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Urgência e Emergência 8º Período Juliana Vieira Queiroz Almeida 1 Urgência e Emergência Profº. Frederico Figueiredo e Marcelo Lopes Sumário Manejo de Vias Aéreas ..................................................................................................................................... 9 Via aérea ...................................................................................................................................................... 9 Obstrução de vias aéreas ......................................................................................................................... 9 Intubação orotraqueal ............................................................................................................................ 10 Laringoscopia ........................................................................................................................................... 14 IOT mal-sucedida ..................................................................................................................................... 15 Máscara laríngea ...................................................................................................................................... 15 Cricotireostomia ....................................................................................................................................... 16 Combitube ................................................................................................................................................. 16 Complicações da IOT ............................................................................................................................... 16 Oxigenoterapia ............................................................................................................................................... 17 Definição de Insuficiência Respiratória ............................................................................................... 17 Oxigenoterapia ......................................................................................................................................... 18 Sistemas de liberação de O2 .................................................................................................................. 18 Cateter Nasal ............................................................................................................................................ 19 Máscara com Reservatório ..................................................................................................................... 19 Máscara de Venturi.................................................................................................................................. 20 Máscara de Traqueostomia ................................................................................................................... 20 Máscara tenda ou TOT ............................................................................................................................ 20 Micronebulização ..................................................................................................................................... 20 ECG – Eletrocardiograma ............................................................................................................................... 21 Introdução ................................................................................................................................................. 21 Informações obtidas pelo ECG .............................................................................................................. 21 Traçado padrão – ECG ............................................................................................................................. 21 ECG Normal ............................................................................................................................................... 24 Abordagem Prática – QRS ...................................................................................................................... 24 Avaliando um eletro ................................................................................................................................ 24 Taquicardia sinusal .................................................................................................................................. 25 Principais bloqueios atrioventriculares ............................................................................................... 25 Flutter Atrial .............................................................................................................................................. 26 Fibrilação atrial ......................................................................................................................................... 26 Taquicardias paroxísticas supraventriculares (TPSV) ....................................................................... 27 Juliana Vieira Queiroz Almeida 2 Sinais de instabilidade hemodinâmicas .............................................................................................. 27 Vídeos ......................................................................................................................................................... 28 BLS – Basic Life Support ................................................................................................................................. 28 Introdução ................................................................................................................................................. 28 Dados gerais ............................................................................................................................................. 28 PCR .............................................................................................................................................................. 29 CAB – Para o adulto em parada ............................................................................................................ 29 Na cena do incidente – BLS ................................................................................................................... 30 Avaliação da obstrução e abertura das vias aéreas .......................................................................... 31 Terapia Elétrica ......................................................................................................................................... 32 ACLS – Advanced Cardiovascular Life Support ............................................................................................. 33 Introdução ................................................................................................................................................. 33 Ambiente no ACLS ................................................................................................................................... 34 Assistolia e AESP ...................................................................................................................................... 35 FV / TV ........................................................................................................................................................ 36 Drogas durante o PCR ............................................................................................................................ 37 5H e 5T ....................................................................................................................................................... 37 Cuidados pós-PCR ................................................................................................................................... 37 Bradicardias na Urgência ................................................................................................................................39 Introdução ................................................................................................................................................. 