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Trabalho escravidão

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVERSO BELO HORIZONTE 
Curso de Direito 
 
 
 
 
Ana Carolina Figueiredo Vieira 
 
 
 
 
 
 
 
VT INTERDISCIPLINAR DO LIVRO: Escravidão – Laurentino Gomes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2021 
 
Trabalho interdisciplinar Direito e Literatura – 1º semestre de 2021 
Curso de Direito da Universo Belo Horizonte 
 
Nome completo: Ana Carolina Figueiredo Vieira 
Matrícula: 30001125 
Período e turno: manhã 
E-mail: carolinafvieira@gmail.com 
Título do livro trabalhado: Escravidão - Laurentino Gomes. 
 
 
Pergunta 1: Quais são as principais críticas que o livro faz à Lei Áurea, que 
“aboliu” a escravidão no Brasil? Explique-as. 
Resposta: questionam os críticos da Lei Áurea, se os cativos libertos e seus 
descendentes foram abandonados à própria sorte, sem nunca ter tido 
oportunidades reais de participar da sociedade brasileira na condição de 
cidadãos de plenos direitos, com iguais oportunidades? De acordo com essa 
visão, a luta dos escravos brasileiros estaria mais bem representada Enquanto 
este livro era escrito, 130 anos após a assinatura da Lei Áurea, algumas pessoas 
ainda insistem em questionar a chamada “dívida social” em relação aos 
afrodescendentes. Segundo essa corrente, a “dívida” estaria automaticamente 
anulada pelo fato de os africanos serem corresponsáveis pelo regime 
escravagista. Como consequência, não haveria por que indenizar ou beneficiar 
a atual população negra com políticas públicas compensatórias pelos prejuízos 
históricos decorrentes da escravidão. Um dos alvos favoritos dos ataques foi o 
controvertido sistema de cotas preferenciais em escolas e postos da 
administração pública adotado no Brasil sob inspiração de políticas semelhantes 
implantadas nos Estados Unidos. 
Pergunta 2: Explique como se dava o tráfico de africanos para o trabalho 
escravo no Brasil, desde sua captura, a viagem no navio negreiro, até sua 
“venda”. 
Resposta: 
O tráfico negreiro iniciou-se no Brasil pela necessidade contínua de mão de obra 
escrava e foi resultado direto da diminuição do número de escravos indígenas. 
O tráfico negreiro era uma atividade extremamente lucrativa e atendia aos 
interesses da Coroa, portugueses e colonos. A presença portuguesa no 
continente africano ocorreu por meio de feitorias, as quais os permitiam criar 
laços comerciais com diferentes reinos africanos. Os africanos obtidos para 
escravidão eram prisioneiros de guerra revendidos ou eram capturados em 
emboscadas elaboradas pelos traficantes. A principal feitoria portuguesa 
instalada na África foi a de Luanda, e os escravos angolanos corresponderam a 
75% do total desembarcado no Brasil. Os africanos vinham nos tumbeiros 
aprisionados em péssimas condições nos porões dos navios em viagens que se 
estendiam de 1 a 2 meses. O Brasil recebeu, aproximadamente, 4,8 milhões de 
africanos escravizados durante três séculos de tráfico. O tráfico no Brasil só foi 
proibido por pressões inglesas que resultaram na aprovação da Lei Eusébio de 
Queirós, em 1850. 
 
