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Tecido Epitelial

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Tecido Epitelial 
CARACTERÍSTICAS 
1. As células formam uma camada contínua revestindo uma superfície 
interna ou externa; 
2. As células são mantidas em suas ligações comuns por pouca substância 
intercelular 
3. Uma superfície de cada célula é livre e, com freqüência, altamente 
especializada 
4. A superfície oposta apóia-se em uma membrana basal derivada do 
tecido conjuntivo subjacente 
5. Vasos sangüíneos estão ausentes; 
6. Os epitélios de revestimento estão expostos a agressões físicas e 
infecções e atuam como camadas protetoras 
7. Células danificadas são substituídas por novas e figuras mitóticas são 
comuns 
8. Todos os transportes vitais dos corpos se dão através do epitélio (p.ex, 
alimento digerido, oxigênio, produtos de excreção e secreções) 
9. Alguns epitélios são especializados no recebimento de estímulos. 
10. Endotélio é o nome dado ao epitélio que reveste o sistema vascular. 
11. Mesotélio é o epitélio que reveste as paredes e recobre o conteúdo das 
cavidades torácica, pericárdica e abdominal. 
NUTRIÇÃO E INERVAÇÃO 
Os epitélios não são vascularizados (com exceção de um epitélio estratificado 
no ouvido), e sua nutrição é feita por difusão a partir dos vasos sanguíneos que 
correm no tecido conjuntivo. Isto limita a espessura dos epitélios. 
Alguns epitélios contêm células neuroepiteliais, permitindo o olfato, a audição, 
a visão e o gosto, e o epitélio da pele é inervado por terminações nervosas 
livres que contribuem para o tato. 
O epitélio regenera-se facilmente devido à capacidade mitótica das suas 
células. A velocidade dessa regeneração, no entanto, varia conforme o tecido. 
Por exemplo, o epitélio do intestino renova-se entre quatro e seis dias, e o do 
pâncreas, a cerca de 50 dias 
 
 
 
 
 
