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Clark 
 
 Clark discorre sobre o período entre a Guerra da Criméia (1856) e a 1ª 
Guerra Mundial. Ele diz que durante tal período houve o retorno para uma balança 
de poder pura e simples (como ocorrera no período pré-1815), sem o Concerto 
Europeu (1815-1856). Ou seja, Balance Without Concert. Graças ao enfrentamento 
das potencias do Concerto Europeu na Guerra da Criméia, tal organização foi 
destituída, levando a uma atmosfera de competição mais intensa entre as 
potencias. 
 Durante este período existem pequenas diferenças, Clark os diferencia: 
 1856-1871: 
o Período de Guerras entre as potencias (Austro-Prussiana, Franco-
Prussiana) tinham alianças ofensivas. 
o Período de revisão da balança européia: 
 Alemanha e Itália se unificam 
 Imperadores da Austria e Russia tem seu poder ameaçado 
por revoluções e o espírito nacionalista 
 Guerras territoriais sem a sanção do Conserto 
 Mapa Europeu foi alterado sem que houvesse um aval 
comum das Potencias: demonstrou a ineficiência e a 
dissolução do Concerto 
o O retorno da balança de poder simples e pura levou a uma maior 
autonomia dos Estados 
 Os Estados passaram a pensar como se o destino delas 
dependesse somente delas mesmo 
 Levou ao retorno de alianças militares agressivas e não fixas 
do século 18 (período prévio ao Concerto) 
 1871-1905: 
o Período de Paz entre as potencias 
o A Alemanha queria manter as conquistas feitas no período anterior e 
a posição da Alemanha como uma grande potencia na balança do 
poder: a situação era favorável para a Alemanha. 
 Política de Bismarck (1871-1890): evitar coalizões contra a 
Alemanha e consequentemente a guerra 
 Aliou-se à Austria 
o Os dois eram impérios centrais, tinham 
objetivos em comum. Poderia levar a guerra 
desnecessária. 
 Aliou-se à Russia 
o Evitaria o conflito entre a Russia e a Austria 
pelo Balcãs ->grande problema que poderia 
levar a guerra na região 
o Não queria uma aliança entre a Russia e a 
França -> extremamente desfavorável para a 
Alemanha. 
 Aliou-se à Itália: 
o Importante aliado contra a França 
 Política Alemã de Guilherme II: 
 Aliança com a Russia acabou em 1890 -> levou a 
aliança Franco-Russa (o que Bismarck mais temia -> 
guerra de duas frentes) 
o Período de alianças defensivas, contudo havia uma grande mudança 
de lados entre as potencias -> as alianças deste período ainda não 
eram as definitivas da 1ª Guerra Mundial 
o Balança marcada por um Equilíbrio de Alianças em competição 
 
 1905-1914: 
o Período de maturação das alianças até a bipolaridade fixa (Balança 
Cristalizada) -> resultara na 1ª Guerra Mundial 
 
 
Clark alega que o período de paz na Europa (1871-1905) é devido ao fato 
que as tensões de balança de poder entre as grandes potencias em território 
europeu foram transmitidas para a competição colonial entre elas. A balança de 
poder foi para o âmbito mundial, com a inserção de outros atores USA, Japão e as 
colônias em si. Tais tensões acirraram o Imperialismo (ex: Partição da Africa). O 
UK demonstrava um grande desequilíbrio na balança (não necessariamente o fiel 
da balança mais) com suas posses no mundo inteiro, a Alemanha queria contestar 
tal dominação (Pax Britanica) e se lança a partir de 1890 (principalmente) em 
conquistas coloniais. Existem varias brigas colônias entre as potencias 
 UK X França pelo Egito 
 UK X Russia pela Asia Central 
 Alemanha + França X UK em partes da Africa 
 França X Itália pelo norte da Africa 
Como podemos ver, as alianças estabelecidas eram mutáveis, de acordo com 
os interesses das potencias. A Alemanha e a França, por exemplo, se aliaram contra 
o UK em relação a disputas territoriais coloniais, porém eram inimigos na Europa. 
A flexibilidade e a mudança de alianças e característico desta época graças a 
uma balança de poder mais livre e menos institucionalizada. As potencias eram 
guiadas apenas pelos seus interesses, que em cada situação era diferente. 
Clark afirma que o momento que tais tensões entre as potencias retornaram 
por território europeu (Balcãs, entre Russia e Austria, e Alsacia-Lorena, França e 
Alemanha principalmente) as alianças entre as potencias começaram a se tornar 
mais fixas. 
Em sua conclusão Clark afirma que é constantemente atribuído a causa da 
1ª Guerra Mundial à Alemanha pois ela fora a nação reformista do sistema. 
Contudo ele discorda, afirmando que ações do UK e das outras potencias também 
foram de mesma relevância para a insurgência da 1ª Guerra. 
Além disso, ele atribui foco a relação simbiótica que marca o período acima: 
Alianças é a fonte de insegurança X Insegurança é a fonte das alianças 
E por ultimo, relata a falta de tentativas por parte das potencias em si de 
implementar um aparato diplomático ou de convenções para guiar a balança de 
poder durante esse período, como havia durante o período do concerto. 
 