39 Bradicardia sinusal ................................................................................................................................... 39 Bloqueio Atrioventricular de 1º grau ................................................................................................... 40 Bloqueio Atrioventricular de 2º grau ................................................................................................... 41 Bloqueio Atrioventricular de 3º grau (Total) ..................................................................................... 41 Conduta ..................................................................................................................................................... 42 Bloqueio 2:1 .............................................................................................................................................. 43 BAV avançado ........................................................................................................................................... 43 Ritmo de escape ventricular .................................................................................................................. 43 Bradicardia por medicamentos ............................................................................................................. 44 Pós tratamento de bradicardias sintomáticas ou assintomáticas .................................................. 44 Taquicardias na Urgência ............................................................................................................................... 44 Introdução ................................................................................................................................................. 44 Avaliação do paciente ............................................................................................................................. 44 Fisiopatologia ........................................................................................................................................... 45 Taquicardia sinusal .................................................................................................................................. 45 Juliana Vieira Queiroz Almeida 3 Abordagem inicial do adulto com taquicardia / taquiarritmia com pulso .................................. 46 ECG – abordagem prática ....................................................................................................................... 47 Flutter atrial .............................................................................................................................................. 49 Fibrilação atrial ......................................................................................................................................... 49 Taquicardias ventriculares ..................................................................................................................... 50 Taquicardia ventricular monomórfica com pulso ............................................................................. 50 Taquicardia ventricular polimórfica com pulso ................................................................................. 51 Resumo ...................................................................................................................................................... 51 Síndrome Coronariana Aguda ....................................................................................................................... 53 Introdução ................................................................................................................................................. 53 Fisiopatologia ........................................................................................................................................... 53 Aterosclerose ............................................................................................................................................ 53 Anatomia das coronárias ........................................................................................................................ 55 Identificação de parede .......................................................................................................................... 56 Apresentação clínica ............................................................................................................................... 57 Classificação .............................................................................................................................................. 58 Diagnóstico diferencial da dor torácica na urgência ........................................................................ 58 Grupos especiais ...................................................................................................................................... 58 IAM – perguntas iniciais ......................................................................................................................... 59 Condutas iniciais ...................................................................................................................................... 59 Abordagem inicial quando suspeita de SCA (10 minutos).............................................................. 59 Exames de imagem .................................................................................................................................. 59 Cuidado ...................................................................................................................................................... 60 Fluxograma ............................................................................................................................................... 60 Tratamento inicial .................................................................................................................................... 63 IAM com supra de ST .............................................................................................................................. 66 ECG no IAM ............................................................................................................................................... 66 Conduta IAM com supra de ST ............................................................................................................. 66 Conduta IAM sem supra de ST ou Al ................................................................................................... 68 SCORES ...................................................................................................................................................... 68 Resumo ...................................................................................................................................................... 70 Exercícios de Revisão – Prova ........................................................................................................................ 71 Questão 1 .................................................................................................................................................... 71 Questão 2 .................................................................................................................................................... 72 Questão 3 .................................................................................................................................................... 72 Juliana Vieira Queiroz Almeida 4 Questão fechada 1 – Atividade de Vias aéreas ................................................................................ 73 Questão 2 ..................................................................................................................................................74 Questão 3 .................................................................................................................................................. 