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In co nti nên cia Urinária no Idoso Milenia Greice R Costa Incontinência Urinária (IU) Milenia Greice R Costa Envelhecimento na bexiga: Na bexiga, observamos aumento das contrações desinibidas do músculo detrusor, aumento do volume residual (50 a 100 ml) diminuição da capacidade elástica da bexiga, aumento da frequência urinária e diminuição da velocidade do jato urinário. Diminuição da pressão uretral: Na uretra, a diminuição da pressão ocorre pela diminuição da ação muscular esfincteriana, diminuição da aposição úmida das paredes mucosas, da complacência e elasticidade, além da diminuição da vascularização peri-uretral. Distúrbios do assoalho pélvico: No assoalho pélvico, podemos ter atrofia muscular, alteração do tecido conectivo, lesões no nervo pudendo e estiramento ou esforço excessivo. DEFINIÇÃO: Qualquer perda involuntária de urina ou uma perda de urina em quantidade e frequência suficiente para causar um problema social ou higiênico, como um escape ocasional até incapacidade total para segurar qualquer quantidade de urina. Isso causa grande impacto na vida do paciente, como isolamento social, diminuição das atividades diárias, baixa auto-estima, insegurança, depressão e institucionalização. A IU pode ser dividida em: ➢ Temporárias = agudas ➢ Permanentes = crônicas (esforço, urgência, sobrefluxo e funcional). FISIOPATOLOGIA Fatores que agravam: CLASSIFICAÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO IDOSO 1. Noctúria: Levantar-se mais de uma vez por noite para urinar é uma queixa comum que incomoda muitas pessoas de todas as faixas etárias, porém, é mais frequente dos 50 anos em diante. As principais causas de aumento da frequência urinária noturna devido à diminuição da capacidade vesical usual são: diminuição da complacência vesical, hiperatividade detrusora e envelhecimento. OBS: As principais causas de poliúria são: diabetes insipidus ou mellitus - produzem mais urina nos períodos diurno e noturno -, insuficiência cardíaca congestiva, hipoalbuminemia, insuficiência venosa e doenças renais. A ingestão noturna de grande quantidade de líquido, cafeína e/ou álcool, assim como o uso de diuréticos, dependendo do horário em que são administrados, merecem destaque na história clínica. O aumento da produção de vasopressina, que é observado em algumas pessoas com mais de 65 anos de idade, pode também aumentar a produção de urina noturna. 2. Incontinência Urinária Transitória: caracterizada pela perda involuntária de urina, precipitada por insulto psicológico, medicamentoso ou orgânico, que cessa ou melhora após o controle do fator desencadeante. As principais causas de incontinência urinária transitória são: A - Constipação intestinal - fecaloma B - Medicamentos C - Infecção D - Vaginite atrófica E - Distúrbios psicológicos F - Dificuldade de locomoção G - Ingestão de líquidos em excesso Avaliação clínica A investigação da incontinência urinária transitória baseia-se na avaliação crítica da anamnese e do diário miccional. Pacientes em retenção urinária que apresentam perda de urina por transbordamento (incontinência paradoxal) podem ter como fator desencadeante o emprego de medicações anticolinérgicas na presença de obstrução infravesical ou hipocontractilidade do músculo detrusor. Já o aparecimento ou o agravamento da urge-incontinência podem decorrer do uso de diuréticos de alça ou da ingestão excessiva de líquidos por pacientes já portadores de hiperatividade vesical. 3. Incontinência Urinária Persistente: a perda involuntária de urina não é causada por nenhuma comorbidade existente, não é decorrente do efeito colateral de alguma droga e persiste por pelo menos 3 meses. Existem 3 tipos de incontinência urinária persistente: A - Urge-incontinência B - Incontinência urinária relacionada ao esvaziamento vesical inadequado C - Incontinência urinária de esforço Avaliação clínica A abordagem clínica inicial deve ser realizada através da história clínica minuciosa, visando excluir causas medicamentosas e comportamentais, além de detectar doenças sistêmicas que possam ser responsáveis pela perda urinária. O diário miccional é fundamental para quantificarmos as perdas e correlacioná-las com os hábitos diários dos pacientes. Incontinência Urinária (IU) Milenia Greice R Costa Boa anamnese e exame físico; Opções de exames são sumário de urina (EAS) para detectarmos possíveis alterações na filtração e/ou trajeto da urina, urocultura para investigar infecções, glicemia e perfil endócrino para possíveis causas endócrinas, função renal, dosagem de vitamina B12 (delirium) e PSA. A avaliação do volume pós-residual é de suma importância, além de um estudo urodinâmico completo. Diário miccional IU temporárias (agudas): tratar a doença de base, como delirium, infecção do trato urinário com antibiótico, restrição da mobilidade com deambulação sob vigilância, retirada de medicamentos causadores, impactação fecal com laxativos ou dietas específicas, tratamento dos distúrbios psiquiátricos , etc . IU persistentes (crônicas): tratamento multidisciplinar, com (não beber muita água à noite, não fumar, não fazer uso de bebidas alcóolicas, praticar exercícios físicos, facilitar acesso ao banheiro com boa iluminação e adaptação com barras), encaminhamento para fisioterapia do assoalho pélvico para fortalecimento da musculatura, casos específicos encaminhar ao urologista/ginecologista, além da abordagem medicamentosa ou cirúrgica. Medida farmacológica: uso de antimuscarínicos DIAGNÓSTICO: TRATAMENTO: Incontinência Urinária (IU) Milenia Greice R Costa
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