 
 
 
 
Kissinger 
 
Kissinger em seu 1º texto relata a política de Bismarck, a Realpolitik, e como 
ela conseguiu manter o Estado alemão como grande potencia na balança de poder 
européia e ao mesmo tempo evitando a guerra. 
A Realpolitik é uma política externa muito agressiva baseada na Razão de 
Estado alemão. É uma busca constante pelo poder, priorizando os interesses 
nacionais sobre tudo (tudo mesmo). Não existe moralidade na 
Desta forma, Bismarck definira os objetivos da Alemanha e ao mesmo 
tempo as ameaças, e isto pautaria a política externa alemã. Bismarck chegou a 
conclusão que precisava evitar a guerra, pois a posição atual da Alemanha era 
favorável, já que o país mantivera as conquistas territoriais das guerras com a 
França e a Austria, apresentava um crescimento industrial muito acelerado e podia 
desta maneira se aventurar pelo mundo em busca de aquisições coloniais. Como já 
dito outrora, seu maior temor eram guerras, e principalmente uma de coalizões 
contra a Alemanha (guerra de duas frentes). 
 
Para fazer o dito acima, Bismarck tomou inúmeras ações: 
 Aliou-se ao mesmo tempo com a Austria e a Russia para assim evitar 
uma guerra entre as duas ou uma possível aliança de uma delas com 
seu maior inimigo, a França. 
 Tinha que manter boas relações com o UK, pois assim achava que o 
país manteria neutralidade em caso de guerra com outras partes. 
 Aliar-se-ia com a Itália, pois era uma aliança estratégica para a 
Alemanha em caso de uma guerra contra a França. 
 
Bismarck teve grande êxito em seus objetivos: 
 Criara a Liga dos 3 Imperadores: Austrias, Russia e Alemanha. 
o A 1ª baseada no principio de legitimidade dinástica 
o A 2ª baseada diretamente no principio de Realpolitik 
 Fez a tríplice-aliança: Austria, Itália e Alemanha 
o Mantinha a Itália do seu lado caso a Russia desejasse romper 
com a Liga dos 3 Imperadores 
 Promovia boas relações com o UK, tentando disfarçar suas 
pretensões coloniais 
 Conseguira isolar a França de alianças políticas (exceto o UK) 
 
Bismarck, contudo fora demitido em 1890, e Guilherme II subira ao poder. O 
jovem imperador não conseguira manter o sistema de alianças complexo e 
antagonistas que Bismarck arduamente manteve durante seu governo, levando a 
catástrofe que Bismarck mais temia: a aliança entre Russia e França, e a 
possibilidade consequentemente de uma guerra de duas frentes. 
Durante o governo de Guilherme II, a política externa alemã tornara-se 
extremamente agressiva, fazendo com que a balança de poder torna-se 
consequentemente em uma corrida armamentista entre as potencias. A Alemanha 
era forte o suficiente para ganhar de uma guerra individual contra qualquer outra 
potencia, contudo a coalizões dela seria o fim. Guilherme II não tinha objetivo 
nacional bem claro, levando a uma política externa desorganizada. 
O imperador escolhera erroneamente sua política externa. Ele buscava um 
constante reconhecimento da importância da Alemanha, resultando em uma 
política agressiva abusiva. Ele adotara,portanto uma política externa que 
procurava demonstrar o poder e a força alemã para seus vizinhos e assim as 
potencias reconheceriam os benefícios de aliar-se a Alemanha. Tal política teve 
efeito exatamente contrario. As potencias interpretaram as demandas e ações 
alemãs como ofensivas e ameaçadoras, procurando logo aliar-se com outra 
potencia contra a Alemanha. 
A política de Guilherme II fora tão errônea que conseguira reunir 3 antigos 
inimigos: Russia, UK e França numa mesma causa: destruir a Alemanha, isolando-a, 
já que outros países como a Itália e os EUAs aliam-se contra ela também. 
A política externa da Alemanha durante o período entre 1890 e pré-1914, é 
descrita por Kissinger como a maquina política do apocalipse. 
Wallerstein 
 
