Buscar

Semiologia Médica - Testes Especiais do Aparelho Locomotor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SEMIOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR – TESTES ESPECIAIS 
Paulo Gabriel da Silva Mota. 2021. 
 
 A semiologia ortopédica engloba todos os passos comuns à semiologia de outros 
aparelhos (inspeção, palpação, etc.) e adiciona a avaliação da movimentação articular, 
força muscular e alguns testes específicos. O exame deve ser metódico e realizado sempre 
na mesma sequência: 
1. Inspeção estática 
2. Inspeção dinâmica 
3. Palpação 
4. Testes especiais 
 
 Nesse resumo, constam os principais testes especiais dos locais de avaliação 
ortopédica, desde a coluna vertebral até os membros superiores e inferiores. No entanto, é 
importante que, além desses testes, realize-se uma boa anamnese e as etapas iniciais do 
exame físico descritas anteriormente. Ademais, o conhecimento anatômico é indispensável 
para a correta interpretação do exame físico como um todo. 
 
1) EXAME DA COLUNA VERTEBRAL 
 
Teste da Distração e Teste da Compressão 
Técnica: Com o paciente sentado e as mãos do examinador no queixo e na região posterior 
da cabeça do paciente, realiza-se a distração da região cervical. 
 
Significado: Ao abrir os forames neurais, essa manobra pode aliviar a dor consequente à 
compressão radicular nesse nível. 
 
 
 
Teste da extensão da raiz nervosa 
Técnica: O paciente tem seu braço estendido, abduzido e externamente rodado, com o 
cotovelo e punho estendidos e, em seguida, a cabeça é inclinada para o lado oposto. 
 
Significado: O teste pode reproduzir dor radicular causada pela irritação das raízes 
nervosas. 
 
Sinal de Lhermitte 
Técnica: Com o paciente na posição sentada, flete-se a cabeça de encontro ao tórax, 
podendo-se sensibilizar o teste pela flexão dos quadris. 
 
Significado: Usado para diagnóstico de irritação meníngea, sendo visualizado também na 
esclerose múltipla. O teste é positivo quando o paciente refere dor ou parestesias, podendo 
também se queixar de dor irradiada para as extremidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manobra de Valsalva 
Técnica: O paciente deve prender a respiração e fazer força como se quisesse evacuar. 
 
Significado: Com a manobra, ocorre aumento da pressão intratecal (canal raquidiano), 
agravando os sintomas de lesões que comprimem o canal, desde hérnias de disco cervicais 
até tumores. 
 
Teste da Deglutição 
Técnica: Realizar o movimento de deglutição. 
 
Significado: Dor e dificuldade à deglutição podem ser decorrentes de doenças na região 
anterior da coluna cervical, como protuberâncias ósseas, osteófitos e intumescência dos 
tecidos moles devido hematomas, infecções e tumores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste de Adson 
Técnica: Palpando-se o pulso radial, deve-se abduzir e rodar externamente o membro 
superior do paciente. Em seguida, o paciente deve prender a respiração e mover a cabeça 
em direção ao membro examinado. 
 
Significado: Qualquer compressão da artéria subclávia pode ser percebida pela redução ou 
desaparecimento do pulso radial. A a. subclávia pode ser comprimida pela costela cervical 
(costela extranumerária) ou contratura dos músculos escalenos anterior e médio. 
 
Testes Especiais da Coluna Lombar 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste da Elevação do Membro Inferior (Teste de Lasegue) 
Técnica: Elevação passiva do membro inferior com o joelho mantido em extensão. A 
elevação é feita pelo tornozelo em posição neutra e relaxada e é anotado o grau de flexão 
do quadril quando aparecem os sintomas (principalmente dor no membro inferior). 
 
Significado: Útil para localização de hérnias entre L4-L5 e L5-S1. A tensão no nervo ciático 
geralmente ocorre entre os 35 e 70º da flexão do quadril. A partir dos 70º, o estresse se 
localiza apenas na coluna lombar. 
 
