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1 INTRODUÇÃO À CIÊNCIA EXPERIMENTAL Unidade de Integração Científica Profa. Ms. Gisele Rodrigues da Silva Importância de sua participação na ciência Ciclo da Produção Experimento Publicação O que é um experimento ? Toda vez que para responder a uma pergunta o pesquisador constitui os grupos que pretende comparar e os mantêm em situação controlada por determinado tempo, dizemos que foi feito um experimento. • Tratamento: é o que será testado no experimento (fatores em estudo) – EXEMPLO: ( um sistema adesivo, um tipo de droga; o fator velocidade em um teste de compressão; o crescimento celular frente ao uso de uma substância) • Unidade Experimental (amostra): é o local ou espécime onde o tratamento seria aplicado; – EXEMPLO: (um dente; um implante; um tubo de ensaio com meio de cultura; um rato) 2 Grupo experimental ou Tratado •Grupo que recebe a modalidade de tratamento efetuado sobre as unidades experimentais. – Ansiedade frente ao tratamento odontológico; • Diazepam – A contaminação com sangue sobre a dentina; • Com contaminação Grupo Controle •Sem medicamento •sem contaminação Avaliação da resistência à tração diametral e dureza de três tipos de resinas compostas submetidas a dois métodos diferentes de polimerização SOARES; PIZI; MARTINS, Pesquisa Odont. Brasl. 2001 Unidade experimental Tratamento Ajuste pilar-implante de pilares em titânio e pilares fundidos nas fases laboratoriais. MENDONÇA; FERNANDES NETO; NEVES, Pesquisa Odont. Brasl. 2001 Unidade experimental Implantes Ajuste pilar-implante de pilares em titânio e pilares fundidos nas fases laboratoriais. MENDONÇA,; FERNANDES NETO; NEVES, Pesquisa Odont. Brasl. 2001 Tratamento - Tipo de implante 1- de titânio 2- fundidos GRUPO CONTROLE X EXPERIMENTOS CLÍNICOS • Questão ética ( não envolver perigo real ao paciente) – Grupo de indivíduos com AIDS que receberam um tipo de tratamento recusar o tratamento a um grupo seria anti-ético. BIOÉTICA Hitler (1933-1945) Filosofia eugênia – esterilização obrigatória de homens e mulheres com enfermidades hereditárias 3 BIOÉTICAExperimento de Turskegee, Alabama, USA Sífilis progressão rápida 1932 -1972 observaram dois grupos de indivíduos similares (um tinha doença e outro não) – 600 indivíduos (399 com sífilis) 1945 – desenvolvimento da penicilina. Pacientes com a doença não foram tratados Indivíduos negros e pobres 1947 – Código de Nuremberg Rev. APCD, Nov.Dez. 2001 Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos Após 40 anos de acompanhamento dos participantes, ao término do projeto, somente 74 sobreviveram REPETIÇÃO • Comparações entre diferentes tratamentos requer diversas unidades experimentais. (UNIDADES EXPERIMENTAIS DO MESMO GRUPO RECEBEM A DENOMINAÇÃO DE REPETIÇÕES OU RÉPLICAS) REPETIÇÃO O tamanho da amostra? – O número de amostra em um experimento é diretamente proporcional à variância da variável em estudo. • Quanto maior for a variabilidade mais unidades experimentais se fazem necessárias. – É inversamente proporcional à grandeza que o pesquisador quer detectar como significante • Quanto menor for a diferença que o pesquisador quer mostrar que é significante, mais unidades são necessárias. O tamanho da amostra? TESTE PILOTO – Servem para predizer o número de amostras – Os dados não devem ser utilizados no experimento final. – OBS.: Determinação de número de amostras por uma fórmula estatística, porém não é a certeza de que as diferenças serão significantes. Casualização A interpretação dos resultados de um experimento depende, basicamente, da confiança que se deposita nas similaridades entre os grupos. Como podemos constituir grupos similares? PROCESSO CASUAL OU ALEATÓRIO (Fisher, 1920) “A casualização tende a balancear os grupos, distribuindo as unidades com características diferentes nos grupos experimentais e controle.” Finney, 1982 “O pesquisador que faz seleção das unidades Experimentais introduz tendenciosidade nos resultados” Sonia Vieira 4 SEQÜÊNCIA DO EXPERIMENTO • Aleatorizar a ordem de execução das formas de tratamento nos diferentes grupos experimentais. – EXEMPLO: Avaliar a adaptação de pilar protético ao componente intra-ósseo variando a sistema do implante. “a repetição tende a melhorar a forma de execução” “a repetição em mesmo momento pode incorrer em cansaço e diminuição da sensibilidade.” CONFUNDIMENTO Tratamento CAUSA Diferença entre grupos Grupos que diferem por outros fatores Exemplo: • Adesão