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APOSTILA DA DISCIPLINA EQW 112- INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS QUÍMICOS E BIOQUÍMICOS Capítulo 1 Introdução de Conceitos na área dos Processos Químicos e Bioquímicos Autores: Profa. Andréa Medeiros Salgado (DEB-EQ/UFRJ) Prof. Armando Cunha (DPI-EQ/UFRJ) 1.1- Introdução As transformações químicas de matérias-primas em produtos úteis e lucrativos constituem uma das principais tarefas das indústrias químicas e bioquímicas. Estes produtos poderão ser bens de consumo e participar diretamente da vida econômica de diversos países, ou serem produtos intermediários destinados a manufatura de bens de consumo. Na maior parte das vezes, nestes processos químicos, estão envolvidas modificações químicas e algumas alterações físicas dos materiais e nos processos bioquímicos incluem-se as modificações por meio de agentes biológicos. Nas ultimas décadas o avanço nos mais diversos campos ligados a indústria química e bioquímica foi muito rápido sempre embasado nos avanços tecnológicos e recentes descobertas. O objetivo principal desta disciplina de Introdução aos Processos Químicos e Bioquímicos é de proporcionar ao aluno uma visão integrada dos conceitos fundamentais e das habilidades requeridas para sua formação profissional, bem como o aprimoramento dos conhecimentos já obtidos. De uma maneira geral serão abordadas as participações do profissional da química e bioquímica na indústria e todos os ramos que estão relacionados a este amplo campo, incluindo os processos orgânicos, inorgânicos e biotecnológicos, as áreas de meio ambiente e tratamento de águas, registro de patentes, segurança em laboratório, instrumental básico de laboratório químico e bioquímico, formulação de produtos etc. Sempre procurando esclarecer sucintamente ao aluno recém-ingresso nesta área a importância da visão integrada destes conceitos para sua formação. A Química e a Bioquímica, sem dúvida, abrangem um vasto campo de ciência manejada pelo homem da atualidade, que, cada dia mais ousado, procura respostas para comportamentos duvidosos e praticidade para o quotidiano. É preciso que o estudante comece a notar que a Química não se resume só em decorar fórmulas e manipular reagentes de laboratório. Ela é uma ciência que, a cada instante, também vai, audaciosamente, aumentando os limites do conhecimento humano. Através de observações cientificamente interpretadas, brotam a todo momento novas teorias, que associadas aos trabalhos de laboratório, dão frutos, atingindo-nos diretamente na nossa vida diária, trazendo-nos maior conforto e comodidade. Desta forma, o homem busca, através do desenvolvimento desta importante ciência, a criação de novos ramos industriais e a solução para problemas de ordem prática, no intuito de ampliar seu campo de conhecimento, não esquecendo de atender as necessidades de um mercado cada vez mais competitivo. 1.2- Os Complexos Químico e Bioquímico As indústrias químicas e bioquímicas, como qualquer indústria, agregam valores e sob este aspecto, a tecnologia é fundamental onde são desenvolvidas várias rotas para obtenção de um mesmo produto, novos produtos para satisfazer necessidades e novas necessidades para satisfazer disponibilidade de novos produtos e /ou sub-produtos. As indústrias químicas e bioquímicas foram e ainda são fundamentais para ganhar guerras, lutar pela obtenção de monopólios e trazer progresso, onde a história destas indústrias faz parte da economia moderna. Em relação aos complexos químicos e bioquímicos e sua ligação com os setores da economia podemos citar: SETOR DA ECONOMIA TIPO DE PRODUTO E/OU APLICAÇÃO REQUERIDA DA INDÚSTRIA QUÍMICA E BIOQUÍMICA ALIMENTOS Produção de bebidas, alimentos via fermentativa (cerveja, vinho, sidra, aguardentes, vinagres, iogurte, queijo, manteiga, hortaliças, cacau, pão, alimentos orientais, etc),. Ácidos, agentes de limpeza, desinfetantes, conservantes, flavorizantes, antioxidantes