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Transtornos PSIQUIÁTRICOS NO IDOSO

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Transtornos PSIQUIÁTRICOS
NO IDOSO
Delirium: inicio agudo, dura dias/semanas, curso flutuantes, desorientação intensa e
precoce, atenção muito alterada, alucinações são frequentes, ansiedade, irritabilidade,
hiper/hipoativo.
Demência: tem inicio insidioso, duração crônica, curso normal, desorientação tardia,
atenção pouco alterada, alucinações são raras, lábil, psicomotricidade preservada.
Transtorno Cognitivo Leve (TCL): caracterizada por queixa de memória, déficit de
memória indicado por testes, funções cognitivas gerais normais, atividades sócio
ocupacionais intactas, ausência de demência. Porém, apesar de não ser uma
demência, há um risco maior para a desenvolver nos portadores de TCL.
reversível:
HPIA – ataxia + demência + IU, 
deficiência de vitamina B12, 
hipotireoidismo, 
pelagra/déficit de niacina, 
hematoma subdural, 
demência por traumatismo craniano.
irreversível/degenerativas:
Alzheimer, 
doença vascular, 
demência frontotemporal, 
demência por corpúsculos de Lewy .
DEMÊNCIA
→ é uma doença que afeta aproximadamente 5% dos idosos aos 65 anos de idade e 20%
daqueles com 80 anos ou mais. A demência é uma síndrome clínica decorrente de
doença ou disfunção cerebral, de natureza crônica e progressiva, na qual ocorre
perturbação de múltiplas funções cognitivas, incluindo memória, atenção e aprendizado,
pensamento, orientação, compreensão, cálculo, linguagem e julgamento.
Todas as demências têm em comum um grave prejuízo nas atividades de vida diária
(profissional e social) e na habilidade de aprender novas informações, sendo elas as
principais causas de incapacidade e dependência na velhice, bem como motivo de
atendimento de urgência.
 As síndromes demenciais são caracterizadas pela presença de declínio progressivo na
função cognitiva, com maior ênfase na perda de memória, e interferência nas atividades
sociais e ocupacionais. Contudo, só podem ser definidas quando o diagnóstico de
delirium for afastado, desse modo:
 
 Após a demência ter sido escolhida como diagnostico, é importante defini-la como:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
 