à dentina bovina variando o sistema adesivo. • Planificação da amostras Dentina superficial X Dentina Profunda Giannini, 1999 MENSURAÇÃO TENDENCIOSA • Experimento cego: experimento no qual não se sabe o tipo de tratamento que está se executando. – EXEMPLO: medição de índice de placa após o uso de pasta dental com flúor em diferentes concentrações EXPERIMENTO DUPLO-CEGO Efeito do tipo de anestésico na variação de pressão arterial em pacientes normotensos. Experimento inteiramente ao acaso • Experimento que apresenta unidades experimentais são designadas aos grupos por processo aleatório. – Definição das amostras por sorteio • Moedas • Fichas numeradas • Tabelas de número aleatório 5 Valores Discrepantes •Quando se descarta dados o pesquisador não só introduz tendenciosidade na informação, como também torna inútil o seu trabalho. • Não há justificativa para gastar tempo e dinheiro e depois escolher dados que se entenda como razoáveis. • Só deve-se descartar um dado que teve falha no processo de tomada do valor numérico. Idoneidade da fonte • A confiança que podemos depositar num conjunto de dados depende, basicamente da idoneidade da fonte. – Fonte: pesquisador, grupo de pesquisadores, instituição. – A fonte deve ser citada em nota de rodapé a não ser que seja do trabalho que está sendo apresentado. • Verificar coerência em excesso; • Verificar se a aritmética faz sentido. Idoneidade da fonte • Trabalho aceito para publicação no: – Journal of Experimental Medicine (foi posteriormente acusado de conter dados falsos) • Relato de experimento com ratos e apresentava a porcentagem de sucessos devido ao uso de uma droga. MOORE, 1979 Estudos Observacionais Toda vez que os indivíduos da amostra não tiverem sido designadas aos grupos por processo aleatório, mas já estiverem classificados nos respectivos grupos, no início da pesquisa dizemos que foi feito um estudo observacional (não é um experimento). Exemplo: verificar se os alcoólatras crônicos estão mais sujeitos à tuberculose do que os não-alcoólatras. • Necessidade de dois grupos de indivíduos • O tratamento não pode ser sorteado • Amostras de indivíduos já caracterizados (grupo tratado) Efeito do hábito de sucção de polegar na má oclusão. Efeito da dieta no crescimento de crianças Obs.: Os estudos observacionais constituem a única forma de estudar efeitos colaterais das diferentes terapias. – Drogas administradas a ratos – Drogas administradas a um grupo de indivíduos – Liberação da droga – análise observacional dos efeitos colaterais. Estudos ObservacionaisEstudos Observacionais Prospectivos – Obtenção dos grupos tratado e controle, então o pesquisador faz a observação da fator em estudo por período razoavelmente longo. Exemplo: Das mulheres que tomaram anticoncepcionais (causa) quantas tiveram tromboflebite? Causa Efeito Estudos Observacionais 6 Retrospectivos – O pesquisador precisaria de um grupo tratado e de um grupo de indivíduos com características similares às do grupo anterior que não apresentem o fator em estudo. O pesquisador determina então a proporção de indivíduos que apresentam o fator causa de cada um dos grupos. Exemplo: Das mulheres que tiveram tromboflebite (efeito) quantas tomaram anticoncepcionais (causa) ? CausaEfeito Estudos Observacionais • Retrospectivos – Mais rápidos e baratos; – Exigem menor amostras; Exemplos: Associação de carcinoma de bexiga com o hábito de fumar. Propospectivo: amostra muito grande,grupo tratado (Fumantes) e controle (não fumante) seguido por um longo período de tempo. Retrospectivo: mais simples, localizar casos de carcinoma de bexiga (grupo tratado), e comparar o hábito de fumar com um grupo controle. Estudos Observacionais • Retrospectivos – Difícil definir grupo controle semelhante ao grupo tratado; – Perigo de tendenciosidade. Exemplos: Associação de carcinoma de bexiga com o hábito de fumar. Retrospectivo: diversos estudos têm mostrado associação entre câncer e hábito de fumar. Propospectivo: amostra muito grande, grupo tratado (Fumantes) e controle (não fumante) seguido por um longo período de tempo. Estudos Observacionais FASE PÓS-EXPERIMENTAL Introdução a Bioestatística Média Soares, C.J. Soma dos valores Número de amostras ⎯x = ΣX n 7 Média dos valores dos dados experimentais Soares, C.J. A média tende a aproximar os valores errados do valor real daquilo que se mede. “Média é um limite central para o qual tendem convergir naturalmente os erros da medida.” Mediana Soares, C.J. É o valor que ocupa a posição central quando todos os itens do grupo estão dispostos, em termos de valor, em ordem crescente ou decrescente de magnitude. Não é afetada pelos valores extremos É indicada quando existe valores discrepantes Mediana Soares, C.J. 76, 78, 82, 84, 86, 90, 90, 90, 98. 