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Provas no Processo Civil 1
Provas no Processo Civil
1. Natureza Jurídica 
As normas que disciplinam as provas não pertencem necessariamente ao Direito Material, o que 
se daria se o seu interesse único fosse o convencimento da parte contrária e não do juiz, que é o 
destinatário direto da prova.
A natureza da prova pode ser considerada híbrida no sentido em que "A prova de nenhum modo 
se reduz ao direito processual. O direito processual é o direito de aplicação das regras jurídicas, 
com a promessa de atender a tutela jurídica a que o Estado se vinculou" 
Com relação a postura do juiz quanto as provas, o CPC/2015 encampou o princípio o livre 
convencimento motivado ou persuasão racional (art. 371 do CPC/2015), respeitados os limites 
intransportáveis das provas legais (v.g., art.215 do Código Civil) e, em certa escala, os limites 
das provas escritas. Relativamente às provas legais haverá apenas de constatar, o juiz, se a prova 
existe ou não, e, existindo validamente, não poderá deixar de emprestar-lhe o valor a ela 
atribuída pela ordem jurídica. 
A liberdade de convencimento do juiz, tanto no CPC/73 quanto no CPC/15 existe e é no sentido 
de o magistrado não está vinculado a regras que pré-estabeleçam ou hierarquizem o valor dos 
elementos extraídos de cada meio de prova. 
Dessa forma a teoria da prova, predominantemente, vem regulada no Código de Processo Civil, 
quanto aos seus tipos (meios de prova); a sua admissibilidade (pelo juiz) e ainda quanto ao ônus 
da prova e sua valoração, que são assuntos intrinsecamente processuais; já quanto ao tema 
relativo às provas legais, aloja-se a disciplina nos Códigos de direito material, donde pertencer o 
assunto à teoria geral do direito, pois, sediada a matéria no direito material, repercute no 
processo. 
2. Conceito
Provas no Processo Civil 2
Prova é todo elemento trazido ao processo para contribuir com a formação do convencimento do 
juiz a respeito da veracidade das alegações concernentes aos fatos da causa. 
Ao longo do processos, as partes vão apresentando alegações sobre fatos. E cabe ao juiz 
estabelecer, ao decidir a causa, quais dessas alegações são ou não verdadeiras e , para isso, é 
preciso que ele forme seu convencimento. 
A prova é direito fundamental das partes, que emana do principio de contraditório e do 
decorrente direito que estas possuem de influir no convencimento do juiz. 
2.1. A prova, a persuasão racional e o problema da verdade 
A verdade, no processo deve sempre ser buscada pelo juiz, mas o direito mesmo que se preocupe 
com a busca da verdade, não a coloca como um fim absoluto em si mesmo. Ou seja, as vezes, o 
suficiente, para a validade e a eficácia da sentença é a semelhança dos fatos. 
O que significa que, conquanto o escopo do juiz haja de ser a descoberta da verdade, este não é 
fim absoluto, no sentido em que, se um processo tiver sua prova mal avaliada, deixe a decisão 
nele proferida subsistir, pois a má apreciação da prova não enseja cabimento ou não é 
fundamento para a ação rescisória.
Pondo este entendimento em vista, é possível dizer que o direito convive e alberga decisões 
menos exatas quanto a apreciação da prova, ou seja "verdade" apurada. 
Tratando de bens indisponíveis, procura-se, de forma mais acentuada, fazer com que o resultado 
obtido no processo seja o mais aproximado da verdade material. 
Nessa linha, o Supremo Tribunal de Justiça preconiza a maior iniciativa probatória do juiz na 
busca da verdade real, quando se trata de interesse público. Apontando assim para um tendência, 
hoje crescente, de se privilegiar a busca da verdade no processo em detrimento do princípio 
dispositivo, que atribui às partes o papel de requerer e produzir provas necessárias a 
convencimento do juiz.
3. Objeto da prova
Constituem como objeto da prova, os fatos pertinentes ao litigio e relevantes para a solução da 
causa. De modo geral, somente são objeto da prova os fatos controvertidos, isto é, aqueles que 
são afirmados por uma parte e impugnados pela parte contrária. 
Fatos notórios: São os acontecimentos concretos e específicos cuja notoriedade dispensa a 
prova por aquele que os alegou, tendo em vista a economia processual. 
💡 Não faria sentido determinar prova cuja ocorrência seria facilmente identificada pelo 
juiz. 
Fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária desde que a demanda 
seja relativa a bem ou direito disponível. 
Provas no Processo Civil 3
Fatos admitidos como incontroversos no processo, sendo estes não necessariamente 
confessados mas simplesmente com o qual concorda o adversário de quem alegou. No caso, 
podem ser admitidos só pelo silêncio, isto é, mesmo os não contestados.
Fatos em cujo favor milita a presunção legal de existência ou veracidade, ou seja o que 
milita a a presunção legal de veracidade dos fatos não contestados pelo réu, nos moldes e 
com as cautelas já expostas.
Os fatos constituem-se nos meios através do qual se traçam nitidamente os contornos da situação 
ou relação jurídica, que será decidida pelo juiz. 
4. Momento Probatório 
Consideram-se momentos da prova as etapas em que se desenvolve a atividade probatória, 
promovida pelos litigantes, sob a vigilância do juiz. Ou seja, partindo disso, podemos entender o 
momento probatório como o conjunto das disposições, inseridas no procedimento. Onde tais 
disposições tornam-se suscetíveis a serem alvos de flexibilização do juiz, ou, por convenção das 
partes, para o fim de adequar a instrução às necessidades do conflito. 
Podemos dividir o momento probatório em quatro fases:
I. Fase postulatória (partes e interessados requerem a produção da prova)
II. Fase de admissibilidade (o órgão judicial defere ou indefere a produção da prova requerida) 
III. Fase de produção (em que os meios de prova são realizados no processo) 
IV. Fase de valoração (em que o juiz analisa os meios de prova e lhes atribui o valor, chegando 
então, a uma conclusão sobre os fatos discutidos no processo) 
5. Postulação das provas
 As partes, enquanto conhecedores dos fatos e maiores interessadas na solução do litígio, são as 
principais responsáveis pela iniciativa probatória, porem, existem também, a possibilidade da 
postulação por terceiros interessados- como é o caso do assistente simples- bem como de 
determinação judicial de produção de provas, sendo esta última, independente de requerimento. 
💡 A possibilidade do juiz requerer a produção de provas de ofício ou a requerimento 
das partes, está previsto no artigo 370 de CPC/2015. 
O primeiro momento de postulação de provas se da mediante mera indicação - 1) Petição inicial, 
2) Contestação, 3) Reconvenção. 
O segundo momento coincide com aquele em que o órgão judicial fará o juízo de admissibilidade 
das provas. 
Provas no Processo Civil 4
6. Admissão das provas
Para ser lícita, a prova não precisa estar prevista em lei, basta não viola-la. Desse modo, sua 
admissão e produção não deve ofender outros direitos fundamentais como: a privacidade, a 
honra, ou a intimidade de alguém. 
Além da ilicitude, a principal limitação quanto a admissibilidade da prova é a de que ao juiz e às 
partes não é dado ir além do tema probatório, ou seja, da lide ou do objeto litigioso. Nesse ponto, 
cabe ao juiz impedir as diligencias probatórias inúteis ao respectivo objeto. Por provas inúteis e 
meramente protelatórias, entende-se como aquelas que não dizem respeito a fatos pertinentes e 
relevantes para a solução do litígio, e que não têm potencialidade de influenciar a conclusão dos 
fatos. 
💡 Sendo desnecessária a produção de provas, o Juiz proferirá, desde logo o julgamento 
antecipado do mérito. 
7. Produção de provas
A produção ou realização das provas ocorre precipuamente na audiência de instrução e 
julgamento, ou, excepcionalmente, em outro momento, mas quase sempre depois do saneamento. 
💡 Excepciona-se a essa regra a prova documental, que é em geral admitida e produzida 
no momento da propositura da ação (petição inicial) ou da apresentação de defesa(contestação), mediante juntada de documentos aos autos. 
A prova pericial deve ser produzida normalmente, no interregno de que vai do saneamento até 20 
(vinte) dias antes da realização da audiência. (art. 477 do CPC-2015) 
A inspeção judicial se pode dar a qualquer momento, porque decorre da necessidade de exame, 
pelo juiz, de fatos que interessam a decisão da lide. 
8. Ônus da prova
Aplica-se a teoria do ônus da prova a todos os processos, atendidas as peculiaridades de cada um. 
As regras do ônus da prova se destinam aos litigantes do ponto de vista de como devem se 
comportar, à luz das expectativas que o processo lhes enseja, por causa da atividade probatória.

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