Pergunta 3: Quais são as duas principais características que diferenciam a 
escravidão na América de todas as outras, conforme o autor? 
Resposta: 
A primeira é o regime de trabalho. No passado, os escravos eram usados em 
serviços domésticos; nas oficinas como marceneiros e ferreiros; na agricultura; 
nos navios; marchavam como guerreiros para defender as causas de seus 
senhores e, muitas vezes, chegavam a ocupar altos cargos administrativos, 
como os de eunuco escriba e tesoureiro real. Na América, também havia essa 
classe de ocupações, mas a escravidão se tornou sinônimo de trabalho intensivo 
em grandes plantações de cana de-açúcar, algodão, arroz, tabaco e, mais tarde, 
café. Escravos eram usados também na mineração de ouro, prata e diamantes. 
Estavam, portanto, em condição equivalente à das máquinas agrícolas 
industriais de hoje, como os tratores, os arados, as colhedeiras e as plantadeiras 
nas modernas fazendas do interior do Brasil. Nos engenhos de açúcar, 
trabalhavam em jornadas exaustivas, em turnos e regime de trabalho 
organizados de forma muito semelhante às linhas de produção que, a partir do 
final do século XVIII, caracterizariam as fábricas da Revolução Industrial. A 
segunda característica que diferencia a escravidão na América de todas as 
demais formas anteriores de cativeiro é o nascimento de uma ideologia racista, 
que passou a associar a cor da pele à condição de escravo. Segundo esse 
sistema de ideias, usado como justificativa para o comércio e a exploração do 
trabalho cativo africano, o negro seria naturalmente selvagem, bárbaro, 
preguiçoso, idólatra, de inteligência curta, canibal, promíscuo, “só podendo 
ascender à plena humanidade pelo aprendizado na servidão”, explica o 
africanista brasileiro Alberto da Costa e Silva. Sua vocação natural seria, 
portanto, o cativeiro, onde viveria sob a tutela dos brancos, podendo, dessa 
forma, alçar eventualmente um novo e mais avançado estágio civilizatório. 
 
Pergunta 4: Descreva o primeiro leilão de escravos em Portugal, com base no 
livro e no registro oficial da época, de Azurara 
Resposta: 
o local do primeiro leilão de escravos africanos registrado em Portugal, há um 
enigma histórico. É a Fortaleza de Sagres. Situada sobre um promontório que 
avança sobre o mar, batido por rajadas de ventos e ondas violentas, ela teria 
abrigado a mítica Escola de Sagres, uma grande academia de ciências náuticas 
fundada no século XV pelo infante dom Henrique, reunindo matemáticos, 
geógrafos, cartógrafos, astrônomos e outros especialistas. Pelo menos era o que 
se acreditava até o final do século XIX, quando os historiadores começaram a 
questionar a existência da tal escola. Nunca se teve notícia alguma de 
documento, relato ou qualquer registro da época de dom Henrique que se 
referisse ao funcionamento da suposta academia nesse local. A cena marca o 
início de um período trágico na história humana e foi registrada porque havia no 
local uma testemunha com a missão de descrevê-la para a posteridade. Gomes 
Eanes de Azurara, filho de padre, cronista real, cavaleiro da Ordem de Cristo, 
guarda-mor dos arquivos da Torre do Tombo e biógrafo de dom Henrique, é o 
autor do manuscrito “Crônica do descobrimento e conquista da Guiné. Redigido 
em 1448, esse relato das primeiras navegações portuguesas na costa da África 
ficou perdido durante quase quatro séculos, até 1837, quando seu original foi 
encontrado na Biblioteca Real de Paris e finalmente publicado em formato de 
livro quatro anos mais tarde.[1] Nele se encontra o primeiro registro oficial de um 
leilão de escravos africanos pelos portugueses, uma prática que se repetiria 
milhares e milhares de vezes ao longo dos quatro séculos seguintes, envolvendo 
a compra e avenida de cerca de 12,5 milhões de cativos capturados ou 
adquiridos na África e transportados em cerca de 35 mil navios negreiros que 
cruzaram o Oceano Atlântico em direção à Europa e a vários pontos da América. 
Azurara, às vezes também chamado apenas de Zurara, descreve em detalhes o 
que ocorreu na praça situada em frente ao cais de Lagos enquanto o sol se 
erguia no horizonte naquela longínqua manhã do século XV. Os escravos, 
segundo ele, eram “uma coisa maravilhosa de se ver, porque entre eles havia 
alguns de razoada brancura, formosos [...]; outros menos brancos, como os 
pardos; outros tão negros como os etíopes, disformes nas feições, tanto nos 
rostos como nos corpos, como a representar imagens do hemisfério inferior”. Os 
compradores eram muitos. “O campo estava cheio de gente, tanto do lugar como 
das aldeias e comarcas dos arredores, a qual deixava naquele dia folgar suas 
mãos, em que estava a força de seu ganho, somente para ver aquela novidade”, 
anotou Azurara. O infante, por sua vez, estava “ali em cima de um poderoso 
cavalo, acompanhado de suas gentes, repartindo suasmercês, como homem 
que de sua parte queria fazer pequeno tesouro”. Ao relatar o início do leilão, 
Azurara mostra-se comovido com as reações dos cativos diante da perspectiva 
de serem comprados por senhores diferentes, o que significaria a separação 
definitiva entre pais e filhos, esposas e maridos, irmãos, amigos e companheiros 
de longa data: 
Qual seria o coração, por duro que pudesse ser, que não fosse 
pungido de piedoso sentimento vendo assim aquela campanha? 
Porque uns tinham as caras baixas e os rostos lavados de lágrimas; 
[...] outros estavam gemendo muito dolorosamente, olhando para os 
céus [...], bradando altamente como se pedissem socorro ao Pai da 
Natureza; outros feriam o rosto com as suas palmas, lançando-se 
estendidos no chão; outros faziam suas lamentações em cantos, 
segundo o costume de sua terra. [...] Pelo que convinha a 
necessidade de se apartarem os filhos dos pais; as mulheres, dos 
maridos; e os irmãos, uns dos outros. A amigos nem parentes não se 
guardava nenhuma lei, somente cada um caía onde a sorte o levava. 
As mães apertavam seus filhos nos braços e lançavam-se com eles de 
bruços, recebendo feridas com pouca piedade de suas carnes. 
Perante tanta dor e sofrimento, o piedoso coração de Azurara encontrava pelo 
menos um motivo de consolo. O cativeiro daqueles africanos, acreditava ele, era 
a oportunidade de salvar-lhes as almas, retirando-os da escuridão da barbárie e 
do paganismo em que até então se encontravam para introduzi-los na luz da 
religião cristã e da civilização portuguesa. E assim também pensava o poderoso 
infante, cuja vontade e grande prazer, na interpretação do cronista, estavam “na 
salvação daquelas almas que antes eram perdidas”. 
 