e outros aditivos. TÊXTEIS Álcalis, detergentes, corantes, alvejantes, fibras sintéticas, aplicações de enzimas em diversas funções. COURO Agentes tanantes e corantes, bioagentes para tratamento do couro. GRÁFICA Tintas de impressão PAPEL E CELULOSE Reagentes e bioreagentes de digestão, alvejantes e adesivos VIDRO E CERÂMICA Barrilha, pigmentos e aditivos diversos. MADEIRA Conservantes, aplicação de bioagentes para biodegradação e processamento, pesticidas, impermeabilizantes, vernizes, tintas e adesivos. METALURGIA Ácido decapante, álcalis, solventes, aditivos para lama de perfuração de poços e plásticos especiais. PETRÓLEO Ácido sulfúrico, álcalis, solventes, aditivos para lama de perfuração de poços e plásticos especiais. CONSTRUÇÃO CIVIL PVC para tubulações de água e esgoto, tintas, vernizes, adesivos, selantes e plásticos para componentes domésticos EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS Plásticos para isolamento de fios e cabos, bases de apoio, caixas coletoras e distribuidoras. EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE Plásticos para componentes variados de veículos, tais como: caixa de bateria, tanque de combustível e Pará-choques, tintas e vernizes, adesivos e selantes. ELETRÔNICA Reagentes de altíssima pureza (com impurezas da ordem de parte por trilhão) utilizados na fabricação de “chips” , adesivos para etapa de montagem e plásticos de engenharia para componentes diversos dos equipamentos finais. AGRICULTURA E PECUÁRIA Fertilizantes, pesticidas, inoculantes agrícolas, medicamentos e aditivos alimentares para criação animal (complexos protéicos, vacinas, esteroídes, aminoácidos) CONSTRUÇÃO NAVAL Tintas, vernizes, revestimentos anticorrosivos especiais. FARMACÈUTICA Substâncias químicas diversas com efeitos terapêuticos, reagentes auxiliares de diagnóstico médico e plásticos para embalagens. Antibióticos, complexos protéicos e vitaminas produzidos via rota bioquímica, ELETRODOMÉSTICOS Plásticos para componentes diversos, adesivos, selantes, tintas e vernizes PRODUTOS DE LIMPEZA E COSMÉTICOS Desinfetantes, alvejantes, sabões, detergentes, substâncias químicas usadas em formulações cosméticas, tais como, desodorantes, protetores de pele, creme de barba, etc. ARTIGOS DIVERSOS Plásticos MEIO AMBIENTE Bioinseticidas, lixiviação bacteriana, tratamentos com uso de agentes químicos e biológicos de efluentes sólidos e líquidos. 1.3- Qualificação e Áreas de Atuação do profissional da Química e Bioquímica Dentre as qualificações e diversas áreas de atuação do profissional das áreas de processos químicos e bioquímicos podemos citar: ENGENHEIRO QUÍMICO – Formação específica em conceitos e fenômenos físicos, químicos e bioquímicos, forte embasamento em matemática e computação. Atuação em projetos e desenvolvimento de produtos, dimensionamento, seleção e otimização das operações e equipamentos dos vários setores da indústria química, bem como o tratamento de resíduos e controle dos problemas inerentes as industriais. Automação e controle de processos, logística, vendas,etc. QUÍMICO INDUSTRIAL- Formação específica em fenômenos físicos, químicos e bioquímicos. Atuação no estudo de reações, análises químicas, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e processos industriais, controle de qualidade, coordenação de operação e manutenção de equipamentos e tratamento de resíduos industriais. Desenvolvimento de pesquisa, processamento e avaliação mercadológica de matérias-primas e produtos usados na indústria química, etc. ENGENHEIRO DE BIOPROCESSOS – Nos últimos 30 anos o mundo vem testemunhando uma revolução biológica de dimensões nunca antes vista. Processos em que a natureza poderia levar centenas de milhares de anos são agora realizados de um dia para outro com auxilio da engenharia genética e da biologia molecular. Essas transformações induzem a reestruturação importantes nas áreas de agricultura, medicina, farmácia, produçãoanimal, meio