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Petição Inicial Petição Inicial é o ato em que se inicia o processo, constando os elementos da ação: Partes, pedido e causa de pedir. Tem como efeitos da apresentação da petição inicial a) a aplicação do princípio da congruência, indicando os limites da sentença (tanto objetivos quanto subjetivos); b) a verificação da Litispendência, coisa julgada e conexão; c) Fixação da competência; d) Determinação do procedimento a ser adotado. Seus requisitos estão dispostos nos artigos 319, 320 e 77, V do CPC. Importante termos mente que o descumprimento dos requisitos básicos de uma petição inicial poderá gerar a necessidade de sua emenda (art. 321 do CPC), ou até mesmo seu indeferimento (art. 330 do CPC). Mais especificamente o pedido demonstrará o provimento jurisdicional a ser conferido pelo juiz, devendo ser, em regra, certo e determinado (322 e 324). Pedido certo é o expresso, e determinado quanto à sua qualidade e quantidade do bem da vida buscado. Mesmo assim, a interpretação do pedido, conforme art. 322, §2º do CPC será feita conforme o conjunto da inicial e a boa-fé. Atenção: o Código de Processo Civil prevê que, no PEDIDO PRINCIPAL, estão compreendidos os juros legais, correção monetária, verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. São os chamados pedidos implícitos. Também necessário verificar que há previsão de tutelas específicas a depender dos pedidos, como de fazer, não fazer ou entregar coisa (artigos 497 a 501 do CPC). Por fim, há várias possibilidades de cumulação de pedidos na inicial: a) Simples: formula-se vários pedidos pretendendo o acolhimento de todos; b)Alternativa (326, p. único): formula-se vários pedidos, mas deseja-se que o juiz acolha somente um deles sem preferência; . c) Sucessiva: formula-se vários pedidos, mas existe relação de dependência entre eles; e d) Subsidiária ou eventual (326, caput): formula-se vários pedidos, para que o juiz acolha somente um deles, mas com ordem de preferência. São requisitos para cumulação que os pedidos sejam compatíveis entre si; que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. Sugestão de Leitura: artigos 291 e 292; 318 a 321, 330, 497 a 501, do Código de Processo Civil. Prescrição e Decadência “ O direito não socorre aos que dormem , diz o brocado em latim que se caracteriza no direito brasileiro de diversas formas, sendo uma delas a prescrição. A prescrição nada mais é do que a perda de uma pretensão de exigir algo em juízo, de modo a garantir maior previsibilidade e segurança jurídica. O Código Civil brasileiro concentrou boa parte do tratamento do tema do artigo 189 ao 206. O termo inicial do prazo prescricional é, em regra, a data da violação do direito de qual decorre a pretensão e em alguns casos t em-se entendido que começa no momento da ciência da violação do direito (teoria da actio nata) . Em relação aos prazos, o artigo 205 traz o prazo prescricional geral, que é de 10 anos , aplicável nos casos em que alei não estabelecer especificamente outro prazo para o caso em questão. Já o artigo 206 traz alguns dos prazos específicos, dividindo-se em 5 parágrafos com diferentes prazos: §1º um ano; §2º dois anos; §3º três anos; §4º quatro anos; e §5º cinco anos. Por fim, vale destacar que estes prazos podem ser tanto suspendidos (arts. 197-201) quanto interrompidos (arts. 202-204), sendo que na primeira forma quando retorna a “correr” retorna pelo prazo restante ao tempo da suspensão. Enquanto na interrupção, quando retorna, retorna pelo prazo inicial, ou seja, contando do zero.” Pretensão - Dar, Fazer ou Não Fazer = Prescrição Cobrar Dívida ou indenização *A renúncia da prescrição só pode ser feita posteriormente, ex.: devo e já prescreveu mas renuncio a prescrição para pagar 10 anos, se não houver outra previsão = geral. Direito Potestativo - Criar, Modificar ou Extinguir = Decadência Anular NJ, Desconstituir contrato Tutela Provisória posteriormente será substituída pela tutela definitiva. Tutelas provisórias são aquelas que sempre serão substituídas por outras chamadas de definitivas, estando dispostas, basicamente, nos artigos 294 e seguintes do Código de Processo Civil. A tutela provisória em si pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Tutela de urgência (artigos 300 a 310 do CPC) é aquela que se funda em PERIGO/URGÊNCIA! Pode ser antecipada ou cautelar. São 2 requisitos para sua concessão: a) probabilidade do direito alegado e b) risco de dano irreparável e de difícil reparação. Tutela de evidência (artigo 311 do CPC) é aquela que não depende de perigo, mas no alto grau de probabilidade do direito invocado. As hipóteses de concessão estão previstas especificamente no art. 311 do CPC. A tutela de urgência, em específico, pode ter natureza antecipada ou cautelar. A grande diferença entre as duas é que naquela a medida concedida pelo juiz satisfaz o requerente, concedendo basicamente uma antecipação do pedido final. Já a tutela cautelar apenas garante o resultado do provimento final, em nada adiantando-o. Tanto a tutela antecipada quanto a cautelar podem ser requeridas antes do início do processo (antecedente) ou durante o processo (incidente). Para a tutela antecipada antecedente ser requerida, haverá necessidade de requerimento da tutela antecipada e indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.Para a tutela cautelar antecedente ser requerida necessária a indicação da lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. O recurso cabível da decisão que versar sobre tutela provisória é o agravo de instrumento, expressamente previsto com base no art. 1.015, I do CPC. Sugestão de Leitura: artigos 294 a 305 e 1.015, I, do Código de Processo Civil. ● urgência (perigo) -cautelar -antecipada ● evidência (probabilidade) RECURSO = AGRAVO DE INSTRUMENTO Responsabilidade Civil - CDC relação fornecedor e consumidor, o CC pode ser aplicado subsidiariamente. ● práticas contratuais e publicidade ; ainda que nada consumido, mas é alvo. ● vítimas do produto ou serviço; O direito do consumidor tem como uma de suas características a defesa dos hipossuficientes, visando propiciar relações cada vez mais equilibradas entre as partes nas relações. Neste sentido, uma das escolhas adotadas pelo legislador é a existência da, predominante, responsabilidade objetiva (em que não há a exigência de comprovação de culpa ou dolo) dos fabricantes, produtores, importadores ou fornecedores pelos produtos e serviços prestados ( arts. 12 e 14, do CDC). Diferente do Código Civil, em que há o predomínio da responsabilidade subjetiva (em que há a exigência de comprovação de culpa ou dolo) (art. 186, do CC) e a objetiva como exceção (art. 927, do CC). Vale destacar também a existência de solidariedade dentro da cadeia produtiva (arts. 18 e 19, do CDC), podendo ser demandado qualquer um dos fornecedores, visando garantir a indenização do consumidor hipossuficiente e posteriormente, o debate acerca de quem efetivamente fora responsável pelo dano e o possível direito de regresso entre os fornecedores. Por fim, outro ponto importante é a inversão do ônus da prova que consiste na possibilidade de delegar aos fornecedores a obrigação de provar nos processos que envolvam relações consumeristas. Dica: A) Profissionais liberais têm responsabilidade subjetiva nas relações de consumo, vide art. 14, § 4° do CDC.
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