74 Questão 4 .................................................................................................................................................. 74 Questão 5 .................................................................................................................................................. 74 Questão 6 .................................................................................................................................................. 74 Questão 7 .................................................................................................................................................. 74 Questão 8 .................................................................................................................................................. 75 Questão 9 .................................................................................................................................................. 75 Questão 10 ................................................................................................................................................ 75 Questão fechada 1 – Atividade de Síndrome Coronariana Aguda .............................................. 75 Questão 2 .................................................................................................................................................. 76 Questão 3 .................................................................................................................................................. 76 Questão 4 .................................................................................................................................................. 76 Questão 5 .................................................................................................................................................. 76 Questão 6 .................................................................................................................................................. 77 Questão 7 .................................................................................................................................................. 77 Questão 8 .................................................................................................................................................. 77 Questão 9 .................................................................................................................................................. 78 Questão 10 ................................................................................................................................................ 78 Questão 11 ................................................................................................................................................ 78 Questão 12 ................................................................................................................................................ 79 Questão 13 ................................................................................................................................................ 79 Questão 14 ................................................................................................................................................ 79 Questão 15 ................................................................................................................................................ 79 Questão 16 ................................................................................................................................................ 80 Questão 17 ................................................................................................................................................ 80 Questão 18 ................................................................................................................................................ 80 Sepse ............................................................................................................................................................... 81 Introdução ................................................................................................................................................. 81 Insuficiência circulatória aguda – choque .......................................................................................... 81 Definições .................................................................................................................................................. 83 qSOFA ......................................................................................................................................................... 84 NEWS .......................................................................................................................................................... 84 SOFA ........................................................................................................................................................... 85 Juliana Vieira Queiroz Almeida 5 O que fazer em todo paciente com sepse .......................................................................................... 86 Como saber qual usar ............................................................................................................................. 86 Terapia ....................................................................................................................................................... 86 Tratamento – pacote de 1h .................................................................................................................... 86 Antibióticoterapia apropriada............................................................................................................... 87 Reavaliação das 6h .................................................................................................................................. 87 Ventilação mecânica................................................................................................................................ 89 Pneumonia ...................................................................................................................................................... 90 Introdução ................................................................................................................................................. 90 Pneumonia adquirida na comunidade ................................................................................................ 91 ▪ Pneumonia por bactérias atípicas ............................................................................................ 91 Avaliação da gravidade e critérios para internação ......................................................................... 92 Indicação de terapia intensiva .............................................................................................................. 93 Tratamento empírico .............................................................................................................................. 94 Prevenção .................................................................................................................................................. 95 Pneumonia nosocomial .......................................................................................................................... 95 Pneumonia associada à ventilação mecânica .................................................................................... 96 Questões extras para treinar ................................................................................................................. 