ambiente, entre outras. Dentro deste contexto, a Biotecnologia se destaca como uma das atividades científicas, econômicas e tecnológicas mais promissoras do próximo século. Atuação nas indústrias de alimentos, bebidas, farmácia, vacinas, insumos, biológicos para agricultura, pecuária e produção florestal, na área ambiental, médica, como pesquisador, na assistência técnica, no controle de qualidade de alimentos, animais e microorganismos transgênicos, etc. ENGENHEIRO DE ALIMENTOS – Ramo da engenharia voltado para a fabricação, preservação, armazenamento e transporte de produtos alimentícios industrializados e bebidas. O engenheiro de alimentos aplica as modernas técnicas da engenharia a indústria e ao processamento de alimentos de origem vegetal e animal, responsabiliza-se pelos cuidados na fabricação dos produtos alimentícios: acompanha a industrialização desde a conservação, armazenamento, transporte, até a colocação no mercado consumidor dos alimentos, procurando aproveitar ao máximo as reservas da agricultura, pecuária e pesca, visando atingir melhor padrão alimentar para a população. Atuação também das indústrias de equipamentos para a produção de alimentos, as agroindústrias, os setores de tratamento de resíduos industriais destas indústrias, restaurantes institucionais. Todos estes profissionais também tem atuação em instituições científicas de pesquisa e acadêmicas, seja como pesquisadores ou diretamente na área de ensino. Para exercer legalmente a profissão o profissional da química deve obter seu registro junto ao Conselho Regional de Química de sua região, todos os Conselhos Regionais estão submetidos ao Conselho Federal de Química (CFQ). 1.4- O Conselho Federal de Química e os Conselhos Regionais O sistema Conselho Federal de Química/Conselhos Regionais foi criado em 18 de junho de 1956 com o advento da Lei nº 2.800, também conhecida como "LEI MATER DOS QUÍMICOS". A responsabilidade maior do CFQ é zelar para que a atividade química se desenvolva de forma a proporcionar maiores benefícios as sociedades. Entre as principais atribuições do CFQ estão a criação das resoluções normativas que regulamentam as atribuições profissionais. O CFQ atua como órgão de segunda instância no julgamento de processos administrativos. Existem 21 Conselhos Regionais de Química (CRQs) no Brasil. Os CRQs são órgãos executivos, que funcionam como órgãos de primeira instância no julgamento dos processos administrativos, tendo como principais atribuições o registro de profissionais e de empresas da área de química, a fiscalização do exercício profissional e das atividades das empresas relacionadas, o zelo pelo cumprimento do código de ética e o estímulo ao desenvolvimento profissional. 1.5- Atribuições dos profissionais da química O elenco de atribuições é definido pela Resolução Normativa do CFQ nº 36, de 25/4/1974. Cada atribuição é constituída por diversas atividades: 1) Direção, supervisão, programação, coordenação, orientação e Responsabilidade Técnica no âmbito das atribuições respectivas. 2) Assistência, assessoria, consultoria, elaboração de orçamentos, divulgação e comercialização no âmbito das atribuições respectivas. 3) Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e serviços técnicos; elaboração de pareceres, laudos e atestados no âmbito das atribuições respectivas. 4) Exercício do magistério, respeitada a legislação específica. 5) Desempenho de cargos e funções técnicas no âmbito das atribuições respectivas. 6) Ensaios e pesquisas em geral. Pesquisa e desenvolvimento de métodos e produtos. 7) Análise química, físico-química, químico-biológica, bromatológica, toxicológica e legal, padronização e controle de qualidade. 8) Produção, tratamentos prévios e complementares de produtos e resíduos. 9) Operação e manutenção de equipamentos e instalações, execução de trabalhos técnicos. 10) Condução e controle de operações e processos industriais de trabalhos técnicos, reparos e manutenção. 