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CADEIA E TEIA ALIMENTAR

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Todos os seres vivos apresentam 
relações de alimentação no meio em 
que vivem. Um gafanhoto, por 
exemplo, não é capaz de sobreviver 
sem se alimentar dos vegetais de uma 
área, assim como um pássaro, que não 
vive seu alimento, que pode ser, 
inclusive, o gafanhoto. Todas as 
relações de alimentação em um 
ecossistema podem ser representadas 
de duas maneiras: a cadeia alimentar e 
a teia alimentar. Mas antes vamos 
entender alguns conceitos. 
 
Seres Autotróficos E Heterotróficos 
Seres que transformam 
substâncias minerais ou inorgânicas 
como água, CO2, NH4 em moléculas 
orgânicas são denominados 
autotróficos e são responsáveis pela 
produção de toda a matéria orgânica 
consumida pelos seres heterotróficos. 
Resumidamente, os seres autotróficos 
produzem seu próprio alimento e os 
seres heterotróficos não produzem seu 
próprio alimento. Exemplos: algas e 
cianobactérias (Autotróficos); 
Animais herbívoros, carnívoros e 
onívoros (Heterotróficos). 
 
Cadeia Alimentar 
A cadeia alimentar refere-se às 
representações das relações de 
alimentação que existem em um 
determinado ecossistema. Nas 
cadeias, o fluxo de energia 
é unidirecional, ou seja, é sempre 
em um mesmo sentido. Exemplo: 
Capim → Lagarta → Pássaro → Cobra 
 
• NÍVEIS TRÓFICOS 
Os níveis tróficos são conjuntos de 
organismos que possuem hábitos 
alimentares semelhantes, ocupando a 
mesma posição no ecossistema. As 
plantas, por exemplo, produzem seu 
próprio alimento, pois são organismos 
autotróficos. Assim, todas as plantas 
ocuparão o mesmo nível trófico, pois 
apresentam hábitos alimentares 
semelhantes. Existem basicamente 
três níveis tróficos: 
a) PRODUTORES: Os organismos 
incluídos nesse nível trófico 
apresentam em comum o fato de serem 
autotróficos. Isso quer dizer que todos 
os organismos produtores são capazes 
de produzir seu próprio alimento por 
meio de processos como fotossíntese e 
quimiossíntese. Exemplos: plantas e 
algas. 
b) CONSUMIDORES: Os 
organismos que fazem parte desse 
nível trófico são heterotróficos, ou seja, 
todos os organismos desse nível 
alimentam-se de outro ser vivo. Os 
CADEIA E TEIA ALIMENTAR 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/reino-animalia.htm
https://www.biologianet.com/ecologia/cadeia-alimentar.htm
consumidores que se alimentam de 
produtores recebem a denominação de 
consumidores primários. Os que se 
alimentam de consumidores primários 
são chamados de consumidores 
secundários. Já os que se alimentam 
dos secundários são chamados de 
terciários e assim sucessivamente. 
c) DECOMPOSITORES: 
organismos heterotróficos que realizam 
o processo de decomposição, no qual 
devolvem nutrientes ao meio. Como 
exemplo de decompositores, podemos 
citar bactérias e fungos. 
 
Teia alimentar 
Diferentemente da cadeia 
alimentar, que obedece a uma 
representação unidirecional, na teia 
alimentar, há várias relações 
alimentares interligadas. A teia 
alimentar conecta, portanto, várias 
cadeias alimentares. 
Em uma teia alimentar, um mesmo 
organismo pode ser consumidor 
secundário e terciário, por exemplo. 
Isso se deve ao fato de que muitos 
seres vivos não se alimentam 
exclusivamente de um mesmo 
organismo e alguns não são presas de 
apenas um ser. 
Para representar um ecossistema, 
a teia alimentar é a melhor opção. Isso 
porque a teia mostra os diversos 
caminhos que a energia pode seguir, 
não apresentando um fluxo 
unidirecional como observado na 
cadeia alimentar. 
 
 
Desequilíbrio nas cadeias 
alimentares 
Fatores naturais como tempestades 
e temperaturas extremas, entre outras, 
podem causar desaparecimento de 
determinadas populações e, tendo em 
vista a complexa ligação existente entre 
os seres vivos, tal fato pode levar a um 
desequilíbrio nas cadeias alimentares. 
Além dos fatores naturais, as 
atividades humanas após a descoberta 
do fogo, o desenvolvimento da 
agricultura e principalmente a 
industrialização, tem gerado grandes 
alterações em praticamente todos os 
ecossistemas terrestres e aquáticos. O 
modelo de desenvolvimento adotado 
pelo homem tem se mostrado 
altamente impactante e insustentável, e 
entre as mais graves ações humanas 
contra o meio ambiente podemos 
destacar: desmatamento excessivo, 
pesca e caça predatória, introdução de 
compostos tóxicos no ar, na água e no 
solo, utilização de compostos 
radioativos, grande produção de 
resíduos sólidos, etc. Muitos destes 
compostos tóxicos tendem a ser 
absorvidos por organismos e passam a 
acumular-se tanto no próprio 
organismo (bioacumulação) como 
também na cadeia alimentar 
(biomagnificação), sendo que o 
próprio homem ocupa uma posição de 
predador de topo de cadeia e, portanto, 
é altamente prejudicado por esses 
compostos. 
 
 
Muitos casos de doenças graves em 
seres humanos têm sido relacionados 
aos consumos de alimentos 
contaminados por compostos tóxicos, 
sendo que o caso de Minamata no 
Japão em 1950, quando uma grande 
quantidade de mercúrio foi introduzida 
no mar e absorvida por animais 
marinhos que eram consumidos em 
grande escala pela população local. Na 
ocasião foram relatados sérios 
problemas no fígado, rins, sistema 
nervoso, além da ocorrência de mortes 
naquela população. 
 
REFERÊNCIAS: 
BRASIL ESCOLA. Organismos 
autotróficos e heterotróficos. 
Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/
organismos-autotroficos-
heterotroficos.htm 
MUNDO EDUCAÇÃO. Seres 
autotróficos e Heterotróficos. 
Disponível em: 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biol
ogia/seres-autotroficos-
heterotroficos.htm 
AMABIS, J.M. & MARTHO, G.R. 
Conceitos de biologia. São Paulo. Ed. 
Moderna. 2001. 277p. 
LINHARES, S. & 
GEWANDSZNAJDER, F. Biologia 
hoje. São Paulo. Ed. Ática. 2003. 424p.

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