97 Infecção pela influenza ...........................................................................................................................98 Asma e DPOC ................................................................................................................................................. 99 Introdução ................................................................................................................................................. 99 Causas gerais de Insuficiência Respiratória Aguda ......................................................................... 100 Asma ......................................................................................................................................................... 100 DPOC ........................................................................................................................................................ 103 DPOC x asma .......................................................................................................................................... 106 Anafilaxia e outras alergias ........................................................................................................................... 108 Introdução ............................................................................................................................................... 108 Causas mais comuns da anafilaxia grave .......................................................................................... 108 Fisiopatologia ......................................................................................................................................... 109 Manifestações clínicas .......................................................................................................................... 109 Reação bifásica e anafilaxia protraída ............................................................................................... 110 Diagnóstico diferencial ......................................................................................................................... 110 Tratamento .............................................................................................................................................. 111 Conduta ................................................................................................................................................... 111 Diagnóstico diferenciais de reação anafilática ................................................................................ 112 Juliana Vieira Queiroz Almeida 6 Hemorragia Digestiva Alta (HDA) e Baixa (HDB) ........................................................................................ 115 Introdução ............................................................................................................................................... 115 Epidemiologia ......................................................................................................................................... 115 Etiologia ................................................................................................................................................... 115 Fisiopatologia ......................................................................................................................................... 116 Diagnóstico ............................................................................................................................................. 117 Tratamento .............................................................................................................................................. 118 Tratamento da hemorragia digestiva alta ........................................................................................ 118 Tratamento da hemorragia digestiva baixa ..................................................................................... 122 Cetoacidose diabética e Estado Hiperglicêmico ......................................................................................... 123 Introdução ............................................................................................................................................... 123 Etiologia e fisiopatologia ..................................................................................................................... 124 Manifestações clínica ............................................................................................................................ 125 Fatores precipitantes da descompensação ....................................................................................... 126 Exames laboratoriais ............................................................................................................................. 126 Diagnóstico diferencial ......................................................................................................................... 127 Tratamento .............................................................................................................................................. 127 Fluxograma ............................................................................................................................................. 128 Acidente Vascular Encefálico + AVE isquêmico .......................................................................................... 129 Introdução ............................................................................................................................................... 129 Epidemiologia ......................................................................................................................................... 130 Fatores de risco ...................................................................................................................................... 130 Etiologia ................................................................................................................................................... 130 Objetivo principal do tratamento ....................................................................................................... 131 Diagnóstico diferencial ......................................................................................................................... 131 Diagnóstico ............................................................................................................................................. 132 ▪ Triagem ........................................................................................................................................ 132 ▪ Escalas .......................................................................................................................................... 133 ▪ Neuroimagem – TC de crânio .................................................................................................. 134 ▪ Trombólise venosa..................................................................................................................... 136 ▪ Manejo da PA em pacientes elegíveis para tratamento trombolítico ............................ 137 ▪ Manejo da PA após tratamento trombolítico ...................................................................... 138 ▪ Manejo da PA em pacientes não candidatos a terapia fibrinolítica ................................ 138 ▪ Fatores de risco .......................................................................................................................... 139 ▪ Suspeita de sangramento ......................................................................................................... 140 Juliana Vieira Queiroz Almeida 7 Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico ................................................................................................. 142 Introdução ............................................................................................................................................... 