11) Pesquisa e desenvolvimento de operações e processos industriais. 12) Estudo, elaboração e execução de projetos de processamento. 13) Estudo de viabilidade técnica e técnico-econômica no âmbito das atribuições respectivas. 14) Estudo, planejamento, projeto e especificações de equipamentos e instalações industriais. 15) Execução, fiscalização de montagem e instalação de equipamentos. 16) Condução de equipe de instalação, montagem, reparo e manutenção. Os bacharéis e licenciados em química possuem as atribuições de 1 a 7. Os químicos industriais, bacharéis e licenciados com currículo de natureza tecnológica e tecnólogos da área de química possuem atribuições de 1 a 13. Já os engenheiros químicos e engenheiros industriais modalidade química possuem atribuições de 1 a 16. Todas as atribuições contam da Resolução Normativa n° 36 de 25/04/1974. No Rio de Janeiro temos o 3° CRQ localizado na Rua Alcindo Guanabara, 24 – 13° andar, Centro. Site: http://www.crq3.org.br Referências 1. O profissional da Química, disponível em março de 2012 no site: www.crq4.org.br/downloads/livro_2005.pdf , São Paulo, 2005. 2. Conselho Federal de Química, disponível em http://www.cfq.org.br/ 3. 3° Conselho Regional de Química, disponível em http://www.crq3.org.br/ Capítulo 2 Biblioteca Paulo Geyer: Posto de Serviços de Informação da Escola de Química: Sua estrutura, dinâmica de funcionamento e o acesso eletrônico à informação científica e tecnológica. Autora: Cássia (Coord. da PSIEQ –UFRJ) (Coord. Lab. Informática –EQ) 1. INTRODUÇÃO Pretende-se esclarecer sobre a estrutura da Biblioteca Paulo Geyer, os serviços que oferece aos usuários e o acesso a fontes de informação disponíveis na Universidade Federal do Rio de Janeiro, assim como descrever técnicas de pesquisas para auxiliar os alunos no uso das bases de dados. 2. BIBLIOTECA PAULO GEYER Centro de Tecnologia – Bloco E – 2º andar – Sala 210 http://www.eq.ufrj.br/bibli 2.1 Histórico A Biblioteca da Escola Nacional de Química foi criada em 28 de julho de 1933, na Praia Vermelha, atrelada à Escola Nacional de Química. Em 1972 foi transferida para a Cidade Universitária, Ilha do Fundão, passando a Biblioteca Setorial Especializada. Desde 2007 o nome foi alterado para Biblioteca Paulo Geyer em homenagem ao ex-aluno da Escola de Química, que registrou em seu testamento a doação de verba, através da sua empresa UNIPAR, para revitalização da infra-estrutura da biblioteca. 2.2 Estrutura No âmbito organizacional está vinculada à Biblioteca do Centro de Tecnologia (biblioteca central) e ambas estão diretamente subordinadas ao Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI) da UFRJ, órgão que atua na promoção do desenvolvimento das bibliotecas, da capacitação continuada de seus membros, da atualização e manutenção dos acervos, modernização e informatização, gerenciamento da Minerva, definição de políticas de informação e padrões técnicos. 2.3 Missão A Biblioteca Paulo Geyer tem a missão de prover e disseminar informação especializada, para atender a demanda de ensino, pesquisa e extensão dos cursos de Engenharia Química, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Bioprocessos e Química Industrial, na prestação de serviços, de forma a contribuir para a capacitação pessoal e geração de conhecimentos. 2.4 Funcionamento Para atender os alunos dos cursos noturnos (Engenharia Química e Química Industrial), a Biblioteca Paulo Geyer ampliou o seu horário de funcionamento em agosto de 2010, que desde então é de 8:00 às 21:00h. 2.5 Acervo O acervo da biblioteca é composto por obras de referência (enciclopédias, dicionários, tratados, guias, manuais, handbooks e seriados), literatura cinzenta (anais, teses e dissertação), coleção corrente (livros) e alguns periódicos impressos (doação). Na estatística de 2010, os dados coletadosapontam que a Biblioteca Paulo Geyer tem em seu acervo 2.322 títulos e 3760 exemplares, como também 799 