Buscar

Doenças benignas e malignas do ovário

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Doenças benignas e malignas do ovário
Neoplasias ovarianas benignas:
Cistos: formações frequentes na menacme. Foliculares ou lúteos, ao USG são estruturas anecóicas. Não requerem intervenção alguma, 50% das mulheres têm em algum momento.
Cistos tecaluteínicos: ocorre em pacientes que tiveram doença trofoblástica gestacional, mola hidatiforme secrete beta hCG que causa os cistos. Uma vez a mola hidatiforme removida, os cistos regridem.
Cistoadenomas: serosos ou mucinosos. Conduta expectante.
Teratoma: cisto dermoide. Gametas, pluripotenciais, sofrem neoplasia benigna e dão origem a tecidos ectodérmicos diversos. Cabelos, dentes, unhas, glândulas sebáceas… 
Endometriomas: implantes de endometriose nos ovários. 3cm ou mais devem ser ressecados laparoscopicamente (cistectomia) por maior risco de sintomatologia.
Fibromas: benignos apesar de aparência de malignidade por ser sólido ao USG. Origem do tumor tecido conjuntivo. Causa a tríade Síndrome de Meiggs: tumor ovariano + ascite + derrame pleural.
Torção de ovário: etiologia desconhecida. Dor abdominal súbita por necrose. Diagnóstico USG com doppler. Conduta cirurgia de urgência, distorção ou ooforectomia a depender do grau de necrose.
Neoplasias ovarianas malignas:
Carcinoma de ovário: baixa incidência. 4o lugar dos cânceres ginecológicos. Mais comum em idosas 70+. Fatores de risco: muitas ovulações pela ruptura do epitélio. Menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade, história familiar, mutação BRCA1 e 2, raça branca. Fatores protetores: gestação e métodos anovulatórios. 
Tipo histológico principal epitelial 80%, principalmente adenocarcinoma seroso. O mucinoso não altera o CA-125, mas pode aumentar o CEA. Quando rompido pseudomixoma, acúmulo de mucina na cavidade peritoneal. Outros tipos epiteliais endometrioide, células claras, Brenner. Mais raramente tipo germinativo por neoplasia em oócitos, disgerminoma, típico em jovens e geralmente bilateral. Altera alfafeto-proteína e hCG. Mais raramente ainda tumores do estroma e do cordão sexual. Metastase gastrica para o ovário tumor de Krukenberg.
Clínica silenciosa, diagnósticos tardios e por isso mortalidade alta, apesar de não ser um câncer agressivo. Aumento de volume abdominal, ascite. USG pesquisa de indícios. Lesão sólida hiperecogênica, >8cm, cápsula espessa, multilobulado, presença de vegetações, septos. NÃO se biopsia ovário caso suspeita por conta do risco de disseminação. Em casos duvidosos, USG doppler, neovasos nao tem túnica média, doppler mostra baixo índice de resistência. CA-125 mais útil no tratamento do que no dx.
Laparotomia, citologia do líquido peritoneal, ooforectomia com congelação. Patologista dá resultado na hora, cirurgia pode encerrar, ou, se confirmado o câncer, linfadenectomia pélvica, para aórtica e citorredução. Citorredução consiste em pan histerectomia e omentectomia. Em caso de impossibilidade de ressecção, preferível deixar múltiplos focos <1cm do que 1 único maior. Paciente jovem com desejo de engravidar e câncer em estadios iniciais restritos ao ovário, salpingooforectomia e, após gestação, concluir tratamento.
Tratamento adjuvante após cirurgia quimioterapia com cisplatina. Apenas o disgerminoma é radiossensível. os outros apenas quimiossensível. 
Não existe rastreamento.

Outros materiais