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Revitalização de Sistemas de Proteção Catódica Instalados em Plataformas Marítimas Fixas de Produção de Óleo & Gás


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Nome: Jean Marques Mendes da Silva 
Turma: TMI 2018 
 
 Em ambientes marítimos, a produção e exploração de óleo e gás ocorrem por meio de 
diversos tipos de plataformas, sendo que em projetos mais antigos foram utilizadas 
plataformas fixas, com tempo de vida útil de mais de 20 anos. No Brasil, a Bacia de Campos, 
situada no estado do Rio de Janeiro e Espírito Santo, possui as maiores reservas identificadas 
no Brasil, com enorme potencial de produção. Essa bacia sedimentar possui diversas unidades 
marítimas, sendo que na época de projeção e construção das mesmas, as plataformas fixas 
foram compostas por jaquetas fixadas no fundo do oceano, de modo a garantir a proteção 
contra corrosão. Para a proteção destas jaquetas são utilizados Sistemas de Proteção Catódica 
(SPC), compostos por esquemas de revestimento e pintura nas regiões localizadas fora da 
água e nas zonas em que há variação de maré, bem como por proteção de corrente galvânica 
nas regiões submersas. 
 Atualmente, tendo em vista o advento das tecnologias, este tempo de vida útil da 
proteção anticorrosiva dos reservatórios pode ser ampliado. Para tal, faz-se necessário 
revitalizar as unidades de produção, preservando tanto o escopo do projeto inicial como sua 
integridade física, visando otimizar a extração pelas plataformas. Antes de iniciar o processo 
de revitalização dos SPC, é de suma importância o desenvolvimento de projetos. Neste 
contexto, os autores traçaram os seguintes objetivos para o desenvolvimento do trabalho: 
apresentar as etapas necessárias de acompanhamento do SPC durante sua vida útil; expor o 
momento ideal para o desenvolvimento de um projeto de revitalização do SPC, tendo em vista 
a necessidade de garantir a proteção anticorrosiva da unidade marítica; apresentar alternativas 
de projetos instalados em plataformas fixas fora do Brasil. 
 Para tanto, o trabalho foi organizado em quatro capítulos. No primeiro, composto pela 
Introdução, foi realizada uma contextualização acerca do tema proposto. O segundo, 
desenvolvimento, foi dividido em cinco tópicos, os quais serão descritos posteriormente. No 
terceiro capítulo foram apresentados os resultados e discussão. Por fim, no quarto capítulo 
foram traçadas as considerações finais. 
 No primeiro tópico do desenvolvimento foi descrita a Bacia de Campos e a estrutura 
das plataformas fixas, com destaque para a estrutura metálica da jaqueta, a qual é composta 
pelos seguintes elementos principais: nó; mesa ou elevação; perna; contraventamento, bracing 
e membro estrutural; face ou plano. 
 No segundo tópico foi abordado sobre o SPC, o qual possui quatro elementos 
indispensáveis para seu funcionamento (catodo, anodo, eletrólito, interligação metálica), uma 
vez que a ausência de um deles compromete seu funcionamento. Além de sua conceituação, 
foram elencadas as instalações que podem ser protegidas e as vantagens na utilização da 
técnica de proteção catódica: possibilita a extração por longas distâncias; baixo custo de 
implantação; a favor do meio ambiente; proteção contra corrosão; prolonga a vida útil da 
estrutura. Ainda, foram conceituados e descritos os dois métodos de SPC (por corrente 
galvânica ou anodos de sacrifício; e por corrente impressa), sendo elencadas suas vantagens e 
desvantagens. 
 No terceiro tópico foi narrado o histórico da utilização de sistema de proteção em 
plataformas fixas pelo método de anos galvânicos. No quarto tópico foi descrito o modo como 
é feito o acompanhamento e diagnóstico do SPC da jaqueta. É importante destacar que devem 
ser realizadas monitoração, acompanhamento e inspeções periódicas pelas equipes de 
engenharia marítima, com intervalo máximo de cinco anos. Estas equipes irão emitir um 
relatório técnico, que será avaliado pela equipe responsável pela integridade e funcionamento 
do sistema, sendo possível realizar um cálculo (simulação) da vida útil do mesmo, 
considerando o estado de desgaste (degradação) dos anodos. Ainda, os autores detalharam o 
acompanhamento de um SPC galvânico instalado na jaqueta de uma das plataformas fixas da 
Bacia de Campos, bem como apresentaram o diagnóstico e recomendações para o sistema. 
Perceberam que apesar de o sistema estar atuando de forma adequada, o desgaste dos anodos 
sugere a necessidade de um projeto de revitalização, que deverá estar completamente 
instalado no ano de 2016 
 No quinto tópico foi apresentada a importância de projetos de revitalização, bem como 
realizada comparação entre as tecnologias apresentadas (anodos galvânicos X corrente 
impressa), suas vantagens e desvantagens, sendo que o projeto utilizando sistema por corrente 
impressa possui maior custo-benefício. Assim, os autores apresentaram dois diferentes tipos 
de projeto utilizando corrente impressa, descrevendo suas etapas, sendo eles: Sistema por 
corrente impressa com anodos instalados no leito marinho e Sistema por corrente impressa 
com anodos fixados em tirantes ao longo da jaqueta. É importante ressaltar que a análise de 
diagnóstico do SPC deve ser realizada três anos antes do prazo final do projeto inicial. 
 A partir dos resultados encontrados, os pesquisadores aferiram que o sistema original 
de proteção catódica na plataforma analisada encontra-se protegendo a jaqueta, contudo, por 
já ter sido completado o prazo de vida útil (30 anos), indicaram a necessidade de dar início ao 
projeto de revitalização.