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Semiologia Cardiovascular

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CARDIO 
ANAMNESE 
Identificação | QP – Com as palavras do paciente, 3. 
HDA: início, local, tipo de início, intensidade, frequência, 
duração, irradiação, fatores de melhora, piora, 
medicação, atendimento, evolução, sintomas 
associados, eventos semelhantes anteriores... 
ISDA: investigar outros órgãos, no sentido céfalo-caudal. 
Antecedentes pessoais fisiológicos e patológicos. 
Antecedentes familiares: doenças cardiovasculares 
(DAC precoce – 55 anos para masculino e 65 para 
feminino). Perguntar sobre morte súbita. 
Hábitos de vida: etilismo, tabagismo, alimentação, 
drogas ilícitas, ocupação e atividade física 
Condições socioeconômicas: renda (medicação), 
condições de moradia (doenças infecto-contagiosas), 
relacionamentos familiares e de trabalho. 
PRINCIPAIS SINTOMAS CARDIOVASCULARES 
Dor precordial, dispneia, cansaço (fadiga), edema 
(perimaleolar, sacral, generalizado), palpitações, 
síncope (súbita e rápida restauração do sensório. 
DISPNÉIA 
Sensação de falta de ar; 
- Tipos: aos esforços (caracterizar, importante na IC), 
trepopnéia (em decúbito lateral, derrame pleural), 
platipnéia (em pé, ortostase, pericasdite, shunt D-E, 
melhora no decúbito), ortopnéia (no decúbito, ICC, 
edema agudo de pulmão), dispneia paroxística noturna 
(2-4h após o sono, ICC). 
DOR TORÁCICA 
 