142 Insuficiência Renal Aguda............................................................................................................................. 146 Epidemiologia ......................................................................................................................................... 146 Introdução ............................................................................................................................................... 146 História clínica ........................................................................................................................................ 147 IRA pré-renal ........................................................................................................................................... 147 IRA intrínseca .......................................................................................................................................... 148 ▪ NTA Isquêmica ........................................................................................................................... 148 ▪ NTA nefrotóxica ......................................................................................................................... 148 ▪ Rabdomiólise .............................................................................................................................. 148 ▪ Hipoperfusão e nefrotoxicidade ............................................................................................. 149 ▪ Vasculites e glomerulonefrites ................................................................................................ 149 ▪ Nefrite intersticial aguda .......................................................................................................... 149 IRA Pós-renal .......................................................................................................................................... 149 ▪ Uropatia obstrutiva ................................................................................................................... 149 Diagnóstico ............................................................................................................................................. 150 Complicações .......................................................................................................................................... 151 Manejo da IRA ........................................................................................................................................ 152 Caso clínico ............................................................................................................................................. 153 Cirrose ........................................................................................................................................................... 153 Introdução ............................................................................................................................................... 153 Etiologia ................................................................................................................................................... 153 Apresentação clínica ............................................................................................................................. 154 História natural....................................................................................................................................... 154 Fatores de risco para descompensação............................................................................................. 154 Hipertensão portal................................................................................................................................. 155 Ascite ........................................................................................................................................................ 155 Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE)............................................................................................ 156 Peritonite Bacteriana Secundária (SBP) ............................................................................................ 158 Infecções secundária adquiridas no hospital ................................................................................... 158 Síndrome Hepatorrenal ........................................................................................................................ 158 Hemorragia varicosa ............................................................................................................................. 158 Síndrome Hepatopulmonar ................................................................................................................. 159 Encefalopatia hepática .......................................................................................................................... 159 Juliana Vieira Queiroz Almeida 8 Emergências hipertensivas ........................................................................................................................... 160 Introdução ............................................................................................................................................... 160 Urgências hipertensivas e pseudocrises ............................................................................................ 161 Tratamento na emergência hipertensiva .......................................................................................... 161 ▪ Nitroprussiato de sódio (nipride) ........................................................................................... 161 ▪ Nitroglicerina (tridil) ................................................................................................................. 162 ▪ Outros hipotensores .................................................................................................................. 162 Doença Coronariana .............................................................................................................................. 162 Dissecção de aorta ................................................................................................................................. 163 Encefalopatia hipertensiva ................................................................................................................... 164 Acidente vascular cerebral ................................................................................................................... 165 Feocromocitoma .................................................................................................................................... 166 HAS maligna / acelerada ...................................................................................................................... 166 IC descompensada na emergência ..................................................................................................... 167 Edema agudo de pulmão ..................................................................................................................... 168 Tratamento do choque cardiogênico ................................................................................................ 169 Questões de revisão – 2ª etapa ................................................................................................................... 170 ACLS e Choque ....................................................................................................................................... 170 Acidente Vascular Encefálico ............................................................................................................... 171 Hemorragia Digestiva Alta ................................................................................................................... 172 Insuficiência cardíaca e emergências hipertensivas .......................................................................173 Diabetes e controle glicêmico ............................................................................................................. 