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AINES: Anti-inflamatórios não esteroidais

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DANIELE CARNEIRO – FISIO/UNEB 
AINES – Farmacologia da Inflamação e da Dor
AINES: Anti-inflamatórios não esteroidais. 
Grupo heterogêneo de fármacos, de 
benefícios sintomáticos (tratam sintomas, e 
não curar); embora em sua maioria sejam 
ácidos fracos, nem sempre são 
quimicamente relacionados. Altamente 
lipofílicos, compartilham mecanismos de 
ação, efeitos terapêuticos e, também, os 
riscos indesejáveis da aspirina. 
 
 
Os membros atuais da família Coxib, não 
podem ser considerados como AINHs pois 
quimicamente não são ácidos, nem 
substancias lipofílicas. 
FISIOPATOLOGIA DAS COXs 
Pelos inibidores da ciclooxigenase (COX), 
existem pelo menos 2 tipos de COX. São 
originadas a partir do metabolismo do ácido 
araquidônico, um lipídio de membrana. 
COX-1: Constitutiva, pois ela faz uma 
expressão fisiológica na maioria das células. 
E através da expressão dessa COX, dessa 
enzima, ela vai converter o ácido 
araquidônico em prostaglandinas. As 
prostaglandinas, tem um papel fisiológico na 
Citoproteção gastrointestinal, na atividade 
plaquetária e manter a homeostasia da 
função renal. 
COX-2: Inicialmente se pensou que ela era 
a induzida pelo processo inflamatório, 
porém, também se entendeu que ela era 
constitutiva em muitas funções fisiológicas. 
A COX-2 induzida ela participa do processo 
da inflamação, dor e febre, enquanto a 
constitutiva participa da manutenção da 
homeostase da função renal, e se associa ao 
início da carcinogênese, principalmente em 
cânceres no TGI. 
 
A principal proposta do uso dos inibidores 
seletivos de COX-2, seria porque a COX-2 
estaria mais associada com a inflamação, e 
os inibidores seletivos da COX-2, não iriam 
inibir a COX-1 que participa da 
citoproteção gastrointestinal. 
A principal evento adverso dos AINES, é a 
agressão gástrica, que seria: a gastrite, a 
DANIELE CARNEIRO – FISIO/UNEB 
ulcera, as hemorragias. Então usando-se um 
seletivo de COX-2, teria menos agressão 
gástrica. Porém outros problemas surgiram 
e esses fármacos foram retirados do 
mercado. Se um paciente não tem ulcera e 
ele faz uso de inibidores da COX-2, ele 
protege de não desenvolver, porém se ele 
já tem essa ulcera e faz uso de inibidores, 
ele vai estar atrapalhando o processo de 
cicatrização, pois essa é uma função da 
COX-2. 
→ Qual primeiro anti-inflamatório que foi 
considerado um inibidor seletivo de COX? 
Meloxicam. 
MECANISMO DE AÇÃO 
Começa com uma agressão celular que pode 
ser: física, química, bacteriana ou biológica. 
Essa agressão vai ativar uma enzima, a 
fosfolipase A2, que vai clivar fosfolipídeos 
da membrana. A liberação desses 
fosfolipídeos libera um ácido graxo, 
chamado de araquidônico, esse ácido é 
substrato para duas famílias de enzimas: 
5-lipoxigenase e Ciclooxigenase 1 e 2. 
Pela família 5-lipoxigenase dá origem ao 
leucotrienos que vão fazer parte da 
fisiopatologia da ASMA. 
Pelo Ciclooxigenase 1 e 2, dão origem a 
prostaglandinas que através das isomerases 
teciduais transformam as PGH2 em 
prostaglandinas especificas de acordo com 
o tecido que estiver atuando, pode ser 
convertida em PGE (uma das principais 
associadas ao processo inflamatório). 
 
