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Questão 1
Elabore uma pequena biografia sobre Mendel. Lembre-se de dar detalhes sobre sua
vida pessoal, profissional, e sua principal contribuição para a ciência.
Gregor Johann Mendel, conhecido como o “ pai da genética”, nasceu em 22
de julho de 1822 em Heinzendorf, no antigo Império Austrio-Húngaro, conhecido
hoje como República Tcheca. Sua origem é humilde, pois seus pais eram
agricultores, de modo que trabalhava junto a seu pai cultivando, colhendo frutos e
cruzando variedades de plantas. Além disso, visto que vivia sob o sistema feudal,
Mendel trabalhava três dias e meio para o senhor da terra, resultando de ambas as
experiências aprendizado acerca dos cuidados de plantas e animais, um importante
estímulo para sua curiosidade sobre a natureza e para mais tarde sua pesquisa com
ervilhas. ( BITTENCOURT, 2013, apud HUCKABEE, 1985 p.85; DA SILVA ET AL,
2016; DOS SANTOS, 2009)
Durante o ensino médio, tinha como professor Thomas Makitta, com o qual
Mendel começou a aprender sobre ciências modernas. Em vista de seu bom
desempenho, foi recebido na Troppau High School, onde formou-se em 1840, com
alguns percalços devido a momentos de doença e dificuldades econômicas.
(BITTENCOURT, 2013, apud ILTIS, 1932 p. 32-34)
Em 1841 estudou matérias ligadas à física, filosofia, religião, literatura latina e
matemática no Instituto Filosófico de Olmutz, porém, devido as suas dificuldades
econîmicas não pôde continuar os estudos na instituição e por necessidade de
manter-se, ingressou em 1947 para o monastério agostiniano de St. Thomas, no
qual tornou-se sacerdote. (BITTENCOURT, 2013; DA SILVA ET AL, 2016; DOS
SANTOS, 2009)
Entre 1851 e 1853 estudou cursos de Física na Universidade de Viena, onde
acredita-se que integrou-se a respeito de debates sobre a evolução biológica, o que
o levou a querer entender sobre a hereditariedade. De volta ao mosteiro, iniciou
seus conhecidos experimentos com as plantas, obtendo maior êxito com as ervilhas,
que tinham fácil cultivo. Seu método baseava-se no cruzamento de variedades de
ervilhas por consecutivas gerações. Acreditava-se na época que hereditariedade
significava mistura, ou seja, obtinha-se um meio termo das variedades. Porém, o
cruzamento de Mendel de plantas de alta estatura e pequena estatura, resultou em
uma planta de média estatura, somente de alta estatura. Segundo DOS SANTOS,
2009 ,”as plantas resultantes do cruzamento entre plantas com características
diferentes foram chamadas de “híbridos". A característica de alta estatura foi
chamada de dominante, pois ela havia aparecido em todos os híbridos. Já a
característica de baixa estatura foi nomeada recessiva.” No total seus experimentos
duraram oito anos e ele estudou cerca de 10.000 plantas. Ele apresentou suas
descobertas na Brünn Society for the Study of Natural Science, foram publicadas
nos Proceedings dessa sociedade, cujo título era “Versuche Über Pflanzen-Hybriden
(Experimentos em hibridação de plantas).” (DA SILVA ET AL, 2016; DOS SANTOS,
2009; MARTINS, 2016)
Segundo DOS SANTOS, 2009, “a crença de que durante a reprodução
sexuada, na formação dos gametas, cada órgão do animal enviava pequenas
cópias de si que formariam uma miniatura do corpo dentro do espermatozóide
também caiu por terra depois dos experimentos de Mendel. A genética mendeliana
abriu espaço para uma nova interpretação do fenômeno da herança.” Assim, as
descobertas de Mendel foram importantes não só para dar alicerce para a teoria da
evolução de Darwin, mas formam a base do que hoje é a ciência genética,
introduzindo os conceitos sobre genótipo e fenótipo, características recessivas e
dominantes e hereditariedade. Por meio dos entendimentos genéticos é que
pode-se hoje compreender, explicar e tratar doenças genéticas, como a anemia
falciforme, além de dar base para outros campos da ciência, o que evidencia a
grande contribuição de Mendel para a ciência. Mendel morreu em 1884, devido a
Doença de Bright, aos 62 anos de idade. (DA SILVA ET AL, 2016; DOS SANTOS,
2009)
Questão 2:
Escreva um breve resumo da viagem do Beagle e sua importância para as
contribuições de Charles Darwin para a ciência.
A Viagem do Beagle ocorreu de 1831 a 1836. O capitão do Beagle, Robert Fitzroy
pediu que um instrutor de Darwin, Henslow, indicasse alguém para acompanhá-lo e
ele indicou Darwin. Embora o objetivo da viagem fosse cartografar a região austral
da América do Sul, ele aceitou o convite com o objetivo de fazer explorações
científicas. Assim, em 27 de dezembro de 1831 o navio partiu da Inglaterra rumo às
Ilhas Canárias, mas só aportaram nas Ilhas de Cabo Verde em janeiro de 1932.