175 Sepse ........................................................................................................................................................ 176 Anafilaxia ................................................................................................................................................. 177 DPOC e asma .......................................................................................................................................... 178 Insuficiência renal e hipercalemia ...................................................................................................... 179 Via aérea .................................................................................................................................................. 179 Miscelânia ................................................................................................................................................ 180 Respostas finais ......................................................................................................................................... 182 Juliana Vieira Queiroz Almeida 9 Manejo de Vias Aéreas Transferência de Cuidado ▪ Ocorre ao final de plantão, entre outros. ▪ ISBAR é para lembrar de todos os aspectos. ▪ Introdução: se apresente + fale o motivo da ligação ▪ Situação: falar do biotipo do paciente e se ele está estável ou não e porque ▪ Background: detalhes mais relevantes ▪ Assessment: resumo geral, com principais riscos e necessidades ▪ Recommendation: seja claro sobre o que você está pedindo e o que deve ser feito pelo paciente. ▪ I: Identificação ▪ S: situação do paciente: quadro atual ▪ B: breve histórico / história pregressa ▪ A: avaliação – análise sobre a situação atual e desdobramentos futuros ▪ R: recomendação e planejamento Via aérea ▪ Anatomia ▪ É importante saber o trajeto → boca → orofaringe → laringofaringe ▪ A tendência do tubo é entrar no esôfago, sendo que um aparelho ajuda a visualização da epiglote (cartilagem) para facilitar a introdução do tubo na laringofaringe e não no esôfago. ▪ Ademais, é importante conhecer as cartilagens e a identificar no paciente Obstrução de vias aéreas ▪ Parcial ▪ Estridor, retração da musculatura cervical ou intercostal demonstrando esforço ventilatório Juliana Vieira Queiroz Almeida 10 ▪ É importante fazer manobras para que a via aérea fique pérvia ▪ Vemos ao lado que o peso da língua a leva para trás, havendo obstrução da via aérea e, com a extensão, se abre a via aérea e o ar passa ▪ Manobra de extensão cervical: head tilt-chin lift ▪ Manobra de elevação da mandíbula: jaw thust ▪ Se obstrução permanece: ▪ Procurar corpos estranhos, se há vômitos ou líquido perto do paciente ▪ Dispositivos que auxiliam no tratamento da obstrução das vias aéreas ▪ Não é utilizada em pacientes conscientes ▪ Deve-se sempre observar primeiro se há lesão medular ▪ Cânula orofaríngea: Inserção voltada para cima, com posterior rotação no sentido caudal ▪ Cânula orofaríngea: Inserção pela narina e desce pela laringe, tendo um percurso mais adequado ▪ Ventilação com bolsa-válvula-máscara ▪ Máscara que é interface com a face, para não ter escape de ar ▪ Utilizada em pacientes que não respiram ▪ Socorrista fica próxima a cabeceira do paciente ▪ Insuflação da bolsa para elevação do tórax do paciente, mas sem insuflar muito para evitar barotrauma que leva ao pneumotórax Intubação orotraqueal ▪ Indicações ▪ Necessidade de via aérea definitiva ▪ Controle de via aérea em pacientes sob anestesia geral ▪ Suporte ventilatório em pacientes críticos ▪ Parada cardíaca ou respiratórias: foco é ventilar e postergar a intubação o máximo possível ▪ Ventilação ou oxigenação inadequada ▪ Obstrução de via aérea ▪ Equipamento ▪ Aspirador: caso o paciente vomite, tem que ter por perto ▪ Fonte de O2, coxim, dispositivo bolsa-válvula-máscara ▪ Coxim: deve ser colocado– na região OCIPITAL, retifica e facilita a entrada do tubo, de forma que ele entra com maior facilidade. ▪ Ao lado MATÉRIA IMPORTANTE!!! Juliana Vieira Queiroz Almeida 11 ▪ Laringoscópio, sonda de aspiração, TOT, capnógrafo ▪ A ideia é: comece tentando pela maior e depois pega uma menor • Tem que saber os tamanhos mais adequados para cada faixa etária ▪ Laringoscópio de Miller: para crianças, pois é mais fácil encontrar a epiglote e ele pega a epiglote por baixo e levanta a mesma. • Em alguns pacientes, por alterações anatômicas, o reto é melhor • Ademais, as crianças tem queixo mais curto, o que também facilita ▪ Laringoscópio de Macintosh: é curvo e ele ▪ Há várias lâminas diferentes ▪ Seringa para balonete, fixação para TOT, ventilador ▪ Opção À IOT no caso de dificuldade: dispositivo supra-glótico, como a máscara laríngea ▪ Pré-oxigenação ▪ Deve haver uma reserva de O2 para o paciente, caso a intubação não dê certo ▪ Pode ser utilizado duas ao mesmo tempo: CN + MF com reservatório, por exemplo ▪ É importante manter oxigenação a 100% por 2 a 3 minutos antes de entubar o paciente ▪ Uso de 3 medicamentos: um para analgesia, outro para indução e outro para paralisia. ▪ Pré-tratamento/indução – analgesia ▪ Fentanil ▪ Em poucos minutos já há ação: paciente já tem esse conforto ▪ É o que costuma estar disponível ▪ Remifentanil ▪ Medicamento novo ▪ Duração de ação dele é mais curta Juliana Vieira Queiroz Almeida 12 ▪ Pré-tratamento – indução ▪ Para redução do grau de consciência para que o processo de intubação seja menos desconfortável ▪ Mais utilizados: ▪ Etomidato: pouca hipotensão, sendo bom), com a supressão do eixo adrenal um ponto negativo, principalmente se sepse (avaliar custo-benefício) ▪ Ketamina: vantagem de ser broncodilatador, sendo utilizado em pacientes asmáticos, também tem efeito analgésico, de forma que é uma boa escolha • É necessário ter cuidado quando TCE, pois pode aumentar a PIC) ▪ Midazolam: caindo em desuso devido a hipotensão ▪ Propofol: efeito broncodilatafor importante e, apesar de causar hipotensão, tem meia vida curta. ▪ Paralisia / indução Juliana Vieira Queiroz Almeida 13 ▪ Paciente deve estar relaxado para a intubação ▪ Succinilcolina: Efeito rápido: problema é a pequena duração → se não entubar, se terá que pelo menos saber como ventilar esse paciente ▪ Bloqueador neuromuscular polarizante ▪ Rocurônia: não polarizante, não tendo risco de hipercalemia ▪ Por que não é o mais usado? Meia-vida muito maior, se não conseguir entubar, efeito dura 70 minutos, com dificuldade de ventilar por tempo maior ▪ Vecurônio e cisatracúrio: não utilizados na intubação, mas quando se precisa de uma medicação contínua para o paciente ▪ É importante avaliar: ▪ Fatores obstrutivos ou alteração da anatomia de vias aéreas ▪ Avaliação de mobilidade cervical: diabéticos, com anquiolite ▪ Abertura oral ▪ Avaliação da cavidade oral (Remoção das próteses dentárias) ▪ Classificação de Mallampati ▪ Classe I: abertura ideal, vendo a úvula, sendo associado a intubação mais tranquila ▪ Sequência rápida ▪ Preparação ▪ Avaliação da anatomia do paciente: obesos tende a ser mais difícil, então esteja preparado e com o material adequado, mas não é uma regra ▪ MOV, saturímetro ▪ Controle de condições associadas: arritmias, hipotensão ▪ Paramentação e posicionamento ▪ Manobra de pressão da cricoide ▪ Ao lado: cai em prova de residência questionando sobre essa ▪ Não há comprovações que diminui aspiração, mas é importante Juliana Vieira Queiroz Almeida 14 ▪ 7 Ps da intubação ▪ Deve saberque é um procedimento crítico ▪ Abaixo: forma fácil de decorar ▪ É importante fazer esses passos e saber os princípios básicos → pode ser visto ao lado Laringoscopia ▪ Lâmina curva: acima da epiglote ▪ Lâmina reta: toca na epiglote e permite visualização ▪ Classificação de Comarck e Lehane ▪ Mostra grau e gravidade da entubação ▪ Grau I: fácil visualização da epiglote e cordas vocais ▪ Grau IV: má visualização ▪ Risco maior em pacientes obesos, com