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Acesso em: 24 nov. 2009. _______. Os custos esquecidos. Portal da internet O Carreteiro, 2009. Disponível em: <www.revistaocarreteiro.com.br/pages.php?recid=30>. Acesso em: 24 nov. 2009. _______. Por que calcular os custos do caminhão? Portal da internet O Carreteiro, 2009. Disponível em: <www.revistaocarreteiro.com.br/pages. php?recid=22>. Acesso em: 24 nov. 2009. VALENTE, A.; PASSAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de Transporte e Frotas. 2ª. ed. São Paulo: CENGAGE, 2008. 12 UNIDADE 2 | COMO CALCULAR O VALOR DO FRETE 13 Unidade 2 | Como Calcular o Valor do Frete 1 Formação do Valor do Frete A seguir veremos passo a passo como colocar no papel os custos fixos e variáveis envolvidos no transporte de frete. Como já vimos, os custos se dividem em fixos (aqueles que acontecem independente da prestação do serviço, mesmo que o veículo esteja parado) e os variáveis (que surgem durante a prestação do serviço). • 1º Passo – Calculando os custos fixos a) Depreciação A depreciação nada mais é que a desvalorização natural que o veículo sofre ao longo da sua vida. Ou seja, quanto mais antigo for o veículo, maior será o seu valor de depreciação. Considerar o valor da depreciação no cálculo do frete é importante, pois o veículo é um investimento que o autônomo tem que fazer para dar início ao seu negócio. É um bem imprescindível e que depois de alguns anos precisará ser substituído devido ao seu desgaste natural. Para calcular o valor da depreciação, o autônomo deve considerar o valor pago pelo caminhão e estimar um tempo para permanecer com aquele veículo. Por exemplo, o autônomo compra um veículo usado com valor de mercado de R$ 200.000,00 e estima que ficará com esse veículo por 10 anos, ou seja, 120 meses. Com isso em mente, o autônomo deve pesquisar no mercado quanto um veículo da mesma marca e modelo que o seu, só que 10 anos mais velho. Neste exemplo, vamos imaginar que o mesmo veículo, 10 anos mais velho, esteja valendo R$ 100.000,00. R$ 200.000,00 – R$100.000,00 = R$ 100.000,00 14 Então, nesse período, houve uma desvalorização de R$ 100.000,00 que deve ser diluída por 10 anos, ou seja, 120 meses, que é o tempo que o autônomo pretende ficar com o veículo. Assim teremos: Esse valor da depreciação deverá ser reservado mensalmente pelo autônomo em uma conta separada (como por exemplo, na poupança) para quando chegar a hora de trocar o veículo por um novo, ele não precisar realizar empréstimos. b) Salários Mesmo que o autônomo seja o seu próprio patrão e funcionário, ele deve considerar como parte dos custos um salário fixo referente ao seu trabalho. O salário é um custo fixo mensal que pode ser calculado de uma forma bem simples e seu valor é definido pelo próprio autônomo. h Neste exemplo vamos supor que o autônomo tenha definido como seu salário o valor de R$ 1.000,00 por mês. Assim, esse valor será o custo fixo mensal com seu salário. Caso o autônomo possua algum ajudante, o salário desse profissional e – as demais despesas que envolvem essa contratação – deverão ser considerados. c) Licenciamento, IPVA e Seguro Obrigatório As despesas com Licenciamento, IPVA e Seguro Obrigatório também devem ser consideradas, pois são gastos que o autônomo tem obrigatoriamente todos os anos com o seu veículo. Imagine que o valor do licenciamento do seu veículo seja: R$ 100,00 O valor do IPVA seja: R$ 2.000,00 E o valor do seguro obrigatório seja: RS 100,00 15 Para saber o custo fixo mensal, basta somar essas três despesas e dividi-las por 12 meses, isso porque essas despesas são sempre anuais, ou seja, todo ano você terá que pagá-las. Licenciamento: R$100,00 lPVA: + R$ 2.000,00 Seguro Obrigatório: R$100,00 Total: R$ 2.200,00 Neste exemplo, o seu custo fixo mensal com essas despesas será: R$ 183,33. d) Despesas Administrativas e Previdenciárias Além das despesas listadas acima, o autônomo ainda precisa considerar outros gastos