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Maria Fernanda Brandão – UC3 1 Caracterização da urease Mecanismo de ação da urease Seres humanos não tem urease Urease tem alta especificidade para o substrato da ureia (NH2CO-NH2) transformando-o em amô- nia e gás carbônico Em meio aquoso, ocorre a formação de carbo- nato de amônio (sal de caráter básico) Detecção do produto usando indicador ver- melho de fenol Ácido (amarelo), neutro (laranja), básico (rosa/vermelho) Especificidade enzimática da urease Diferencia até mesmo ureia de tioureia Inibição irreversível da urease por mercúrio Sais de mercúrio reagem com os grupos SH da urease não permitindo o encaixe ao substrato, ir- reversível (afinidade muito grande) Teste da uréase que detecta H. pylori O teste da urease é um exame laboratorial utili- zado para identificar Helicobacter pylori, através da detecção da atividade da urease bacteriana. Helicobacter pylori está associada à gastrite, eso- fagite e duodenite, úlceras, câncer e linfoma do estômago. Biópsia Um pequeno pedaço da parede do estômago é retirado e colocado em um frasco contendo ureia e o indicador ácido-base (vermelho de fenol). 90% de confiabilidade Teste respiratório Durante a endoscopia digestiva alta, que avalia a saúde do esôfago e do estômago Realizado através de coleta de gases após admi- nistração oral de ureia com carbono 13 marcado Na presença da bactéria, a urease degrada a ureia, liberando o carbono 13 que é absorvido e exalado em forma de CO2 95% de confiabilidade Reação da caracterização da enzima urease 2 Tubo 1: 2 ml de tampão fosfato 1 mmol/L pH 7,0 com 1% de ureia, 2 gotas de urease, 1 gota de vermelho de fenol. Incubar a 37oC por 5 minutos. Tubo 2: 2 ml de tampão fosfato 1 mmol/L pH 7,0 sem ureia, 2 gotas de urease, 1 gota de vermelho de fenol. Incubar a 37ºC por 5 minutos. Prática Reação do biureto: indica proteína (pelo menos tripeptídeo devido às ligações peptídicas) ca- racteriza a urease Tubo 1: Colocar 2 gotas da solução de urease e juntar 2 ml de água destilada. Agitar e adicio- nar 2 mL do reativo do biureto. Misturar. Tubo 2: Colocar 2 ml de água destilada e 2 ml do reativo do biureto. Misturar. Comparar a cor nos dois tubos de ensaio. Resultado: o tubo 1 contém urease pois fica de cor violeta (positivo) enquanto o tubo 2 fica trans- parente Teste de atividade da enzima: a ureia é o subs- trato da urease, ocorrendo a formação de carbo- nato de amônio, que permitirá a mudança de cor do meio de amarelo para rosa Tubo 3: 2 ml de tampão fosfato 1 mmol/L pH 7,0 com 1% de ureia, 2 gotas de urease, 1 gota de vermelho de fenol. Incubar a 37ºC por 5 minutos. Tubo 4: 2 ml de tampão fosfato 1 mmol/L pH 7,0 sem ureia, 2 gotas de urease, 1 gota de verme- lho de fenol. Incubar a 37ºC por 5 minutos. Resultado: na presença do substrato (tubo 3), há formação de carbonato de amônio (sal básico fica rosa/vermelho) enquanto no tubo 4, que não tem o substrato ureia fica laranja (neutro) Desnaturação proteica: a enzima, por ser uma proteína, ao ser desnaturada perde a sua ativi- dade biológica. Tubo 5: 2 ml de água destilada, 2 gotas de urease. Ferver 2 minutos Tubo 6: 2 ml de tampão fosfato 1 mmol/L pH 7,0 com 1% de ureia, 1 ml da solução de urease fervida e 1 gota de vermelho de fenol. Incubar a 37ºC (temperatura ótima) por 5 minutos Resultado: a solução não fica rosa pois a en- zima foi desnaturada, ou seja, não hidrolisa a urease formando carbonato de amônio, portanto não fica rosa, e sim amarelada/laranja Efeito de sais de mercúrio: os sais de mercúrio reagem com os grupos SH da urease não per- mitindo o encaixe ao substrato (inibição irrever- sível) Tubo 7: 2 ml de água destilada, 2 gotas da solu- ção de urease, agitar e juntar cuidadosamente 1 gota de cloreto de mercúrio a 0.01%. Agitar e adicionar 2 ml de tampão fosfato 1 mmol/L pH 7,0 com 1% de ureia e 1 gota da solução de ver- melho de fenol. Misturar. Incubar a 37oC por 5 minutos Resultado: o mercúrio deslocou o hidrogênio inibindo a enzima e formando ácido clorídrico. Por isso, o tubo fica amarelo (ácido) Especificidade da enzima: a tioureia é um com- posto estruturalmente análogo à ureia, pode ser utilizado pela urease, mas não ocorre a formação do carbonato de amônio Tubo 8: 2 ml de tampão fosfato 1 mmol/L pH 7,0 com 1% de tioureia, 2 gotas de urease, 1 gota de vermelho de fenol. Incubar a 37oC por 5 minu- tos. Tubo 9: 2 ml de tampão fosfato 1 mmol/L pH 7,0 com 1% de ureia, 2 gotas de urease, 1 gota de vermelho de fenol. Incubar a 37oC por 5 minutos Resultado: o tubo 8, que contém tioureia não fica rosa, e sim laranja, pois não houve reação, enquanto o tubo 9, que contém o substrato urease, fica rosa No tubo 1, há substrato, portanto a urease con- verte a ureia em sal bá- sico, o carbonato de amônio, ficando rosa.
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