diminuição da mobilidade cervical Juliana Vieira Queiroz Almeida 15 ▪ Síndrome de Down: pescoço curto ▪ Pós intubação (Com confirmação de posicionamento) ▪ Confirmação de posicionamento: primeira forma de confirmação ▪ Fixação de TOT ▪ Conexão à VM ▪ Reavaliação clínica: controle das condições associadas ▪ Avaliação da manutenção da sedação e analgesia prolongadas ▪ Radiografia de tórax ▪ Para confirmação do tubo ▪ As 3 primeiras formas de confirmação abaixo são padrão ouro para definição de intubação correta ou não ▪ Observar TOT entre as cordas vocais ▪ Monitorização de ETCO2: quando se expira o CO2 deve aumentar, sendo que não há curva de CO2 se o tubo estiver no esôfago ▪ Ausculta em 5 pontos ▪ Começando pelo epigástrico: se o som estiver lá, ele deve ter sido passado de forma errônea lá ▪ Depois: sons torácicos e simétricos ▪ Volume corrente e pressão de pico normais ▪ RX de tórax: mostra o tubo em relação a carina • Não ajuda a definir se o tubo está na traqueia ou esôfago, mas somente sobre o posicionamento da ponta do tubo em relação a carina IOT mal-sucedida ▪ Dispositivos supra-glóticos ▪ Com visão direta (laringoscópio com fibra óptica, broncoscopia) ▪ Bougie ▪ Cricotireostomia Máscara laríngea Juliana Vieira Queiroz Almeida 16 ▪ Opção na intubação difícil após 2 ou 3 tentativas ▪ Não protege contra aspiração, pois não está dentro da traqueia ▪ Possui balonete de fixação ▪ A ponto da máscara obstrui o esôfago e a porção aberta se adequa a porção de entrada da traqueia ▪ É uma via aérea avançada que pode substituir temporariamente o TOT ▪ Ventilação equivalente ao TOT ▪ No quadro ao lado vemos as dimensões da TOT ▪ Inserção mais simples, podendo ser feita às cegas com sucesso de 64 a 100% Cricotireostomia ▪ Se passa uma agulha ou seringa até se conseguir definir uma via aérea definitiva. ▪ Ao contrátio da cultura popular, não é um procedimento fácil de ser realizado. ▪ Possui 2 tubos, geralmente ficando posicionado como mostrado ao lado ▪ Não precisa visualizar a epiglote do paciente para passar ele ▪ Menos efetiva que a máscara laríngea, sendo cada vez menos usado Combitube ▪ Via aérea avançada que pode substituir temporariamente o TOT ▪ Ventilação equivalente ao TOT ▪ Inserção mais simples, às cegas (sucesso 64 a 100%) ▪ Opção na intubação difícil ▪ Não protege contra a aspiração Complicações da IOT ▪ É o procedimento de maior risco na medicina de emergência ▪ Se precisa de 30 a 50 intubações para ter segurança que será feito de forma adequada ▪ Merece muito preparação ▪ Decorrentes da aspiração de via aérea ▪ Hipoxemia, arritmia, hipotensão, colapso pulmonar, lesão de mucosa ▪ Imagens abaixo: ▪ À esquerda vemos que houve intubação do brônquio esquerdo e atelectasia do direito ▪ No meio: pneumotórax Juliana Vieira Queiroz Almeida 17 ▪ À direita: aspiração que levou a um infiltrado inflamatório e com potencial de escalar para uma pneumonia ▪ Não reconhece intubação esofágica, levando a hipoxemia e hipercapnia ▪ Pneumonia aspirativa: conteúdo gástrico ▪ Mecanismo primário é de troca, sendo que há hipoxemia quando a troca é impedida ▪ Se obstrução se tende a ter hipercapnemia, pois não se consegue respirar e renovar o ar ▪ Bradicardia ▪ Laringoespasmo ▪ Broncoespasmo ▪ Trauma dentário ▪ Trauma de glote ▪ Barotrauma/pneumotórax ▪ Decorrentes de aspiração de via aérea ▪ Hipoxemia, arritmia, hipotensão, colapso pulmonar, lesão de mucosa Oxigenoterapia Definição de Insuficiência Respiratória ▪ Incapacidade em realizar as trocas gasosas necessárias para suprir as demandas metabólicas do organismo. ▪ Tipo I: Hipoxêmica ▪ Distúrbio V/Q = ICC, EAP, SARA, PNM ▪ Qualquer coisa que dificulta a troca gasosa ▪ Tipo II: Hipercapnêmica ▪ Hipoventilação alveolar = DPOC, asma Juliana Vieira Queiroz Almeida 18 ▪ Incapacidade de eliminar CO2 Oxigenoterapia ▪ Administração de oxigênio numa concentração superior à encontrada na atmosfera para corrigir e atenuar a deficiência do oxigênio no sangue ou hipóxia, aplicada tanto em situações clínicas agudas quanto crônicas ▪ BH: concentração de oxigênio de 21% ▪ Quanto maior a altitude, menor a concentração ▪ Objetivos ▪ Manter a oxigenação tecidual adequada ▪ Corrigir hipoxemia aguda comprovada ou suspeita ▪ Reduzir os sinais e sintomas associados a hipoxemia ▪ Reduzir a carga de trabalho imposta ao sistema cardiopulmonar ▪ Quando o consumo de oxigênio é maior, o trabalho cardíaco é maior (é só pensar em atividade física), sendo que no paciente doente é a mesma coisa ▪ Ao lado vemos os sintomas mais comuns dos 3 principais sistemas que são afetadas pelo hipoxemia Sistemas de liberação de O2 ▪ Quanto de oxigênio o sistema pode liberar? ▪ A FiO2 é fixa ou variável? Juliana Vieira Queiroz Almeida 19 ▪ Classificação ▪ Baixo fluxo ▪ Fluxo de 8L/min ou < ▪ O2 fornecido sempre diluído ao ar ambiente • Menor FiO2 ▪ Variáveis que afetam a FiO2 • Quantidade de oferta de O2 • Respiração de boca aberta • Amplitude e frequência respiratória Cateter Nasal ▪ A FiO2 varia conforme o fluxo de oxigênio. ▪ FiO2: 24 a 45% → variável ▪ Até 4L/min não precisa umidificar ▪ Para cada 1L/min de O2 ofertado, eleva-se a fração de oxigênio em 4% ▪ Adultos podem chegar a fluxo de até 6L/min ▪ Desvantagens: epistaxe, lesão da mucosa nasal e indução de broncoespasmo ▪ Não se passa no cateter a partir de 5L, pois é pouco efetivo e pode gerar lesão nasal ▪ Até 4L/min não precisa umidificar, pois a mucosa supre Máscara com Reservatório ▪ Máscara Simples ▪ Fluxo de 5-10L/min ▪ Faixa de FiO2: 35 a 50% ▪ Variável ▪ A cavidade interna produz um efeito reservatório de 100 a 200ml ▪ Evitar fluxo menor que 5L/min ▪ Reinalação de CO2 ▪ Vantagens: ▪ Oferece FiO2 maior ▪ Fácil aplicabilidade: adulto e pediátrico ▪ Desvantagens ▪ Dificulta alimentação e fala ▪ Bloqueia vômito ▪ Requer selamento na face ▪ Incorporam um mecanismo para coletar e armazenas o O2 ▪ 2 tipos de máscara ▪ Tipo 1 – Máscara de Reinalação Parcial ▪ Uma com válvula que não permite reinalação total, sendo apenas parcial ▪ Quando paciente inspira vem o ar da bolsa e do orifício da máscara → Quando o paciente expira o ar sai pelo orifício → Há mistura com o ar ambiente ▪ Tipo 2: Máscara não-reinalação ▪ O ar sai pelo buraco, mas ao inalar, a válvula fecha e não permite a entrada do ar externo Juliana Vieira Queiroz Almeida 20 ▪ Fluxo de 7-15L/min ▪ FiO2: 40 a 60% ▪ Variável: reinalação parcial ▪ FiO2: 60 a 80% (quase 100%) ▪ Variável: não reinalação Máscara de Venturi ▪ Alto fluxo ▪ Mistura ar e O2 para atingir uma determina FiO2 ▪ Cada dispositivo oferece uma quantidade de FiO2 diferente ▪ Bom para pacientes com DPOC, pois cada cor é um fluxo em litro por minuto que deve direcionar e sai uma quantidade de FiO2 definido para o paciente. ▪ Cada um tem um orifício de tamanho diferente, sendo que quanto menor o orifício, maior é a velocidade do O2 e mais o ar é incorporado ao sistema (olhar imagem ao lado) ▪ Mais acurada, mas não se consegue oferecer uma quantidade muito grande de O2 quando não se tem a válvula dereinalação ▪ Agora há cateter nasal de alto fluxo, mas não é visto na prática ▪ Vantagens: ▪ FiO2 precisa em uma escala selecionada (24 a 50%) ▪ Recomendado para DPOC ▪ Desvantagens ▪ Não é bem tolerado em dispneia grave ▪ Dificulta fala e alimentação Máscara de Traqueostomia ▪ Fluxo de 1-15L/min ▪ Sempre umidificado ▪ Permite usar sistema Venturi Máscara tenda ou TOT ▪ Quebra partículas de água bidestilada em macromoléculas atingindo vias aéreas médias ▪ Utilizada em unidades de terapia intensiva ▪ Não utiliza medicamento ▪ Fluidifica as secreções ▪ Fluxo: 5L/min ou mais ▪ Uso contínuo ▪ Fica acoplada a maca do paciente ▪ Após destubar o paciente se pode deixar acoplado a face do paciente Micronebulização ▪ Utiliza soro fisiológico 0,9% ▪ Quebra em micropartículas e atinge vias mais periféricas ▪ Pode utilizar medicamentos ▪ Uso intermitente ▪ Não é de oxigenação em si, mas apenas para oferta de medicamentos de forma umidificada ▪ Está suspenso agora devido ao COVID-19. Juliana Vieira Queiroz