CONSERVAÇÃO, RECUPERAÇÃO E GESTÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - 3

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CONSERVAÇÃO, RECUPERAÇÃO E GESTÃOCONSERVAÇÃO, RECUPERAÇÃO E GESTÃO
DE RISCOS AMBIENTAISDE RISCOS AMBIENTAIS
INSTRUMENTOS PARAINSTRUMENTOS PARA
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIASITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
AMBIENTALAMBIENTAL
Autor: Me. Mardiany Ribeiro dos Reis
Revisor : Samara Pozzan da Rocha
IN IC IAR
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introduçãoIntrodução
Emergência ambiental é o mesmo que uma situação crítica ou um evento perigoso. Diante disso, as
emergências ambientais deixam vidas humanas, meio ambiente e bens materiais sujeitos a riscos.
Por isso, procedimentos e respostas ágeis são cruciais para lidar com esses acontecimentos,
atuando na minimização dos impactos e consequências (BRASIL, on-line). Geralmente, situações de
emergência ambiental são decorrentes de atividades dos setores industrial, mineração e transporte
e manuseio de substâncias perigosas. Ainda, enquadram-se, como emergência ambiental, o
rompimento de barragens e a mortandade de peixes (BRASIL, on-line). Dessa maneira, iniciaremos
esta unidade diferenciando os acidentes ambientais dos acidentes tecnológicos, isto é, acidentes
devido a causas naturais (por exemplo, vendavais), daqueles provocados pela ação humana ou de
natureza antropogênica (por exemplo, a contaminação de rios). Lembrando que os desastres
enraizados em aspectos naturais podem ser agravados pela interferência humana.
Por �m, nos últimos dois tópicos da unidade, trataremos de duas medidas para lidar com desastres
ambientais: o Plano de Atendimento à Emergência Ambiental (PAE) e o Plano de Emergência
Individual (PEI). Iniciativas como essas, que serão apresentadas, justi�cam-se, pois desastres
ambientais promovem danos e prejuízos imprevisíveis e de complexa restauração.
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Bons estudos!
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Tsunamis são eventos naturais que, normalmente, antecedem-se por avisos, por exemplo, um
terremoto. Entretanto, o ocorrido na Indonésia, em 2018, deu-se sem nenhum sinal. Simplesmente,
uma enorme onda invadiu a Ilha de Java, provocando mortes e ferimentos em um grande número
de pessoas.
O evento descrito acima destaca-se pela ausência de um terremoto precedendo-o, fato que
di�cultou a determinação, por parte dos especialistas, da causa do tsunami. A seguir, na Figura, 3.1,
Acidentes Ambientais porAcidentes Ambientais por
Causas NaturaisCausas Naturais
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você pode conferir a proporção de um terremoto ocorrido no Leste japonês.
Tsunamis são exemplos de desastres ambientais naturais. Segundo o Glossário da Secretaria
Nacional de Proteção e Defesa Civil - SEDEC, os desastres caracterizam-se como “resultados de
eventos adversos intensos, naturais ou devido a causas humanas, sobre um ecossistema vulnerável,
provocando danos materiais, ambientais e humanos, que acarretam em prejuízos econômicos e
sociais” (SEDEC, 2017, on-line).
Desse modo, os desastres podem ser naturais, tecnológicos (antropogênicos) ou uma combinação
dos dois. Geralmente, ocorrem de forma súbita e inesperada, requerendo ações preventivas e de
Figura 3.1 - Terremoto - Região Leste do Japão
Fonte: mtaira / 123RF.
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resposta, as quais englobam órgãos públicos e privados (KOBIYAMA et al., 2006).
Não se esqueça de que um desastre natural não é a mesma coisa que perigo natural. Desastre
natural é resultado dos efeitos de um fenômeno natural extremo ou intenso sobre uma
comunidade, provocando danos e prejuízos que dani�cam os afetados (SÁNCHEZ, 2013). Já o perigo
natural consiste em um fenômeno físico ou processo natural com um potencial impacto negativo,
social, econômico e humano (SÁNCHEZ, 2013).
Os desastres naturais sofrem interferência das características geográ�cas locais, como solo,
topogra�a e vegetação.
Os desastres naturais podem ser classi�cados quanto à natureza, intensidade, duração, evolução
e prejuízos. Acompanhe as �guras a seguir e entenda melhor.
