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LEI PENAL NO TEMPO A lei aplicável à repressão da prática do crime é a lei vigente ao tempo da sua execução – tempo da ação/omissão (PRINCÍPIO DA IRRETROTIVIDADE PENAL) RETROATIVIDADE E ULTRATIVIDADE DA LEI MAIS BENIGNA No conflito de leis penais no tempo, é fundamental investigar qual a que se apresenta mais favorável ao infrator. Quando a lei anterior for mais favorável, terá ultratividade e prevalecerá, o mesmo pode ocorrer com uma lei posterior. – RETROATIVIDADE E ULTRATIVIDADE DA LEI MAIS BENIGNA (APLICAM-SE AS NORMAS DE DP MATERIAL) CRIME CONTINUADO OU PERMANENTE SÚMULA 711 (STF): “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência”. “O crime continuado é uma ficção jurídica – composto por mais de uma ação em si mesmas criminosas, praticadas em momentos, locais e formas diversas que por ficção jurídica são considerados crime único” LEI PENAL NO ESPAÇO Em virtude do princípio de soberania, vige em todo o território de um Estado politicamente organizado. PRÍNCIPIO DA TERRITORIALIDADE Aplica-se a lei penal brasileira aos fatos praticados em território nacional, independente da nacionalidade do agente, da vítima ou do bem jurídico lesado. (art. 5°, caput, do CP) PRÍNCIPIO REAL, DA DEFESA OU DE PROTEÇÃO Permite a extensão da jurisdição penal do Estado titular do bem jurídico lesado, para além dos seus limites territoriais, fundamentado na nacionalidade do bem jurídico lesado (art. 7°, I, CP) PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE OU DA PERSONALIDADE Aplica-se a lei penal da nacionalidade do agente, pouco importando o local em que o crime foi praticado: personalidade ativa: considera-se apenas a nacionalidade do autor do delito; personalidade passiva: importa somente se a vítima do delito é nacional – tem por objetivo impedir a impunidade por crimes praticados em países que não sejam abrangidos pelo critério de territorialidade PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU COSMOPOLITA As leis penais devem ser aplicadas a todos os homens, onde quer que se encontrem – cooperação penal internacional PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO OU DA BANDEIRA Quando houver deficiência legislativa ou desinteresse de quem deveria reprimir, aplica- se a lei do Estado em que está registrada a embarcação ou a aeronave ou cuja bandeira ostenta aos delitos praticados em seu interior (art. 7°, II, c, do CP) TERRITÓRIO NACIONAL: Compreende a superfície terrestre, as águas territoriais e o espaço aéreo correspondente – por extensão ou flutuante, as embarcações e aeronaves, por força de ficção jurídica Abolitio criminis – a lei nova deixa de considerar crime fato anteriormente tipificado como ilícito pena; Novatio legis incriminadora – considera crime fato anteriormente não incriminado; Novatio legis in prejus – lei posterior que de qualquer modo agravar a situação do sujeito não retroagirá; Novatio legis in mellius - lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado Lex mitior – QUALQUER ALTERAÇÃO IN MELLIUS APLICA-SE IMEDIATAMENTE – MESMO LEIS EM PERÍODO DE VACATIO TEORIA LIMITADA DA UBIQUIDADE Teoria pura da ubiquidade (adotada pelo Direito brasileiro) – lugar do delito pode ser tanto o da ação como o do resultado, ou ainda o lugar do bem jurídico lesado EXTRATERRITORIALIDADE Por causa da gravidade dos crimes, aplica-se a lei brasileira independentemente de alguma condição, mesmo que o indivíduo tenha sido absolvido ou condenado no estrangeiro (art. 7º, § 1º, CP) • CRIMES CONTRA A VIDA OU A LIBERDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA • CONTRA O PATRIMÔNIO OU A FÉ PÚBLICA DA UNIÃO • CONTRA A ADMNINISTRAÇÃO PÚBLICA, POR QUEM ESTÁ A SEU SERVIÇO • DO GENOCÍDIO, QUANDO O AGENTE FOR BRASILEIRO OU DOMICILIADO NO BRASIL EXTRADIÇÃO Ato pelo qual um Estado entrega um indivíduo acusado de fato delituoso ou já condenado como criminoso à justiça de outro Estado, competente para julgá-lo e puni-lo Verifica-se, pois, que a existência de um processo penal, concluso ou em andamento, é conditio sine qua non para que se faça o pedido de extradição. BRASIL NÃO EXTRADITA SEUS NACIONAIS DEPORTAÇÃO A deportação é medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em território nacional. (Art. 50 LM). EXPULSÃO A expulsão consiste em medida administrativa de retirada compulsória de migrante ou visitante do território nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado. Art. 54 LM.
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