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Atenção pré-natal - SEM 03 -Planejamento familiar é fundamental para que a paciente engravide no período em que deseja -O pré natal só termina quando acontece o parto -Cuidados prestados às mulheres grávidas para prevenir complicações e diminuir a incidência de morbidade e mortalidade materna e perinatal e quando presentes tratar para que haja menor interferência na gravidez da paciente Acompanhamento pré-natal -Série de entrevistas ou visitas programadas da gestante com integrantes da equipe de saúde, com o objetivo de acompanhar a evolução da gravidez e conseguir uma preparação adequada para o parto e os cuidados do bebê (tem que ser feito em bases em protocolos) Objetivos · Identificar gestações onde existam condições maternas e/ou fetais associadas a morbimortalidade materna ou perinatal -Detecção de doenças materna subclínicas (a paciente quando não procura atendimento e não tem acompanhamento periódico e por ex tem hipotireoidismo com poucas sintomas, acaba descobrindo no pré-natal) -Vigilância do crescimento e a vitalidade fetal · Fornecer intervenções para prevenir tais complicações -Prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das complicações da gravidez Propostas · Cuidado sistematizado. · Orientação pelas melhores evidências. · Oferecer apoio clínico e psicológico. · Avaliar constantemente os riscos, porque podem surgir durante a gravidez também · Decisões compartilhadas entre médico e paciente. Princípios · Precocidade (até 12 sem de gravidez) · Periodicidade · Integralidade (integrar toda a saúde da paciente no pre natal e puerpério) -Reservar maior tempo para os primeiros atendimentos para garantir informações/discussões necessárias para que a gestante possa realizar suas escolhas -Assegurar espaço para que as gestantes sintam-se capazes de esclarecer e discutir dúvidas e problemas (mesmo os mais “delicados”) -Estimular a participação do pai no pré-natal (nas consultas individuais e nas atividades coletivas do posto). -Durante todo o acompanhamento pré-natal, os envolvidos nos cuidados de saúde devem permanecer alerta aos fatores de risco, sinais ou sintomas de condições que podem afetar a saúde da mãe e bebê, tais como, pré eclampsia, diabetes, trabalho de parto prematuro e violência contra a mulher ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO -> Alto risco -Pode ser materno -Fetal (como a má formação) -Materno e fetal -> Risco habitual (normal) Fatores associados a risco na gestação · Características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis · Idade (< 15 e > 35 anos) · Altura (< 1,45m) · IMC (< 19 e > 30) · Baixa escolaridade (não entende o tratamento, não faz uso correto das medicações, pode viver em situações de risco) · Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez · Situação conjugal insegura · Condições ambientais desfavoráveis como saneamento básico · Exposição a riscos ocupacionais · Hábitos de vida (fumo e álcool) · Fatores relacionados a historia reprodutiva anterior · Abortamento Habitual (paciente tem que ter acompanhamento mais próximo) · Morte perinatal explicada e Inexplicada (neném que nasceu e logo após morreu) · RN com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado · Macrossomia fetal (grande demais) · Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas · Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos · Nuliparidade (não teve parto) e multiparidade (cinco ou mais partos) · Cirurgia uterina anterior (incluindo duas ou mais cesarianas) · Doenças pré-existentes · Hipertensão arterial · Cardiopatias · Pneumopatias · Nefropatias · Endocrinopatias (principalmente diabetes e tireoidopatias) · Doença Hemopatias · Epilepsia · Doenças infecciosas (considerar a situação epidemiológica s autoimunes · Ginecopatias · Neoplasias · Condições ou complicações que podem surgir no decorrer da gestação · Exposição indevida ou acidental a