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Figura 3.2 - Desastres Naturais
Fonte: Adaptada de Guha-Sapir, Hoyois e Below (2013).
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Panorama Mundial dos desastres naturais
Podem ser considerados desastres naturais as inundações, avalanches, epidemias, etc. Analisando
dados mundiais referentes a esses eventos, entre os anos de 1994 e 2013, encontra-se a seguinte
frequência de ocorrência:
Vale ressaltar que o International Disaster Database - EM-DAT apenas considera como desastre
ambiental eventos que somam dez ou mais mortes, que afetem cem ou mais pessoas, con�gurem-
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se como situação de emergência ou, ainda, que acionem ajuda internacional (GUHA-SAPIR; HOYOIS;
BELOW, 2013).  
Desastres ocorrem devido à vulnerabilidade dos riscos que as áreas atingidas enfrentam, ou seja,
suas particularidades econômicas - sociais - políticas - culturais (KOBIYAMA et al., 2006). Nesse caso,
entende-se, como risco, a relação entre perigo natural e o nível de vulnerabilidade do local, ou seja,
é uma razão que envolve a probabilidade de ocorrência ou não (BIRKMANN, 2005).  
Contudo, o que torna um país mais ou menos vulnerável aos riscos ambientais? Birkmann (2005)
listou alguns fatores.
1. Densidade populacional.
2. Renda per capita e nível de escolaridade (fatores socioeconômicos).
3. Tipos de uso e ocupação do solo, infraestrutura, tipos de edi�cações e planejamento
de má qualidade (fatores estruturais).
Dessa maneira, conclui-se que países subdesenvolvidos são mais suscetíveis aos desastres naturais
e, por isso, sofrem mais com suas consequências. Segundo Brasil... (2003, on-line), o Brasil é o
principal país do continente americano a sofrer com desastres, em termos de número de pessoas
afetadas. A vulnerabilidade pode ser reduzida à medida que planos de prevenção e mitigação de
desastres naturais são aplicados. Porém, para ser gerida de forma e�caz, é necessário tempo e
recursos concentrados na redução das desigualdades (SULAIMAN; ALEDO, 2016).
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Desastres Naturais no Brasil
Considerando o panorama de desastres brasileiros, os incidentes naturais mais frequentes são:
secas, inundações, escorregamentos, granizos, vendavais, ressacas e geadas. Enquanto isso, o
manuseio de produtos perigosos e o rompimento de barragens, apesar de frequentes no país,
pertencem à classe de acidentes ambientaisde natureza tecnológica, que veremos adiante (GUHA-
SAPIR; HOYOIS; BELOW, 2013).
Ao selecionar os dados apresentados pelo International Disaster Database - EM-DAT, entre 1948 e
2004, entende-se que o desastre natural que mais afeta o Brasil diz respeito às
inundações/enchentes. Apesar desses eventos serem inevitáveis, podem ser manejados, de modo
que os impactos sejam minimizados.
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Nos últimos anos, o aumento de desastres naturais vem causando preocupação nos órgãos
competentes e na comunidade como um todo. Esse aumento é creditado, especialmente, aos
seguintes fatores: aumento da população humana e constante urbanização. Os desastres naturais
são temidos justamente por provocarem grandes estragos. Evitá-los é uma tarefa quase impossível,
porém é possível que sejam reduzidos tanto em número quanto em impactos, e a participação
popular contribui muito para as ações preventivas (KOBIYAMA et al., 2006).
Figura 3.4 - Efeito da seca no solo
Fonte: Ivan Dzyuba / 123RF.
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Como Preparar a População para Lidar com os
Desastres Naturais
Algumas medidas fortalecem as populações propensas a desastres naturais, como de�nir áreas
prioritárias, impedindo que estas sejam ocupadas; edi�cações e infraestruturas pensadas para lidar
com os perigos; programas de prevenção; políticas públicas; planejamento urbano e conscientização
de riscos; e utilização de sistemas de alerta (BIRKMANN, 2005).