- Forma de início, localização (retroesternal), irradiação 
(pavilhões auriculares, maxilar inferior, nuca, membros 
superiores, ombros, região epigástrica, região 
intraescapulovertebral), caráter (constritiva), intensidade 
(quando intensa pode ser acompanhada de sudorese, 
palidez, angústia e sentação de morte iminente (de 0 a 
10)), duração, frequência, fatores agravantes ou 
desencadeantes (condições que aumentam o trabalho 
cardíaco – emoção, frio, refeições copiosas, exercício), 
atenuantes (repouso, uso de vasodilatador coronário), 
sinais e sintomas acompanhantes (náuseas, vômito), 
evolução e como está no momento. 
SÍNCOPE 
- também chamado desmaio, é a perda súbita e 
transitória da consciência e da postura devido a 
isquemia cerebral transitória. 
PALPITAÇÃO 
Sintoma inespecífico – investigar, frequência, duração, 
início, término, ritmo. 
- Causas cardíacas: arritmias, IC, miocardites, 
miocardiopatias, hipertensão arterial. 
- Causas não cardíacas: aumentam a FC – 
hipertireoidismo, anemia, esforço físico, emoções, SDP, 
tóxicas (medicamentos, café, tabaco, drogas). 
EDEMA 
- Geralmente, vespertino, gravitacional, bilateral e 
simétrico, pode progredir para região inguinal, genital e 
parede abdominal. 
- Sinal de Godet: pressão com os polegares sobre região 
edemaciada. 
EX. FÍSICO 
PRINCIPAIS SINTOMAS CARDIOVASCULARES 
- Estado Geral – Bom, regular, mal 
- Consciência – consciente, sonolento, obnubilado, 
toporoso, comatoso 
- Orientação – autopsíquica e alopsíquica 
- Fácies – leonina, acromegálica, álgica, basedowiana, 
down, esclerodérmica, renal, cushingoide, 
adenoideana. 
 Down - apresenta problemas cardíacos. 
 Hipertireoidismo – alteração de frequência 
cardíaca 
 Fácies mitral (válvula mitral) – rubor nas 
bochechas e nariz, nariz afilado. 
- Biotipo – longilíneo, normolíneo, brevilíneo – muda focos 
de ausculta. 
 Brevilíneo – coração mais alto e mais deitado 
 Longilíneo – coração mais abaixo e mais 
centralizado 
 Normolíneo - normal 
- Atitude indiferente / atitudes voluntárias (parkinsoniana, 
antálgica, ortopnéica, cócoras, genupeitoral) / atitudes 
involuntárias (passiva, ortótono, opistótono, 
embrostótono, pleurostótono, mão pendula e gatilho) / 
Decúbito (lateral, dorsal, ventral) 
 Sinal de Levigne – atitude de segurar o coração – 
Infarto; 
- Fala – distúrbios 
- Estado de nutrição – avaliação de peso / 
circunferência/ imc / pele 
- Pele e muscosas – hidratação, turgor, temperatura, 
lesão, coloração. 
 Xandelasmas – gordura nas pálpebras e pés – 
dislipidemia. 
 Sinal de Franklin – duas pregas próximas a orelha 
(insuficiência coronariana). 
 Sindrome de Loeys-Ditze – úvula bífida 
 Cianose – origem central (Shunt D-E) ou periférica 
(redução do fluxo). – ocorre devido ao aumento 
Arthur Rodrigues – MD3 | @arthurnamedicina 
da hemoglobina não oxidada ou pigmentos 
hemoglobínicos anormais. 
- Anexos 
 BAQUETEAMENTO DIGITAL – sinal de livbond – 
Hipóxia crônica periférica. 
- Edema 
- Linfonodos – 11 cadeias 
 Local, número, separados ou coalescentes, 
tamanho, consistência, mobilidade, 
sensibilidade, pele adjacente. 
- Movimentos involuntários 
- Marcha – eubásica / disbásica 
- Dados antropométricos – circunferência abdominal, 
peso, altura, imc 
 IMC – abaixo de 18,5 magreza | 18,5 a 25 – 
normal; 
 Circunferência abdominal – entre o rebordo 
costal (ao nível da linha axilar média) e a crista 
ilíaca; - Homens (acima de 94-102), Mulheres 
(acima de 80-88). 
- sinais vitais (PA, temperatura, Fc, Fr) 
 Pressão arterial – Falar o que vai fazer, perguntas, 
posição do paciente, manguito, 2 cm acima da 
fossa cubital, centralizar sobre a artéria braquial, 
estimar a sistólica pela palpação. – Fase 1 de 
Korotkoff – primeiro som // fase 5 de Korotkoff – 
último som (diastólica). 120/60/0. Realizar pelo 
menos 2 medições com intervalo de 1 min entre 
elas. 
 Normal até 120 por 80 / Pré hipertenso – 129 por 
89. – A maior é a que vale 
SEMIOLOGIA 
CARDIOVASCULAR 
AVALIAÇÃO DOS PULSOS ARTERIAIS, VENOSOS E 
CAPILARES 
- Arterial, braquial, carotídea, tibial posterior, pedioso, 
pulso venoso e pulso capilar. 
CARACTERÍSTICAS: 
- estado da parede (radial), frequência (radial), ritmo 
(radial), amplitude, tensão ou dureza (radial), simetria. 
- Frequência: em 1 min, 50 a 100 PPM ou BPM, em 
repouso. Acima de 100 (taquisfigmia), abaixo de 60 
(bradisfigmia). 
- Ritmo: regular ou irregular 
- Amplitude: Amplo, mediano ou pequeno. 1+ a 4+ 
(diminuído, normal, aumentado, muito aumentado). 
- Tensão ou dureza: compressão progressiva da artéria. 
Mole (pequena pressão para interromper pulsação). 
- Estado da parede: lisa, endurecida, irregular, tortuosa. 
- Simetria: palpação simultânea. 
LOCALIZAÇÃO 
- Pulso radial: entre a apófise estiloide do rádio e o 
tendão dos flexores. Técnica: mão em pinça, 3 dedos e 
flexão parcial do punho do paciente. 
- Pulso carotídeo: medial a borda anterior do 
esternocleidomastoideo, ao nível da cartilagem 
cricóidea. Paciente em pé ou sentado. Técnica 1: ponta 
do polegar pressionando para trás, ou 2 dedos. Técnica 
2: por trás do paciente, 4 dedos ao redor do pescoço. 
Obs: nunca simultâneo. 
- Pulso braquial: medial ao tendão do bíceps, na prega 
cubital. Indicador no tendão bicipital, cotovelo esticado 
e palmas da mão para cima. 
- Tibial posterior: posterior ao maléolo medial. Dedos 
encurvados por detrás e debaixo do maleolo medial do 
tornozelo. 
- Pedioso: dorso do pé entre o tendão do hálux e do 
segundo falange. 
- Pulso venoso: “falso pulso – onda de volume na veia 
jugular”. Analisa-se a veia jugular interna direita ou 
externa direita. 
 ESTASE JUGULAR – aumento da pressão 
intratorácica (asma, esforço), obstrução de veia 
cava superior, tronco braquicefálico, hipertensão 
venosa por IC. 
 