fatores teratogênicos · Intercorrências clínicas (infarto,acidente) · Doença obstétrica na gestação em curso que são; -Desvio do crescimento fetal -Mais de um feto -Alterações no volume de líquido amniótico -Trabalho de parto prematuro -Amniorrexe prematura (ruptura da bolsa antes da hora) -Insuficiência istmo cervical (colo com comprimento inadequado) -Pré eclâmpsia e eclâmpsia -Diabetes Gestacional -Ganho ponderal inadequado -Hemorragias da gravidez -Aloimunização -Óbito fetal -Não são todos os fatores listados que vão determinar a necessidade do acompanhamento de alto risco, eles alertam para um cuidado maior e maior probabilidade de efeitos adversos · Situações de risco para encaminhamento ao serviços de urgência e emergência -Síndromes hemorrágicas -Eclâmpsia -Sinais premonitórios de eclâmpsia -Suspeita de pré eclâmpsia (forma grave) -Crise hipertensiva (PA > 160/110 mmHg) -Trabalho de parto prematuro -Amniorrexe prematura -Suspeita/diagnóstico de abdome agudo -Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção ovular -Febre (na ausência de sinais ou sintomas clínicos de IVAS) -Suspeita de trombose -Vômitos Incoercíveis (vomita tudo que come) -Investigação de prurido gestacional/icterícia -Restrição de crescimento intrauterino -Oligoidrâmnio -Cefaléia intensa e súbita -Sinais Neurológicos (perda de força, alterações na fala) -Crise aguda de asma -Anemia grave -Aloimunização -Idade gestacional a partir de 41 semanas (confirmada) REGISTRO · Prontuário -Conjunto de informações sobre a saúde do indivíduo. -Caráter legal, sigiloso e científico. -Possibilita comunicação entre membros da equipe multiprofissional. -Continuidade da assistência prestada ao indivíduo. · Cartão da Gestante -Instrumento de registro. -Deve conter os principais dados de acompanhamento da gestação. -Importante para a referência e a contrarreferência. -A grávida deverá mantê-lo sempre com ela Calendário de consultas -Início o mais precoce possível -Encerramento apenas após o 42º dia após o parto (no puerpério) -Programação com foco específico e regularidade -Mínimo de 6 consultas · uma no primeiro trimestre · duas no segundo trimestre · três no terceiro trimestre (onde o risco é maior) · Protocolo do Ministério da Saúde (2012) · Até 28ª semana: mensalmente · Da 28ª até a 36ª semana: quinzenalmente · Da 36ª até a 41ª semana: semanalmente · Após a 41ª semana: encaminhar para a maternidade · Protocolo do National Institute for Health and Clinical Excellence (2010) · Multíparas: 7 consultas (10ª, 16ª, 28ª, 34ª, 36ª, 38ª e 41ª) · Nulíparas: 10 consultas (10ª, 16ª, 25ª, 28ª, 31ª, 34ª, 36ª, 38ª, 40ª e 41ª) Primeiro atendimento · História completa · Exame físico completo (clinico, ginecológico, obstétrico) Clinico -> peso, altura, PA, avaliação de mucosas, tireoide, pulmão, coração, abdome, extremidades Ginecológico -> mamas, genitália externa, vagina, colo uterino (coletar citológica oncótica quando indicado), toque, útero e anexos Obstétrico -> -A partir da 12ª semana deve-se medir a altura do fundo uterino no abdome -A ausculta fetal será possível a partir da 12ª semana, com o sonar Doppler e da 18ª com o estetoscópio de Pinard -A movimentação fetal deverá ser avaliada -As manobras de Leopold devem ser realizadas a partir da 28ª semana · Exames complementares · Estratificação do risco · Aconselhamento Primeira consulta – Anamnese · Aspectos socioepidemiológicos · Antecedentes familiares · Antecedentes pessoais · Gerais · Ginecológicos · Obstétricos · Situação da gravidez atual Consultas subsequentes -Anamnese dirigida para a gravidez -Exame físico objetivo -Avaliar os resultados de exames solicitados -Rever o calendário vacinal -Monitorar encaminhamentos -Esclarecer dúvidas e fazer orientações pertinentes · Sempre reclassificar o risco gestacional Exames complementares · Finalidades dos exames recomendados no pré-natal -Diagnóstico da Gravidez -Determinação da correta idade gestacional -Avaliação