títulos e 1480 exemplares de teses e dissertações. Para verificar a disponibilidade ou existência de um determinado livro, deve-se consultar a Minerva: www.minerva.ufrj.br, que funciona como um catálogo de todas as bibliotecas da UFRJ e possibilita a execução de buscas, assim como a renovação e a reserva on line, dos livros pertencentes às bibliotecas que oferecem esses serviços, como a Biblioteca Paulo Geyer. As bases de dados de referencias e de fontes podem ser acessadas nos 6 computadores da biblioteca ou nos computadores pessoais conectados a rede da UFRJ, através do Portal de Periódicos da CAPES: www.periodicos.capes.gov.br, que disponibiliza 788 títulos de periódicos da área de química. 2.6 Serviços A Biblioteca Paulo Geyer oferece aos usuários os serviços relacionados: Empréstimo domiciliar automatizado, Renovação e reserva on line (Minerva), Consulta local, Empréstimo entre Bibliotecas, Emissão de nada consta, Normalização das fichas catalográficas, Orientação sobre como normalizar os documentos (disponibilizamos normas da ABNT), Pesquisas bibliográficas, Exposição das novas aquisições, Alertas através do Twitter. Além dos serviços explicitados, a biblioteca oferece também treinamentos semestrais sobre os sistemas de informação da UFRJ (bases de dados), para os alunos da graduação na disciplina Introdução aos Processos Químicos e Bioquímicos (EQW-112), assim como para todos os usuários da biblioteca. 3. BASES DE DADOS Para Rowley (1994, p.66), base de dados pode ser definida como "uma coleção de registros similares entre si e que contém determinadas relações entre esses registros". Registro é a informação que a base contém e que diz respeito a um documento ou um item. Já para Cianconi (1987, p.55), base de dados é "um conjunto de dados inter- relacionados, organizados de forma a permitir a recuperação de informação". Portanto, as bases de dados são uma compilação de documentos (periódicos, artigos e livros) organizados sobre uma determinada temática e representados individualmente por termos controlados que se interligam, para facilitar a pesquisa dos usuários. De acordo com Rowley (1994), as bases de dados podem ser divididas em dois tipos principais: base de dados de referências e base de dados de fontes. As bases de dados de referências encaminham ou orientam o usuário para outra fonte, que pode ser um documento, uma instituição ou um indivíduo, a fim de obter informações adicionais ou conseguir o texto integral de um documento. Essas bases referenciais subdividem-se em três tipos: bibliográficas, catalográficas e referenciais. As primeiras incluem citações ou referências bibliográficas e, às vezes, resumos de trabalhos publicados, nos quais "informam ao usuário sobre o que foi publicado e onde se publicou" (ROWLEY, 1994, p.68). As catalográficas mostram o acervo de determinada biblioteca ou rede de bibliotecas, e as referenciais, informações ou dados, como nomes e endereços de instituições, e outros dados típicos de cadastros. Já as bases de dados de fontes contêm os dados originais e constituem um tipo de documento eletrônico, ou seja, contêm informações primárias, portanto, não remetem o usuário a outras fontes (ROWLEY, 1994; LOPES, 1991). Podem ser agrupadas segundo seu conteúdo. Numéricas contêm dados estatísticos e de resultados de pesquisas; texto integral ou texto completo contém a íntegra de artigos, jornal e especificações técnicas (normas e patentes); textuais e numéricas contêm uma mistura de dados textuais e numéricos. 