Pergunta 5: Quais foram os motivos que levaram Portugal a buscar mão de obra 
escrava na África, para colonizar o Brasil? Explique de forma completa. 
Resposta: A escravidão é o grande sustentáculo do processo de colonização 
do continente americano, a partir do século XVI. Longe de se ater a uma forma 
homogênea de relação de trabalho, a escravidão foi marcada pelas mais 
diferentes caracterizações ao longo do período colonial. No caso da colonização 
lusitana, a utilização de escravos sempre foi vista como a mais viável alternativa 
para que os dispendiosos empreendimentos de exploração tivessem a devida 
funcionalidade. 
Inicialmente, os portugueses almejaram utilizar da força de trabalho dos nativos 
para que a exploração econômica fosse concretizada. No entanto, a mão de obra 
indígena foi refutada mediante a dificuldade de controle sobre populações que 
ofereciam maior resistência e também por despertar o interesse da Igreja em 
utilizá-los como novos convertidos ao cristianismo católico. Ainda assim, as 
regiões mais pobres, em que a força de trabalho era mais escassa, os índios 
ainda foram utilizados como escravos. 
 
Para contornar a crescente demanda por força de trabalho, Portugal resolveu 
então investir no tráfico de escravos vindos diretamente da Costa Africana. Tal 
opção se tornava viável por dois motivos essenciais: o domínio que Portugal já 
possuía em regiões da África e as possibilidades de lucro que a venda desses 
escravos poderiam trazer aos cofres da Coroa Portuguesa. Além disso, havia o 
apoio da própria Igreja Católica que associava os africanos à prática do 
islamismo. 
 
