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TeoriasClássicas-Morgenthau

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Hans J. Morgenthau 
 
 Histórico pessoal: vai ser conhecido como fundador do realismo político. Pai do 
Realismo. O Hoffman chamava ele de o papa do realismo político. O Morgenthau viveu no 
período do entre guerras na Alemanha. Nasceu na Alemanha e era um judeu. Estudava 
direito em Frankfurt. No final do entre guerras, segunda metade da década de 30 vai pra 
Espanha, mas por causa da Guerra Civil Espanhola ele vai embora, mas não pode voltar pra 
Alemanha, porque Hitler está no poder e aí ele vai pros EUA. Ele vai tentar transportar o 
modo tradicional de se pensar a política do continente europeu para os EUA. 
 
 Objetivo: o Morgenthau coloca no começo de sua obra a ideia de que fica difícil 
entender a sua obra sem levar em consideração 3 aspectos: o fato dele ser judeu alemão e 
ter crescido na Alemanha no cenário do entre guerras. Para ele isso tem um impacto na sua 
obra e no seu modo de pensar, porque ele vai se dar conta, em função dessa experi6encia 
histórica, do aspecto negativo ou pessimista da natureza humana. Isso se manifesta o tempo 
inteiro em sua obra, uma visão negativa acerca da natureza humana. Por mais que ele tenha 
uam formação acadêmica jurídica ele não leva isso pro seu modo de pensarp olítica. Ele 
acha que a política tem que se distanciar. Tem que ser uma política de poder, a parte das 
considerações jurídicas (como ele observava que era nos EUA). 
 Ele vai ser um crítico da política externa norte-americana no contexto político da 
Guerra Fria. Ele diz que ela tendeu a oscilar entre dois extremos. Ele diz que é preciso 
evitar dois extremos: de um lado o isolacionismo e do outro a cruzada. O isolacionismo do 
período do entre guerras. Ele não viu com bons olhos o isolacionismo. Eles foram 
coniventes com a política alemã e a política de apaziguamento dos britânicos e franceses. 
Ele critica o isolacionismo e ao mesmo tempo critica uma política de cruzada. Segundo 
ele, essa política caracterizou a política externa dos EUA duarnte a Guerra Fria. Era uma 
política em grande medida de natureza ideológica. Buscava por meio da política da 
contenção conter o avanço dos ideais comunistas. Ele vai dizer qeu a polex norte-americana 
foi pautada muito mais por um princípio do que por interesses. Essa ideologia, segundo 
Morgenthau, não era apenas um disfarce para os interesses. Ele diz que a política ideológica 
pode se colocar contra a política de interesses. Ele tá criticando a política demasiadamente 
ideológica que sacrifia os interesses, definidos em termos de poder. Ele fala que os recursos 
dos países não são recursos ilimitados e na medida em que os Estados não detem recursos 
ilimitados eles podem intervir em todas as partes do globo? Não. Eles vão ter que 
selecionar, daí o Morgenthau é favorável a uma política externa Seletiva. Que selecione a 
onde atuar e essa seleção feita a partir de interesses. Então você tem uma hierarquia de 
interesses, ou uma hierarquia de preferências, traçada em função de interesses. 
Consequentemente, existem regiões do globo onde eu tenho mais interesse em agir do que 
em outras. A política de cruzada não fazia essa diferenciação, ela tratava todas as áreas de 
forma homogênea, igual, sem diferenciá-las. Dai reside a crítica do Morgenthau a essa 
política. A política da contenção surge em 1947. A ideia dessa política era conter o avanço 
das ideias socialistas, protegendo a área capitalista. Ele vai falar que o problema e'que ela 
estava destinada a proteger todas as áreas capitalistas e se ela tá protegendo todas as áreas 
ele não está sendo seletiva. Pro Morgenthau a lógica da Guerra Fria então estava na 
Cruzada e do entre guerras no isolacionismo. Pra ele nem uma das duas era seletiva, 
nenhuma das duas era racional. Já que eles não tem recursos ilimitados, eles precisam ser 
seletivos. A crítica que ele faz do envolvimento norte-americano no Vietnã é que houve 
descompasso entre a importância da região e os recursos que foram destinados àquele 
conflito. 