Teste de Brudzinski 
Técnica: O paciente em decúbito dorsal é instruído para realizar a flexão ativa da coluna 
cervical. 
 
Significado: Pode significar meningite. O teste é considerado positivo quando a flexão 
desencadeia o aparecimento de sintomas e o paciente realiza a flexão dos joelhos e quadris 
para aliviá-los. 
 
 
 
 
 
 
Teste de Schober Modificado 
Técnica: Com o paciente na posição ortostática (de pé), é delimitado um espaço de 15cm 
(10cm acima e 5cm abaixo do processo espinhoso de L5. 
 
Significado: Limitação verdadeira dos movimentos da coluna lombar. O teste é positivo se 
não ocorrer aumento de pelo menos 6 cm na flexão máxima. 
 
Teste para detectar simulação 
 
Teste de Hoover 
Técnica: Na posição supina com o examinador sustentando todos os calcanhares, é 
solicitada a elevação de um dos membros inferiores. 
 
Significado: Normalmente, o paciente realiza força para baixo com o membro oposto ao que 
está levantando. A ausência dessa força para baixo no lado contrário ao da elevação 
sugere simulação. 
 
2) EXAME DO OMBRO 
 
As queixas clínicas nas doenças do ombro podem ser divididas em dois grupos: 
a) ligadas à dor e à limitação da mobilidade relacionadas com alterações dos tendões e 
dos mecanismos de deslizamento; 
b) ligadas à estabilidade relacionadas com as alterações dos mecanismos de estabilidade 
estática e dinâmica. 
 Assim, pode-se dividir os testes para esses dois grupos. 
 
Grupo 1: Testes relacionados com a síndrome do impacto e avaliação do manguito 
rotador 
 
Teste do Impacto de Neer 
Técnica: O membro superior (MS), em sua extensão e rotação neutra, é elevado passiva e 
rapidamente no plano da escápula, pelo examinador. Nessa situação o tubérculo maior do 
úmero (TM) projeta-se contra a face ântero-inferior do acrômio e reproduz o impacto, 
com a dor característica provocada pela compressão da bursa (bolsa sinovial) e do tendão 
supraespinhal. 
 
Significado: O teste de Neer é considerado positivo se a dor for relatada no aspecto anterior-
lateral do ombro. Indica choque subacromial (síndrome do impacto). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste do Impacto de Hawkins-Kennedy 
Técnica: O membro superior é colocado em 90º de elevação, em rotação neutra e com o 
cotovelo fletido a 90º, e é passivamente rodado rapidamente para dentro (pelo examinador). 
Nessa posição, o tubérculo maior do úmero é projetado contra o ligamento 
coracoacromial e o tubérculo maior se aproxima da ponta do processo coracoide, 
podendo reproduzir o impacto coracoide. 
 
Significado: O teste é positivo se houver dor, sendo indicativo de lesão no tendão 
supraespinhal, na articulação acromioclavicular e, menos frequentemente, na cabeça 
longa do tendão do bíceps. 
 
Teste do impacto de Yocum 
Técnica: O paciente coloca a mão sobre o ombro oposto ao afetado e procura fletir o braço 
elevando ativamente o cotovelo, sem elevar o cíngulo escapular. Nesse movimento, o 
tubérculo maior do úmero se desloca sob o ligamento coracoacromial e sob a articulação 
acromioclavicular. 
 
Significado: Esse teste poderá acusar lesão da articulação acromioclavicular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste do Supraespinhal 
Técnica: É testado pela elevação ativa do membro superior no plano da escápula, com 
extensão e rotação neutra, contra a resistência oposta pelo examinador. 
 
Significado: Indica alteração do músculo supraespinhal. A dor na face ântero-lateral do 
ombro acompanhada ou não da diminuição da força indicam desde tendinites até rupturas 
completas ou parciais do tendão. 
 
Teste de Jobe 
Técnica: Semelhante ao SE, mas é feito com o membro superior em rotação interna, 
potencializando a tensão no tendão do m. supraespinhal. 
 
