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Incidência e prevalência 80% da população geral apresentar[a lombalgia em algum momento Abordagem prática Anamnese + exame físico: limitação de movimento, deformidades, trigger points, presença de envolvimento neurológico Exames laboratoriais geralmente normais e somente solicitados em casos específicos Exames de imagem geralmente são dispensáveis, e a supervalorização desse exame são o principal erro na abordagem inicial do paciente com lombalgia RNM de assintomáticos – 1/3 hernia de disco Elementos Chave Tempo de evolução Aguda contratura muscular e hérnia de disco Subaguda Crônica estenose do canal medular, osteoartrite, espondilite anquilosante Início da dor Súbita fratura patológica e hérnia de disco >> já começa com alta intensidade precedida por fator agravante (queda ou esforço em flexão da coluna) Progressiva EA e osteoartrite Fatores de melhora e de piora Hérnia de disco Fatores de melhora permanecer sentado em cadeira reclinada, decúbito em quadril e joelhos fletidos e deambulação Fatores de piora ato de sentar, curvar para frente, tossir e espirrar Estenose do canal medular Fatores de melhora sentado, repouso e flexão da coluna lombar Piora deambular, longo tempo em posição ereta e extensão da coluna Ritmo da dor inflamatório ou mecânico Mecânica doenças degenerativas da coluna, hérnias discais e dores de origem muscular Inflamatória EA mais ou 4 sinais dos citados -> início antes dos 45 anos, início insidioso, melhora com exercício, rigidez matinal prolongada, pelo menos 3 meses de evolução Sinais de alerta febre, perda de peso, dor noturna, corticoides, imunossupressão, antecedente neoplásico Quadro agudo procurar sinais de alerta que sinalizam para doença grave como causa da dor, como infecções (discite), fratura patológica ou neoplasias. Na ausência desses sinais, o prognóstico da doença geralmente é bom, justificando apenas o tratamento sintomático da dor. Quando presentes, deve-se fazer a investigação diagnóstica complementar de acordo com o sinal encontrado Yellow flags (subagudo) prognóstico ainda bom, 10% evolui para lombalgia crônica. Varias vezes exige intervenções coordenadas, como controle da dor de origem central, correção postural, fisioterapia, EF e psicoterapia. Fatores de risco de cronificação Crenças e atitudes inapropriadas em relação a dor Problemas emocionais Litígio ou insatisfação trabalhista Irradiação da dor Útil no diagnóstico das compressões radiculares Irradiação típica permite estabelecer qual a raiz nervosa acometida, irradiação acima dos joelhos ou sem trajeto especifico não sugere radiculopatia Compressão das raízes pode ser hérnia de disco lombares (S1, L5 e L4) Claudicação Intermitente é sinal de estenose do canal medular (idosos) Distinguir claudicação neurogênica da vascular: distância percorrida (fixa na vascular e variável na neurogênica), pulsos (ausentes na vascular e presentes na neurogênica), tempo de melhora (curto na vascular e prolongado na neurogênica). Principais Síndromes Clínicas 1. Contratura muscular Principal forma de dor lombar aguda, de início súbito e com fator desencadeante. Precedida por gatilho sobrecarga mecânica ou vício postural prolongado Sem irradiação Secundária à lesão muscular, fascial ou de ligamentos Tratamento sempre conservador. Calor local Analgésicos AINES Relaxantes musculares Mobilização precoce 2. Lombalgia mecânica comum Principal forma de dor lombar crônica, início insidioso e sem fatores desencadeantes Uni ou bilateral Irradiação para nádegas ou região sacral Pode ocorrer na evolução de qualquer outra causa de dor lombar aguda Exames complementares geralmente são normais ou com alterações degenerativas inespecíficas Ponto crítico Saber diferenciar lombalgia mecânica comum de outras causas subjacentes embora seja causa mais comum, é o que mais causa insegurança e