 Wallerstein problematiza sobre o conceito de universalismo. Seu ponto 
central é demonstrar como universalismo que se alega ser universal é na realidade 
um universalismo europeu. Ele faz criticas as teorias eurocêntricas como a Escola 
Inglesa, e aos historiadores europeus que descrevem a historia de uma forma 
desarticulada entre o centro (Europa), semi-periferia (Americas) e a periferia 
(Africa + Asia). 
 Universalismo Europeu: 
 Defende os direitos humanos/democracia 
 Civilização ocidental é superior às outras porque é baseada em 
valores universais 
 Não há alternativa para os governos senão aceitar o neoliberalismo 
econômico 
Nesta lógica do universalismo europeu, a história mundial é nada mais além 
a história da expansão européia (cultura, valores, língua, raça...). Ele alega que a 
expansão européia tem a mesma retórica, porém camuflada por diferentes 
motivos, desde o seu começo no século 15. 
Ao argumentar seu ponto principal, Wallerstein entra na discussão de 
“Quem tem o direito de intervir, quando e como.” Ele dá um exemplo histórico 
sobre essa pergunta: entre Sepulveda e Las Casas na Espanha no século 16 a cerca 
de qual politica a Espanha deve adotar em relação aos Indios. 
 
Argumentos de Sepulveda Réplicas de Las Casas 
1. Ameríndios são bárbaros logo 
devem ser governados 
2. Os índios devem aceitar o jugo 
espanhol como punição pelos 
seus crimes contra a lei divina 
3. Os espanhóis devem evitar que 
os índios continuem fazendo o 
mal a outros seres humanos, 
1. Termo “bárbaro” é vago e 
indefinido. Os espanhóis eram os 
bárbaros dos romanos 
2. Não há hierarquia natural que 
justifique o domínio colonial 
3. Índios deveriam poder seguir 
seus próprios preceitos 
religiosos, como os judeus e 
principalmente em relação ao 
sacrifício humano 
4. O domínio espanhol facilita a 
evangelização, pois era mais 
seguro e eficiente 
muçulmanos são permitidos na 
Europa. Os cristãos não têm 
jurisdição para punir os índios 
4. Igreja deve evitar que o mal seja 
feito aos inocentes, porem ela 
deve tomar cuidado para não ser 
a fonte do mal. Deve haver 
moderação nesta medida. 
5. A igreja não deve ser mal vista 
ou sofrer difamação pelos índios. 
Algo que ocorreria caso 
houvesse a dominação 
6. Defende que os índios não 
devem sofrer pelo o que não 
cometeram: danos colaterais. 
Havia mais inocentes que 
culpados entre os índios 
7. Os homens só podem se 
converter ao cristianismo por 
livre vontade e não podem ser 
forçados. 
 
Vitória de Sepulveda, já que os benefícios econômicos e matérias da 
intervenção e colonização foram mais importantes que a moralidade. 
Wallerstein alega que os argumentos de Sepulveda podem ser traduzidos 
para justificar intervenções desde aquela época, até hoje em dia: 
1. A barbárie do conquistado 
2. A violação dos valores universais do conquistador pelos 
conquistados 
3. Defender os inocentes dos cruéis 
4. Disseminar valores universais 
As retóricas, contudo é o que muda para justificar as intervenções 
europeias: 
 Séculos 15, 16, 17 e 18: Religioso 
 Séculos 19 e 20 (1ª metade): Moral (Racial e Civilizatória) 
 Séculos 20 (2ª metade) e 21: Direitos Humanos 
Wallerstein alega que em todos os tipos de intervenção, os interventores 
estão sempre moralmente justificados a intervir. 
O autor após passa a evidenciar em quais momentos históricos os 
argumentos de Sepulveda e de Las Casas são predominantes: 
 Do século 16 até o fim da 2ª guerra mundial, os argumentos de 
Sepulveda eram dominantes -> permitindo usar a violência como 
meio para moralizar. 
 1945 – 1970, os argumentos de Las Casas se torna predominante. Os 
processos anticoloniais e de independência faz com que os 
oprimidos tenham direito de recusar a supervisão dos colonizadores. 
 1970 – atualmente, retorno a predominância de Sepulveda, pois há 
as intervenções com justificativas humanistas e de direitos humanos 
por parte de organizações internacionais ou ONGs. 
Wallerstein problematiza também a cerca da jurisdição da intervenção: 
quem está correto e quem esta errado, quem deve responder a crimes... 
Em sua conclusão, o autor descarta a existência de um universalismo 
universal, e afirma que existe um universalismo europeu. O universalismo europeu 
é ambíguo, pois ataca certos crimes e passa por cima de outros; ela é baseada nos 
fortes e na ajuda aos fracos, as punições só são aplicadas no vencido. 
Por fim, ele afirma que os valores universais globais ainda não são bem 
definidos, é preciso que haja uma mistura e agregação de valores de outras partes 
do mundo, e não somente européia. Para alcançar um universalismo universal é 
preciso que haja uma estrutura mais igualitária segundo Wallenstein. 
 