Além de incentivar a exploração de uma nova atividade comercial, o tráfico 
negreiro ainda incentivava o desenvolvimento de outras atividades econômicas. 
A indústria naval crescia ao ampliar a necessidade de embarcações que 
pudessem fazer o transporte dos negros capturados. Ao mesmo tempo, 
incentivou as atividades agrícolas ao ampliar, por exemplo, as áreas de 
plantação do tabaco, produto agrícola usualmente utilizado como moeda de 
troca para obtenção dos escravos. 
 
A obtenção de escravos era feita a partir de firmação de acordos comerciais com 
algumas tribos, principalmente as que se localizavam na região do litoral 
Atlântico do continente. Na verdade, a escravidão já integrava as práticas sociais 
e econômicas dos africanos mesmo antes do processo colonial. Em geral, essa 
população escrava era resultado da realização de guerras ou da aplicação de 
penas contra aqueles que cometessem algum tipo de delito. 
 
A partir da chegada dos portugueses à África, a prática antes desenvolvida no 
contexto social e político das populações africanas, veio a integrar uma atividade 
comercial sistemática integrada à economia mercantilista europeia. Dessa 
maneira, a escravidão se transformou em uma atividade econômica de caráter 
essencial. Um dos resultados dessa transformação foi que, entre os séculos XV 
e XIX, o número de escravos provenientes da Costa Africana ultrapassou a 
marca dos 11 milhões de cativos. 
 
Trazidos ao ambiente colonial, esses escravos eram usualmente separados de 
seus amigos e familiares para que evitassem qualquer tentativa de fuga. Após 
serem vendidos a um grande proprietário de terras, os escravos eram utilizados 
para o trabalho nas grandes monoculturas e recolhidos em uma habitação 
coletiva conhecida como senzala. Esse tipo de escravo era conhecido como 
escravo de campo ou escravo de eito e compunha boa parte da população 
escrava da colônia. 
 
A rotina de trabalho desses escravos era árdua e poderia alcançar um turno de 
dezoito horas diárias. As condições de vida eram precárias, sua alimentação 
extremamente limitada e não contava com nenhum tipo de assistência ou 
garantia. Além disso, aqueles que se rebelavam contra a rotina imposta eram 
mortos ou torturados. Mediante tantas adversidades, a vida média de um escravo 
de campo raramente alcançava um período superior a vinte anos. 
 
Outros tipos de escravos também compunham o ambiente colonial. Os escravos 
domésticos que viviam no interior das residências tinham melhores condições de 
vida e tinham a relativa confiança de seus proprietários. Geralmente os cargos 
domésticos eram ocupados por escravas incumbidas de cuidar da casa, das 
crianças e, inclusive, estar sexualmente disponível ao seu senhor. Nas cidades, 
ainda temos a figura dos escravos de ganho, que poderia reverter lucro ao seu 
dono ao cuidar de um comércio ou vender produtos. 
 
Muitos escravos, quando não submissos ao processo de exploração, articulavam 
planos de fuga e desenvolviam comunidades autossuficientes costumeiramente 
chamadas de quilombos. Nesses locais de fuga desenvolviam uma pequena 
agricultura associada a atividades artesanais constituídas com o objetivo de 
atender a demanda da própria comunidade. Entre os principais quilombos 
destacamos o Palmares, que se desenvolveu em Alagoas, na região da Serra 
da Barriga. Considerado principal foco de resistência negra, Palmares só foi 
destruído no final do século XVII. 
 
Tendo forte presença no desenvolvimento histórico da sociedade brasileira, a 
escravidão africana trouxe marcas profundas para a atualidade. Entre outros 
problemas destacamos a desvalorização atribuída às atividades braçais, um 
imenso processo de exclusão socioeconômica e, principalmente, a questão do 
preconceito racial. Mesmo depositado no passado, podemos ver que as 
heranças de nosso passado escravista ecoam na constituição da sociedade 
brasileira. 
 