3.1 Bases de dados da UFRJ O Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI) disponibiliza além da Minerva (catálogo dos livros), o AtoZ que elenca em ordem alfabética todos os periódicos e bases de dados assinados pela UFRJ e a Pesquisa integrada, que permite a consulta por autor, título, assunto e área do conhecimento em várias bases de dados ao mesmo tempo, o conteúdo da Pesquisa integrada consiste nas bases assinadas e catálogos de livros de 4 instituições: UNIRIO, UFRJ, PUC-RIO e do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Os links das fontes de indicadas, encontram-se no site do SiBI. SiBI: www.sibi.ufrj.br Atoz: http://atoz.ebsco.com/providerindex.asp?id=5326&sid=167924213&TabID=1 Pesquisa integrada: http://bt2dx8nd7h.cs.serialssolutions.com/ O principal recurso de pesquisa é o Portal de Periódicos da CAPES, lançado em 2000 pelo Governo Federal com o objetivo de apoiar a produção científica e reduzir as disparidades regionais, permitindo o acesso online da produção científica e tecnológica produzidas mundialmente, através dos periódicos e das bases de dados. Entre as bases de dados de referências destacam-se a Web of Science e a Scopus, ambas são multidisciplinares e possuem ferramentas para análise dos dados. Outra base referencial é a Compendex, que abrange as áreas da Engenharia, o acesso a íntegra de alguns artigos, deve-se a assinatura do Portal. Web of Science: http://apps.isiknowledge.com.ez29.periodicos.capes.gov.br Scopus: www.scopus.com.ez29.periodicos.capes.gov.br Compendex: www.engineeringvillage.org Para pesquisas na área de Engenharia Química e Química em geral, as bases de dados de fontes tipo “texto completo” mais utilizadas são: American Chemical Society: possuí uma coleção de 38 periódicos com publicações nas áreas de Química, Bioquímica e Biofísica, Farmacologia e Toxicologia, Engenharia Química, Engenharia de Materiais e Metalúrgica, Engenharia Sanitária, Ciências Ambientais e Tecnologia de Alimentos. É possível localizar artigos publicados a partir de 1896. http://pubs.acs.org.ez1.periodicos.capes.gov.br/search/advanced? Derwent Innovations Index (DII): disponibiliza referências e resumos de patentes com links para documentos citados, para as citações às patentes, para a literatura relacionada e para os textos completos dos documentos. Inclui publicações de organismos internacionais de registro e concessão de patentes. Dados a partir de 1963. http://apps.isiknowledge.com.ez29.periodicos.capes.gov.br/DIIDW_GeneralSearch_inp ut.do?product=DIIDW&search_mode=GeneralSearch&SID=4EA1O@oLl69JFGb7BM 1&preferencesSaved= Royal Society of Chemistry: organização sediada na Europa com o objetivo de proporcionar o avanço das ciências químicas. Apoiado por uma rede mundial de membros e um negócio de publicação internacional, as atividades da Sociedade promovem a educação, conferências, ciência política e a divulgação da área de química para o público. Além da íntegra dos periódicos, na base é possível acessar o boletim Catalysts and Catalysed Reactions, que contem resumos gráficos, indexados pela reação e pelo método catalítico, acesso às últimas pesquisas na área, produtos, reagentes e catalisadores, tipo de catalisador e tipo de reação. A cobertura inclui todas as áreas relacionadas com a pesquisa da catálise, incluindo homogênea, heterogênea e biocatálise com ênfase nas áreas de crescimento atual, tais como catalisadores quirais, catalisadores de polimerização, catalisadores enzimáticos e método catalítico limpo. http://www.rsc.org/ http://pubs.rsc.org/en/Search/AdvancedSearch (Pesquisa avançada RSC) http://www.rsc.org/Publishing/CurrentAwareness/CCR/CCRSearchPage.cfm? (Catalysts and Catalysed Reactions) Scielo: é um modelo de publicação eletrônica cooperativa de periódicos científicos na Internet, particularmente na América Latina e Caribe, permite acesso gratuito à periódicos acadêmicos, bases de dados bibliográficas e de texto completo de diversas áreas do conhecimento, a pesquisa pode ser realizada em diversas línguas, como o português. www.scielo.org Science Direct: é uma base multidisciplinar de texto completo, contem periódicos e livros eletrônicos. Ofereceacesso a publicações da Elsevier e de sociedades científicas parceiras, além de ser atualizada diariamente. http://www.info.sciverse.com/sciencedirect Springer: é uma base multidisciplinar que possuí