariz e index-index 
 
Essas manobras avaliam a propriocepção e as funções do 
labirinto e do cerebelo. A doença cerebelar provoca 
incoordenação que se agrava quando a pessoa fecha os olhos. 
Se isso ocorrer, é sugestivo de perda da propriocepção. Desvio 
repetitivo e consistente para um lado, referido como 
ultrapassagem do ponto, que é exacerbado pelo fechamento 
dos olhos, sugere doença cerebelar ou vestibular. 
 Prova calcanhar-joelho 
Semelhante à prova Index-Index, porém para MMII. 
Exemplo: calcanhar direito no joelho esquerdo, 
deslizando pela canela 
1) Paciente em decúbito dorsal e membros 
inferiores estendidos 
2) Tocar o joelho com a ponta do calcanhar do lado 
oposto 
3) Deslizar calcanhar pela crista da tíbia 
4) Olhos abertos e fechados 
 Pesquisa disdiadococinesia: ato de fazer movimentos 
alternados, como bater na palma da mão com o dorso da 
outra mão e vice-versa. 
Dificuldade em realizar movimentos rápidos e alternados, 
ocorre em lesão cerebelar, (sem a intervenção cerebelar, 
a ativação alternada das unidades motoras antagonistas 
ocorre com sequência anárquica, sem otimizar a sua 
potência e sua função) 
 
Quando existe doença cerebelar, não é possível alternar 
rapidamente os movimentos e os movimentos são lentos, 
irregulares e desajeitados. O comprometimento do neurônio 
motor superior e a doença dos núcleos de base também 
comprometem os movimentos alternados rápidos, mas não 
do mesmo modo. 
AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE 
Para avaliar o sistema sensorial, devem ser avaliadas algumas 
modalidades de sensibilidade. São elas: 
֎ Superficial 
o Tátil: algodão seco, gaze ou pincel. O paciente precisa 
estar de olhos fechados – as duas vias 
Pergunta depois se o paciente sentiu e onde tocou? 
Anestesia é a ausência de tato, hipoestesia é a diminuição da 
sensibilidade aos estímulos táteis, e hiperstesia é o aumento 
da sensibilidade aos estímulos táteis 
o Térmica: tubos de ensaio com água quente (>45°) e fria 
(<15°) – tratos espinotalâmicos 
o Dolorosa: alfinete (parte do fundo) ou aguda de costura 
(romba) – tratos espinotalâmicos 
Analgesia é a ausência de sensibilidade a estímulos álgicos, 
hipoalgesia é a diminuição da sensibilidade a estímulos 
álgicos, e hiperalgesia é a maior sensibilidade a estímulos 
álgicos 
Profunda: 
o Palestesia: sensação vibratória com diapesão (objeto que 
vai produzir uma vibração) nas eminências ósseas – 
colunas posteriores 
A percepção vibratória é, com frequência, a primeira 
modalidade de sensibilidade a ser perdida em uma 
neuropatia periférica e aumenta em 16 vezes a 
probabilidade de neuropatia periférica. 
o Artrestesia: propriocepção (capacidade de localizar o 
nosso corpo no espaço sem usar os olhos) ou 
sensibilidade cinético-postural (posição da articulação, 
coordenação e marcha) – colunas posteriores. 
DERMÁTOMOS 
Cada riz nervosa que sai da nossa medula tem uma 
representação na pele. 
 
AVALIAÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS 
NERVO CRANIANO I – OLFATÓRIO 
Teste do odor, geralmente não avaliado rotineiramente. É 
preciso ter certeza de que as narinas estão desobstruídas, 
comprimindo cada lado do nariz e solicitando ao paciente que 
fungue pela outra narina. Em seguida, o paciente deve fechar 
os olhos. Cada narina é obstruída por vez e o olfato é testado, 
usando substâncias como dente de alho, cravo, café, sabão ou 
baunilha. Não se deve usar substâncias irritativas, como 
amônia, que podem estimular o NC V. 
 
 
 
 
 
 
 
NERVO CRANIANO II – ÓPTICO 
 Acuidade visual (Snellen 6m) 
 Campimetria 
 Fundo de olho 
 Reflexo pupilar (foto-motor direto e indireto) 
Tabela de Snellen/ Rousembaum 
 
MÉTODO DE CONFRONTAÇÃO – CAMPO VISUA 
Os campos visuais são examinados por confrontação. 
Ocasionalmente, pacientes que sofreram um AVC, por 
exemplo, queixam-se de perda parcial da visão e o exame 
oftalmológico revela um defeito no campo visualou uma 
anormalidade na visão periférica, como Hemianopsia 
homônima. O 
exame de 
apenas um olho 
não confirmaria 
o achado. 
 