- Pulso capilar (extremidades): temperatura (quente/fria), 
colocação (cianótica/acianótica/corada/descorada), 
grau de enchimento (lento/normal – compressão da 
popa de um ou mais dígitos ou borda da unha – até 3 
segundos) 
PRECÓRDIO I 
ANATOMIA 
Área de projeção do coração na parede torácica 
anterior. 
LIMITES ANATÔMICOS: 
- Superior direito: segundo espaço intercostal, a 1 cm do 
osso esterno 
- Inferior direito: junção da cartilagem do sexto arco 
costal direito com o osso esterno 
- Superior esquerdo: segundo espaço intercostal 
esquerdo, a 2 cm do esterno 
- Inferior esquerdo: ictus cordis (ponta do ventrículo 
esquerdo que choca com a parede torácica anterior, 
geralmente na junção da linha vertical hemiclavicular 
esqueda com o quintoespaço intercostal esquerdo). 
ÂNGULOS IMPORTANTES 
- Ângulo de Louis – ou ângulo do esterno – manúbrio do 
esterno 
- ângulo de sharpy – onde está o 6º espaço intercostal. 
ICTUS CORDIS OU IMPULSO APICAL 
- Na linha hemiclavicular na região do ângulo de sharpy 
- Contato da porção anterior do ventrículo esquerdo 
com a parede do tórax, durante a contração ventricular 
- Ocorre durante a contração isovolumétrica da sístole 
ventricular; 
 
SEMIOTÉCNICA 
- Ambiente, tórax desnudo, decúbito dorsal horizontal ou 
sentado. 
INSPEÇÃO: 
- Observar o precórdio de frente e tangencial 
procurando por abaulamentos, retrações, circulações 
colaterais, lesões elementares (nódulo, pápula, 
pústula...), impulsos à direita ou esquerda (raros e 
patológicos) e ictus cordis (visível ou não). 
 
- Spiders vasculares. 
DESCRIÇÃO 
Ex 1 (sem alterações): Sem abaulamentos, retrações, 
circulações colaterais, lesões elementares e impulsos, 
com ictus cordis visível na junção de linha hemiclavicular 
esquerda com o 5º espaço intercostal esquerdo (localizar 
utilizando a linha hemiclavicular esquerda e o espaço 
intercostal esquerdo) ou não visualizado. 
Ex 2 (lesão nodular): Sem abaulamentos, retrações, 
circulações colaterais, apresentando nódulo 
avermelhado de aproximadamente 3,5 cm, com 
contornos regulares e limites nítidos, na porção superiore 
esquerda do percódio, com ictus cordis visível na junção 
de linha hemiclavicular esquerda com o 5º espaço 
intercostal esquerdo (localizar utilizando a linha 
hemiclavicular esquerda e o espaço intercostal 
esquerdo) ou não visualizado. 
PALPAÇÃO DO PRECÓRDIO 
Mão espalmada, utilizando os frêmitos e o ictus cordis. 
FRÊMITOS: 
- Sensação tátil de vibrações pelo turbilhonar do sangue 
no interior dos vasos e coração (quando originado por 
sopros, são chamados catários). 
- Palpados: nos 5 focos de ausculta precordial (aórdico, 
pulmonar, aórtico acessório, tricúspide e mitral). 
- Descrever: localização (foco) e intensidade (subjetiva, 
em +/6+). 
 
- Aórtico acessório: entre o pulmonar e o tricúspide. 
- Pesquisa de frêmitos catáritos pela palpação do 
precórdio. O normal é não palpar durante o exame físico 
precordial 
ICTUS CÓRDIS: 
- Pode ser palpável ou não. 
- Quando palpável, descrever: 
- Localização (utilizando a linha hemiclavicular e o 
espaço intercostal do lado esquerdo do precórdio) 
- Extensão: circunscrito (até 3 cm ou 2 polpas digitais) ou 
difuso (maior que 3 cm ou mais que 2 polpas digitais). 
- Intensidade: leve, moderado ou intenso ou +/3+. 
- Mobilidade: até 2cm quando o paciente está em 
decúbito lateral esquerdo ou decúbito de Pachon. 
Obs: quando palpável, geralmente é circunscrito, móvel, 
variando em intensidade e localização. 
TÓRAX BREVILÍNEO: 
- Ictus cordis localizado no 4º espaço intercosta, mais 
lateral a linha hemiclavicular esquerda. 
TÓRAX LONGILÍNEO: 
- ictus cordis no 6º espaço intercostal esquerdo, 
medialmente à linha hemiclavicular esquerda. 
 