Os desastres naturais provocam danos ambientais, econômicos e sociais, os quais podem ser
sentidos a curto, médio e longo prazo, e as normas técnicas de segurança são uma das medidas
para evitar e lidar com esses eventos.
praticarVamos Praticar
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Desastres naturais resultam dos efeitos de um fenômeno natural extremo ou intenso sobre uma
comunidade, provocando danos e prejuízos que lesam os afetados (SÁNCHEZ, 2013). Considerando a
classi�cação dos desastres naturais, marque a alternativa correta.
a) Impacto.
b) Escala.
c) Evolução.
d) Severidade.
e) Brevidade.
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Como foi estudado na Unidade I, os acidentes ambientais são provocados por riscos naturais e
riscos tecnológicos. Anteriormente, dedicamo-nos ao estudo dos eventos ambientais naturais. Nesse
momento, falaremos sobre os eventos provocados por causas tecnológicas.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde Brasil e a Organização Mundial de Saúde,
desastre ou emergência tecnológica é um fenômeno causado pela atividade humana, o qual é capaz
de produzir prejuízos sob a saúde pública, de modo que necessita de ajuda externa para solucionar
Acidentes Ambientais porAcidentes Ambientais por
Causas TecnológicasCausas Tecnológicas
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o problema. Ademais, acidentes por causas tecnológicas são situações ocasionadas por substâncias
nocivas à saúde humana ou ambiental (produtos químicos, biológicos e nucleares), por exemplo,
incêndios e explosões (DESASTRES..., on-line).
Os desastres tecnológicos são eventos ou processos físicos, os quais ocorrem devido às condições
de vulnerabilidade aliadas à falta de habilidade de reduzir os riscos e agravos (DESASTRES..., on-line).
A ocorrência desses acidentes resulta em novos cenários que, muitas vezes, oferecem ainda mais
riscos à saúde humana e impactos de curto, médio e longo prazos.
Assim como os desastres naturais, os desastres tecnológicos variam em situações de emergência de
saúde pública, dividindo-se nas categorias evidenciadas abaixo (VIGIDESASTRES…, on-line):
epidemiológico - surtos e epidemias;
sanitário - controle de produtos e serviços limitados à atuação de vigilância sanitária;
ambiental - controle de danos ambientais provocados por desastres que submetem risco
à saúde humana.
Quanto à tipologia dos riscos tecnológicos, estes podem ser do tipo agudo e crônico. Os ricos
agudos exigem mais atenção, porém os riscos crônicos são mais signi�cativos (SÁNCHEZ, 2013).
O gerenciamento dos riscos tecnológicos pode ser na modalidade preventiva  ou emergencial.
1. Preventiva: visam reduzir a probabilidade de ocorrência de desastres e suas
consequências.
2. Emergencial: visam determinar ações para situações de desastres.
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De acordo com as informações divulgadas no jornal da Unicamp (GONÇALVES, 2017), os principais
desastres ambientais ocorridos no Brasil foram: Vale da Morte (1980); Vila Socó (1984); Césio 137
(1987); Vazamento de óleo na Baía de Guanabara (2000); Vazamento de barragem em Cataguases
(2003); Rompimento de barragem em Miraí (2007); Vazamento de óleo na Bacia de Campos (2011);
Incêndio na Ultracargo (2015) e Rompimento da barragem de Mariana (2015). Como esta foi uma
publicação realizada em 2017, não incluiu o Rompimento da barragem em Brumadinho, ocorrido em
2019, que resultou em um dos principais desastres do setor da mineração.
praticarVamos Praticar
Acidentes por causas tecnológicas são situações ocasionadas por substâncias nocivas à saúde humana ou
ambiental (produtos químicos, biológicos e nucleares). Referente às modalidades de gerenciamento de
riscos tecnológicos, marque a alternativa correta.
a) Preventiva e emergencial.
b) Sanitária e emergencial.
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c) Ambiental e preventiva.
d) Epidemiológica e ambiental.
e) Epidemiológica e emergencial.
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O Planejamento de Atendimento à Emergência Ambiental (PAE) tem, como objetivo, apontar
cenários perigosos e com potencial capacidade de causar acidentes, bem como propor ações
mitigadoras a estes (BRASIL, on-line).
Com isso, a vantagem de adotar o PAE é prevenir-se, frente a danos materiais e pessoais para o
negócio, formalizar procedimentos e educar os funcionários quanto às suas responsabilidades. O
Plano de Atendimento àPlano de Atendimento à
Emergência Ambiental -Emergência Ambiental -
PAEPAE
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PAE pode ser elaborado por funcionários competentes ou ser contratado por empresas terceiras
(BRASIL, on-line).