Dalo cruzaram pelos rochedos de São Pedro e São Paulo, e partiram rumo ao
Brasil, onde chegaram em fevereiro de 1832, em Fernando de Noronha, aportando
em Salvador, onde Darwin maravilhou-se com a Mata Atlântica e horrorizou-se com
a escravidão (ALVES et al; CESAR, 2010; DIAS, 2015)
Dali, partiram rumo ao Rio de Janeiro, no qual aportaram em 04 de Abril,
onde, além de observar o clima e o relevo, coletou vários espécimes, principalmente
de insetos, dos quais chamaram sua atenção em particular uma borboleta que
produzia som, e fez análises sobre seus hábitos, tática e alimentação. Em 5 de
Julho de 1832 o navio partiu com destino a Montevidéu e permaneceu no litoral
Atlântico da América do Sul por volta de dois anos. Durante esse período pôde
encontrar e reunir diversos fósseis de animais já extintos em penhascos Argentinos,
como enormes dentes e ossos de mamíferos, junto de fósseis de conchas. Também
visitaram a Terra do Fogo, a Patagônia e as Ilhas Falkland, onde Darwin pôde
analisar animais marinhos, tal como corais. Também fez algumas observações
sobre as Cordilheiras dos Andes, como o fato de possuir fósseis similares às
planícies do lado leste da América do Sul. Em setembro de 1835, partiram rumo às
Ilhas Galápagos, onde teve sua atenção atraída principalmente pelas tartarugas e
tentilhões, característicos de cada ilha. As tartarugas podiam ser diferenciadas pelos
seus cascos e os tentilhões por seus diferentes formatos de bicos. Depois partiram
rumo ao Taiti, onde ficaram até dezembro de 1835. O navio seguiu para a Nova
Zelândia, Austrália, Ilhas Maurício e Santa Helena. Em virtude dos intensos ventos,
o navio retornou ao Brasil, aportando na Bahia. Dali, seguiu pelo Oceano Atlântico,
passando por Cabo Verde e Açores, até por fim a viagem terminar ao alcançarem
Falmouth na Inglaterra, em 2 de outubro de 1836. (CECCATTO, 2015; CESAR,
2010; MARTINS, 2019)
Durante a viagem, Darwin enviou os espécimes que coletara para amigos na
Inglaterra, de modo que pôde reunir evidências para elaborar sua teoria da
evolução. Ao comparar fósseis de diferentes lugares, assim como comparar os
fósseis com as espécies atuais, pôde determinar que não só houveram
modificações nas espécies até chegarem às espécies atuais, mas também que
havia semelhanças em suas estruturas e em alguns hábitos. Uma importante
observação para elaborar sua teoria, está relacionado aos tentilhões encontrados
nas diferentes Ilhas Galápagos. Ao comparar as distinções nas formas dos bicos
desses pássaros que eram da mesma espécie, pôde-se entender que adaptaram-se
para a alimentação, e essas pequenas diferenças constituem uma evidência de que
eles surgiram de uma mesma espécie, mas que sofreram modificações devido ao
isolamento e a adaptação para melhor alimentar-se, constituía evidência de que o
melhor adaptado, é o que sobrevive e passa a adaptação vantajosa para o seus
descendentes. Em resumo, embora desconhecesse na época sobre as questões
sobre genética e hereditariedade, Darwin contribuiu para o um entendimento acerca
de como as espécies e suas variações se originam, ou seja, que elas são derivadas
de outras e sofrem modificações ao longo do tempo, devido às adaptações
necessárias ao local onde vivem, o que leva à sobrevivência maior daqueles
melhores adaptados e a passagem dessas características vantajosas a seus
descendentes, tal como o isolamento leva ao acúmulo de diferenças. A partir do
trabalhode Charles Darwin, junto do avanço das tecnologias, hoje podemos ter um
maior entendimento sobre a origem das espécies. (CECCATTO, 2015; GUERRA,
2010; MARTINS, 2019; RUSSO, 2019)
Questão 3
O que é especiação? Qual a relação entre especiação e filogenia?
Especiação é a derivação de duas espécies descendentes, reprodutivamente
isoladas, oriundas de uma espécie ancestral, derivação essa que tem como começo
o isolamento geográfico por barreiras externas, a partir do qual as populações
separadas começam a acumular diferenças por evoluírem de forma independente,
até que as diferenças entre elas tornam-se muitas a ponto de não conseguirem mais
reproduzir-se uma com a outra, originando duas novas espécies. (FISHER, 2013;
RUSSO, 2019)
Filogenia, também chamada de árvore evolutiva, determina e delineia os
graus de parentesco entre todas as espécies existentes, através das árvores
filogenéticas onde traçam-se os ancestrais comuns às espécies. Segundo a
especiação é que pode-se conceber a filogenia, visto que quando ocorre esse
evento é que origina-se espécies que possuem um ancestral comum, criando assim
novas linhagens e novos ramos na árvore filogenética e traçando os processos
evolutivos das espécies. (EVOSITE USP; RUSSO, 2019)
Questão 4:
Por que a presença do registro fóssil em si não é evidência de um processo
evolutivo? O que no registro fóssil é evidência da evolução?
O registro fóssil não é completo, possui muitos intervalos, sendo raro existir
grupos inteiros de fósseis. Isso acontece porque a fossilização não é um evento
recorrente, visto que é difícil preservar todos os tecidos, principalmente os tecidos
moles que rapidamente são oxidados. Por isso, não se pode afirmar com certeza
que um determinado fóssil é o ancestral comum direto de uma determinada espécie,
ou afirmar de modo exato quais são os seus graus de parentesco, por isso o registro
fóssil não é em si uma evidência do processo evolutivo. (CECCATTO, 2015; VÍDEO
EVOLUÇÃO)
O registro fóssil mostra que os seres anteriores eram diferentes dos seres
atuais, constituindo uma evidência de que os seres anteriores sofreram mudanças
até evoluírem para as espécies atuais, ou seja, as espécies não são fixas. Outra
evidência da evolução são as semelhanças existentes entre os fósseis, de modo
que pode-se afirmar que existe um grau de parentesco entre eles e ramificações,
constituídas por modificações graduais entre elas, e assim, existe um ancestral
comum para as espécies, embora não se possa afirmar com certeza qual é esse
ancestral. (GUERRA, 2010; VÍDEO EVOLUÇÃO; FOSSIL.UC.PT)

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