 O Morgenthau vai, assim como Carr fez antes dele, criticar o idealismo. Ele vai 
falar que a importância da obra dele é de dissipar ilusões. Ele vai falar que em geral a 
mente humana tem uma tendência a embelezar a realidade e não ver as coisas como elas 
realmente são. O objetivo da obra dele vai ser então de desfazer esse pensamento utópico, 
idealista, trabalhando a natureza humana como ela realmente é e não como deveria ser. Ele 
vai dizer que a política é a arte do possível e não do desejável. Ou seja, a política deve se 
ater aquilo que é executável em condições específicas de tempo e lugar. Sua proposta é a 
política do possível. Ele diz que não devemos perseguir o bem absoluto, mas o mal menor. 
A perseguição do mal menor é sadia tanto politicamente quanto moralmente. Aqueles que 
perseguem o bem absoluto podem chegar a um resultado desastroso em termos morais e 
políticos. 
Diferença do Morgenthau e do Waltz: O Waltz é um realista sistêmico ou neorealista. 
Sua obra que o caracteriza como isso é sua obra de 1979, a Teoria da Política Internacional. 
Em primeiro lugar existe uma diferença em termos de nível de análise. O Waltz introduz os 
níveis de análise em 59. Pro Morgenthau o que gera o conflito é a natureza humana e pro 
Waltz é o sistema, que pros realista é um sistema anárquico, então ele parte do terceiro 
nívle de análise. (os três níveis são Natureza Humana, Estado e Sistema Internacional). O 
que o Morgenthau vai dizer é que a diferença entre a política nacional e a política 
internacional é uma diferença de grau e não de substância (ontológica; não é que a natureza 
desses domínios sejam distintos), porque ambos os domínios se caracterizam por relações 
de poder, o fundamento das relações de poder estão situados na natureza humana. Só que 
existe uma diferença de grau, porque enquanto no âmbito doméstico existe um estado que 
controla essa natureza humana, no âmbito internacional esse jogo se desenvolve de forma 
livre e desempedida, e isso porque o sistema internacional é anárquico. Ele tá dizendo que a 
luta pelo poder, o conflito , agurra tem a sua causa na natureza humana, só que 
internamente ela pode esr controlada. Daí o Estado transforma a natureza humana ou a 
controla? A controla. É uma visão similar a colocada pelo Hobbes, porque pra ele o Leviatã 
não transforma natureza humana, só a controla. Pro Morgenthau a anarquia internacional 
cria as condições de possibilidade para o conflito, é uma facilitadora, ela cria a 
oportunidade para o confilto. Mas o conflito advém da natureza humana. O Waltz faz uma 
crítica a esse pensamento do Morgenthau. Ele vai dizer que existe sim uma diferença 
ontológica entre plano nacional e internacional. Pro Waltz o que gera o conflito é o sistema 
internacional. Existe uma diferença ontológica entre os dois domínios. A lógica do Waltz 
é de que eu busco poder não porque sou egoísta, mas porque no sistema anárquico eu tenho 
que sobreviver. A ausência de um governo supranacional faz com que todos os Estados 
tenham que buscar poder para sobreviver e isso que vai gerar o conflito. Cada estado tem 
que contar com seus próprios recursos ele nunca vai ficar satisfeito devido ao medo, 
gerando o dilema de segurança e ocasionando conflitos. Pro Waltz é o sistema internacional 
que gera o conflito e pro Morgenthau é a natureza humana. Quem falou da especificidade 
do internacional? É o Waltz. Ele que coloca que o internacional é específico, porque pro 
Morgenthau é a luta de poder, assim como o plano doméstico. Qual deles então contribuiu 
mais para a separação da ciência das RI`s com as outras? O Waltz. Porque ele separa com 
mais rigor o doméstico do internacional. No Morgenthau essa separação não está bem 
nítida. Ele tá muito mais pros filósofos realistas clássicos (Tucídides, Hobbes e Maquiavel). 