86 Mediana Soares, C.J. 76, 78, 82, 84, 86, 90, 90, 90. 84+86 = 85 2 Gráfico Box-plot Valor máximo Quartil 2 (MEDIANA) Valor mínimo 8 Desvio Padrão Média Dispersão em variáveis quantitativas Soares, C.J. A dispersão ou variabilidade representa um dos mais importantes grupos de medidas da estatística. É Necessário a determinação não apenas a posição central, mas também conhecer o real grau de dispersão dos valores em questão. Indicam o grau de afastamento de um conjunto de valores em relação à sua média. Variância Soares, C.J. Mede a dispersão dos dados de observação de uma amostra em relação à respectiva média. S2 = ΣX2 - [(ΣX)2/n)] n-1 Desvio Padrão Soares, C.J. É a medida mais importante de dispersão dos valores individuais ao redor da média. Apresenta vantagem sobre a variância ser expressa na mesma unidade. S ou dp = É a raiz quadrada da variância ΣX2 - [(ΣX)2/n)] n-1 Coeficiente de variação Soares, C.J. É a magnitude relativa do desvio padrão expresso em porcentagem da média. É usado quando se deseja comparar a variabilidade relativa em diferentes tipos de dados. CV = dp x 100 X 9 Amplitude Soares, C.J. É a mais simples e precária medida de variabilidade, isto é, a diferença entre o valor mais alto e mais baixo. a = máx – min aA = 16 – 8 = 8 aB= 20 – 4 = 16 PROPABILIDADE É o grau de possibilidade de ocorrência de um evento em uma dada condição. MOEDA – Cara ou Coroa PROPABILIDADE p< 0.05 5% de probabilidade p< 0.01 1% de probabilidade • 1: J Periodontol. 2003 Mar;74(3):312-22. Related Articles, Links – Can toothpaste or a toothbrush with antibacterial tufts prevent toothbrush contamination? Quirynen M, De Soete M, Pauwels M, Gizani S, Van Meerbeek B, van Steenberghe D. Department of Periodontology, Faculty of Medicine, Catholic University of Leuven, Leuven, Belgium. Marc.Quirynen@med.kuleuven.ac.be BACKGROUND: Periopathogens and cariogenic species survive more than 48 hours on toothbrushes even under dry storage. This study examined a decontamination of toothbrushes by means of the bactericidal effect of different toothpastes or a special coating of the tufts. METHODS: Eight untreated periodontitis patients were professionally brushed, using a new toothbrush per quadrant and 3 different toothpastes containing either amine/stannous fluoride (AmF/SnF2), amine fluoride (AmF), or a mild surfactant as major antibacterial component (excipient), or no paste (C). The brushes were rinsed and stored dry at room temperature. At different time intervals, 4 tufts per toothbrush were processed for selective and non-selective culturing procedures. The protocol was repeated comparing AmF/SnF2 and C with 2 toothbrushes with coated tufts (coat1 and coat2). RESULTS: At baseline, C brushes (n = 16) harbored 10(7), 10(8), and 10(6) colony forming units (CFU) of aerobic, anaerobic, and black pigmented species, respectively. After 24 hours 10(6) CFU of aerobic and anaerobic species could still be cultured from 14 of the 16 brushes. Black-pigmented species remained detectable up to 4 hours; detection frequencies for Fusobacterium nucleatum and Streptococcus mutans at 24 hours were 5/16. With AmF/SnF2 and AmF toothpaste the number of adhering bacteria was already 2 log lower at baseline (P<0.05), but not for the excipient (0.5 log, P = 0.7). With AmF/SnF2 no vital species could be detected after 8 hours. AmF reduced the bacterial survival rate significantly more than the excipient, but less than AmF/SnF2 (P<0.05). The bactericidal effect of coat1 and coat2 was negligible when compared to C (P>0.20), and clearly inferior to the AmF/SnF2 paste (P<0.0001). After 24 hours these brushes still harbored >10(5) CFU. CONCLUSIONS: Toothpastes can significantly reduce contamination of toothbrushes, but their bactericidal activity is dependent on their composition. Coated tufts failed to limit the bacterial contamination. 10 PROBABILIDADE p< 0.05 (5% de probabilidade) p< 0.06 p< 0.6 Significância estatística Relevância Científica Programa Excel-Windows Como Calcular Média 11 Como Calcular Desvio Padrão 12 Sônia Vieira METODOLOGIA CIENTÍFICA para a área da saúde Savier
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