erros diagnósticos Tratamento quase sempre conservador. Educação do paciente Fisioterapia com exercícios de alongamento e fortalecimento muscular Atividade física regularmente Afastamento do trabalho desencorajado Medicamentoso analgesia, miorrelaxantes e antidepressivos Origem do estímulo nociceptivo Síndrome heterogênea disfunção no controle da dor no SNC Pode estar associada a FM e síndrome dolorosa miofascial Importante papel dos fatores psicossociais (yellow flags) e os estudos de neuroimagem funcionais corroboram essa hipótese 3. Hérnia distal com radiculopatia Deslocamento do núcleo pulposo além dos limites do anulo fibroso do disco intervertebral principalmente L4-L5, L5-S1 (com radiculopatia de L1, L5 ou S1) Quadro clínico típico de dor lombar aguda após um esforço em flexão lombar, com dor irradiada até o pé, com trajeto típico de raiz acometida Nível neurológico de L4 Motor m. tibial anterior (dorsiflexao do pe) Reflexo patelar Sensibilidade em face anterolateral da coxa anterior da perna e medial do pé Nível neurológico de L5 Motor extensor longo do hálux (dorsiflexao do hálux) Sem alteração de reflexo Sensibilidade de face posterolateral da coxa, lateral da perna e dorsal do pe Nível neurológico de S1 Motor musculos fibulares (flexão plantar e eversao do pe) Reflexo aquileu Sensibilidade em face posterior da coxa e perna, face lateral e plantar do pe Diagnóstico Histórica clinica + exame físico, sinais de envolvimento radicular, contratura muscular, limitação dos movimentos, piora da dor com flexão lombar Sinal de Lásegue (estiramento do N. ciático formado pelas raízes de L5, S1 e S2), com piora dos sintomas neurológicos entre 30 e 60 graus. Exames complementares Radiografia simples não consegue ver a hérnia (parte mole), mas indicada em paciente com red flags e dor aguda TC identifica presença de hérnia, mas não visualiza estruturas adjacentes muito bem RM possibilita melhor visualização do conjunto de partes moles e estruturas vizinhas e oferece cortes sagitais >>>> so indicada em formas precoces em pacientes com déficits motores importates ou progressivos ou pacientes que achados clínicos sugiram tumor ou infecção Tratamento conservador Repouso 7 a 10 dias Mobilização progressiva Atividades em flexão e levantamento de peso devem ser evitados por 8 a 12 semanas Medicamentoso corticoides sistêmicos (IM ou PDN < 1 mg/kg), intradural AINES, analgésicos simples ou opióides e miorrelaxantes Tratamento cirúrgico Reservado para pacientes sem melhora da dor após 8 semanas do tto conservador Evolução para déficit motor Presença de déficit motor grave cauda equina 4. Osteoartrite de coluna Varia conforte localização e grau das alterações Pacientes com processos artrósicos comprovados radiologicamente, porém completamente assintomáticos Pode ocorrer lombalgia inespecífica, por irritação das terminações nervosas das capsulas articulares, com ou sem irradiação de forma típica Alguns pacientes apresentam verdadeiras radiculopatias em decorrência de compressão da raiz nervosa por osteofitos de origem discal ou articular posterior, elvando a diminuição do forame de conjugação Início insidioso, repetitivo, de menor intensidade e curso mais crônico – dor piora com dorsoflexão da coluna (extensão) Estenose de canal lombar Síndrome do canal estreito Quinta e sexta décadas de vida Processos degenerativos da coluna Artrose das interfacetárias Degeneração discal Claudicação neurogênica como principal sintoma, lombalgia crônica, dor e fraqueza nas pernas no trajeo de várias raízes, piora a extensão lombar Tratamento quase sempre conservador, com analgesia e reabilitação. Cinesioterapiacom exercícios de alongamento e fortalecimento muscular. Cirurgia em caso de dor radicular intratável, presença de sintomas motores e incapacitados pela claudicação neurogênica.
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