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SEGURIDADE - FINANCIAMENTO

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FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL E O DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social, como prevê o art. 194 da Constituição Federal de 1988. Assim, esta possui o objetivo de assegurar o bem estar social, melhores condições de vida e a consequente redução das desigualdades sociais.
A seguridade social surge bem antes do uso do termo, sendo vista principalmente como atos de caridade, cuja responsabilidade se concentrava sobre a família e a igreja, como únicas instituições capazes de prover qualquer tipo de socorro decorrente de uma realidade inerente à própria da condição humana, seja por seus aspectos previsíveis ou imprevisíveis. 
No Brasil, a ideia de seguridade é observada desde o ano de 1543, ainda no período colonial, por meio das Santas Casas de Misericórdias, e passou a ganhar forma ao longo dos anos, principalmente a partir da Lei Elói Chaves em 1923, com as caixas de aposentadoria e pensão, também, no setor público é fomentada já no governo de Getúlio Vargas, sendo, contudo, verdadeiramente reconhecida com promulgação da Constituição Federal em 1988, a qual garantiu aos cidadãos ordem social e prioridade nas garantias sociais em seu capítulo da “Seguridade Social”. 
Assim, composta pela saúde, assistência social e a previdência, a manutenção da seguridade social é de obrigação toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei¸ receita de concursos de prognósticos, trabalhador e dos demais segurados da previdência social e do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar, como prevê o art. 195 da Carta Magna de 1988.
Essa relação obrigacional se justificativa no ideal de solidariedade que fundamenta a própria previdência, baseando-se na teoria do risco social, de modo que, toda a sociedade precisa suportar o encargo de prover a subsistência dos incapacitados para o trabalho.
Todavia, tal estrutura não funciona em perfeita sincronia, o que tem causado um considerável déficit nesse sistema, ou seja, os gastos do sistema previdenciário são maiores do que sua arrecadação.
A ideia de solidariedade, em tese, supriria todas as expectativas, todavia, a sua má gestão tem sido a principal causa da crise previdenciária. Prova disso, é que o déficit da previdência colabora também para o déficit geral das contas públicas, resultando no aumento na relação dívida/PIB e na crescente taxa de inflação.
Essa falha na administração das verbas públicas acontece principalmente devido a corrupção, que está impregnada dentro da política brasileira, fazendo com que os valores que deveriam ser dirigidos para o financiamento da previdência, são constantemente desviados para outros proveitos. Principalmente com a faculdade conferida pela DRU – Desvinculação de Receitas da União, esse aspecto é acentuado, haja vista discricionariedade do poder público em manusear os recursos segundo as suas próprias razões. 
Outros fatores, considerados nesse cálculo, é a alta taxa de desemprego, a qual alcançou um considerável aumento em virtude do novo cenário pandêmico, que para além dessa hipótese excepcional de aumento dos gastos com seguro-desemprego, quanto mais pessoas desempregadas, menores são as arrecadações previdenciárias. 
Ainda, o próprio aumento do IDH – incide de desenvolvimento humano, traz abalos a previdência, vez que, não influi apenas na qualidade de vida, mas também nas taxas de mortalidade e natalidade do país. Ora, se nos anos de 1960 uma mulher tinha em média de 6,7 filhos, e 55 anos depois em 2015 a média passa a de 1,74 filhos é considerável a queda na taxa de natalidade, considerando o aumento da qualidade de vida e dos padrões do novo mundo. 
Desse modo, com o aumento do IDH, cresce também a expectativa de vida, que se em 1960 era comum que um brasileiro chegasse aos 55 anos de idade, e em 2015 essa expectativa de vida passa de 75 anos, é inevitável considerar que com a população envelhecida vivendo cada vez mais, e as pessoas nascendo cada vez menos, causa um desequilíbrio em relação aos financiamentos da seguridade social. 
Por tal razão, a crise na previdência já chega a cinco décadas e isso também é demonstrado pela falta de funcionários para o atendimento, que não estão preparados para a demanda, e as filas ficam cada vez mais enormes, causando constrangimento aos beneficiários.
Ante o exposto, não se pode deixar de olvidar que duas são as correntes que discutem acerca dos empasses econômicos do setor previdenciário, sendo que, uma primeira corrente considera haver uma previdência superavitária, e a segunda, conforme supracitado aponta para um déficit na previdência.

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