Impalpável: enfisema, obesidade, musculatura muito 
desenvolvida, grandes mamas. 
Deslocado: dilatação e/ou hipertrofia VE, estenose 
aórtica. 
Gestantes: no último trimestre, é comum ele estar em 
outro local. 
DESCRIÇÃO 
- Ex (paciente normolíneo e sem alterações) – normal: 
não forma palpados frêmitos, ictus cordis palpado na 
junção da linha hemiclavicular esquerda com o 5º 
espaço intercostal esquerdo, circunscrito, intensidade 
++/+++ e móvel ao decúbito lateral esquerdo (pacheo). 
PRECÓRDIO II 
CICLO CARDÍADO 
Fases da diástole ventricular: 1 – relaxamento 
isovolumétrico / 2 – enchimento rápido / 3 – enchimento 
lento / 4 – sístole atrial. 
Fases da sístole ventricular: 1 – contração isovolumética 
/ 2 - Ejeção rápida / 3 – ejeção lenta 
 
TEORIA VALVAR (EXPLICAR OS SONS CARDÍACOS) 
- Primeira bulha cardíaca ou B1: fechamento das valvas 
átrio-ventriculares (valva mitral (M1) + valva tricúspide T1) 
– “TUM”. 
- Segunda bulha cardíaca ou B2: fechamento das 
semilunares aórticas e pulmonares (A2 + P2) – “TA”. 
CICLO + TEORIA VALVAR 
Sístole – silêncio (protossístole, mesossístole, telessístole) 
entre o B1 e B2 – silêncio menor 
Diástole – silêncio (protodiástole, mesodiástole, 
telediástole) entre B2 e B1 – silêncio maior 
AUSCULTA DO PRECÓRDIO 
NORMAL: B1 E B2 
PATOLÓGICA: 
- B3 (terceira bulha) ou B4 (quarta bulha) – ritmos de 
galope 
- Desdobramentos patológicos 
- Sopros (sistólicos, diastólicos, sistodiastólicos ou 
contínuos) 
- Clicks/estalidos 
- Atrito pericárdico 
5 FOCOS DE AUSCULTA
 
 
 