Naeem 
 
 Naeem é um pos-colonialista que define a perspectiva de construção entre 
dominado e dominador. Ele se pergunta: “porque pessoas pensam que sabem o 
que é bom para o outro?” O autor que quebrar a visão e a lógica de dominação do 
período colonial e imperial baseada no logocentrismo. 
 “Como alterar essa lógica discriminatória e dominadora que tem permeado 
desde a colonização os encontros de relações internacionais” 
 
 Entender a tensão que existem entre os dois atores -> o contato 
 
 Conhecimento Exclusivo é a idéia que um grupo tem uma sabedoria 
superior de como o mundo funciona: 
 O grupo do mesmo tem acesso especial a tal sabedoria sobre a ordem 
e o funcionamento natural e social da vida 
 Tem algo superior e final nesta sabedoria 
 Outras sabedorias são consideradas inadequadas ou inferiores a 
sabedoria desse grupo 
O Conhecimento Exclusivo tem a tendência de criar uma hierarquização 
quando há um choque entre civilizações 
 O doador é visto como perfeito, civilizado, responsável parar trazer o outro 
para a civilização, pode exercer opressão. Contudo não existe um doador puro, 
existem sempre falhas. 
 Portanto se há falhas, como a Europa pode expor seus conhecimentos 
exclusivos com pretensões universais se não são puro? -> é necessário duvidas 
para não submeter-se ao conhecimento exclusivo. 
 Naeem propõe o dialogo de saberes (troca de conhecimento) entre os 
atores, pois não existe somente uma verdade pura, o doador deve ser também 
receptor. Deve haver um conhecimento comunitário ao invés de um conhecimento 
exclusivo entre os atores. O conceito de “self” e “other” deve ser rompidos. A 
hierarquia de doador e receptor também deve ser extinta. 
 
Keene 
 
 Keene adota uma abordagem critica a escola inglesa, principalmente a 
Hedley Bull. Ele critica a definição de Bull que a sociedade anárquica é fundada no 
principio que os Estados têm respeito mutuo pela soberania (territorial) alheia, 
uma descrição especifica de normas, regras e instituições adequadas que 
caracterizam a ordem mundial desde os meados do século 17 com a concepção do 
Estado Vestfaliano. Para ele o maior erro do Bull foi subestimar a natureza dual de 
ordem mundial. 
 Keene para justificar que este certo, e que Bull estava errado, ele fora a 
definição do direito internacional de Grotius, autor cujos autores da Escola Inglesa 
se baseiam sobre. 
 Grotius é o pai dodireito internacional, tendo escrito o seu livro sobre 
direito de livre-navegação antes mesmo da concepção do Estado Vestfaliano. Em 
sua teoria, ele discorre sobre o conceito de tolerância, que é tido como privilegiado 
pela Escola Inglesa. Keene acusa a Escola Inglesa e Bull de omitirem informações 
ou de terem interpretado erroneamente os princípios de Grotius. O jurista articula 
em sua teoria sobre 2 princípios que se opõem ao principio de tolerância definido 
pela Escola Inglesa: 
 Grotius concebia a possibilidade de guerra privadas porque indivíduos 
tinham jurisdição para fazer a guerra 
 Existia a possibilidade de ter a divisibilidade da soberania Estatal, uma 
outra autoridade poder intervir na soberania do outro 
Vai completamente contra o que a Escola Inglesa diz: a soberania de um 
Estado é irrefutável e não pode ser violada, e o ato de fazer guerra está limitado 
somente a competência dos Estados. 
Kenne afirma que o principio de tolerância nem sempre guiou o Sistema 
internacional de maneira completa: 
 Somente na Europa que havia tolerância entre os Estados, já que as 
diferenças entre Estados eram mínimas 
 O mundo europeu não tolerou o mundo Extra-europeu -> existência 
do principio de civilization 
O principio de Civilization é discriminatório, define o civilizado (europeus) e 
o não civilizado (America, Africa e Asia). O mundo extra-europeu é dominado pelo 
mundo europeu, e é imposto sobre ele valores do mundo europeu. 
 O autor alega que a Sociedade Internacional atual é a junção do padrão de 
ordem da tolerância e da civilização, e não a expansão da tolerancia para o mundo 
inteiro. 
 Portanto, a Ordem internacional atual é cindida, é a oposição e tensão 
constante entre os dois padrões de ordem: Tolerancia e Civilization. 
 Responde ao dilema de Ordem e Justiça. 
 Em suma, Keene vê a ordem como dual, cindida e é a soma do mundo extra-
europeu (Civilization) com o europeu (Tolerancia) 
 
 
Keene: 
 
 
 
Bull: 
 
Resumo feito por André Nogueira 
IRiscool 2012.1

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