Significado: Indica alteração do músculo supraespinhal. A dor na face ântero-lateral do 
ombro acompanhada ou não da diminuição da força indicam desde tendinites até rupturas 
completas ou parciais do tendão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste do Infraespinhal 
Técnica: É feito com o MS ao lado do tórax e o cotovelo em 90º de flexão, pedindo-se para 
o paciente fazer ativamente a rotação externa do braço contra a resistência oposta pelo 
examinador. 
 
Significado: Dor podeindicar alteração no músculo infraespinhal. 
 
 
Grupo 2: Testes relacionados com a estabilidade glenoumeral 
 
Teste da Instabilidade Anterior ou da Apreensão 
Técnica: O examinador coloca-se atrás do paciente, executa com uma mão a abdução, 
rotação externa e extensão passivas forçadas do braço do paciente, ao mesmo tempo que 
posiciona com o polegar da outra mão a face posterior da cabeça do úmero, tentando 
deslocá-la. 
 
Significado: Denota instabilidade anterior (insuficiência do mecanismo estabilizador). 
Quando há instabilidade anterior, há iminente sensação de luxação, o que provoca 
apreensão e temor no paciente. 
 
Teste da Instabilidade Posterior (Teste de Fukuda) 
Técnica: O examinador faz a adução, flexão e rotação interna passivas do braço do paciente, 
procurando deslocar posteriormente a cabeça do úmero com a outra mão. 
 
Significado: Denota instabilidade posterior. Quando há instabilidade posterior, a cabeça 
do úmero resvala na cavidade posterior da cavidade glenoide e luxa. 
 
 
 
 
3) EXAME DO COTOVELO 
 
Testes para Epicondilite Lateral (“Cotovelo do Tenista”) 
 
Teste de Cozen 
Técnica: Com o cotovelo em 90º de flexão e o antebraço em pronação, pede-se ao paciente 
que faça extensão ativa do punho contra a resistência que será imposta pelo examinador 
 
Significado: O teste será positivo para epicondilite lateral quando o paciente referir dor no 
epicôndilo lateral, origem da musculatura extensora do punho e dos dedos. 
 
Teste de Mill 
Técnica: Realizado com o cotovelo em 90º de flexão e o antebraço em pronação com a mão 
fechada, o punho em dorsiflexão ou com o cotovelo em extensão. O examinador forçará o 
punho em flexão e o paciente é orientado a resistir ao movimento. 
 
Significado: A presença de dor no epicôndilo lateral será sugestiva de epicondilite lateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste para Epicondilite Medial (“Cotovelo do Golfista”) 
Técnica: O cotovelo é fletido, o antebraço mantido em supinação e o punho em extensão. 
Em seguida, o cotovelo será estendido vagarosamente. 
 
Significado: Se o paciente apresentar dor no epicôndilo medial ou na flexão do punho, será 
sugestivo de epicondilite medial. 
 
 
4) EXAME DO PUNHO 
 
Teste de Finkelstein 
Técnica: Consiste em fazer um desvio ulnar do punho paciente, mantendo o polegar aduzido 
e fletido. 
 
Significado: Tenossinovite estenosante do primeiro compartimento dorsal (tendões do 
abdutor longo do polegar e do extensor curto do polegar). O teste é positivo se o paciente 
refere dor no processo estiloide do rádio. 
 
Teste de Phalen (e Phalen invertido) 
Técnica: Consiste em manter os punhos na flexão máxima por 1 minuto. O teste de Phalen 
invertido é o mesmo, mas com os punhos em extensão máxima. 
 
Significado: Dagnóstico da síndrome do túnel do carpo. O teste é positivo quando 
sensação de formigamento ou dormência é relatada no território do nervo mediano, 
principalmente no dedo médio - compressão do nervo mediado pelo canal estreito do 
carpo. 
 
 
 
 
 
 
Teste de Tinel 
Técnica: É a percussão suave de um nervo. Consiste em percutir o nervo de distal para 
proximal. 
 
Significado: A percussão de um nervo lesado ou em regeneração ou em crescimento axonal 
causa sensação de choque elétrico que se irradia distalmente, sugerindo bom prognóstico. 
 