Diferença Morgenthau e Carr: Umas das principais diferenças do Morgenthau com o 
Carr vai ser: o Carr não se identifica como realismo, ele em nenhum momento se diz 
realista, ele é considerado por criticar a utopia e no caso ele propõem um meio termo entre 
realismo e utopia. Já o Morgenthau vai ter a preocupação em teorizar o realistmo e 
sistematizar e apresentá-lo de forma didática, fazer um manual do realismo. Embora a obra 
tenha uma série de contradições. A obra pretende ser uma obra didática, esquemática, que 
sistematize o realismo. Uma obra que tenha o perfil de propor os princípios do realismo 
político. 
 
Os 6 princípios do realismo: 
1. A política como a sociedade em geral é governada por leis objetivas que deitam suas 
raízes na natureza humana. Isso deixa claro o nível de análise que ele tá trabalhando: o 
primeiro nível (natureza humana). Ele vai dar o recado então para os idealista: é preciso 
aceitar a natureza humana tal como ela é, porque a natureza humana é assim independente 
das nossas preferências. Aquele que tentar desafiar essa natureza humana vai fracassar. A 
natureza humana é assim e isso independe de nossas preferências. Aí que recai a crítica do 
Stanley Hoffman. Porque se ele tá falando que a natureza humana é assim, que o erros dos 
idealista foi trabalhar com uma natureza humana ideal e trabalhar a partir de suas 
preferências, o que o Stanley Hoffman coloca é porque os líderes políticos 
norte-americanos não estariam agindo de acordo com algo é que inato, automático. Porque 
eles precisariam conhecer a partir da obra do Morgenthau, que ele mesmo diz que é natural 
da natureza humana. Se a busca pelo poder é inata ao ser humano, porque os políticos 
norte-americanos precisam ser ensinados, se é algo inato a eles? Essa é a crítica do 
Hoffman. O Morgenthau é normativo. O método por ele adotado é empírico-normativo. Ele 
tá falando então que uma teoria racional de política deve estar assentada na natureza 
humana. O caráter normativo atribuido ao Morgenthau pode ser comparado ao dos 
idealistas. Na verdade, a norma dos idealistas é baseada em democracia, liberalismo, 
diplomacia aberta, uma política moral que coloque fim ao poder. A norma é baseada em 
valores universais e abstratos. É baseada em algo que ainda não existe empiricamente, é um 
deve-ser. A norma do Morgenthau é uma norma que está baseada em algo empricamente 
analisado, que é a natureza humana. A política externa dos EUa deve se basear na natureza 
humana, tal como ela é e não numa natureza humana ideal que não existe. Quando ele fala 
de uma teoria racional de polex ele tá falando de uma norma, que ela tem que se ajustar a 
uma natureza humana que foi percebida pelos filósofos desde a Antiguidade e que teriam 
seu conteúdo portanto inaalterável. A natureza humana do Tucidides seria a mesma do 
Morgenthau, havia um conteúdo fixo, inalteravel. Por exempo, essa natureza humana 
estaria em todos os períodos históricos na busca pelo poder. O Morgenthau fala na 
impotância de se olahr pro passado para dali se extrair lições para o presente, observar 
coisas que os filósofos da antiguidade já tinhao bservado da natureza humana ele tá 
criticando a política externa norte-americana e opensamento das ri`s nos EUA. Durante a 
guerra fria o pensamento de ri`s nos EUA se atém ao presente, não vai ao passado. É um 
pensamento embuído de preconceitos modernistas. Alguns pensadores dizem que aquele 
era um contexto urgente. Precisava-se resolver um problema imediato. Esses autores dizem 
que o presentismo estava parcialmente relacionado a lógica da Guerra Fria e a necessidade 
de usar o presente de como os EUA poderiam fazer frente de forma eficiente a URSS. 