1.
2.
3.
4.
Milenia Greice R Costa
 Transtornos PSIQUIÁTRICOS
NO IDOSO
Corresponde a cerca de 60% das demências; 
causada por mutações nos genes da presenilina e no gene da proteína precursora do
amiloide (APP), o que gera depósito da substância amiloide para o surgimento da DA.
O prejuízo de memoria é o sintoma mais marcante, de modo que inicialmente perde-
se a episódica e há dificuldades no aprendizado, posteriormente, no estagio
intermediário, há apraxia ou disfasia, apresentando-se como anomia ou dificuldades
para escolher palavras para uma ideia. Na fase avançada, o ciclo sono-vigília é
alterado, bem como comportamento, uma vez que a pessoa fica com irritabilidade,
agressividade, delírios e incapacidade de autocuidado.
 O diagnóstico é histológico, no qual se vê placas senis com a proteína beta-amiloide,
emaranhados neurofibrilares, degeneração granulo vascular, perda neural, glicose
astrocítica e angiopatia amiloide.
Doença de Alzheimer: 
 As pesquisas sugerem que o acúmulo de um peptídeo chamado beta-amiloide, por
superprodução ou por incapacidade de degradação, levaria ao acúmulo de substância
amiloide, causando as chamadas placas amiloides no tecido cerebral e a morte celular. 
Doença de Lewy: 
Corresponde a 20% das demências e é caracterizada por alucinações visuais, confusão,
declínio cognitivo flutuante. O diagnóstico é feito com o achado de corpúsculos de Lewy
que são inclusões intracitoplasmáticas eosinofílicas hialinas encontradas em córtex
cerebral e em tronco encefálico. É importante para excluir casos de Parkinson. O
tratamento é feito com base na melhora colinérgica.
Demência Vascular: 
Corresponde à segunda maior causa de demência, afeta mais os homens. Tem inicio
súbito, curso flutuante com rápidas alterações no funcionamento. É caracterizada por
comprometimento da memória, afasia, apraxia, agnosia ou perturbação do
funcionamento executivo, prejuízo sócio ocupacional. Também, são importantes os sinais
neurológicos focais na demência vascular incluem resposta extensora plantar, paralisia
pseudobulbar, anormalidades da marcha, exagero dos reflexos tendinosos profundos ou
fraqueza de uma das extremidades.
Demência Frontotemporal: é caracterizada por alterações neurpsicologicas de funções
dos lobos temporal e frontal, de modo que a memoria tem alteração discreta,
prevalecendo os seguintes sintomas e sinais: desinibição, rigidez, inflexibilidade,
hiperoralidade, comportamento estereotipado e perseverante, exploração incontida de
objetos no ambiente, desatenção, impulsividade, falta de persistência e perda precoce da
crítica.
Milenia Greice R Costa
 Transtornos PSIQUIÁTRICOS
NO IDOSO
Epidemiologia da depressão no idoso
DEPRESSÃO:
1.
mais frequente nos anos que precedem à aposentadoria, diminui na década seguinte e,
outra vez, sua prevalência aumenta após os 75 anos. A depressão é a doença psiquiátrica
mais comum que leva ao suicídio e os idosos formam o grupo etário, que com mais
frequência, se suicida. Costumam utilizar os meios mais letais, ainda que não se possa
ignorar os chamados suicídios latentes ou passivos (abandono de tratamento e recusa
alimentar). Estima-se que a 75% das pessoas que se suicidam tiveram consulta com seu
médico no mês anterior, e entre um terço e a metade, na semana anterior, por outro
motivo que não depressão. A maioria teve seu primeiro episódio depressivo não
diagnosticado e, portanto, não tratado. O entendimento das inter-relações entre os sinais
e sintomas de depressão, é um grande desafio para os profissionais da Atenção Básica.
Entre os fatores de risco, o isolamento, as dificuldades nas relações pessoais, os
problemas de comunicação e os conflitos com a família ou com outras pessoas. As
dificuldades econômicas e outros fatores de estresse da vida diária têm igualmente um
efeito importante. Também, etilismo, antecedentes depressivos, doença incapacitante ou
dolorosa, abandono, maus tratos, morte de parente/amigo/cônjuge, institucionalização,
alguns medicamentos, ser do sexo masculino, etilismo e etc.
ATENÇÃO!
Os índices de reconhecimento dos sinais e sintomas de depressão e consequente
instituição de uma terapêutica adequada são baixos, especialmente, na Atenção Básica.
Eles são reconhecidos pela Avaliação Multidimensional Rápida da Pessoa Idosa e pela
Escala de Depressão Geriátrica (EDG), sendo que esta última pode ser usada por
qualquer pessoa.
 