Teste de Allen 
Técnica: É feito comprimindo-se as artérias radial e ulnar do punho com ambas as mãos do 
examinador. Em seguida, solicita-se ao paciente que abra e feche fortemente os dedos, 
seguidamente, retirando o sangue da mão - a qual ficará pálida. Nesse momento, o paciente 
relaxa os dedos, o examinador libera uma das artérias e observa se houve reperfusão 
imediata, está confirmada a patência da artéria liberada. Do contrário, o teste será positivo. 
Repete-se o teste para avaliar a outra artéria. 
 
Significado: Teste positivo significa alteração da patência do fluxo arterial testado. 
5) EXAME DA MÃO 
 
Teste para o tendão flexor superficial dos dedos 
Técnica: O tendão se comporta como uma massa muscular única. Ao bloquear um dedo, 
impede-se a ação do tendão para os outros dedos. Bloqueia-se os dedos adjacentes e pede-
se para o paciente fletir o dedo. Somente o tendão flexor superficial irá agir, fletindo a 
articulação interfalangiana proximal (IFP). 
 
Significado: A flexão indica integridade no flexor superficial dos dedos. 
 
Teste para o tendão flexor profundo dos dedos 
Técnica: Bloqueia-se a articulação interfalangiana proximal em extensão e pede-se para o 
paciente fletir o dedo. Apenas o flexor profundo irá agir, fletindo a articulação 
interfalangiana distal (IFD) 
 
Significado: A flexão indica integridade do tendão flexor profundo dos dedos. 
6) EXAME FÍSICO DO QUADRIL 
 
Teste de Trendelenburg (Realizado na Inspeção Estática) 
Técnica: É feito em apoio monopodálico e avaliando-se o paciente de costas. Caracteriza-se 
pela queda do quadril para o lado oposto ao que está apoiado. Para sensibilizar ainda mais 
esse teste, orienta-se realizá-lo em frente à parede, mantendo o quadril em extensão e 
retirando, assim, possível ação coadjuvante do grupamento muscular flexor do quadril, e 
com o membro inferior apoiado por pelo menos 6 segundos. 
 
Significado: A queda do quadril para o lado oposto ao que está apoiado deve-se à fraqueza 
da musculatura abdutora ipsilateral (glúteos). 
 
Teste da contratura do m. retofemoral (Teste de Ely / Teste de Nachlas) 
Técnica: É avaliado realizando-se a flexão do joelho em direção ao glúteo máximo 
 
Significado: Qualquer elevação da pelve é indicativa de contratura. 
 
 
 
 
 
Teste de contratura em flexão do quadril (Teste de Thomas) 
Técnica: Estende-se o quadril a ser avaliado e mantém-se o outro em flexão sendo segurado 
pelo paciente, evitando assim a inclinação pélvica compensatória. O grau de contratura em 
flexão deve ser anotado. 
 
Significado: Encurtamento dos músculos flexores do quadril. A adição da flexão do joelho 
auxilia na diferenciação entre a contratura ser proveniente do músculo iliopsoas versus reto 
femoral. Neuropatia femoral e doenças abdominais também podem causar contratura em 
flexão do quadril. 
 
Teste de Patrick-Fabere 
Técnica: Esse teste pode ser feito de duas formas com o paciente em decúbito dorsal, 
membro contralateral em extensão e o membro a ser examinado em posição de “4”, sobre 
a mesa, ou sobre o joelho. O examinador apoia a mão sobre o joelho fletido e coloca a outra 
sobre o quadril oposto, verificando o desencadeamento de dor. 
 
Significado: O teste de Patrick (flexão + abdução + rotação externa) é útil para diagnosticar 
doenças no quadril examinado e pode também provocar dor na articulação sacroilíaca 
contralateral. Caso a dor seja referida na região anterior da virilha, a doença pode ser 
derivada do quadril examinado (artrite de quadril, patologia do ílio) e, se for na região da 
sacroilíaca contralateral, indica patologia sacroilíaca. 
 
