Buscar

Teorias sobre a Guerra: Keegan x Clausewitz x Howard

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Keegan x Clausewitz
− O que é a guerra
− Guerra como cultura
− Quem é Clausewitz
− Verdadeira x Real
Keegan rechaça por completo a teoria de Clausewitz sobre a guerra, classificando-a como 
“incompleta e enganadora”
Segundo o autor, a teoria clusewitziana é incompleta uma vez que só a fundamenta a partir de uma 
perspectiva do Estado, sendo cultural e temporalmente restrita. Keegan observa a guerra como um 
fenômeno humano ligado as culturas, desde a pré-história, sendo assim apenas uma questão de 
continuação da política.
A Política e a concepção de estado só se desenvolveram com a modernidade, fazendo com que a 
teoria de Clausewitz seja altamente embricada com esses conceitos, sendo uma expressão desta. 
Keegan tem uma visão mais abrangente da guerra, tendo esta precedido o estado moderno. A 
Percepção do fenômeno belicoso como sendo estrito ao estado-nação torna-se enganadora e 
reducionista.
Clausewitz foi um soldado de regimento, que era de extrema importância para compreender a 
origem de sua teoria. A visão da restrição da guerra como sendo algo regimental e atrelado ao 
estado-nação é idealizada. Na guerra de Clausewitz - a guerra “verdadeira “ “há a disciplina de 
fogo: se luta por honra e o auto sacrifício pelo bem maior, que é a proópria guerra. Constitui-se 
então, um modelo no qual não se assimila a guerra “real”, onde os combatentes enxergam as reais 
situações de batalhas e lutam conforme elas se mostram. Um exemplo que define bem essa 
distinção são os cossacos que não eram vistos por Clausewitz como soldados.
O autor conclui seu texto com uma interpretação da guerra na contemporaneidade. Diz que está 
obsoleta e fora de moda. Exemplifica isso a partir dos exemplos que desde a segunda guerra não 
temos nenhum conflito em larga escala nas proporções desta e da primeira. Os custos para sustentar 
uma guerra hoje em relação aos benefícios auferidos não valem a pena. Vivemos para Keegan uma 
época da cultura sem guerra.
Clausewitz 
− Objetivo/Natureza
− Ataque e Defesa
− Ponto culminante e Centro de gravidade
− Trindade
− Fricção, Fog e Golpe de Vista
Os pontos-chave da teoria de Clausewitz são a sua própria definição de guerra, onde destaca seu 
objetivo e a sua natureza, a importância e vantagens da defesa, o que é o ataque, o conceito de 
centro de gravidade e de ponto culminante.
A guerra é entendido com um duelo em larga escala, um ato realizado para compelir o inimigo a 
submeter-se à sua vontade e é uma expressão extrema da violência. É a continuação da política por 
outros meios. Assim, seu objetivo é político e sua natureza é ela mesma. 
A defesa é a contenção de um ataque. Logo, ela se caracteriza como uma ação passiva, retroativa. 
Isso se converte em vantagem, ao passo que pode se estruturar um plano ou um curso de ação em 
função do que o inimigo realiza e na medida em que isso possibilita a correção de erros estratégicos, 
uma vez que há tempo hábil para tal. Por isso, o ataque – ação ofensiva em um conflito – está 
sempre em posição de desvantagem, posto não ter as coordenadas para guiar e definir suas 
diretrizes.
Outro conceito importante e o de centro de gravidade. Cosntitui-se como o elemento central que 
liga e une todo o aparato político-militar em uma guerra. Pode ser uma capital, um líder político ou 
o próprio exército. Sua presença é tão essencial no desenvolvimento do conflito que sua destruição 
ocasiona a derrota do grupo que está representando.
Assim, se dá o ponto culminante. A guerra deve ser levada às ultimas consequências, deve-se lutar 
até obter vitória ou exaurir a capacidade do seu exército. Para vencer uma guerra é necessário 
destruir por completo o inimigo.
Howard
4 definições de estratégia: operacional, logística, tecnológica e social.
Operacional: diz respeito as movimentações de exército, planos de ação e de comando da guerra. É 
ligada a tática
A logística engloba a distribuição e aquisição de recursos para a guerra, sejam eles financeiros, 
bélicos ou de alimentação, bem como de transporte.
A dimensão tecnológica da estratégia é ligada a pesquisa e ao desenvolvimento, bem como a poisse 
de armas e aparato de guerra mas evoluído. 
A dimensão social trata do contingente humano e sua influência na guerra.
1ª Guerra: A dimensão tec. começava a ser relevante. Com a RI em curso, surgiam novas fábricas e 
materiais, além de novas fontes de energia. Houve uma invenção de novos armamentos que 
capacitaram melhor os exércitos, aumentando sua letalidade. A dimensão social teve suma 
importância no conflito, uma vez que a atuação dos soldados como cidadãos defendendo suas 
nações foi crucial e extremou as consequências da guerra. A dimensão operacional – e atrelada a ela 
a logística – foram revolucionadas na primeira guerra com as trincheiras e o novo modo de se fazer 
guerra. 
2ª GM: A dimensão tecnológica foi predominante nos dois primeiros anos. Nos países do eixo, a 
dimensão social foi vital para justificar a guerra dentro do cenário político interno. A dimensão 
operacional e logística, novamente, estão presentes, favorecendo os aliados a vencer as batalhas a 
partir de 1942.
GF: A dimensão tecnológica predomina com a questão da bomba atômica e a escalada nuclear. A 
dimensão social da guerra era importante, uma vez que estava sobre influência do torpor do medo 
nuclear. As dimensões operacionais e logísticas estão restritas apenas as crises nos países na briga 
por esferas de influências – exemplo crise dos mísseis e Vietnã.
Resumo feito por Felippe De Rosa
IRiscool/11

Outros materiais