 
 
PROSTAGLANDINAS NO MECANISMO 
DE DOR 
Existem estímulos que podem ser químicos 
como a bradicinina principal estimulador de 
algesia, serotonina, histamina, substancia P, 
potássio (K+). 
Estímulos mecânicos, térmicos, todos esses 
estímulos atuando em um nociceptor, as 
fibras Ac e fibras Adelta são nociceptores 
produzem dor. A ação de PGE² e PGI² esse 
nociceptor passa ao estado de sensibilizado 
que vai produzir uma hiperalgesia, esses 
mesmos estímulos produzem agora uma dor 
maior, a dor inflamatória. Quando se usa os 
AINES está bloqueando as prostaglandinas, 
retirando não a dor, mas a hiperalgesia. 
DOR E INFLAMAÇÃO 
→ A COX-2 é amplamente expressada em 
modelos animais de dor e inflamação. 
→ A COX-2 é expressada na sinóvia de 
pacientes com Artrite Reumatoide: 
- Células mononucleares 
- Células endoteliais 
- Fibroblastos 
FEBRE 
Nossa temperatura varia entre 36º e 37º 
graus. 
→ Produção de calor em repouso: 
Fígado 25%; Cérebro 20%; Coração 8%; 
Rins 7%; Músculos 25% 
→ Exercício ou esforço físico: 
Músculo estriado 90% 
- Mecanismos de controle de temperatura: 
Vasodilatação (abaixa a temperatura 
interna), Vasoconstricção (aumenta a 
DANIELE CARNEIRO – FISIO/UNEB 
temperatura interna), Sudorese (abaixa a 
temperatura interna). 
Normalmente um paciente que tem febre, 
ou está começando a ter, vai ocorrer a 
vasoconstricção de extremidades, as mãos 
e os pés ficarão frios, pois se retira sangue 
da periferia e joga para os órgãos que 
produzem calor para a temperatura subir. 
A tireoide faz o controle do metabolismo 
basal, e temos um centro termorregulador 
que é o hipotálamo, ele faz o controle da 
temperatura para se manter fisiológico, em 
36º ou 37º graus. 
Quando existe um aumento na produção de 
IL-1, por macrófagos e normalmente eles 
estão onde tem infiltrado inflamatório, 
ocorre que o aumento de IL-1 circulante 
faz uma atuação na região pré optica do 
hipotálamo essa região produz 
prostaglandina e de modo autócrino a PGE2 
atuando na própria região pré optica faz um 
aumento de temperatura. Quando os 
AINES entram existe o bloqueio dessas 
prostaglandinas centrais, com redução aos 
níveis basais de temperatura. 
PROSTAGLANDINAS E SNC 
→ COX-2 é constitutivamente expressa nos 
neurônios e está elevada nas células gliais 
durante a inflamação ou isquemia cerebral. 
→ AINHs mostraram ser protetores para o 
risco de Doença de Alzheimer em diversos 
estudos epidemiológicos. 
EFEITOS ADVERSOS TIPICAMENTE 
ASSOCIADOS AOS AINES 
→ Gastrintestinal: dispepsia/dor; ulceras; 
sangramentos, perfuração. 
→ Hepático: alterações enzimáticas 
→ Plaquetas: Diminuição de agregação; 
aumento do sangramento 
→ Renal: Diminuição da filtração 
glomerular. 
- Reações cutâneas de hipersensibilidade 
- Asma, polipose nasal, rinite 
- Reação anafilática 
- Efeito anticoagulante 
- Agranulocitose, anemia aplástica 
- Cefaleia, tontura, confusão mental 
meningite asséptica. 
Se uma pessoa é alérgica a Aspirina, ela 
tem grandes chances de ser alérgicas a 
todos os AINES. 
AINES X INIBIDORES SELETIVOS DE 
COX-2 
Eficácia: similar a dos AINHs tradicionais 
Segurança/tolerância: superior à dos 
AINHs tradicionais. 
- Maior segurança gastrintestinal 
demonstrada em estudos clínicos. 
- Sem ações plaquetárias relevantes 
- Efeitos renais semelhantes aos dos 
demais AINHs 
- Edema; Hipertensão 
PROSTAGLANDINAS NOS RINS 
PGE2: Participa da redução de absorção de 
sódio (ramo ascendente da alça de Henle). 
PGI2: Estimula a liberação de renina, 
aumenta a secreção de aldosterona, 
aumenta secreção de potássio (nefro 
distal) 
Quando se bloqueia as prostaglandinas seja 
pelos AINES ou inibidores seletivos de 
COX-2, acontece uma redução de absorção 
DANIELE CARNEIRO – FISIO/UNEB 
de sódio e uma inibição da secreção de 
potássio, tendência a hipercalemia. 
ASPIRINAS 
 
INIBIDORES SELETIVOS DE COX-2 E 
AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA 
 