 
 
 
 
 
 
Sinal de Lasegue 
Técnica: Com a pessoa em decúbito dorsal e os braços e pernas esticadas, imobiliza-se o 
osso ilíaco e o tornozelo e o paciente levanta a perna até aproximadamente 40º. Os sintomas 
costumam aparecer depois dos 30º de elevação do membro inferior. O quadril pode ser 
flexionado até 90º ou o limite do paciente. 
 
Significado: Caso a dor se apresente somente com a flexão do quadril, pode-se pensar em 
síndrome do piriforme, afastando-se assim causas lombares. Também é útil para 
localização de hérnias entre L4-L5 e L5-S1. A tensão no nervo ciático geralmente ocorre 
entre os 35 e 70º da flexão do quadril. A partir dos 70º, o estresse se localiza apenas na 
coluna lombar. 
7) EXAME FÍSICO DO JOELHO 
 
Teste da apreensão patelar 
Técnica: Realiza-se o deslocamento lateral da patela com o joelho em extensão. 
 
Significado: É usado para avaliar instabilidade fêmoro-patelar. Em joelhos com 
instabilidade,o teste pode causar a sensação de que a patela irá luxar, trazendo apreensão 
ao paciente. Nota-se expressão de ansiedade à flexão do joelho com a patela (rótula) sub-
luxada externamente; 
 
Teste de McMurray 
Técnica: Com o paciente deitado em posição supina, os quadris a 90º e os joelhos em flexão 
máxima, o examinador ao lado do joelho a ser examinado palpa as interlinhas articulares 
com uma das mãos e, com a outra, segura o pé do paciente, provocando movimentos de 
rotação interna e externa da perna, alternadamente 
 
Significado: Dor na interlinha articular medial - lesão do menisco medial; Dor na interlinha 
articular lateral - lesão do menisco medial. 
 
 
 
 
 
Teste de Apley (modificação do teste de McMurray) 
Técnica: Realizado com o paciente deitado em posição pronada, inicia-se a flexão do joelho 
com o quadril em extensão, aplica-se compressão axial junto ao pé e rotação externa da 
perna até o ponto da angulação em que o paciente refira dor. A manobra é repetida com a 
rotação da perna oposta e realizada novamente aplicando força de distração em vez de 
compressão. 
 
Significado: As lesões meniscais são caracterizadas pela presença de dor ou estalidos junto 
às interlinhas articulares durante a fase de compressão de teste, para o menisco medial em 
rotação externa da perna e para o lateral em rotação interna. A contraprova da positividade 
do teste faz-se quando se repete a manobra aplicando força de distração, quando a dor 
desaparece ou diminui de intensidade. 
 
Sinal de Smillie 
Técnica: Palpação das interlinhas articulares para avaliação das lesões meniscais. 
 
Significado: As lesões do corno posterior do menisco medial frequentemente causam dor 
junto à interlinha medial, ao contrário das afecções patelares que podem causar dor nas 
regiões anterior e medial. As lesões do menisco lateral, por sua vez, podem causar dor junto 
às regiões anterior e lateral do joelho. A dor à palpação da interlinha correspondente é o 
sinal de Smillie para a lesão meniscal. 
 
 
 
Teste da gaveta anterior 
Técnica: O pesquisado com o paciente na mesa de exame em decúbito dorsal horizontal, 
com o joelho em 80º de flexão. O examinador apoia o pé do paciente e, com ambas as mãos 
colocadas na região posterior do terço superior da tíbia do paciente, traciona-a para a frente 
provocando deslizamento anterior da perna sobre a coxa. Nesse movimento, movimento da 
gaveta, usando os dois polegares sobre o rebordo tibial medial e lateral o examinador 
mensura o avanço anterior da tíbia nos dois lados, sensibilizando o sinal da gaveta como 
predominantemente medial ou lateral. 
 
O teste da gaveta anterior deve ser pesquisado nas três rotações da perna (interna, 
neutra e externa) e, para mantê-las na posição, o examinador pode sentar sobre o pé do 
paciente, estabilizando, dessa forma, a tíbia e a rotação. 
 
