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PRINCÍPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE

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PRINCÍPIO DA
EXTRATERRITORIALIDADE
Direito Penal
Marcos Rozzeto
UNIPTAN - SJDR
Segundo período
Maria Gabriela Costa e Natália Coutinho
Sumário
1 - Introdução ……………………………………………………………………… pág. 2
Desenvolvimento …………………………………………………………… págs. 5 a 10
2 – Princípio da Extraterritorialidade ………………………………………………. pág. 5
3 – Formas da Extraterritorialidade ……………………………………………….. pág. 6
4 – Princípios para aplicação da extraterritorialidade …………………………… pág. 8
5 – Classificação das hipóteses de acordo com os princípios e as formas de
extraterritorialidade …………………………………………………………………. pág. 9
6 - Conclusão ……………………………………………………………………. pág. 11
7 - Bibliografia …………………………………………………………………….... pág. 12
1
1 - Introdução
O trabalho consiste no princípio da Extraterritorialidade previsto no Artigo 7°
do Código Penal, que leva em consideração os crimes que envolvem agentes ou
locais internacionais, colocando em prova se a lei a se sujeitar deve ser a Brasileira
ou de outro país, conforme a seguir:
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei
nº 7.209, de 1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de
Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam
julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda
que absolvido ou condenado no estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
1984)
2
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do
concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei
nº 7.209, de 1984)
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a
pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não
estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei
nº 7.209, de 1984)
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro
contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no
parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
1984)
Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
3
2 - Princípio da Extraterritorialidade
O princípio da extraterritorialidade consiste na aplicação da lei brasileira para
crimes que ocorram fora do país ou quando algum agente seja brasileiro, ou seja,
mesmo com o caso ocorrendo fora a lei será aplicada por algum tribunal ou juízo
pátrio. Atualmente se tem conhecimento de 3 formas da extraterritorialidade, sendo
elas: a condicionada, incondicionada ou hipercondicionada.
Além disso, para aplicação do princípio da extraterritorialidade existe a
necessidade de alguns princípios, que são eles: o 1) Princípio da Nacionalidade ou
Personalidade Ativa 2) Princípio da Nacionalidade ou Personalidade Passiva 3)
Princípio da defesa real ou proteção 4) Princípio da justiça universal ou da
universalidade da justiça 5) Princípio da Representação.
4
3 - Formas da Extraterritorialidade
A extraterritorialidade pode ser classificada como incondicionada,
condicionada ou hipercondicionada:
(A) Extraterritorialidade incondicionada: “não está sujeita a nenhuma
condição. A mera prática do crime em território estrangeiro autoriza a incidência da
lei penal brasileira, independentemente de qualquer outro requisito”. Está prevista
no artigo 7º, §1º, do Código Penal, alcançando os crimes descritos no art. 7º, inc. I e
será aplicada quando for cometido os seguintes crimes (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984):
“a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de
Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista,
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 1984)”
Nesses casos, como citado anteriormente, a lei brasileira, para ser aplicada, não
depende do preenchimento de nenhum requisito.
(B) Extraterritorialidade condicionada: alcança os crimes trazidos pelo inc. II.
Nesses casos, ao contrário da Extraterritorialidade incondicionada, possui requisitos
para que a nossa lei possa ser aplicada, faz-se necessário os casos de:
“A) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984)
5
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
1984)”
(C) Extraterritorialidade hipercondicionada: está positivada no artigo 7º, §3º,
do Código Penal. Ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil,
além das condições previstas no §2º, para a aplicação da lei brasileira é preciso
observar ainda:
(i) não ter sido pedida ou ter sido negada a extradição;
(ii) ter havido requisição do ministro da Justiça.
6
4 - Princípios para aplicação da extraterritorialidade
Para que o princípio da extraterritorialidade seja aplicada existe a
necessidade de alguns princípios, que são eles:
1º) Princípio da Nacionalidade ou Personalidade Ativa (art. 7º, II, b, CP): A lei do
Estado do autor do crime é aplicada em qualquer lugar que o crime tenha ocorrido,
ou seja, a lei brasileira é aplicada em razão da nacionalidade do autor do crime
(sujeito ativo);
2º) Princípio da Nacionalidade ou Personalidade Passiva (art. 7º, § 3º, CP): A lei
brasileira é aplicada ao crime praticado por estrangeiro contra brasileiro. Importa a
nacionalidade do sujeito passivo;
3º) Princípio da Defesa Real ou Proteção (art. 7º, I, a, b, c): Importa a
nacionalidade do bem jurídico. Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido fora do
Brasil, que afete interesse nacional;
4º) Princípio da Justiça Universal ou da Universalidade da Justiça Cosmopolita
(art. 7º, I, d, II, CP): Direito de todos os países em punir qualquer crime;
5º) Princípio da Representação (art. 7º, II, c, CP): A lei brasileira será aplicada aos
crimes cometidos no estrangeiro em aeronaves e embarcações privadas, desde que
nãosejam julgados no local do crime.