 2. Instrumentos de Avaliação:
Existem várias escalas diagnósticas validadas para rastreio de depressão ou verificação de
gravidade de seus sintomas. A aplicação de uma escala contribui para a investigação
diagnóstica e reduz a possibilidade do subdiagnóstico por expor objetivamente a
sintomatologia, mas nunca deve ser utilizada isoladamente como critério diagnóstico.
Existem várias escalas para avaliação sintomatológica, como a Escala de depressão
geriátrica (GDS), Center for Epidemiologic Studies Depression Scale (CES) e Escala de Zung
e para avaliação da intensidade dos sintomas, como Escala de Beck (BDI) e Escala de
Hamilton.
Milenia Greice R Costa
 Transtornos PSIQUIÁTRICOS
NO IDOSO
a perda do prazer, 
sensação de inutilidade, 
fadiga,
perda ou ganho de peso, 
dificuldade de concentração, 
insônia ou hipersônia.
alterações genéticas, 
deficiência alimentar do aminoácido triptofano, 
fatores epigenéticos, entre outros.
DEPRESSÃO:
 3. Fisiopatologia:
Características clínicas indicadoras da depressão são: 
OBS: sendo considerado pelos psiquiatras o quadro depressivo quando há pelo menos
quatro das manifestações citadas.
As causas da depressão: 
Em relação aos fatores genéticos, a possibilidade de ocorrência de depressão entre
familiares de primeiro grau de deprimidos é três vezes maior do que de não deprimidos.
Em gêmeos, a correlação chega a 40%.
A depressão está relacionada ao hipofuncionamento bioquímico da atividade de certos
neurotransmissores, sendo que noradrenalina, a dopamina, e a serotonina (5-
hidroxitriptamina ou, simplesmente,5-HT) merecem importante destaque. Quando uma
ou mais dessas substâncias não se encontram em quantidade suficiente no espaço da
sinapse, os hormônios causadores de emoções como alegria, euforia e bem-estar não
são produzidos pelo sistema nervoso e iniciam-se, então, os indícios da depressão.
 4. Sintomas
Milenia Greice R Costa
 Transtornos PSIQUIÁTRICOS
NO IDOSO
DEPRESSÃO:
 5. Hipótese Monoaminérgica da depressão
Milenia Greice R Costa
 (a) No cérebro de pessoas sadias, os neurotransmissores monoaminérgicos (em amarelo)
são liberados e se ligam em receptores encontrados em neurônios pós-sinápticos. Estes
neurotransmissores podem ser recaptados por transportadores específicos (em rosa) em
neurônios pré-sinápticos ou degradados pela enzima monoaminaoxidase. 
(b) Pacientes depressivos apresentam diminuições nos níveis sinápticos
de monoaminas.
(c) O bloqueio de transportadores de monoaminas pelo tratamento com antidepressivos
aumenta as concentrações e biodisponibilidade de monoaminas na fenda sináptica,
reestabelecendo o humor de pacientes depressivos
 Transtornos PSIQUIÁTRICOS
NO IDOSO
DEPRESSÃO:
 5. Tratamento
Milenia Greice R Costa
os biológicos (farmacoterapia, eletroconvulsoterapia – ECT, estimulação magnética
transcraniana e fototerapia) 
não biológico (psicoterapia).
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). 
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina (ISRSN ou SNRI). 
Antidepressivos tricíclicos. 
Antidepressivos tetracíclicos. 
Inibidores da MAO. 
Antidepressivos atípicos. 
Existem dois grupos de tratamento: 
O tratamento da depressão visa a eliminação dos sintomas, a prevenção de recorrências ou
recaídas, a prevenção da piora de outras patologias presentes e de mortalidade por suicídio
ou por outras causas associadas, a melhora cognitiva e funcional e o apoio para que os
pacientes possam lidar com suas dificuldades.
A associação entre essas opções eleva o potencial de resposta do paciente. Antes do início
do tratamento, deve-se afastar a possibilidade dos sintomas presentes serem secundários a
alguma outra patologia, ou mesmo ao efeito colateral de medicamentos. Neste caso, deve-se
primeiro descontinuar o medicamento em uso, caso não haja melhora, tratar a depressão.
Em idosos sabidamente sob maior risco, o tratamento deve ser iniciado precocemente,
como em viúvos (especialmente os homens) e em pacientes com AVE. Em situações em que
a atribuição dos sintomas é difícil de ser estabelecida entre doenças clínicas e a própria
depressão, deve ser instituído teste terapêutico.
 6. Tratamento Medicamentoso:
O antidepressivo é um medicamento de origem psiquiátrica indicada no tratamento dos
transtornos do estado do ânimo e do humor. 
Existem 6 grandes classes de antidepressivos: 
Não se sabe exatamente as causas da depressão, mas a concentração cerebral de algumas
substâncias químicas, chamadas de neurotransmissores, estão envolvidas neste processo. As
principais são a serotonina, a noradrenalina e a dopamina. A ação dos diferentes
antidepressivos passam pela regulação dessas substâncias. Então, devemos nos atentar a
recaptação que é um mecanismo, no qual o neurônio realiza para retirar o neurotransmissor
(no caso, serotonina) da fenda sináptica. Quando a recaptação é inibida, aumenta a
quantidade de serotonina disponível para os neurônios. medicamentos como o pondera
podem ser muito úteis na redução de sintomas

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