2. O principal indicador que ajuda o realista político a encontrar o seu caminho é a ideia de 
interesse, definido em termos de poder. Essa é a famosa máxima do Morgenthau. O Waltz 
critica o Morgenthau. O Waltz reformula e diz: os estados formulam seu interesse em 
termos de segurança. Pro Waltz o poder é um meio. O poder é um meio que tem como fim 
a segurança, segurança necessário porque eu vivo em um meio anárquico. O Waltz critica o 
Morgenthau dizendo que ele consideram o poder como um fim em si mesmo. O Waltz 
fala do poder relativo. O Morgenthau parte de uma natureza humana que sempre busca 
mais poder e isso só vai ser controlado pelo Estado, faz parte da natureza humana, é inata, é 
onipresente (presente emtodas as partes, tempos e lugares) e nesse esntido os interesses são 
definidos em termos de poder. O que o Waltz coloca mais adiante é que o Morgenthau 
estaria equivocado. Ele diz que o podeer é apenas um meio para alcançar a segurança. O 
Morgenthau vai dizer que a política deve ser considerada uma esfera autônoma de ação e de 
compreensão. Ele tá propondo a emancipação da política face as outras áreas (religião, 
economia,) Ele propõe que a moral está subordinada a política (just like Maquiavel). A 
prudência é qualidade essencial. Maximizando benefícios e minimizando custos. Agir 
buscando poder, mas não de uma forma tão exagerada que vai levar ao decréscimo do seu 
poder. Um das qualidades centrais é a da prudência. Ele diz que você vai abstrair aquilo 
que desvia a política de sua racionalidade. Que são as motivações dos atores, as 
preferências. Ele vai falar que na prática existem uma série de políticas que se desviam da 
norma, ele diz que ela nunca vai ser totalmente objetiva, racional, porque diferentes fatores 
a desviam, a exemplo das motivações dos atores. Ele diz que existe uam diferença entre o 
dever oficial e o desejo pessoal. Ele vai criticar então as democracias, se colocando 
próximo ao Carr (que também critica as democracias). Ele vai falar qeu nas democracias há 
uma preocupação dos estadistas em seguir ou a tentar se moldar pela opinião pública. Deixa 
a esfera da moral invadir e desvirtua, desvia a racionalidade. Ele vai falar que os EUA 
seriam um exemplo de uma polex desviada. O Morgenthau coloca que os indivíduos 
buscam poder, mas segundo ele todos os indivíduos deveriam buscar poder, isso seria a 
polex quando membros do Estado. Ele critica os lideres norte-americanos porque eles não 
estariam agindo na busca do poder, mas levando em conta suas lógicas. Critica do Morg a 
Guerra da Coreia e ao Macartismo. Waltz considera que o que se passa dentro do Estado 
não tem efeito para além do Estado. 
3. É uma continuidade do segundo príncipio. Ele diz que a ideia dos interesses definidos em 
termos de poder é uma categoria objetiva com validade universal. Isso significa que ela 
transcederia os tempos históricos, seria válida para todos os tempos históricos, a tal ponto 
que ele recorre ao Tucídides. Ele já havia percebido que o vínculo mais seguro entre os 
indivíduos seria os interesses. A ideia dos interesses definidos em termos de poder tem 
como base a natureza humana, que é governada por leis objetiva. 
4. Ele fala de uma tensão, que se estabelece entre moral e política. Um comportamente tido 
como moral ele não necessariamente vai resultar num êxito de natureza política. A ética 
política é uma ética medida em termos dos resultados e não nos termos das intenções. Os 
princípios morais são filtrados por condições específicas de tempo e lugar. Ou seja, não 
existiam leis morais universais. 
