Aula 5 - Saponificação

Prévia do material em texto

Maria Fernanda Brandão – UC3 
 
1 
 
Saponificação ou hidrólise alcalina 
Lipídeos saponificáveis 
 Apresentam ésteres de ácidos graxos, sofrem hi-
drólise alcalina formando sabões 
 
Reação de saponificação de triglicerí-
deos (hidrólise alcalina) 
 É uma hidrólise alcalina (na presença de uma 
base forte) dos ésteres de triglicerídeos, for-
mando um álcool (glicerol) e 3 sais ou sabões 
de Na+ ou de K +. 
 
Sabão 
 
 São moléculas anfipáticas, apresentando em 
sua estrutura uma longa cadeia hidrocarbonada 
(cauda apolar) e um grupo carboxilato (cabeça 
polar). Em solução aquosa, formam micelas. 
 O sabão tem capacidade detergente: emulsão 
de gorduras 
 Parte polar da micela voltada para fora, em con-
tato com a água 
 
Reação de saponificação 
 Amostra: Óleo de soja (trioleína) 
 Tubo de ensaio grande: 15 gotas de óleo vegetal 
+ 5ml de solução de potassa alcóolica. 
 Aquecer em banho-maria fervente durante 30 
minutos. 
 Nestas condições o óleo é saponificado, ob-
tendo-se uma solução opalescente de sais de 
potássio de ácidos graxos (sabões) e glice-
rol. 
 Sabão obtido: oleato de potássio 
 
Propriedades dos sabões - caracteriza-
ção 
Abaixamento da tensão superficial 
 Na superfície da água, as moléculas de sabão se 
orientam em uma camada, onde as cabeças po-
lares interagem com a água e as caudas apolares 
permanecem fora do líquido. Esta disposição pro-
voca o abaixamento da tensão superficial. 
 Faz espuma 
 
Precipitação de ácidos graxos 
 Adição de ácido acético concentrado até notar o 
aparecimento de um precipitado branco de ácidos 
graxos 
 Oleato de potássio + ácido acético  ácido oleico 
(insolúvel) + acetato de potássio 
 
 Troca entre o potássio e o hidrogênio 
2 
 
 Os ácidos graxos dos sabões podem ser precipi-
tados pela adição de ácidos fracos (ácido acé-
tico), acarretando a formação do ácido graxo cor-
respondente. 
 
Precipitação de sabões de cálcio 
 Adição de cloreto de cálcio a 10% , gota a gota, 
até notar o aparecimento de um precipitado de sa-
bões de cálcio. 
 Oleato de potássio + CaCl2  Oleato de cálcio 
(insolúvel) + 2 K Cl 
 
 Os sabões de metais alcalinos terrosos (Ca+2) 
são insolúveis porque se encontram praticamente 
não dissociado. 
 
Precipitação por excesso de eletrólitos 
 Adição de um volume igual de solução saturada 
de cloreto de sódio.Fformação de um precipitado 
de sabão por excesso de eletrólitos. (=efeito do 
íon comum; para efeito desta prática o K+ e o Na+ 
podem ser considerados cátions muito semelhan-
tes). 
 
 Excesso de sais neutros (efeito do íon comum), 
que reprime a dissociação do sabão fazendo com 
que as micelas percam a carga e precipitem.