ESTETOSCÓPIO 
Dr; René Laennec - Do grego, olhar para dentro do peito. 
ESTRUTURA 
Bolinhas do fone (oliva) – metais do ouvido móveis (haste) 
– barra reguladora de tensão – tubo plástico ou borracha 
– corpo – campânula (sons graves) e diafragma (agudos. 
EXAME FÍSICO 
Semiotécnica: Ambiente, tórax desnudo, decúbito 
dorsal, horizontal ou sentado. 
- Auscultar os 2 tempos cardíacos nos 5 focos de 
ausculta. 
- Fonese das bulhas – normofonéticas, hipo ou 
hiperfonéticas. 
 B1: Fisiologicamente mais audível em focos mitral 
e tricúspide 
 B2: fisiologicamente mais audível em focos 
aórtico e pulmonar. 
- Pode ter 2 tempos ou 3 (b3 e b4) 
- Ritmo regular ou irregular 
- Existência de: 
 Sopros - (sistólicos, diastólicos, sistodiastólicos 
ou contínuos) 
 Desdobramentos – B1 em crianças, por 
imaturidade da sincronia fisiológica ventricular 
(TLUM-TÁ) // B2 – Durante a inspiração, pode 
alterar a velocidade de contração valvar 
(TUM-TLA) 
 Clicks 
 Atrito pericárdico. 
- Frequência cardíaca: foco mais audível, em 60 
segundos. 
- Sopro Aortico e pulmonar – tende a irradiar para a 
carótida 
- Sopro mitral e tricúspide – tende a irradiar para região 
axilar 
DESCRIÇÃO 
Bulhas cardíacas normofonéticas, regulares em 2 
tempos, sem sopros, sem clicks ou atrito pericárdico, fc 80 
BPM. 
AUSCULTA PATOLÓGICA 
FONESE 
B1 (mitral e tricúspide), B2 (aórtico e pulmonar - base). 
HIPERFONESE B1 (tricúspide e mitral): 
- Posição dos folhetos das valvas AV mais baixa, durante 
a contração ventricular (extrassístoles, hipertireoidismo, 
taquicardia). Estenose da valva mitral (calcificação 
moderada), por aumento da pressão intra-atrial, 
insuficiência mitral severa. 
HIPERFONESE B2 (pulmonar e aórtico) 
- Persistência do canal atrial (PC) e comunicação 
interatrial (CIA), por aumento do débito cardíaco. 
HIPOFONESE DE B1 
- Estenose da mitral (imobilidade dos folhetos valvares. 
- Aumento da pressão intra-ventricular 
- Choque cardiogênico. 
- Geralmente em obesos, após exercício, febre e no 
hipotireoidismo, é hipofonético. Intensidade variável 
durante a fibrilação atrial (delirium cordis). 
HIPOFONESE DE B2 
- Diminuição do débito ventricular com aproximação do 
intervalo entre A2 e P2 (extrassístoles, estenose das 
semilunares e miocardiopatias) 
- Aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax 
(Enfisema Pulmonar) 
- Acúmulo de líquido no espaço pericárdico (Derrame 
pericárdico nas Pericardites e Tamponamento Cardíaco. 
DESDOBRAMENTOS PATOLÓGICOS 
B1 – “TLUM-TÁ” 
- Bloqueio do ramo direito, por retardo da contração 
ventricular direito. – “TLUM-TÁ”. 
B2 – “TUM-TLÁ” 
- Comunicação interatrial (CIA), persistente e fixo. 
- Bloqueio completo do ramo direito e insuficiência da 
valva mitral, persistente e variável. 
- Bloqueio completo do ramo esquerdo (paradoxal, pois 
P2 torna-se anterior a A2), persistente e variável. 
B3 – “TUM-TA-TU” – Galope 
- Protodiastólico, baixa frequência (campânula), 
vibrações na parede do ventrículo, por sobrecarga 
volumétrica, fazendo uma transição brusca da fase de 
enchimento rápido para enchimento lento do ventrículo. 
- Causas: Insuficiência das valvas aórtica e mitral, CIA, 
comunicação interventricular (CIV), cardiomiopatia 
hipertrófica restritiva e IC sistólica. 
- é fisiológico em: crianças, jovens, exercícios físicos, 
drogas cronotrópicas positivas (cafeína,cocaína...), 
febre, anemia e hipertireoidismo. 
 