5. Não se deve confundir as leis morais de uma nação com leis morais que governam o 
universo. Ele está novamente duvidando das leis universais. É a ideia de que os EUA 
estavam tentando implementar sua lei moral, universalmente. Tentando levar os valores 
liberais e sua democracia para os demais povos do sistema internacional. O Morgenthau 
critíca esse tipo de política. Ele vai dizer que não se deve evocar a providência, como se ela 
estivesse sempre do lado daquela nação. Ou seja, você não deve evocar, por exemplo, 
Deus, porque essa equiparação dos desígnios de uma nação com os desígnios da 
providência, poderiam conduzir a um fracasso político. Ele diz que isso poderia levar a 
distorções de pensamento. O que corrige essas distorções? A ideia deinteresse definido em 
termos de poder.Essa visão é mais pluralista. Ele acredita que os princípios de uma nação 
não devem ser universalizados, por mais que seja uma tentação constante dos Estados. 
6. O último vai estabelecer a autonomia do domínio político, em relação a outras escolas de 
pensamento. Ele vai inserir uma visão mais pluralista a cerca da natureza humana. Ele não 
ignora os padrões religiosos, econômicos etc. Ele vai dar uma visão do homem apenas 
como um homem político ou econômico? Ele fala que o homem não é só um ser político, 
mas também religioso, jurídico, econômico, moral. A natureza humana comportaria 
diferente dimensões. Na medida em que ele acredita que a política deve se emancipar 
dessas outras escolas de pensamento, ele acredita que essas outras dimensões humanas 
devem ficar isoladas e o realista político não deve leva-las em consideração quando for 
atuar, deve "blindá-las". O próprio Maquiavel não nega essas outras dimensões, mas ele 
fala que a política deve se emancipar da moral, a fim de garantir bons resultados, a fim de 
garantir uma política externa exitosa. 
 
Cap. 2 
 Ele vai tentar mostrar um eforço recente de tentar entender as forças que 
determinam as relações políticas entre os Estados. Ele vai dizer que em grande parte da 
história, da disciplina RI`s, algo que outras ciências tentaram fazer, foi negligenciado pelas 
RI`s. Ele diz que qualquer ciência deveria buscar e compreender as forças profundas que 
determinam as relações políticas entre os Estados. 
 Ele fala de três equívocos no estudo da política internacional dos 
norte-americanos: a ideia de que o estudo da política internacional dos EUA se focou no 
presente (o Hoffman fala disso); questiona também que o estudo da política internacional 
nos EUA foi em grande medida dominado por um pensamento legalista (jurídico); 
problema dos idealistas que colocavam a política como ela deveria ser e não como ela era 
(ele diz que esse pensamento era extremamente popular e atrativo). 
 O Estado busca poder porque isso é inerente a natureza humana. Pra ele a questão 
das previsões são sempre imperfeitas. Ele não acredita na possibildiade da ciência da 
política internacional ser capaz de fazer previsões certas. A impossibilidade de previsão 
tem relação com um material empírico ambíguo ao qual os estadistas trabalham. O 
estudioso sério vai dizer que qualquer previsão é especulativa. 
 
Cap. 3 - O que é poder político? 
-RI - Relações de poder 
- Poder político 
- Natureza relacional do poder 
- Poder político x poder militar 
 - Poder utilizável x poder não utilizável 
- Poder legítimo x poder ilegítimo 
 
 Ele diz que as RI`s são relações de poder e que o poder está em todas as esferas 
sociais, relações sociais, desde a família até o Estado. Isso tem a ver com a diferença dele 
com o Waltz. Porque pro Morgenthau o poder deriva da natureza humana. Pro Waltz a 
política internacional é uma política de poder como fruto da anarquia. Pro Morgenthau a 
anarquia internacional não é a causa, ela facilita essa busca pelo poder. Quando ele define 
poder político ele não está nem falando de Estado, ele fala de homem. 
 Poder político: o controle dos homens sobre a mente e as ações de outros homens. 
O poder político pra ele é de ordem física ou psicológica? Psicológica. Eu exerco uma 
influência sobre a mente do outro. Ele destaca o poder como relação, ele tá destacando a 
natureza relacional do poder (influência do Max Webber). 
 Quais são os meios aos quais posso exercer o poder político? Pela lógica do 
Morgenthau pode-se pensar uma relação entre mãe e filho como a lógica do poder político. 