PAPEL FISIOLOGICO DAS 
CICLOXIGENASE NA HEMOSTASIA 
Plaqueta → COX-1 → tromboxana TxA2 → 
Promove a ativação plaquetária: 
Hemostasia/ Trombose. 
Se você tem uma plaqueta, ela é 
dependente de COX-1, e a agregação 
plaquetária é dependente de tromboxana, 
então quando se inibe a COX-1, você inibe 
tromboxana, e inibindo a ativação 
plaquetária. 
Célula endotelial → COX-1 / COX-2 → 
Prostaciclina PGI2 → Inibe a agregação 
plaquetária. 
Estimula a anti hemostasia. Se tirar a 
prostaciclina eu vou inibir a agregação 
então terei agregação plaquetária. 
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS AINES 
→ Salicilatos: 
- Ácido salicílico, ácido acetilsalicílico, 
metilsalicilato, difunisal, salicilato, 
osalazine, sulfasalazina. 
- Mecanismo de ação: inibição irreversívelda COX 
- Propriedades farmacológicas: analgésicos, 
antipiréticos, anti-inflamatórios, inibição da 
agregação plaquetária – terapia do infarto 
do miocárdio. 
- Propriedades farmacocinéticas: Ácidos 
fracos, não ionizados melhores absorvidos 
no estomago, no plasma e tecidos é 
hidrolisada/salicilato, baixas 
concentrações/ligada a proteína, altas 
concentrações//disponível, é excretada 
25% de forma inalterada, porcentagem 
maior em urina alcalina. Em doses baixas 
possuem uma meia vida de 4h/6h, porém em 
altas doses pode chegar até 15h de meia 
vida. 
Efeitos adversos (locais e sistêmicos): 
Estomago- gastrite – erosão – 
sangramentos focais 
Salicilismo – ingestão de altas doses – 
toxicidade crônica moderada: zumbidos, 
tonteiras, diminuição da audição, náuseas, 
vômitos. 
Erupções cutâneas; piora da asma; 
Síndrome de Reye; hiperpirexia; distúrbios 
da hemostasia. 
Alteração do equilíbrio ácido-base e 
eletrolítico – aumento da respiração 
Alcalose respiratória – acidose metabólica. 
→ Derivados do paraminofenol 
Acetaminofeno-paracetamol 
DANIELE CARNEIRO – FISIO/UNEB 
Mecanismo de ação: inibição não 
competitiva reversível rápida da COX; Ação 
diminuída pelos hidroperóxidos – leucócitos. 
Propriedades farmacológicas: analgesia e 
antipirese; pouco efeito anti-inflamatório. 
Propriedades farmacocinéticas: é bem 
absorvido quando administrado oralmente; 
Concentrações máxima no plasma 30 a 
60min; meia vida de 2-4h; 20 a 50% ligada 
a proteínas; inativado no fígado. 
Efeitos adversos: em doses terapêuticas 
possuem poucos efeitos, reações cutâneas 
alérgicas; Intoxicação aguda- náuseas, 
vômitos, anorexia, dor abdominal; Doses 
toxicas: hepatotoxicidade grave- 
metabolito toxico que faz lesão hepática 
que pode levar a morte; Uso crônico 
aumenta o risco de lesão renal; Toxicidade 
renal; Coma Hiperglicêmico. 
→ Derivados indólicos 
Indometacina, Sulindaco, Etodolaco 
Mecanismo de ação: Inibição competitiva 
reversível da COX (mais seletivos para 
COX-1); inibe a mobilidade de polimorfos. 
Propriedades farmacológicas: anti-
inflamatória, analgésica, antipirética. 
Efeitos adversos: 
Indometacina > Sulindaco > Etodolaco 
Anorexia, náusea, e dor abdominal. Ulceras 
isoladas ou múltiplas ao longo do TGI 
superior, às vezes com perfurações e 
hemorragias. Pancreatite, diarreias. SNC – 
confusão, tonturas, cefaleias, depressão, 
psicoses. 
→ Fenamatos 
Ácidos: mefanâmico, meclofenâmico, 
flufenâmico, tolfenâmico e etofenâmico. 
Mecanismo de ação: Inibição competitiva 
reversível rápida da COX 
Propriedades farmacológicas: analgésicos, 
antipiréticos, anti-inflamatórios. 
Efeitos adversos: dispepsia, diarreia, 