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5 - Classificação das hipóteses de acordo com os princípios e as
formas de extraterritorialidade
Sobre a classificação das hipóteses de acordo com os princípios e as formas
de extraterritorialidade podemos distribuir da seguinte maneira:
No inciso I: todas as hipóteses, da letra a a d, são de
extraterritorialidade incondicionada:
alínea a: princípio real, da defesa ou de proteção;
alínea b: princípio real, da defesa ou de proteção;
alínea c: princípio real, da defesa ou de proteção;
alínea d: para alguns, princípio da justiça universal (o genocida será punido
de acordo com a lei do país em que estiver); para outros,princípio da
nacionalidade ativa (exige que o agente seja brasileiro.
Note-se, porém, que a lei se contenta com o domicílio do agente em
território nacional, ainda que este não seja brasileiro. Isso afasta a incidência
do princípio da nacionalidade ativa); para uma terceira corrente, princípio real,
da defesa ou de proteção (quando o genocídio atinge um bem brasileiro,
aplica- se a lei brasileira. Como esse é um crime contra a humanidade, o
bem jurídico de todos os países sempre será atingido,tornando possível
invocar esse princípio). Parece, no entanto, mais adequado tratar a hipótese do
art. 7º, I, d, que trata do genocídio, como princípio da justiça universal, uma
vez que se trata de uma infração praticada contra o interesse de todo o
planeta, e não apenas contra um interesse nacional. Estando o genocida no
Brasil, é aqui que se pune; estando em outro país, pune- se nesse outro
local e assim por diante, de modo que todos os países passam a reprimir o
genocida, onde quer que ele esteja, fazendo do Mundo um território só, sem
fronteiras.
Inciso II: todas as hipóteses, da letra a a c, são de extraterritorialidade
condicionada, uma vez que a lei brasileira só será aplicada ao crime mku
cometido no estrangeiro se presentes as condições do § 2º:
alínea a: princípio da justiça universal;
alínea b: princípio da nacionalidade ativa;
alínea c: princípio da representação.
8
Parágrafo 2º: esse parágrafo enumera algumas condições, que não são de
punibilidade, mas de procedibilidade. Assim, o início da persecução penal nas três
hipóteses do inciso II fica subordinado às seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional: não distingue a lei se a entrada foi
extemporânea ou forçada, legal ou clandestina, ou se resulta simplesmente da
passagem do autor do crime pelo País. A saída do agente não prejudicará o
andamento da ação penal;
b) será o fato punível também no país em que foi praticado: caso assim não
ocorra, é inaplicável a lei penal brasileira. Se o fato for praticado em lugar não
submetido a qualquer jurisdição, aplicar- se- á a lei penal do Estado nacional
do agente. Se o fato não se enquadrar em nenhum dos tipos legais definidos
e descritos na legislação penal do país onde foi praticado, ou se não mais
existir o direito de punir, quer por achar- se extinto, quer por ser declarado
inexistente, quer ainda por já estar satisfeito com o cumprimento da sanctio
juris, não pode haver perseguição penal no Brasil;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição: na ausência dessa autorização é inaplicável a lei penal brasileira;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumpridoa
pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo,não
estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
Parágrafo 3º: a hipótese, como dito acima, deveria estar em um inciso,
e não em um parágrafo. Está sujeita à extraterritorialidade condicionada e
aplica- se o princípio real, da defesa ou proteção (pela observação retro,seria
aplicável o princípio da personalidade passiva, que teria, então,utilidade
prática)
9
6 - Conclusão
Em suma, é válido citar que o princípio da Extraterritorialidade delimita a
atuação e aplicação das leis brasileiras em determinadas situações que envolvem
agentes ou localidades internacionais fazendo com que os interesses da Lei Penal
Brasileira e estrangeira seja respeitada. Além de delimitar, pode ser destacado o
princípio que rege tal prática e as formas de Extraterriteritoriadedade. Outra questão
de grande relevância citada neste trabalho foram os princípios para aplicação da
Extraterritorialidade e classificação das hipóteses de acordo com os princípios e
as formas de Extraterritorialidade.
10
7 - Bibliografia
https://www.passeidireto.com/arquivo/1003337/d-ji-extraterritorialidade-extraterritoria
lidade-da-lei-penal-brasileira-princip Acessado em 04 de outubro de 2021
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/lei-penal-no-espaco
/15949 Acessado em 04 de outubro de 2021
https://jus.com.br/artigos/85923/extraterritorialidade-da-lei-penal-brasileira Acessado
em 04 de outubro de 2021
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2017/11/18/quais-especies-de-extrat
erritorialidade-da-lei-penal/ Acessado em 04 de outubro de 2021
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10639401/artigo-7-do-decreto-lei-n-2848-de-07-
de-dezembro-de-1940 Acessado em 04 de outubro de 2021
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https://www.passeidireto.com/arquivo/1003337/d-ji-extraterritorialidade-extraterritorialidade-da-lei-penal-brasileira-princip
https://www.passeidireto.com/arquivo/1003337/d-ji-extraterritorialidade-extraterritorialidade-da-lei-penal-brasileira-princip
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/lei-penal-no-espaco/15949
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/lei-penal-no-espaco/15949
https://jus.com.br/artigos/85923/extraterritorialidade-da-lei-penal-brasileira
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2017/11/18/quais-especies-de-extraterritorialidade-da-lei-penal/
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2017/11/18/quais-especies-de-extraterritorialidade-da-lei-penal/
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10639401/artigo-7-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10639401/artigo-7-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940

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