Pro Morgenthau existem três formas de que eu consiga ter influência sobre as ações dos 
outros: uma primeira forma é a expectativa de benefícios (oferecer vatangens econômicas 
para outro Estado pode fazer com que o outro se dobre a minha vontade); em segundo lugar 
a ameaça da utilização da força (dissuasão); terceiro através do respeito e admiração. 
 Diferença entre poder político e militar: para o Morgenthau existe uma diferença. 
Poder político: controle sobre a mente e ação dos outros. Poder militar: relação física, 
quando se abdica do controle sobre a mente e a ação. 
Poder utilizável x poder não utilizável: está em questão as armas nucleares. 
Poder legítimo x poder ilegítimo: o mais efetivo é o poder legítimo. Mas não é por isso 
que a legitimidade deve pautar todas ações políticas. Se for levar a um decréscimo de 
poder, não há porque ter que ser legítimo. 
O poder pra ele não é apenas posse. 
 
Aula 26.04 
 O poder pro Morg está em todas as partes, está presente nas relações humanas em 
geral. Tanto política nacinonal quanto internacional tem a mesma natureza, visto que ambas 
são relações de poder. A diferença entre essas políticas é de intensidade. Intensidade pela 
luta pelo poder, que seria mais intensa no domínio internacional. O plano doméstico seria 
mais coeso que o plano internacional, porque existe uma maior uniformidade cultural, 
existe a ameaça externa que reforça a coesão interna, existe uma autoridade. 
 Nas RI`s as relações são relações de poder, e nesse sentido não adianta trabalhar 
com um mundo ideal (crítica aos idealistas). Os idealistas podem contribuir para resultados 
políticos negativos trabalhando com um mundo idealizado. Pro Morg o que vale é a Ética 
de resultado, se a consequência do ato teve sucesso no âmbito político e secundariamente 
teve resultados morais ou imorais. Existe uma dissosiação entre as intenções e os resultados 
pro MORG. O que vale é o poder que brota nas relações humanas. 
 Conflitos de poder: assumem três formas (variações). Um padrão triplo segundo 
ele. Ora os Estados agem buscando manter uma determinada distribuição de poder, 
buscando conservar um determinado estado de coisas, adotando a política do status quo; 
ora eles estão buscando subverter, alterar uma determinada distribuição de poder, chamado 
de uma política imperialista; ou estão tentando mostrar o poder, tornar o poder visívil, 
aparente, é a política de prestígio. 
 Ele diz que é impensável a ideia de que os Estados possam desejar a diminuição de 
poder. Nenhum Estado por livre e espontânea vontade vai aceitar sua diminuição de poder. 
Morg também cita o caso de dimiunição de poder estratégica, diminuir seu poder sabendo 
que isso vai te garantir algo no futuro (algo parecido com isso). 
 Ele fala da política do status quo: momento histórico no qual no geral essa política 
se faz evidente, ele diz que se faz presente nos momentos de finalização de uma guerra. 
Quando uma guerra termina e se estabelece um tratado de paz, os formuladores desse 
tratado de paz são aqueles que venceram aquela guerra. Na medida em que a guerra termina 
aquele tratado de paz vai formular em termos legais a nova distribuição de poder que 
resulta da guerra. A guerra remodela a correlação de forças, redistribuiu o poder e o tratado 
de paz que coloca fim as guerras vai justamente formular em termos legais essa nova 
distribuição de poder. É uma visão do direito claramente realista. Porque para os realistas 
o direito nada mais é do que uma expressão do poder, reflete as relações de poder presentes. 
Ele dá o exemplo da Santa Aliança e o Pacto da Liga das Nações. 