 
Pergunta 6: Explique os fatores que contribuíram para o genocídio dos nativos 
da américa e como ele ocorreu. Direito e Literatura – 5º período. 
Resposta: 
 
Os Portugueses chegaram ao Brasil na época, forneceram roupas e espelhos. 
(coisas novas pros índios na época) Os índios morriam muitas vezes por 
doenças trazidas pelos portugueses, seus sistemas imunológicos eram muito 
frágeis. Além disso, ouve uma guerra pois com o tempo os portugueses 
começaram a desmatar e acabar com recursos naturais. Os índios tentaram 
defender seus recursos, mas acabaram perdendo. Com a guerra muitos 
massacres ocorreram. 
 
 
 
Pergunta 7: Quem foi Ana deSousa – a rainha Jinga e como ela desafiou o 
poder de Portugal? 
Resposta: 
Nenhum outro personagem da história da escravidão provocou tanto a 
imaginação e as fantasias da civilização ocidental quanto Ana de Sousa, nome 
português e cristão da rainha Jinga, hoje homenageada no monumento de 
Luanda. Foi essa a mulher corajosa e irreverente, hábil guerreira, que durante 
toda a primeira metade do século XVI desafiou o poder e as armas do rei de 
Portugal. Seus feitos extraordinários transformaram-na num mito poderoso que 
persiste até nossos dias. Na África, virou heroína de um movimento comunista, 
o MPLA, figura patriótica, defensora da liberdade e dos direitos do seu povo, em 
eterna luta contra a opressão dos colonizadores europeus. No Brasil, é celebrada 
em manifestações populares e festas negras, como as rodas de capoeira, as 
congadas e o maracatu. Nenhum outro personagem da história da escravidão 
provocou tanto a imaginação e as fantasias da civilização ocidental quanto Ana 
de Sousa, nome português e cristão da rainha Jinga, hoje homenageada no 
monumento de Luanda. Foi essa a mulher corajosa e irreverente, hábil guerreira, 
que durante toda a primeira metade do século XVI desafiou o poder e as armas 
do rei de Portugal. Seus feitos extraordinários transformaram-na num mito 
poderoso que persiste até nossos dias. Na África, virou heroína de um 
movimento comunista, o MPLA, figura patriótica, defensora da liberdade e dos 
direitos do seu povo, em eterna luta contra a opressão dos colonizadores 
europeus. No Brasil, é celebrada em manifestações populares e festas negras, 
como as rodas de capoeira, as congadas e o maracatu. ela seria filha de uma 
escrava com Jinga Mbandi, oitavo angola do Reino do Andongo. No ano de seu 
nascimento, 1582, a guerra dos portugueses contra os chefes africanos se 
alastrava de forma incontrolável pelo interior de Angola. O pai teria sido 
assassinado pelos próprios vassalos em meio a uma onda de conspirações e 
traições que assolava o reino. Em seu lugar, assumiu o herdeiro mais velho, o 
angola Mbandi, que, para se sentir seguro no trono, mandou matar a madrasta, 
um irmão e um sobrinho, filho de sua irmã Jinga. Em 1617, o clima de tensão e 
instabilidade aumentou quando o novo governador colonial Luís Mendes de 
Vasconcelos invadiu o Reino do Andongo e mandou construir o Forte de Ambaca 
(na época chamado de presídio), situada a poucos quilômetros de Cabaça, sede 
do reino africano. Era parte da estratégia portuguesa de expandir o comércio de 
escravos nas regiões ainda pouco exploradas do interior. Acuado, o angola se 
refugiou numa ilha do rio Kwanza. Ali permaneceu até que, em 1622, um novo 
governador, João Correia de Sousa, propôs ao soberano negociações de paz, 
uma vez que a guerra ameaçava paralisar o tráfico negreiro. É nesse momento 
que Jinga faz sua primeira aparição nos livros de história. 
 