periódicos, protocolos, enciclopédias e livros eletrônicos. O Portal de Periódicos da CAPES disponibiliza apenas os periódicos, contudo, a UFRJ assinou os livros eletrônicos no período de 2005 a 2009. http://springerlink.metapress.com.ez29.periodicos.capes.gov.br/home/main.mpx SciFinder : é uma base de dados referencial, contudo, como a UFRJ possuí acesso a maioria das publicações indicadas na base, é possível conseguir a íntegra dos artigos. Destaca-se a possibilidade de realizar buscas por fórmula molecular, desenho da substância química e frase com até 5 palavras. Para acessar a versão web é necessário criar uma conta (solicitar orientações na Biblioteca) https://scifinder.cas.org É importante ressaltar, que mesmo sabendo o endereço eletrônico da Base de Dados recomenda-se que seja realizada a busca por base no Portal de Periódicos da Capes. Isso deve ser feito para computar estatística de uso do Portal da CAPES para UFRJ, quanto mais acesso a universidade tiver mais vantagens vai ter, como por exemplo, a prioridade para testar um serviço novo ou um trial de uma base Segue abaixo exemplo de buscar base: Pesquisa da Springer no Buscar Base, para computar estatística de uso do Portal No resultado é só clicar no nome desejado para ser encaminhado à interface nativa da base, que no exemplo é a Springer. 4. Operadores booleanos São recursos que permitem ampliar e/ou especificar mais a pesquisa em busca de informação ou respostas para questões e problemas. Os principais estão relacionados abaixo: AND = recupera documentos que apresentam todos os termos incluídos na estratégia. O uso do AND refinou a busca e recuperou como resultado apenas a interseção (60 documentos) que contém as duas palavras-chave. OR = funciona como uma união e representa o e/ou na pesquisa. Recupera documentos que possuem tanto uma palavra quanto outra. O uso do OR recupera documentos que possuem apenas os termos isoladamente, por esse motivo o seu universo de resultados é maior, indica-se o uso do OR quando se deseja pesquisar um termo com variações de nome, como por exemplo: Acetato de etila, que é chamado também de éter acético e éter etilacético, caso pretenda recuperar todos os documentos sobre o assunto, o uso do OR é obrigatório na estratégia de busca (Acetato de etila OR éter acético OR éter etilacético). AND NOT / NOT= exclui do resultado itens que apresentam termos indesejados. O uso do AND NOT é recomendável quando se deseja excluir do resultado da pesquisa um assunto que está vinculado à palavra-chave, por exemplo: biocombustível AND NOT etanol, eu não quero etanol, mas apenas as outras possibilidades de biocombustíveis, então não irei recuperar a interseção de ambos os termos, como acontece no quadro acima. 5. Outros recursos de busca Existem outras opções para melhorar ou ampliar os resultados da estratégia de busca nas bases de dados, como o uso da truncagem e aspas: Truncagem: Recupera palavras no plural ou singular, ou as variações de um termo através do sufixo, geralmente o sinal utilizado é o * Ex.: diabete* = diabetes, diabético, etc. chem* = chemical, chemistry, chemist, etc. Aspas: Utilizada para delimitar expressões de busca, pesquisando conceitos com mais de uma palavra ou frases exatas. Ex.: “Química verde” (termo com duas palavras) “Tecnologia dos alimentos” (livro) 6. Conclusão É importante que antes de realizar a pesquisa por uma informação, o aluno seja capaz de identificar os tipos e as bases mais indicadas para executar a busca e as formas de criar estratégias para melhorar o resultado recuperado. Portanto, o presente capítulo elucidou sobre isso e apontou os serviços que a Biblioteca Paulo Geyer oferece aos usuários. REFERENCIAS CIANCONI, Regina. Banco de Dados de acesso público. Ciência da Informação, Brasília, v. 16, n. 1, p. 53-59, jan./ jun. 1987. ROWLEY, Jennifer. Informática para biblioteca. Brasília: Briquet de Lemos, 1994. 307 p.
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