 
REFLEXO PUPILAR 
É uma reação de adaptação à luz. Quando um olho é exposto 
à luz, ocorre constrição das pupilas dos dois olhos (miose). A 
constrição da pupila do próprio olho estimulado é chamada 
resposta direta. A constrição da pupila do outro olho é 
chamada resposta consensual. 
✓ Reflexo direto – o reflexo (miose) feito pelo olho 
que o estímulo luminoso está em cima 
✓ Reflexo consensual – reflexo no olho oposto que a 
luz está incidindo. 
É preciso inspecionar as dimensões e o formato das pupilas e 
comparar um olho com o outro. 
 
FUNDO DE OLHO 
 
NERVOS CRANIANOS III, IV E VI – OCULOMOTOR, 
TROCLEAR, ABDUCENTE 
São os nervos da motricidade ocular extrínseca (MOE) 
O NC VI, abducente, vai responsável por inervar o músculo 
reto lateral. 
O NC IV, o troclear vai inervar o músculo obliquo superior do 
olho. Permite que o olho se movimente em direção a ponta 
do nariz, ou seja, movimento obliquo para baixo. 
O NC III, o oculomotor, vai inervar os músculos reto superior, 
inferior e medial, e o obliquo inferior. 
 
A perda de olfato ocorre em condições 
relacionadas com os seios da face, traumatismo 
cranioenceflaico (TCE), tabagismo, 
envelhecimento, uso de cocaína e doença de 
Parkinson. Pacientes que tiveram COVID-19 
também apresentam perda de olfato 
frequentemente, podendo cursar com um 
fenômeno chamado parosmia, em seguida, em 
que os cheiros dicam distorcidos. O paladar 
também pode ser afetado nesses casos. 
Os movimentos extraoculares (MOE) devem ser testados nas 
seis direções do olhar e deve-se pesquisar se há perda dos 
movimentos conjugados em uma dessas seis direções, que 
podem provocar DIPLOPIA. Deve-se perguntar em qual 
direção a diplopia se acentua e determinar se ela é monocular 
ou binocular, pedindo ao paciente para cobrir um olho. 
É preciso observar, também, se há desvio assimétrico do 
movimento. É preciso observar se há presença de nistagmo, 
ou seja, movimento espasmódico involuntário dos olhos com 
componentes rápidos e lentos. Pedir para o paciente olhar 
fixamente para um objeto distante ajuda a verificar se o 
nistagmo se acentua ou diminui. 
Deve-se verificar, também, a presença de ptose (queda 
palpebrar), que indica paralisia do NC III. Síndrome de Horner 
(ptose, miose, anidrose) ou miastenia gravis 
NERVO CRANIANO V – TRIGÊMEO 
• Sensibilidade facial 
 Ramo oftálmico 
 Ramo maxilar 
 Ramo mandibular 
 
• Motricidade da mastigação 
 Masseter 
 Pedir para o paciente abrir a boca 
Na parte motora, deve-se palpar os músculos temporal e 
masseter e pedir ao paciente que cerre a mandíbula. Observar 
a contração muscular. A seguir, pedir ao paciente para mover 
a mandíbula, primeiro para a direita e depois para a esquerda 
 
Na parte sensorial, verificar a sensibilidade dolorosa na testa, 
regiões malares e mandíbula (bilateralmente). O paciente 
deve estar de olhos fechados. Utilizar um objeto de ponta 
fina, alternando com um objeto de ponta romba, como 
estímulo. Pedir para o paciente informar o que ele sente, para 
avaliar se ele consegue distinguir os tipos de pontas. Verificar 
a sensibilidade térmica, por meio do uso de dois tubos de 
ensaio, um com água quente e outro água gelada. Para a 
pesquisa de tato leve, é utilizado um chumaço pequeno de 
algodão. Pedir ao paciente para dizer quando sentir que o 
algodão está tocando na pele dele. 
REFLEXO CORNEANO 
O paciente deve olhar para cima e para o lado oposto do 
médico. Em seguida, o médico deve encostar um chumaço de 
algodão suavemente na córnea. A reação normal a esse 
estímulo é o paciente piscar o olho. O ramo sensorial desse 
reflexo é carreado pelo NC V e a resposta motora pelo NC VII. 
O uso de lentes de contato frequentemente reduz ou abole 
esse reflexo. 
 