do risco gestacional · Diagnóstico e tratamento de condições mórbidas intercorrentes (anemia, infecções) · Rastreamento de complicações da gravidez (pré eclâmpsia, diabetes) · Predição de complicaçõesperinatais (prematuridade) · Prevenção de complicações neonatais · Avaliação do crescimento e do bem-estar fetal · Identificação de malformações VACINAÇÃO · Vacina tríplice acelular – dTpa (difteria, tétano, coqueluche) -Entre 20ª e 36ª semanas de gestação · Vacina dupla do tipo adulto – dT (difteria e tétano) -Indicada para a proteção da gestante contra o tétano acidental e a prevenção do tétano neonatal -Oferecer a vacinação o mais precocemente possível, independente da idade gestacional · Vacina contra Influenza -Administrada em qualquer idade gestacional -Gestantes são grupo de risco -Elevada morbidade e mortalidade -Disponível na rede pública Contra indicações: -Pessoas com história de alergia severa à proteína do ovo e aos seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina -Reações anafiláticas graves a doses anteriores da vacina · Vacina contra Hepatite B -Transmissão vertical (pode passar da mãe pro filho) -Disponível na rede pública -Sem vacinação prévia: fazer esquema completo · três doses com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda e de 180 dias entre a primeira e a terceira dose. Com esquema incompleto: completar Com esquema completo: não vacinar · Vacinas contraindicadas -Microorganismos vivos: sarampo, caxumba, BCG, varicela e rubéola -Porque os microorganismo vivos podem ultrapassar a barreira placentária e atrapalhar a gravidez Saúde bucal -Parte do cuidado integral e integrado. -Avaliação “preventiva”. -Suplementação de flúor não é recomendada. -Preferência para o segundo trimestre em diante -Tratamento odontológico. -Atendimento odontológico de urgência pode ser realizado em qualquer período gestacional Problemas mais comuns na gestação -> cárie, erosão do esmalte dentário, mobilidade dentária, gengivite, periodontite Cuidado com as mamas -Evitar o uso de cremes, pomadas, óleos, loções e álcool -Evitar o uso de sabonete -Não realizar expressão (“ordenha”) -Usar sutiãs firmes -Banho de sol · Diretamente nas mamas · Cinco a 10 minutos por dia · Antes das 10 ou depois das 16 horas Aconselhamento -Dieta e suplementos nutricionais -Estilo de vida · Trabalho/ocupação · Tabaco/álcool/drogas ilícitas · Sedentarismo/Atividade física · Atividade sexual (liberada durante toda a gravidez) -Uso de medicamentos -Viagens (a partir da 28º semana mais perigoso) -Manejo dos sintomas comuns na gestação -Trabalho de parto (Respeitar a vontade da paciente, mas orienta-la) Sinais de alerta · Sangramento genital · Presença de contrações antes do termo · Perda de líquido pelos genitais · Dor de cabeça · Alterações visuais · Secreção vaginal com odor fétido · Febre · Dor para urinar · Dor abdominal · Vômitos persistentes · Dificuldade para respirar e cansaço fácil · Diminuição importante da movimentação fetal Orientações -Falar de maneira clara, de forma que a mulher compreenda o que está sendo informado. -O conteúdo deve ser coerente, equilibrado e preciso, com base na evidência atual. -Apoio em informações escritas que podem ser fornecidas em diferentes formatos -Onde e por quem ela será atendida. -O número programado de atendimentos, as datas agendadas e o “conteúdo” de cada um deles. -Convidar para a participação em atividades coletivas voltadas para educação em saúde e desenvolvimento de habilidades (aleitamento, por exemplo). -Orientar a realização da consulta pediátrica pré-natal. -Estimular a visita à maternidade onde acontecerá o parto -Respeitar a decisões da gestante, mesmo quando as opiniões forem contrárias as orientações. · Combinados para o parto -Escolha da maternidade -Acompanhamento do trabalho de parto -Acompanhante -Atendimento ao recém nascido na sala de parto -Alojamento conjunto
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