Significado: Usado para detectar lesão do ligamento cruzado anterior e, eventualmente, a 
associação com eventual componente periférico. 
 
Teste da gaveta posterior 
Técnica: Pesquisa-se em rotação neutra da perna e com o paciente posicionado da mesma 
forma que para o teste da gaveta anterior, com o joelho em 80º ou 90º de flexão, e o 
examinador apoiando o pé do paciente. Nessa posição, o examinador empurra para trás a 
perna e, com ambas as polpas digitais colocadas sobre o rebordo anterior dos planaltos 
tibiais, sente os movimentos posteriores dos dois lados, medial e lateral 
 
Significado: Verifica a integridade do ligamento cruzado posterior. 
Sinal da tecla (ressalto) 
Técnica: A manobra é realizada com o paciente deitado em decúbito dorsal, joelho 
estendido e com o quadríceps relaxado. O avaliador aplica uma pressão acima da patela 
comprimindo a expansão capsular (bolsa suprapatelar) e na presença de muito derrame 
articular o líquido irá fazer a patela perder o contato com os côndilos femorais (flutuar). Em 
seguida, o avaliador com os dedos, aplica uma leve pressão sobre a patela. Na presença de 
grandes derrames articulares, o avaliador irá sentir a batida da patela nos côndilos femorais 
(tecla - ressalto). 
 
Significado: O sinal da tecla ou ressalto é uma manobra realizada para verificar presença de 
muito líquido (derrame articular) na articulação do joelho. 
 
Teste da abdução (estresse em valgo) 
Técnica: É muito importante nesse teste que o paciente esteja totalmente relaxado, com o 
quadril em 0º de extensão, e a coxa, totalmente apoiada sobre a mesa de exame. Quando 
se faz a manobra de abdução da perna provocando valgo do joelho, a abertura da interlinha 
articular, patológica, poderá ser detectada pela palpação digital. 
 
Significado: A positividade desse teste em hiperextensão pode significar lesão do LCP; e em 
0º e em 30º, lesão periférica medial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste da adução (estresse em varo) 
Técnica: Pesquisado de forma análoga ao teste anterior em hiperextensão, em 0º e em 30º 
de flexão do joelho. O examinador, segurando com uma das mãos o pé ou o tornozelo e 
com a outra apoiada na face medial do joelho sobre o côndilo femoral medial, força a 
adução da perna e do pé e avalia a abertura da interlinha articular. Esse teste também poderá 
ser classificado, como no anterior, em leve, moderado e grave 
 
Significado: Na maioria das vezes, esse teste, quando pesquisado em 30º, reflete 
positividade fisiológica para o joelho valgo normal do homem. 
 
Teste de Lachman (Teste de Richey) 
Técnica: Com o paciente posicionado em decúbito dorsal horizontal (DDH) e com o joelho 
fletido a 30º, o examinador segura com uma das mãos a região supracondilar do fêmur e, 
com a outra, a região superior da tíbia e provoca movimento antagônico com cada uma das 
mãos, uma para a frente e a outra para trás, a fim de fazer o deslizamento de uma superfície 
articular sobre a outra. 
 
Significado: Quando a tíbia se desloca para a frente, o sinal é positivo para lesão do 
ligamento cruzado anterior (LCA), e quando se desloca para trás, para lesão do ligamento 
cruzado posterior (LCP). 
 
 
 
 
 
 
 
Dial Test 
Técnica: Com o paciente em decúbito ventral com os joelhos fletidos a 90º, o examinador 
deve segurar os pés do paciente e rodar lateralmente o máximo possível ambas as tíbias. 
Deve-se repetir o mesmo procedimento com o joelho agora em 30° de flexão e então 
observar em ambas as posições, e se um membro rodar cerca de 10°-15° a mais do que o 
outro o teste é considerado positivo. 
 
Significado: Instabilidade posterolateral. 
 
Teste de rotação externa-recurvado (RRE) 
Técnica: Pesquisa-se com o paciente em posição supina na mesa de exame. O examinador 
toma primeiro um dos pés e depois o outro, pelo hálux, e eleva ambos os pés em posição 
de hiperextensão do joelho, e cada joelho é observado quanto ao grau de recurvado, de 
rotação externa da perna e aparente tíbia vara. 
 