NERVO CRANIANO VII – FACIAL 
Avaliação das ações dos músculos de expressão facial 
 
Existe duas divisões para o nervo facial, uma que inerva a 
porção superior da face e uma outra que inerva a porção 
inferior da face. 
Este nervo controla diversas funções da mímica facial, como o 
piscar e o fechamento dos olhos, fazer sorrir e enrugar a 
testa. 
A região superior da face tem uma inervação bilateral. Ou 
seja, é irrigada tanto pelo lado ipsilateral tanto pelo lado 
contralateral. 
 Se tiver um AVC que lesa um lado, o outro lado 
vai dar conta para movimentação da porção 
superior daquele lado, continuando 
movimentando a porção superior normalmente. 
Já a região inferior da face é inervada contralateralmente 
(cruzamento ocorre no tronco encefálico), o córtex direito 
inerva a porção inferior esquerda da face e o córtex esquerdo 
vai inervar a porção inferior direita da face. Logo uma pessoa 
que tem uma AVC no lado esquerdo do córtex vai haver uma 
lesão da movimentação dos músculos da hemiface inferior 
direita (central) – paciente precisa ficar internado 
Quando a lesão é no nervo facial ou no núcleo (junção das 
informações superior e inferior) a lesão vai ser em toda a 
hemiface (periférico) – paciente é medicado e logo pode ser 
liberado. 
A boca vai desviar para o lado bom, pois os músculos vão 
estar mais forte e então puxar. 
Avaliar se existe assimetria (pregas nasolabiais) e tiques, ou 
outros movimentos anormais. A retificação da prega 
nasolabial e a queda da pálpebra inferior sugerem fraqueza 
muscular facial. 
Um agravo periférico do NC VII também observada na 
paralisia de Bell, afeta tanto a parte superior da face, como a 
parte inferior; uma lesão central acomete principalmente a 
parte inferior da face. Perda de paladar, hiperacusia e 
aumento ou redução do fluxo de lágrimas também ocorrem 
na paralisia de Bel. 
 
Algumas ações que podem ser pedidas ao paciente: 
 Elevação das duas sobrancelhas; 
 Franzir a testa; 
 Fechar os olhos com força de modo que o médico 
não consiga abri-los. Verificar a força muscular ao 
tentar abri-los. 
 
 Mostrar os dentes superiores e inferiores; 
 Sorrir: na paralisia facial unilateral, a boca “cai” do 
lado paralisado quando o indivíduo sorri ou faz 
caretas. 
 Encher de ar as bochechas. 
NERVO CRANIANO VIII – VESTIBULOCOCLEAR 
Avaliação da acuidade auditiva do paciente pelo teste do 
sussurra. 
Friccionar os cabelos próximo ao ouvido do paciente. 
Se houver perda auditiva, deve-se determinar se a perda é de 
condução, consequente a comprometimento da transmissão 
do som pelo ar (excesso de cerume, otosclerose e otite média) 
ou sensorineural, consequente a lesão do ramo coclear do NC 
VIII (presbiacusia, consequente a envelhecimento). Pesquisar 
a condição aérea e a condução óssea usando o teste de Rinne 
e a lateralização usando o teste de Weber 
Quando a pessoa tem uma alteração na audição, pode ser por 
uma dificuldade na condução aérea (rolha de cera), alteração 
por condução (lesão no tímpano). O outro é o problema 
neurológico. 
Pessoa com problema de condução e faz o teste de Weber, 
pegar o diapesão fazer vibrar e colocar no meio da cabeça do 
paciente. Paciente vai ouvir um zummmmmmm no meio da 
cabeça ou bilateral (normal). Mas no caso de um paciente que 
tenha uma rolha de cera (problema de condução) ele vai ouvir 
o “zummmm” do lado onde está a rolha de cera 
(unilateralmente). 
Se fosse um problema no nervo a pessoa não ia ouvir direito 
do lado da lesão, mas sim do outro lado. 
Ouvido que escuta menos é o direito, mas quando coloca o 
diapesão escuta mais do lado esquerdo – problema 
neurológico. 
Ouvido que escuta menos é o direito e ele sente melhor a 
vibração do lado direito -problema de condução. 
 
Geralmente no teste de Rinne (a baixo) o paciente vai ouvir 
por mais tempo (dobro) aquele que a condução a por via 
aérea, do que aquele que a condução é por via óssea. 
Quando o tempo da conduçãoaérea está menor que dá óssea 
o problema é de condução, nervo está tudo bem. 
Vertigem associada a perda auditiva e nistagmo é indicativo 
de doença de Ménière. 
NERVO CRANIANO IX (GLOSSOFARINGEO) E X (VAGO) 
Avaliação da voz e elevação do palato e úvula 
O glossofaríngeo da sensibilidade (gustativa, tátil e dolorosa) 
no 1/3 posterior da língua, responsável por elevar o palato 
junto com o nervo vago. 
Observar se a voz do paciente é rouca ou anasalada 
(rouquidão ocorre na paralisia das cordas vocais e a voz 
anasalada ocorre na paralisia do palato). Se tem dificuldade à 
deglutição (deglutição comprometida sugere fraqueza 
muscular do palato ou faringe). Avaliar o reflexo do vômito é 
importante, pois sua ausência sugere lesão do NC IX e talvez 
do X 
 