Pergunta 8: Conceitue e descreva os quilombos no Brasil e quem foi Zumbi dos 
Palmares? O que você aprendeu com a sua história? 
Resposta: 
 
Zumbi dos Palmares é um dos grandes nomes da história do Brasil. Ele foi um 
dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior e mais longevo quilombo da 
história de nosso país. Zumbi assumiu a liderança do quilombo, em 1678, e 
resistiu, durante quase 20 anos, contra as investidas dos portugueses. 
Foi morto após ter seu esconderijo denunciado, no dia 20 de novembro de 1695. 
Zumbi é, atualmente, um dos grandes símbolos da luta dos negros e dos 
africanos contra a escravidão no Brasil. Sua memória também é utilizada, nos 
dias de hoje, como símbolo de luta dos negros contra o racismo presente na 
sociedade brasileira. 
Contextualizando o Quilombo dos Palmares 
É impossível dissociar a vida de Zumbi do Quilombo dos Palmares, afinal ele foi 
um dos líderes desse quilombo e morreu na defesa desse local. O Quilombo dos 
Palmares surgiu no final do século XVI e recebeu esse nome pela grande 
quantidade de palmeiras que existiam no local em que se desenvolveu: a Serra 
da Barriga. 
Palmares era uma junção de mocambos, pequenas aldeias que os escravos 
fugidos formavam. Eram cerca de dezoito mocambos que se espalharam por 
territórios que hoje correspondem a Alagoas e Pernambuco. O principal 
mocambo chamava-se Cerca Real do Macaco, ou apenas Mocambo do Macaco, 
e chegou a reunir até 6 mil pessoas. O conjunto de mocambos que formou 
Palmares contou com até 20 mil habitantes. 
Acredita-se que Palmares tenha se formado, a princípio, por algumas dezenas 
de escravos fugitivos dos engenhos instalados em Pernambuco. Com o tempo, 
foram desenvolvendo-se e convencendo outros escravos a fugirem e a 
instalarem-se lá. Ao longo de sua existência, Palmares resistiu a expedições 
enviadas por holandeses e portugueses. 
Os historiadores sabem muito pouco sobre Palmares, por conta da pouca 
existência de fontes sobre esse quilombo. Um agravante é o fato de que todas 
as fontes existentes sobre Palmares foram escritas por europeus. Portanto, 
esses documentos ajudam a reconstituir apenas uma pequena parte da 
totalidade da história de Palmares. 
A partir da década de 1630, Palmares passou por um grande crescimento devido 
aos conflitos entre holandeses e portugueses no Nordeste. Quando os 
portugueses reconquistaram a região, novas expedições foram sendo 
organizadas e de maneira cada vez mais frequente. A decadência do quilombo 
deu-se a partir da década de 1680. 
A expedição que colocou fim ao quilombo foi a do bandeirante Domingos Jorge 
Velho, contratado para destruir Palmares. O bandeirante recebeu o direito de 
poder ficar com parte dos negros capturados e com algumas terras na região da 
Serra da Barriga. O Mocambo do Macaco acabou sendo destruído, em 1694, e 
os sobreviventes fugiram e resistiram até o começo do século XVIII. 
Depois que a expedição de Domingos Jorge Velho destruiu o Mocambo do 
Macaco, Zumbi e outros sobreviventes fugiram e esconderam-se nas matas 
da Serra Dois Irmãos. Durante um ano e meio, resistiram embrenhados no mato. 
Essa informação foi obtida por novos estudos que desmitificaram a ideia de que 
Zumbi teria cometido suicídio em 1694. 
Zumbi foi morto, em 20 de novembro de 1695, depois que um de seus 
companheiros chamado Antônio Soares revelou sob tortura o local de 
esconderijo de Zumbi. Um bandeirante chamado André Furtado de Mendonça 
organizou uma emboscada que localizou Zumbi. Após ser morto, sua cabeça foi 
decepada e exposta em Recife. 
 