 
ESPECIALIZAÇÕES DA SUPERFÍCIE DAS CÉLULAS EPITELIAIS 
Placas da membrana: são áreas da membrana celular apical do epitélio que 
reveste o trato urinário, capazes de suportar a osmolaridade da urina, devido à 
composição lipídica diferenciada. São importantes para aumentar a superfície 
luminal do órgão, já que ficam dobradas para o interior das células quando a 
bexiga está vazia e desdobram-se quando a bexiga está cheia. 
Invaginações: ocorrem nas células envolvidas no transporte de líquidos e 
íons, aumentando a superfície para a inserção de proteínas transportadoras. 
Cílios: são projeções da superfície apical da célula, maiores que os microvilos 
e com um conjunto de microtúbulos no seu interior. A formação dos cílios 
envolve a replicação dos centríolos e a sua migração próximo à superfície 
apical da célula, onde originam os axonemas pela polimerização de tubulinas. 
Flagelo: possui estrutura semelhante à do cílio, mas é mais longo e único na 
célula. Ocorre no espermatozoide, sendo responsável pela sua motilidade. 
A síndrome de Kartagener (ou síndrome dos cílios imóveis) é uma doença 
autossômica recessiva, onde as dineínas não são sintetizadas normalmente, o 
que impede o batimento dos cílios e dos flagelos. Devido à redução ou falta de 
transporte do muco pelos cílios do sistema respiratório, os indivíduos 
desenvolvem sinusite e bronquite. Os homens com essa síndrome são 
estéreis, já que os espermatozoides são imóveis. 
Glicocálix: ação adesiva (entre outras). 
Microvilosidades e estereocílios: formados por microfilamentos de actina que 
correm para uma trama terminal; relacionados com a absorção. 
Cílios: formado por microtúbulos; relacionado com a movimentação. 
Zônula de oclusão: é a junção mais apical. Ocorre por interação entre duas 
proteínas transmembranas e promove a vedação, obrigando o trânsito 
intracelular e impedindo a volta de substâncias por entre as células epiteliais 
(efeito selador). Favorece a criação de domínios. 
Zônula de adesão: interações entre caderinas, associadas a microfilamentos 
na altura da trama terminal. Tem função adesiva. 
Desmossomos: interações entre caderinas, ligadas a uma placa eletrondensa 
associada a filamentos intermediários de queratina (tonofilamentos). 
Junções comunicantes (gap): canal hidrofílico por onde passam moléculas 
informacionais e íons. Formados por conexinas. 
Hemidesmossomos: interações entre integrinas (célula) e lamininas (lâmina 
basal), associadas a filamentos intermediários. 
Lâmina basal: Formada por colágeno tipo IV, lamininas e proteoglicanas. É 
sintetizada pelas células epiteliais e faz a nutrição do tecido epitelial por ser 
vascularizada. Divide-se em: lâmina lúcida, lâmina densa e lâmina fibroreticular 
(formada por fibras de ancoragem de colágeno VII ). 
Epitélio de Revestimento 
Características: 
Ocorre uma justaposição das suas células poliédricas. Esta forma pode ser 
justificada pela pressão exercida por outras células e a ação modeladora do 
citoesqueleto; a justaposição das células pede ser explicada pela pequena 
quantidade ou mesmo ausência de matriz extracelular. 
A grande capacidade de coesão entre as células é outra característica e ocorre 
devido a especializações de membrana e ao glicocálix. O TE é avascularizado, 
fazendo da presença de lâmina basal indispensável à sua nutrição. 
Origem: 
Pode originar-se dos 3 folhetos embrionários: 
Ectoderme: epitélios de revestimento externos (epiderme, boca, fossas nasais, 
orifício retal). 
Endoderme: epitélio de revestimento do tubo digestivo, da árvore respiratória, 
do fígado e do pâncreas. 
Mesoderme: endotélio (vasos sangüíneos e linfáticos) e mesotélio 
(revestimento de serosas). 
Funções: 
A função de revestimento envolve a de proteção – como a epiderme que 
protege os órgãos internos de agentes externos – e a de absorção – como é o 
caso das mucosas. Exerce uma importante função secretora e sensorial com 
os neuroepitélios (ex. retina) 
CLASSIFICAÇÃO BASEADA NO ARRANJO CELULAR: 
 Epitélio simples: há uma única camada celular 
 Epitélio pseudo-estratificado: parece haver mais de uma camada 
celular, mas todas as células apóiam-se na membrana basal 
 Epitélio estratificado: há várias camadas celulares 
CLASSIFICAÇÃO BASEADA NA FORMA DAS CÉLULAS: 
 Epitélio Pavimentoso: possui células achatadas; 
 Epitélio Cúbico: as células apresentam-se em forma de cubo; 
 Epitélio Prismático: as células são alongadas, em forma de coluna; 
 Epitélio de Transição: a forma original das células é cúbica, mas ficam 
achatadas devido ao estiramento provocado pela dilatação do órgão. 
Epitélio Glandular: 
A função do glandular, que é basicamente a secreção de substâncias. 
Formação de uma glândula 
A partir do epitélio de revestimento, ocorre uma proliferação de células no 
tecido conjuntivo. Nesta área ocorre, então, uma diferenciação celular. 
O produto final pode ser uma glândula: 
Endócrina: não possui contato com o TER, mas lança seus produtos 
diretamente na corrente sangüínea. Não há formação de canal ou de ducto e a 
glândula não pode lançar produtos de secreção na superfície do epitélio de 
origem mas elimina a secreção diretamente nos vasos sangüíneos. 
Podem ser de 2 tipos: 
 Vesicular captura substâncias do sangue para a produção de outras 
substâncias, armazenando-as na luz da glândula. 
 Cordonal, por sua vez, não armazena as substâncias e faz secreção 
constante. São caracterizadas por formarem cordões celulares. 
Exócrina: possui contato com com o TER e por isto lança seus produtos neste 
seu epitélio de origem. Possui uma porção secretora – que pode ser acinosa, 
tubulosa ou túbulo acinosa – e uma porção excretora, esta responsável pelo 
transporte das substâncias até o epitélio de origem. Ainda, esta porção pode 
ser única (simples) ou composta. Tem origem através de um canal ou ducto e 
lança o produto de secreção na superfície ou seja eliminam suas secreções 
para fora do corpo ou para a cavidade dos órgãos, tais como: as sudoríparas, 
as lacrimais; outras conduzem a secreção para um órgão oco com as salivares 
e o pâncreas. 
Classificação quanto à ramificação do ducto: 
 Glândulas simples: Possuem apenas um ducto secretor nãoramificado. 
 Glândulas compostas: Possuem um sistema de ductos ramificados 
que permite a conexão de várias unidades secretoras com um ducto. 
Classificação quanto a forma de unidade secretora: 
 Glândulas tubulares: A unidade secretora possui a forma de um ducto. 
 Glândulas acinares ou alveolares: A unidade secretora possui um 
aspecto mais arredondado. Apesar de modernamente os dois termos 
designarem o mesmo tipo de glândula, por uma questão de tradição o 
epitélio exócrino do pâncreas é exclusivamente denominado epitélio 
exócrino acinar. 
 Glândulas tubuloalveolares: São glândulas que possuem os dois tipos 
de unidades secretoras, tubulares e alveolares. 
Classificação quanto ao tipo de substância secretada: 
 Glândulas mucosas: Produzem uma secreção viscosa e escorregadia, 
que não se cora pelo HE. 
 Glândulas serosas: Produzem uma secreção aquosa e límpida que se 
cora em vermelho pelo HE. 
 Glândulas mistas: Secretam os dois tipos de secreção mencionados 
acima, pois possuem os dois tipos de ácinos (mucoso e seroso) ou 
porque possuem um terceiro tipo, que contém componente mucoso e 
componente seroso. 
Classificação quanto ao modo como a substância é liberada: 
 Glândulas merócrinas: O produto de secreção é liberado através da 
membrana por intermédio de vacúolos, sem a perda do citoplasma. 
 Glândulas holócrinas: A célula secretora morre e torna-se o próprio 
produto de secreção da glândula. O citoplasma inteiro é convertido em 
secreção. 
 Glândulas apócrinas: O conceito de secreção apócrina foi 
desenvolvido quando o recurso do microscópio eletrônico ainda não 
estava disponível. Achava-se que determinadas glândulas perdiam parte 
do seu citoplasma durante a secreção. Estas glândulas seriam 
denominadas apócrinas. Contudo, o ME provou que esta perda de 
citoplasma é mínima. A conclusão é que estas glândulas apócrinas 
seriam realmente glândulas merócrinas. Entretanto, em muitos livros 
aquele conceito ainda pode ser encontrado.

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