O PAE pode ser exigido em alguns processos de licenciamento ambiental e, em alguns casos, é
elaborado por iniciativa própria da empresa, atendendo a políticas internas (BRASIL, on-line).
Porém, esse documento sempre é obrigatório para empreendimentos que seguem as normas da
NBR ISO 14.001 (ABNT, 2015) e para parceiras do programa Atuação Responsável da Associação
Brasileira da Indústria Química   (ABIQUIM). O PAE é composto pelos seguintes itens (BRASIL, on-
line):
descriçãodas instalações;
possíveis cenários acidentais;
quais são as responsabilidades dos envolvidos;
�uxograma de acionamento;
as ações respostas;
recursos humanos e materiais utilizados;
descrição dos programas de treinamento;
divulgação e anexos.
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Normalmente, a maioria dos documentos de Planejamento de Atendimento de Emergência
evidencia a seguinte ordem de prioridade, em caso de emergência (BRASIL, on-line):
vidas humanas;
cumprimentos das leis e normas;
segurança e bem-estar dos funcionários e demais pessoas;
proteção do meio ambiente;
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andamento da operação e manutenção das instalações.
O PAE, juntamente com Plano de Emergência Individual - PEI, é um dos elementos do Programa de
Gerenciamento de Riscos - PGR. Além deles, o PGR deve conter, no mínimo, as informações a seguir
saiba maisSaiba mais
No caso de incidentes, você deve realizar uma denúncia via
Sistema Nacional de Emergências Ambientais - SIEM. Esse
sistema é uma ferramenta, com o objetivo não só de
comunicar dados ambientais, mas também disponibilizar
mapas e dados estatísticos referentes aos acidentes
ambientais. Esse tipo de denúncia pode ser feito por parte
do cidadão comum ou pelo IBAMA. A instrução normativa
IBAMA 15/2014 é a responsável por normalizar o SIEMA.
Para saber mais, acesse o link a seguir.
ACESSAR
http://www.icmbio.gov.br/cepsul/images/stories/legislacao/Instrucao_normativa/2014/in_ibama_15_2014_institui_sistema_nacional_emerg%C3%AAncias_ambientais_siema.pdf
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(CETESB, 2011).
Informações de Segurança de Processo;
Revisão dos Riscos de Processo;
Gerenciamento de Modi�cações;
Manutenção e Garantia da Integridade de Sistemas Críticos;
Procedimentos Operacionais;
Capacitação de Recursos Humanos;
Investigação de Incidentes;
Auditorias.
Em nosso último tópico, trataremos sobre o PEI, que é considerado o pilar do sistema de prevenção,
denominado "Lei do Óleo". O PEI é um conjunto sistematizado de instrumentos e procedimentos
idealizados para a prevenção e controle de incidentes (AMORIM; SANTOS, 2019).
Legislação Ambiental sobre Acidentes
Ambientais
As leis ambientais federais visam garantir o patrimônio ambiental do país. Além de atuarem na
preservação do meio ambiente, várias leis federais buscam propor ações de prevenção e
minimização dos impactos. O quadro a seguir sintetiza os principais instrumentos legais sobre
acidentes ambientais em esfera federal.
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Lei Descrição
Resolução CONAMA 273/00
Focada nos pontos de abastecimento, determina que
qualquer tipo de vazamento deve ser comunicado ao
órgão ambiental responsável logo após constatação.
Decreto Federal 3.665/00
Toda empresa que usa produtos controlados pelo
exército deve registrar, imediatamente, junto à
autoridade responsável, a ocorrência de qualquer
acidente envolvendo essas substâncias.
Lei Federal 9.966/00
Discorre sobre a prevenção, o controle e a �scalização
de incidentes de poluição por óleo ou demais
substâncias perigosas em águas jurisdicionais
brasileiras. Além disso, determina que os acidentes
devem ser prontamente informados ao órgão
ambiental competente, à Capitania dos Portos e ao
órgão regulador da indústria do petróleo.
Decreto Federal 98.973/90 Diz sobre a comunicação imediata, ao órgão da defesa
civil, da defesa do meio ambiente, polícias civil e
militar corpo de bombeiros e hospitais de acidentes
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Quadro 3.1 - Legislação referente a acidentes ambientais
Fonte: Adaptado de Brasil (2016, on-line).