 
 
 
NERVO CRANIANO XI – ACESSÓRIO 
Nervo exclusivamente motor, cuja função é inervar o musculo 
esternocleidomastoide (função de rotação da cabeça) e 
trapézio (elevação dos ombros). 
Coloca a mão no rosto do paciente e pede a ele para empurrar 
a mão, e ele vai virar a cabeça para conseguir empurrar. 
Coloca a mão sobre o ombro do paciente e pede para ele 
tentar levantar o ombro. 
 A elevação dos ombros deve ser feita contra a 
resistência imposta pelas mãos do médico no ombro 
do paciente 
 
A fraqueza do músculo trapézio associada a atrofia e 
fasciculações indica um transtorno de nervo periférico. Na 
paralisia do músculo trapézio o ombro “cai” e a escápula é 
deslocada para baixo e para fora (desvio lateral). 
Um paciente em decúbito dorsal com fraqueza bilateral do 
músculo ECM tem dificuldade em levantar a cabeça do 
travesseiro 
 
NERVO CRANIANO XII - HIPOGLOSSO 
 Motricidade da língua. 
 Pede o paciente para colocar a língua para fora. 
 A língua desvia para o lado fraco. 
Pedir ao paciente para colocar a língua para fora, de modo a 
poder observar se há assimetria, atrofia ou desvio da linha 
média. 
Se houver lesão no núcleo do nervo hipoglosso ou no nervo 
hipoglosso propriamente, a língua protrusa se desvia 
temporariamente para o lado . 
 
Pede-se que o paciente, ainda com a língua para fora, 
movimente-a para os lados para observar se há assimetria. 
Para avaliar a força, pede-se que o paciente comprima a 
língua na bochecha, de modo que o médico possa apalpar 
pelo lado de fora 
AVALIAÇÃO DOS SINAIS MENINGORRADICULARES 
Avaliação da meninge (meningites, inflamação subaracnóidea) 
ou das raízes sensitivas (hérnia de disco, síndrome de Guillain-
Barré). 
Sinais de irritação meníngeas ou sinais de irritação ou 
compressão radicular. 
TESTE DE RIGIDEZ DE NUCA 
 
Primeiro deve-se garantir que não existe lesão nas vértebras 
cervicais. A seguir, com o paciente em decúbito dorsal, o 
médico deve colocar as mãos na parte posterior da cabeça e 
flexionar o pescoço para frente, até o queixo encostar no 
tórax, se possível. Normalmente o pescoço é flexível e o 
paciente consegue mover a cabeça e o pescoço para frente. 
A sensibilidade tátil e dolorosa dos 2/3 da língua é feita 
pelo nervo trigêmeo. 
O paladar dos 2/3 anteriores da língua é inervado pelo 
nervo facial 
 
Rigidez de nuca associada a resistência à flexão é encontrada 
em 57 a 92% dos pacientes com meningite bacteriana aguda e 
21 a 86% com hemorragia subaracnóidea. Esse sinal é mais 
encontrado em pacientes com inflamação meníngea grave; 
contudo, nos casos suspeitos ou moderados, a sensibilidade é 
baixa e os dados de especificidade são limitados. 
SINAL DE KERNING’S 
Paciente em decúbito dorsal, com flexão da coxa (90º) com o 
tronco e coxa com a perna (90º também). Mão do médico 
apoiada no joelho e calcanhar do paciente e faz movimento 
vigoroso de extensão da perna e da coxa. Dor em região 
lombar e dor de cabeça em caso de rigidez de nuca. 
 
Desconforto na parte posterior do joelho durante a extensão 
plena ocorre em muitas pessoas normais, mas não há dor. A 
compressão de uma raiz de nervo sacral ou lombar provoca 
dor radicular ou ciatalgia que se irradia para o mmii quando os 
nervos são alongados durante a extensão do mmii. 
SINAL DE LASEGUE 
Paciente relaxado, e vai levantar a perna esticada dele, e vai 
ter hora que ele vai dizer que doeu. 
SINAL DE BRUDZINSKI’S 
 
Durante a flexão do pescoço do paciente, deve-se observar a 
resposta dos quadris e dos joelhos à essa manobra. 
Normalmente eles permanecem relaxados e imóveis. A flexão 
dos quadris e joelhos é considerada um sinal de Brudzinski 
positivo.

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