Significado: No RRE positivo, a tíbia está rodada externamente com aparente subluxação 
posterior do rebordo tibial lateral em relação ao côndilo femoral lateral, característico da 
instabilidade posterolateral. 
 
 
 
 
 
 
 
Marcha de Pato 
Técnica: Com o paciente agachado no chão, pede-se que ele dê alguns passos. 
 
Significado: Na lesão do corno posterior do menisco medial, há dor que impede o 
paciente de executar o movimento. 
 
 
8) EXAME FÍSICO DO TORNOZELO E PÉ 
 
Avaliação da articulação tibiotarsal e do encurtamento do m. tríceps sural 
Técnica: o examinador segura com uma das mãos o calcanhar do paciente e, com a outra, o 
dorso do pé. Realiza o movimento completo de flexão e extensão do tornozelo anotando 
sua liberdade e amplitude. 
 
Significado: Limitação da extensão indica encurtamento do tríceps sural e do tendão 
calcâneo. Nesse caso, realiza-se a mesma manobra com o joelho estendido e fletido a 90º. 
Com o joelho estendido, diagnostica-se o encurtamento do tríceps sural como um todo. Se 
a dificuldade persistecom o joelho fletido, fica confirmado o encurtamento do sóleo, já 
que os ventres dos gêmeos estão inativos nessa posição. 
 
Teste do m. tríceps sural 
Técnica: Solicita-se ao paciente que fique na ponta dos pés. A prova pode ser potencializada 
ao solicitar que o paciente permaneça na ponta de apenas um dos pés. 
 
Significado: A incapacidade de ficar na ponta dos pés indica lesão do m. tríceps sural, o 
principal músculo flexor do tornozelo. 
 
 
 
 
Teste do m. tibial anterior 
Técnica: Fixando-se a perna com uma das mãos e com a outra a porção anterior do pé, 
solicita-se ao paciente que realize dorsiflexão do tornozelo. 
 
Significado: Uma vez que o músculo tibial anterior é o principal m. extensor do tornozelo 
(auxiliado pelo extensor longo do hálux e pelo extensor longo dos dedos), constatar sua 
presença por meio da impressão que seu tendão imprime sob a pele durante o esforço. 
 
Teste do m. extensor longo do hálux 
Técnica: É realizado ao solicitar ao paciente que faça a extensão do hálux, enquanto o 
examinador procura mantê-lo imóvel a partir de sua extremidade distal. 
 
Significado: Esse tendão, quando acionado corretamente contra a resistência, determina 
o aparecimento de silhueta bastante visível na região dorsal do pé. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste do m. flexor longo do hálux 
Técnica: O paciente é solicitado para realizar a flexão da articulação interfalângica do hálux 
ao mesmo tempo que o examinador aplica resistência contra esse movimento na polpa 
digital. 
 
Significado: A ação adequada do músculo flexor longo do hálux faz-se principalmente sobre 
a falange distal do hálux. 
 
Teste do m. extensor longo dos dedos 
Técnica: O paciente é solicitado a realizar a extensão das articulações interfalângicas distais 
dos quatro pequenos dedos laterais (II ao V), e o examinador aplica força contrária a esse 
movimento na face dorsal das extremidades dos pequenos artelhos – região das falanges 
distais. 
 
Significado: Ação adequada é a extensão dos dedos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste do m. flexor longo dos dedos 
Técnica: Mantém-se, com uma das mãos, estabilizadas as articulações metatarsofalângicas 
dos quatro artelhos laterais, o examinador aplica força extensora nas polpas desses mesmos 
dedos solicitando ao paciente que realize flexão de suas articulações interfalângicas. 
 
Significado: Ação adequada é a flexão dos dedos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA: 
 
BARROS FILHO, Tarcicio E. P.; LECH, Osvandré. Exame físico em ortopedia. 3. ed. São Paulo: 
Sarvier, 2017.

Continue navegando