 Política imperialista: visa subverter, alterar um determinado estado de coisas. Ele 
tá falando que é um papel do analista teórico tentar desvendar o significado objetivo, 
neutro, do imperialismo. Ele diz que a ideologia distorce nossos objetivos. Ele tem a 
pretensão didática que teria consequências políticas e tentar afastar o uso popular do termo 
imperialista. Seu objetivo é tentar desvendar o significado neutro e objetivo do 
imperialismo. Ele tá dizendo que no contexto da Guerra Fria prevaleceram julgamentos 
baseados em mitos que fizeram que automaticamente eu identificasse o objeto da minha 
fobia como imperialista. Os anti-americanosacreditavam que qualquer ação dos EUA se 
traduzia como imperialismo e vice-versa. E isso distorcia os julgamentos. Seu objetivo é 
desfazer isso, apresentando um significado neutro para o imperialismo. Ele vê três coisas: 
primeiro: nem todo acréscimo de poder, o fato de um Estado buscar uma margem maior de 
poder, faz necessariamente como que isso seja uma política imperialista. Ele vai falar que 
essa leitura foi uma leitura dominado pelo ideário liberal do século XIX, que acredita que 
qualquer polex mais ativa é imperialista e que acredita que o poder pode ser tirado de cena 
da análise ou do jogo internacional. Ele vai falar que o fato de eu acrescentar poder pode 
não ter qualqueer efeito sobre a distribuição de poder internacional. Não é pelo simples fato 
de eu violar a soberania alheia que me faz ser imperialista, o que faz eu ser imperialista é 
através disso ocorrer uma mudança na distribuição do poder. A segunda é: um império já 
existente que busca apenas manter-se, isso não significaria um ato imperialista, mas seria 
uma política de status-quo. Porque, na definição de Morg, o imperialismo sempre comporta 
um elemento dinâmico. A terceira é dos teóricos econômicos do imperialista, de que forma 
as críticas que ele faz a eles o fazem um realista? O que ele tá dizendo é que as 
considerações econômicas estão subordinadas as considerações políticas. Ele diz que 
explicar o imperialismo a partir do modo de governo de cada estado é uma falácia. 
Questiona as teorias econômicas do imperialismo e também vai falar que existem visões 
"diabólicas" que acreditam que o imperialismo seja obra de alguns grupos domésticos 
(vendedores de armas, banqueiros), que são interpretados como vendedores da guerra, que 
querem a guerra como forma de lucro. Vai achar esse modo de pensar extremamente 
simplista. 
 Prestígio: política que mostra o poder, seja com o fim de manter a distribuição de 
poder ou alterá-la. A política de prestígio é uma política de demonstração do poder. Você 
demonstra seu poder através de diversos meios (paradas militares etc), seja pra manter ou 
para alterar a distribuição de poder. Pro Morgenthau a política de prestígio é um mero 
reflexo dos recursos objetivos de poder dos quais eu disponho? Não. Você pode blefar. A 
política de poder eu mostro o poder que eu detenho, mas também aquele que eu quero fazer 
com que os outros pensem que eu detenha. Na verdade, ele tá falando de um elemento 
subjetivo, de ordem psicológica. Ele tá falando de poder político, o poder que eu exerco na 
mente dos outros. Um poder que não necessariamente condiz com a verdade. 
 Morgenthau acredita que essa categorização tem resultados práticos. Ele acredita 
que isso deve ser analisado pelos estadistas. 
 Equilíbrio de poder: como realista ele acredita que o que estabelece a ordem não 
são instituições ou segurança coletiva, mas equilíbrio de poder entre as grandes potências. 
Pra ele o equilíbrio de poder garante a estabilidade e garante a autonomia das unidades 
políticas (Estados), garante que o sistema permaneça um sistema plural. Ele vai dizer que o 
equilíbrio de poder pode ser entendido como um mecanismo automático. Esse equilíbrio de 
poder, para garantir uma maior estabilidade ao sistema, deve ser algo racional, pensado, 
uma norma. Deve brotar do consenso entre os Estados. Está mais próximo do Concerto 
Europeu. Ele diz que se você deixa o equilíbrio frouxo pode resultar em guerra. Se ele 
brotar do consenso normativo ele pode evitar as guerras. O Waltz desconsidera qualquer 
elemento normativo da análise. 
 
OBS: Interdependência: O estado é fragmentado e existem multiplicidades de interesses 
que se chocam. 
 
Resumo feito por Victor Miranda 
IRischool 2011.2

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