A legislação ambiental do Brasil é considerada uma das mais satisfatórias e modernas do mundo,
tanto que vários países espelham-se em nossa política de meio ambiente que, em termos legais,
está preparada para proteger o meio ambiente e reduzir os danos das atividades antrópicas.
praticar
V P ti
militar, corpo de bombeiros e hospitais, de acidentes
ambientais durante o transporte ferroviário de
substâncias perigosas, as quais possuam potencial
impacto em mananciais unidades de conservação,
como áreas de proteção ambiental e reservas
ecológicas, além de aglomerações urbanas.
Resolução ANP 44/09
Determina que a Agência Nacional do Petróleo - ANP
deve ser comunicada sobre os eventos de acidentes
que acontecem durante atividades da indústria do
petróleo, de gás natural e biocombustível.
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p
Vamos Praticar
O Planejamento de Atendimento à Emergência Ambiental - PAE tem, como objetivo, apontar cenários
perigosos, os quais tenham potencial capacidade de causar acidentes, bem como propor ações mitigadoras
(BRASIL, on-line). Em relação à ordem de prioridade, normalmente descrita em documentos de
Planejamento de Atendimento à Emergência Ambiental, marque a alternativa que corresponde ao item
considerado de menor prioridade.
a) Cumprimento das leis e normas.
b) Segurança e bem-estar dos funcionários.
c) Proteção do meio ambiente.
d) Andamento da operação e manutenção das instalações.
e) Vidas humanas.
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O Plano de Emergência Individual - PEI visa prever as atitudes a serem tomadas em caso de
acidentes de poluição por óleo, atendendo o que diz a Resolução CONAMA 398/2008. As ações
previstas procuram o atendimento imediato do problema. Para isso, utilizam-se de recursos
humanos e materiais.
De acordo com a resolução responsável por instituir o PEI (BRASIL, 2008), este deve ser aplicado em
situações nas quais tenham ocorrido acidentes com óleo. Dessa maneira, o PEI abrange os
Plano de EmergênciaPlano de Emergência
Individual - PEIIndividual - PEI
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empreendimentos portos organizados, instalações portuárias, terminais, dutos, sondas terrestres,
plataformas e suas instalações de apoio, bem como re�narias, estaleiros marinas, clubes náuticos e
instalações semelhantes.
O PEI diz respeito a um plano de contingência. Você sabe o que é contingência? Contingência
signi�ca um fato que é incerto, ou seja, que pode ou não acontecer.
Planos de contingência, planos de recuperação de desastres ou, ainda, planejamento de riscos
reúnem as medidas que uma empresa ou entidade pública deve tomar para que ocorra o
funcionamento adequado de seus processos, da melhor forma e o mais breve possível, impedindo a
paralisação das atividades (REDUÇÃO..., 2019, on-line).
As produções do tipo de contingência são aplicadas após situações de emergência ambiental e
objetivam treinar, organizar, orientar e agilizar as ações respostas para as ocorrências anômalas.
Segundo a Resolução Conama nº 316, de 29 de outubro de 2002, documentos para eventos de
contingência devemabordar os seguintes pontos (BRASIL, 2002):
i. sistemas de comunicação;
ii. sistemas de alarme interno;
iii. plano de auxílio mútuo;
iv. equipamentos de controle de fogo e vazamentos;
v. equipamentos e procedimentos de descontaminação;
vi. procedimentos de testes e manutenção de equipamentos de proteção;
vii. plano de manutenção, incluindo paralisação da unidade e disposição dos
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viii. resíduos;
ix. plano de treinamento e simulação;
x. descrição dos procedimentos de recepção, estocagem, manuseio e disposição dos
resíduos;
xi. descrição dos procedimentos e equipamentos de segurança;
xii. descrição das precauções para prevenção de ignição acidental ou reações de resíduos
in�amáveis, reativos ou incompatíveis;
xiii. descrição do transporte interno de resíduos,inclusive com indicação em planta das vias de
tráfego interno.
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Situações de emergência sempre foram preocupações de entidades públicas e privadas e esteve
anteriormente presente nos instrumentos listados a seguir.
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1. Lei Federal nº 9.966, de 28 de abril de 2000 - lei do óleo e de substância nocivas.