que também são mensais, como: alimentação, material de embalagem (quando houver) e o pagamento da previdência social (INSS). Esses valores também precisam ser computados no cálculo do frete. Para fazer o cálculo é preciso inicialmente definir um valor médio para alimentação. Os sindicatos costumam definir mediante dissídio coletivo o valor mínimo para a diária do motorista e ajudante (quando houver). Neste caso usaremos o valor de R$ 25,00 por dia. Supondo que o autônomo trabalhe 24 dias por mês. Neste caso, a diária terá que ser multiplicada pelos dias de trabalho, ou seja: 24 dias × R$ 25,00 Com isso, temos que o gasto mensal com alimentação/diária do autônomo será de 600,00. Motorista/Autônomo: R$ 600,00 Além dessa despesa, o autônomo ainda precisa garantir sua aposentadoria. Por isso, é importante que ele contribua para o Instituto Nacional de Seguridade Social, o conhecido INSS. 16 O valor da contribuição varia conforme a tabela disponibilizada pelo próprio INSS, sendo que o autônomo pode fazer a opção de contribuir com o teto ou com o mínimo, sempre no percentual de 11%. Neste exemplo, vamos supor que a escolha feita pelo autônomo seja a contribuição para o valor de R$ 1.500,00. Sendo assim, 11% desse valor serão equivalentes a: R$ 165,00. Além dessas despesas o autônomo deve considerar também a contribuição mensal feita para o SEST/SENAT, no valor de 2,5% sobre o seu salário de contribuição para o INSS, que neste exemplo estimamos em R$ 1.500,00. Sendo assim, 2,5 % de R$ 1.500,00 serão equivalentes a R$ 37,50 por mês. e Com essa pequena contribuição ao SEST/SENAT, o autônomo garante atendimento médico, odontológico, atividade de lazer e cultura e ainda cursos de qualificação para ele e toda a sua família. Despesas Administrativas: R$ 600,00 Contribuição Previdenciária: +R$ 165,00 Contribuição para o SEST/SENAT: +R$ 37,50 Total das despesas: R$ 802,50 h Com despesas administrativas e previdenciárias, o autônomo terá um gasto (no exemplo simulado) de R$ 802,50 mensais. e) Manutenção Preventiva A manutenção do veículo, seja ela preventiva ou corretiva, é um aspecto de grande relevância para o transporte de frete e que tem um custo médio de 1,6% do valor do veículo por ano para caminhões antigos. Para caminhões novos esse percentual varia entre 0,8 a 1,0%. Para esse exemplo, utilizaremos o percentual maior, de 1,6%. 17 Sendo assim, se o veículo custa R$ 200.000,00, teremos um gasto com manutenção de R$ 3.200,00. R$ 200.000,00 ×1,6% = R$ 3.200,00 por ano Para fins de cálculo, estimamos que 50% desse valor seja gasto com manutenção preventiva e os outros 50% com a manutenção corretiva. Dessa forma, o valor da manutenção preventiva será de 50% de 3.200,00, ou seja, R$ 1.600,00. Esse valor terá que ser diluído em 12 meses para que tenhamos o custo mensal com a manutenção preventiva. A manutenção preventiva é um custo fixo que deve ser considerado pelo autônomo, que evita gastos inesperados ao longo da viagem e diminui a probabilidade de avarias no próprio veículo. Por isso, é recomendado que a manutenção preventiva seja feita constantemente, não apenas quando há quebra ou defeito em peças e equipamentos. e A manutenção preventiva é um custo fixo, pois independe da distância percorrida pelo veículo ou da quantidade de fretes ou viagens realizadas, já a manutenção corretiva é um curso variável que depende desses aspectos e que veremos em detalhes mais adiante. 18 h Esse é o valor do custo fixo MENSAL, que deve ser dividido pelo número de viagens estimadas no mês. Neste exemplo, vamos presumir que o autônomo faça todos os meses 08 viagens. Sendo assim, o valor do custo fixo por viagem/frete será: Custo fixo por frete: R$ 369,06 O seguro de veículo também é um curso fixo, mas infelizmente, devido ao seu elevado valor de marcado, muitos autônomos optam por não contratá-lo. Entretanto, essa prática não é aconselhável, pois o caminhão representa, muitas vezes, a única fonte de renda