esteatorréia, inflamação intestinal, anemia 
hemolítica- tipo autoimune. 
→ Derivados do ácido heteroarilacético 
Tolmetina, cetorolaco. 
Propriedades farmacológicas: anti-
inflamatórios (tolmetina > cetorolaco) 
Analgésicos (cetorolaco > tolmetina) / 
Cetorolaco – adm. Parenteral – dores pós 
operatórias/crônicas. 
Antipiréticos (tolmetina > cetorolaco) 
Efeitos adversos: Dor epigástrica, 
dispepsia, náuseas, vômitos, ulcerações 
gástricas, nervosismo, ansiedade, insônia, 
vertigem, distúrbios visuais, cefaleia, dor 
no local da injeção (cetoloraco). 
→ Derivados do ácido fenilacético 
Diclofenaco 
Mecanismo de ação: inibição competitiva 
reversível rápida da COX; reduz 
concentração intracelular de ácido 
araquidônico. 
Propriedades farmacológicas: anti-
inflamatório, analgésico e antipirético. 
Efeitos adversos: distúrbios 
gastrointestinais: dispepsia, náuseas e 
vômitos/ sangramento, ulcerações e 
perfurações. Nervosismo, ansiedade, 
insônia, vertigem. Reações cutâneas e 
alérgicas. Diminuição da função renal. 
→ Derivados do ácido propiônico 
DANIELE CARNEIRO – FISIO/UNEB 
Ibuprofeno, naproxeno, fenoprofeno, 
cetoprofeno, fluviprofeno, oxaprozin. 
Mecanismo de ação: inibição competitiva 
reversível rápida da COX; efeitos 
inibitórios em leucócitos. 
Propriedades farmacológicas: anti-
inflamatórios – naproxen é 20x mais 
potente do que aspirina. Analgésicos e 
antipiréticos. Oxaprozin – dose única diária. 
Efeitos adversos: gastrointestinais (menor 
que da aspirina); Dor epigástrica (menor 
quando administrado junto com alimentos); 
Dispepsia, náuseas e vômitos. Cefaleia, 
tontura e ototoxicidade. 
→ Ácidos enólicos (Oxicans) 
Piroxican, meloxican, tenoxican. 
Mecanismos de ação: inibição competitiva 
reversível rápida da COX; Meloxican – 
inibição seletiva da COX-2. 
Propriedades farmacológicas: analgésicos, 
antipiréticos e anti-inflamatórios. 
Efeitos adversos: distúrbios 
gastrointestinais, meloxican – efeitos 
gastrointestinais quase nulos. 
→ Derivados da pirazolona 
Fenilbutazona, oxifenilbutazona, antipirina 
e aminopirina. 
Mecanismos de ação: inibição competitiva 
reversível rápida da COX (Mais seletivos 
para COX-1) 
Propriedades farmacológicas: anti-
inflamatoria, analgésica e antipirética (< 
aspirina). 
Efeitos adversos: Náuseas, vômitos, 
desconforto gastrointestinal. Ulceras, 
hemorragias e perfurações. Hepatites, 
estomatites ulcerosas, nefrites. Anemia 
aplásica, leucopenia, agranulocitose e 
trombocitopenia. Reações cutâneas, 
retenção de liquido e edema. 
OUTRAS DROGAS ANTI-
INFLAMATÓRIAS NÃO HORMONAIS 
→ Nabumetona 
Mais seletiva para a COX-2; Pró-droga; 
poucos efeitos adversos gastrointestinais; 
Cefaleias, reações cutâneas, tonturas, 
prurido. 
→ Nimesulida 
Fracos inibidores das COXs- 1 e 2; mais 
seletivo para a COX-2; inibe funções de 
leucócitos (oxidativas/liberação de 
mediadores); Moderados efeitos 
indesejados; Uso em pacientes alérgicos à 
aspirina. 
DIPIRONA 
- Analgésico não opioide 
- Tem intensidade de feito analgésico 
comparável aos opioides 
- Efeito antitérmico prolongado e intenso. 
→ precauções 
Hipotensão e hipotermia (c/ clorpromazina) 
Stevens johnson (rara) 
Agranulocitose (rara) 
Via IM dolorosa 
→ Vantagens 
VO/ Retal/ Parenteral 
Não induz nefrite analgésica 
Sem efeitos Gastrointestinais e Hepático 
Sem contraindicações em hepatopatas e 
nefropatas 
Indicado na Dengue

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