Estabeleceu a obrigatoriedade do Plano de Emergência Individual para
empreendimentos marítimos e plataformas. 
2. Resolução CONAMA n° 398, de 11 de junho de 2008 - discorre sobre o conteúdo
mínimo que o Plano de Emergência Individual - PEI deve conter. 
3. Decreto Federal nº 4.871, de 06 de novembro de 2003 -   determina sobre os
Planos de Áreas - PA, reforçando o Plano de Emergência Individual.
Emergências ambientais sempre deixam impactos justamente por resultarem em malefícios ao meio
ambiente. Uma das medidas para lidar com os problemas gerados é o Projeto de Recuperação de
Área Degradada - PRAD. Falaremos mais a fundo desse documento em nossa última unidade.
praticarVamos Praticar
O Plano de Emergência Individual - PEI, juntamente com o Planejamento de Atendimento à Emergência
Ambiental - PAE, faz parte do Programa de Gerenciamento de Riscos. O PEI visa estabelecer medidas a
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serem tomadas em caso de acidentes. Em relação aos tipos de acidentes contemplados pelo PEI, marque a
alternativa correta.
a) Acidentes de rompimento de barragens.
b) Acidentes com produtos perigosos.
c) Acidentes de poluição de óleo.
d) Acidentes com monóxido de carbono.
e) Acidentes de inundações.
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indicações
Material
Complementar
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FILME
O Impossível
Ano: 2012
Comentário: o �lme "O Impossível" é baseado em fatos reais, que conta
a história de uma família, a qual tira férias na Tailândia, mas passa a ver
sua vida transformada pela tragédia provocada por um tsunami,
ocorrido na manhã de 26 de dezembro de 2004. O desastre devastou o
local e a família, então separada, luta para preservar sua vida e por um
futuro reencontro. Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer a
seguir.
TRA ILER
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LIVRO
Direito Constitucional do Ambiente: Teoria e Aplicação
Editora:  EDUCS - Editora da Universidade de Caxias do Sul
Autores: Sérgio Augustin e Wilson Steinmetz
ISBN: 978-85-7061-608-1
Comentário: o livro é focado na teoria e aplicação do Direito
Constitucional do Ambiente. O capítulo denominado "Legitimação e
Instâncias Constitucionais para o Gerenciamento dos Riscos Ambientais
no Ordenamento Jurídico Brasileiro", que vai da página 109 até a página
123, deixa clara a urgência de controlar as ameaças de riscos
ambientais, bem como o papel do Direito no processo de
gerenciamento desses riscos.
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conclusão
Conclusão
Acidentes ambientais com raízes em causas naturais são resultados dos efeitos de um fenômeno
natural extremo ou intenso sobre uma comunidade, provocando danos e prejuízos que interferem
nos afetados (SÁNCHEZ, 2013). Esses desastres naturais variam quanto à sua natureza, intensidade,
evolução e prejuízo.
Já os acidentes ambientais, devido às causas tecnológicas, são aqueles provocados por atividades
humanas e in�uenciados pela soma entre o nível de vulnerabilidade do local e a inabilidade de
reduzir os riscos e agravos (DESASTRES…, on-line). Para lidar com desastres naturais e tecnológicos,
são propostas medidas de contingenciamento, ou seja, ações voltadas para eventos incertos que,
nesse contexto, buscam recuperar e restabelecer a normalização dos processos e atividades.
O Plano de Atendimento à Emergência Ambiental - PAE e o Plano de Emergência Individual - PEI
podem ser entendidos como uma forma de contingenciamento. O primeiro busca prever quais são
os cenários e o potencial de ocorrência de acidentes, para que seja possível antecipar-se e minimizar
os impactos. O segundo é focado no atendimento a acidentes de poluição por óleo em águas
jurisdicionais brasileiras.
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referências
Referências
Bibliográ�cas
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BRASIL.Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA 398, de 11 de junho de 2008. Dispõe
sobre o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo
em águas sob jurisdição nacional, originados em portos organizados, instalações portuárias,
terminais, dutos, sondas terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, re�narias, estaleiros,
marinas, clubes náuticos e instalações similares, e orienta a sua elaboração. Brasília, DF: Ministério
do Meio Ambiente, 2008. Disponível em: http://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-interministerial-
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