B4 – “TU-TUM-TÁ” 
- Telediastólico, baixa frequência, vibração do ventrículo, 
por intensa contração atrial, indica perda da 
complacência do VE, déficit de relaxamento. 
- Causas: hipertrofia concêntrica do VE (idosos, has, 
estenose da valva aórtica), cardiomiopatia restritiva 
dilatada e DI do miocárdio. 
CLICKS E ESTALIDOS 
- Sons de baixa frequência (agudos), surgem quando há 
estenose valvar (não são ouvidos quando está 
intensamente estenosada, calcificada e imóvel). 
- Clicks de ejeção (sistólico, abertura de semilunar 
estenosada – aórtica e pulmonar) – ENTRE B1 E B2 
- Estalido de abertura (diastólico, abertura de valva AV 
estenosada – mitral e tricúspide). – ENTRE B2 E B1 
SOPROS 
- som do turbilhonamento do fluxo sanguíneo, que deixa 
de ser um fluxo laminar devido a obstruções (parcial) do 
calibre vascular. Se gera vibração, chama-se frêmito. 
Possíveis causas: 
- Aumento da velocidade da corrente (exercício, 
hipertireoidismo, febre e substâncias cronotrópicas 
positivas); 
- Diminuição da viscosidade sanguínea (anemia); 
- Passagem estreita do sangue (estenoses valvares); 
- Refluxo do sangue (insuficiências valvares); 
Irradiação 
Base (aórtico e pulmonar – carótidas). 
Ápice (tricúspide e mitral - axilar 
Características semiológicas para descrever: 
- Localização – foco onde o sopro é mais audível 
- Irradiação – demais focos 
- Situação no ciclo: sistólico, diastólico ou contínuo. 
- Intensidade +/4+ ou +/6+ 
 1 + - LEVE INTENSIDADE 
 2 + - MODERADA INTENSIDADE 
 3 + – GRANDE INTENSIDADE 
 4 + - EXTREMA INTENSIDADE / FRÊMITOS PALPÁVEIS. 
 1+ (PEQUENA), 2+ (MODERADA), 3+ GRANDE 
INTENSIDADE – SEM FRÊMITOS). 4+ (EXTREMA 
INTENSIDADE + FREMITOS), 5+ (SÓ DE APROXIMAR O 
DIAFRAGMA JÁ OUVE), 6+ (SEM AUXÍLIO DE ESTETO). 
FONOCARDIOGRAMA 
Se o sopro ocorreu na sístole, que foco ouviu? 
- Aortico, logo ocorreu estenose aórtica, porque ela 
deveria estar aberta, mas tá levemente fechada. 
- Mitral, logo insuficiência mitral, porque ela deveria 
estar fechada. 
Ocorreu na diástole, que foco ouviu? 
- aórtico, logo aconteceu insuficiência aórtica, porque 
ela deve estar fechada. 
- Mitral, logo é uma estenose mitral, porque deveria 
estar aberta, mas tá levemente fechada. 
Ocorreu em todo tempo, o que rolou? 
- Está acontecendo comunicação entre os dois lados 
do coração (shunt). 
- Se a válvula aórtica estiver insuficiente e estenosada, 
também pode ocorrer. 
FORMA DO SOPRO: 
- Ejeção: estenose aórtica ou pulmonar – DIAMANTE. (B) 
- Enchimento: estenose mitral ou tricúspide – RUFLAR. (e) 
- Regurgitação: insuficiência mitral ou tricúspide – EM 
barra. (C) 
- Refluxo: insuficiência aórtica e pulmonar – 
ASPIRATIVO. 
TIMBRE 
Suave, rude, musical, piante... 
PATOLOGIAS VALVARES E SOPROS 
 
 
Estenose aórtica – sopro sistólico, pois na sístole 
ventricular ela deve estar aberta / Insuficiência aórtica 
– diastólica, pois na diástole ventricular a válvula deve 
estar fechada; 
Estenose 
aórtica com 
agachamento 
(aumenta) // 
Estenose 
aórtica com 
valsalva 
(diminui). 
 
 
SÍSTOLE – Abertas aórtica e pulmonar - se tiver sopro 
sistólico, é porque elas estão estenosadas. Fechadas 
mitral e tricúspide – se tiver sopro, é porque estão 
insuficientes. 
DIÁSTOLE – Abertas mitral e tricúspide – se tiver sopro 
diastólico é porque estão estenosadas. Fechadas 
aórtica e pulmonar – se tiver sopro diastólico, é porque 
estão insuficientes. 
 
ESTENOSE AÓRTICA – SOPRO MESOSISTÓLICO 
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA – SOPRO PROTODIASTÓLICO. 
INSUFICIÊNCIA MITRAL - HANDGRIP – APERTAR AS MÃOS 
– aumenta a intensidade na sístole. 
INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE – RIVERO-CARVALHO – 
positiva aumenta a intensidade do sopro sistólico 
quando inspira produndamente. 
ATRITO PERICÁRDICO 
- Ocorre nas pericardites agudas (fibrose dos folhetos). 
- Ruído de alta frequência, áspero e raspante (“ranger 
de couro”). 
- Melhor audível no pulmonar e borda esternal 
esquerda. 
- Flexão do tronco pra frente intensifica a ausculta. 
- Pode ser auscultado durante sístole e diástole, 
bastante variado. 
DESCRIÇÃO 
- Alteração: sopro ocupando toda a diástole, intenso, 
sem irradiações, e não houve frêmitos palpados 
durante o exame de palpação precordial. Se for 
aórtico e pulmonar é por insuficiência, se for mitral e 
tricúspide é por estenose. 
Descrição: bulhas cardíacas normofonéticas, regulares 
em 2 tempos (b1 e b2), com sopro aórtico, 
holodiastólico, intensidade de 3+/4, sem irradiações, 
cliques ou atrito pericárdico, Fc de 80 bpm.

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