 
Pergunta 9: O Supremo Tribunal Federal se posicionou acerca das cotas raciais 
na Arguição de Descumprimento de Preceito Federal, ADPF 186, disponível nos 
arquivos e no link: 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=6984693. 
Quais foram os principais argumentos utilizados pelo tribunal para julgar as cotas 
constitucionais? Explique-os. 
Resposta: 
O princípio da igualdade material, previsto no caput do art. 5º da Carta da 
República, a possibilidade de o Estado lançar mão seja de políticas de cunho 
universalista, que abrangem um número indeterminados de indivíduos, mediante 
ações de natureza estrutural, seja de ações afirmativas, que atingem grupos 
sociais determinados, de maneira pontual, atribuindo a estes certas vantagens, 
por um tempo limitado, de modo a permitir-lhes a superação de desigualdades 
decorrentes de situações históricas particulares. II – O modelo constitucional 
brasileiro incorporou diversos mecanismos institucionais para corrigir as 
distorções resultantes de uma aplicação puramente formal do princípio da 
igualdade. III – Esta Corte, em diversos precedentes, assentou a 
constitucionalidade das políticas de ação afirmativa. IV – Medidas que buscam 
reverter, no âmbito universitário, o quadro histórico de desigualdade que 
caracteriza as relações étnico. I – Não contraria - ao contrário, prestigia – o 
princípio da igualdade material, previsto no caput do art. 5º da Carta da 
República,a possibilidade de o Estado lançar mão seja de políticas de cunho 
universalista, que abrangem um número indeterminados de indivíduos, mediante 
ações de natureza estrutural, seja de ações afirmativas, que atingem grupos 
sociais determinados, de maneira pontual, atribuindo a estes certas vantagens, 
por um tempo limitado, de modo a permitir-lhes a superação de desigualdades 
decorrentes de situações históricas particulares. II – O modelo constitucional 
brasileiro incorporou diversos mecanismos institucionais para corrigir as 
distorções resultantes de uma aplicação puramente formal do princípio da 
igualdade. III – Esta Corte, em diversos precedentes, assentou a 
constitucionalidade das políticas de ação afirmativa. IV – Medidas que buscam 
reverter, no âmbito universitário, o quadro histórico de desigualdade que 
caracteriza as relações étnico- raciais e sociais em nosso País, não podem ser 
examinadas apenas sob a ótica de sua compatibilidade com determinados 
preceitos constitucionais, isoladamente considerados, ou a partir da eventual 
vantagem de certos critérios sobre outros, devendo, ao revés, ser analisadas à 
luz do arcabouço principiológico sobre o qual se assenta o próprio Estado 
brasileiro. V - Metodologia de seleção diferenciada pode perfeitamente levar em 
consideração critérios étnico-raciais ou socioeconômicos, de modo a assegurar 
que a comunidade acadêmica e a própria sociedade sejam beneficiadas pelo 
pluralismo de ideias, de resto, um dos fundamentos do Estado brasileiro, 
conforme dispõe o art. 1º, V, da Constituição. VI - Justiça social, hoje, mais do 
que simplesmente redistribuir riquezas criadas pelo esforço coletivo, significa 
distinguir, reconhecer e incorporar à sociedade mais ampla valores culturais 
diversificados, muitas vezes considerados inferiores àqueles reputados 
dominantes. VII – No entanto, as políticas de ação afirmativa fundadas na 
discriminação reversa apenas são legítimas se a sua manutenção estiver 
condicionada à persistência, no tempo, do quadro de exclusão social que lhes 
deu origem. Caso contrário, tais políticas poderiam converter-se benesses 
permanentes, instituídas em prol de determinado grupo social, mas em 
detrimento da coletividade como um todo, situação – é escusado dizer – 
incompatível com o espírito de qualquer Constituição que se pretenda 
democrática, devendo, outrossim, respeitar a proporcionalidade entre os meios 
empregados e os fins perseguidos. VIII – Arguição de descumprimento de 
preceito fundamental julgada improcedente. 
 
Pergunta 10: O que você aprendeu com esse livro? Dê a sua visão da 
aprendizagem. Quesitos da avaliação: 
 
 
Resposta: 
É um trabalho de pesquisa fantástico, gostei muito, inclusive estou aguardando os outros dois 
volumes. A histórica da escravidão em especial a escravidão negra, expõe as mazelas humanas 
e a dívida eterna que temos com todo aquele que sofreu aviltamento na sua liberdade para dar 
conforto e desenvolvimento econômico a sociedades calcadas em governantes e dogmas 
conservadores onde a escravização do ser humano era oficializada por pusilânimes governantes 
e dirigentes inclusive religiosos.

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