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Conceito, características, teorias, condições e elementos da ação

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Ação
CONCEITO 
⤑ Direito ao exercício da atividade jurisdicional, de provocar a 
jurisdição. É exercido através de um complexo de atos 
denominado processo. 
Direito público, subjetivo, autônomo e abstrato à prestação 
jurisdicional. 
CARACTERÍSTICAS 
⤑ Subjetividade – ação enquanto direito subjetivo, que geraria 
conflito de interesses. 
Publicidade – desempenha o exercício de uma função que é 
monopólio estatal. Dirigida contra o Estado, produzindo efeitos na 
esfera jurídica do réu. 
Garantia constitucional – assegura o comando previsto no artigo 
5º, inciso XXXV, da Constituição 
Instrumentalidade – tem por finalidade solucionar uma pretensão 
de direito material. 
TEORIAS 
⤑ Teoria Imanentista, Civilista ou Clássica – ação era o próprio 
direito material em movimento, a reagir contra a ameaça ou a 
violação sofrida. Não havia ação sem direito. Tese de imanência do 
direito de ação ao direito subjetivo. Falhas: 1) ação declaratória; 2) 
ações infundadas. 
Teoria do Direito Concreto de Ação – o direito de ação é um 
direito do cidadão contra o Estado, com o objetivo de uma 
sentença favorável. Dessa forma, esta teoria deixa de enxergar 
a ação como um direito somente contra o adversário, mas em 
face deste e do Estado. 
Teoria da ação como direito potestativo – a ação invade a esfera 
jurídica de alguém sem que esse possa fazer algo, contudo não 
consegue novamente explicar a sentença improcedente e, além 
disso, considera, erroneamente, o juiz como sujeito passivo. 
Teoria da ação como direito abstrato – o direito de ação seria, 
simplesmente, o direito de provocar a atuação do Estado-juiz. Em 
outros termos, para essa teoria, a ação é o direito de se obter 
um provimento jurisdicional, qualquer que seja o seu teor. 
Teoria eclética – o direito de ação constitui direito autônomo 
reconhecido pelo preenchimento das condições da ação 
Crítica à teoria eclética – não se deve falar em condições da 
existência do direito de ação, uma vez que esse direito é 
incondicionado. Há, apenas, condições para o seu regular exercício. 
Ação hoje é compreendida como abstrata e instrumental. 
 
 
CONDIÇÕES DA AÇÃO 
⤑ Condições podem ser: 
i) genéricas; 
ii) específicas 
⤑ Condições genéricas: 
1) legitimidade; 
2) interesse. 
1) Legitimidade: pertinência subjetiva da lide. Juiz deve examinar 
se sujeitos que figuram como autor e réu, considerando os fatos 
narrados na inicial, realmente deveriam ser. A legitimidade pode 
ser ativa ou passiva, ordinária ou extraordinária. 
2) Interesse: necessidade, utilidade e proveito da tutela 
jurisdicional para que o autor obtenha a satisfação do direito 
pleiteado. 
Exemplo: STF – dispensa de prévio requerimento administrativo: 
Recusa de recebimento por parte do INSS; 
Resistência na concessão do benefício, em virtude de: a) notória 
oposição; b) extrapolação de prazo razoável. 
Aferição da presença das condições da ação: in status 
assertiones 
ELEMENTOS DA AÇÃO 
⤑ São elementos da ação: 
i) partes; 
ii) pedido; 
iii) causa de pedir 
Partes: sujeitos que figuram como autor e réu na relação 
processual. São os que pedem e em relação a quem o provimento 
jurisdicional é pedido. Há a classificação de partes da demanda e 
do processo. 
Causa de pedir: fato jurídico com suas circunstâncias. Subdivide-
se em próxima (fundamentos jurídicos que embasam o pedido do 
autor) e remota (fatos constitutivos do direito do autor). 
Teoria da substanciação: causa de pedir funda-se nos fatos 
articulados pelo autor, não a mera qualificação jurídica. 
Teoria da individualização: causa de pedir seria qualificação jurídica 
dos fatos. 
Pedido: objeto da jurisdição, que se divide em imediato (provimento 
jurisdicional solicitado ao juiz) e mediato (bem da vida pretendido 
pelo autor com a prestação jurisdicional). Pedido, como regra, 
deve ser certo e determinado, conforme dispõe o artigo 322 do 
Código de Processo Civil.

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