Almeida 21 ECG – Eletrocardiograma Introdução ▪ Incapacidade em realizar as trocas gasosas necessárias para suprir as demandas metabólicas do organismo. ▪ ECG é a representação gráfica da atividade elétrica do coração, ou seja, a corrente elétrica do coração. ▪ Assim, o coração pode estar tendo corrente elétrica, mas não estar tendo batimento cardíaco (AESP) ▪ Ele basicamente representa o que ocorre com as bombas de sódio e potássio dos átrios e ventrículos → é possível observar, de forma geral, a onda P, o seguimento QRS e a onda T ▪ Permite identificar diferentes doenças cardíacas e distúrbios do metabolismo do organismo, como hiper ou hipopotassemia ▪ Utiliza-se eletrodos em derivações precordiais e periféricas; ▪ Corrente elétrica representa os fenômenos cardíacos; ▪ Monitor tem erros, sendo importante para monitorização na emergência! o ECG impresso é mais apurado → identifica flutter atrial, fibrilação atrial, entre outros Informações obtidas pelo ECG ▪ FC ▪ Ritmo cardíaco ▪ Ritmo sinusal: nó sinusal orquestra o ritmo do coração ▪ Se há aumento das câmaras cardíacas ▪ Observar anormalidades na posição anatômica do coração ▪ Intoxicação ▪ Processos obstrutivos de coronárias (ex.: IAM) ▪ Avaliar como está a atividade da musculatura cardíaca ▪ Atestar morte ▪ Arritmias Cardíacas ▪ São quaisquer anormalidades na frequência (FC), regularidade (regular ou irregular), origem do impulso cardíaco (sinusal ou não) ou uma alteração na sua condução, causando uma sequência anormal da ativação miocárdica ▪ Ex.: taquicardia, bradicardia, fibrilação atrial, flutter ▪ Por alteração na frequência, regularidade, alteração do ritmo ou alteração na condução do estímulo elétrico Traçado padrão – ECG ▪ Velocidade ▪ 25 mm/s → ou seja, a folha corre nessa velocidade ▪ Deixar a fita correr por 1min não é bom: onera o sistema e dá trabalho ▪ A cada minuto temos 60 x 25mm → 1500ms é o tanto que a fita corre em 1min ▪ 1 mm = 0,04 s (cada quadradinho) ▪ Para cálculo, na regra de três, é importante lembrar que: 0,04 segundos é 1mm Juliana Vieira Queiroz Almeida 22 ▪ Se for olhar o quadradão (equivale a 5 quadradinhos) → conta quantos entre o “r” e “r” tem → divide 1500m por o número de quadradões multiplicados por 5 • Exemplo ao lado: 1500 / 5x5 → 60 bpm ▪ Ritmo Sinusal ▪ Bate espontaneamente e dita o ritmo do coração ▪ A onda P é a contração / atividade muscular atrial ▪ QRS: propagação para o ventrículo, havendo várias fases ▪ Onda P + DI e AVF ▪ Onda P seguida de QRS: tem que ocorrer ▪ Morfologia de ondas p semelhantes ▪ Vetor do coração ▪ Característica: principalmente de cima para baixo, da direita para a esquerda (mostrado na imagem à esquerda) ▪ Longilínios: vetor fica mais vertical ▪ Mesongilíneos: vetor mais horizontal ▪ Variantes: ▪ Idade ▪ Sexo ▪ Peso ▪ Posicionamento dos eletrodos ▪ O posicionamento diferente deles é o que causa a diferença de corrente e é como se houvesse uma câmera filmando o vetor cardíaco ▪ Derivações do ECG ▪ Padronizou-se para registro do ECG 6 derivações periféricas e 6 precordiais ▪ Derivações periféricas ▪ As derivações periféricas dividem-se em bipolares e monopolares ▪ O vetor vem da direita para a esquerda e, sempre que visto de frente, ele é positivo ▪ Bipolares: DI, DII e DIII Juliana Vieira Queiroz Almeida 23 • Precisam se dois eletrodos diferentes para criar uma corrente diferente e ver o vetor • DI: positivo em DI: Grande ou maior parte do QRS estiver positivo • DII: também vê o vetor de frente, mas mais de longe • DIII: também vê o vetor positivo ▪ Unipolares: AVR, AVL e AVF • AVR: só a visão da mão direita do paciente; quando se vê a parte de trás do vetor, ele vê de forma negativa (QRS negativo) • AVL: só a visão da mão esquerda; ainda vemos positivo, pois ainda está de frente • AVF: só a visão do pé do paciente, vendo o vetor positivo (indo em direção a ele). • Se positivo em AVF e em DI, o vetor estra em 0 e 90º. ▪ Curiosidade: o eixo do QRS a entre 0 e -30 pode ser sobrecarga do ventrículo esquerda, devido à hipertensão. ▪ Derivações precordiais ▪ As derivações precordiais são eletrodos colocados no precordio do paciente, conforme a imagem ao lado. ▪ Ela permite a visão anterior do coração, pois ao juntar as derivações se enxerga todo o coração do ponto de vista elétrico. ▪ Exemplo: paciente com supra de ST • Segmento em que houve morte do miocárdio estará suprado • Como definir onde ocorreu o infarto? Se o supra está em DII, AVF e DIII, se sabe que ele aconteceu em parede inferior, pois se teve uma área de infarto que aconteceu onde esses eletrodos fazer a leitura. Se supra em DI, AVL, V5 e V6 se sabe que o infarto provavelmente foi lateral. Se em VI e VII se sabe que deve ter sido septal e se em VIII e V4, ele provavelmente foi anterior. Se infarto anteroseptal, também chamado de maior, se espera supra em V1, V2, V3 e V4. ▪ Para saber se teve infarto na parede se deve ter ao menos 2 derivações contíguas, ou seja, adjacentes. Juliana Vieira Queiroz Almeida 24 ECG Normal ▪ Estímulo vem do nó sinusal → promove contração atrial → forma onda P → nó atrioventricular → corrente passa pelo ventrículo e despolariza → forma QRS → ventrículo repolariza → forma onda T ▪ Apresenta: ▪ Onda P: registra atividade dos átrios ▪ Complexo QRS: despolarização dos ventrículos ▪ Por padronização: primeira onda negativa é Q, primeira positiva é o R e a segunda negativa é o S ▪ Onda T: repolarização ventricular ▪ Ciclo cardíaco ▪ Vemos ao lado ▪ Intervalo: toda vez que temos a medida do início de uma onda até o final do segmento à frente ▪ PR: distância do início da onda P, até o final do segmento PR • Segmento PR: final da onda P até o início do QRS ▪ ST: no infarto ele se eleva (supra); vai do final do QRS, sendo que há um ponto chamado de ponta J, que é o que se eleva quando se tem o infarto. ▪ QT: começa no QRS e vai até o final da onda T, que deve ser medido. • Há drogas e medicamentos, como hidroxicloroquina e haloperidol que podem o alargar e gerar arritmias. Abordagem Prática – QRS ▪ Podemos ver ao lado os pontos que devem ser abordados ▪ O ACLS é uma medicina prática e rápida. ▪ Observações ▪ Se deve conferir o nome: é fácil trocar eletro, então tome cuidado. ▪ Uma frequência de 55 e 56 pode ser fisiológica em atletas e pessoas que fazem uso de betabloqueador. ▪ Onda P: com a mesma morfologia, seguida de QRS e positiva em DI e AVF → ritmo é sinusal Avaliando um eletro ▪ 75bpm, ritmo sinusal (onda P positiva em DI e AVF, seguida de QRS com morfologia parecida) Juliana VieiraQueiroz Almeida 25 Taquicardia sinusal ▪ Sinal físico que uma arritma ou uma condição patológica: formação e condução normal do impulso ▪ Características ▪ Frequência: > 100 / minuto ▪ Ritmo: sinusal ▪ Intervalo PR: geralmente < 0,2 segundos ▪ P para cada completo QRS ▪ Complexo QRS: normal ▪ Etiologias mais comuns ▪ Exercício normal ▪ Febre ▪ Hipovolemia ▪ Estimulação adrenérgica, ansiedade ▪ Hipertireoidismo Principais bloqueios atrioventriculares ▪ O intervalo PR: geralmente é de até 0,2 segundos (equivale a 5 quadradinhos) ▪ BAV 1º: alargado → aumento constante do intervalo PR; sempre tem QRS ▪ BAV 2º: não está constante → modificando ao longo do eletro; nem sempre tem QRS ▪ Fenômeno de Wenckebach: aumento progressivo do PR até bloquear o QRS ▪ BAV 2º: constante → intervalo PR normal; nem sempre tem QRS ▪ É de alto grau por causar mais instabilidade: passa muito tempo sem QRS, batimento ventricular ▪ BAV 3º: constante, mas não conducente → o intervalo PR aparece regularmente, mas não está associado ao QRS; QRS largo Juliana Vieira Queiroz Almeida 26 ▪ Exemplo ▪ Imagem ao lado, superior: BAV total (3º grau) ▪ Imagem ao lado, inferior: Wenckebach → não há regularidade entre RR, pois não há relacionamento entre onda P e QRS. ▪ Imagem ao lado, A: QRS estreito = do início da onda P se tem ao máximo 3 quadradinhos (até 0,12s é estreito, o que é normal) ▪ Imagem ao lado, B: QRS largo (> que 0,12s) ▪ Imagem ao lado, C: QRS largo Flutter Atrial ▪ Flutter atrial: impulsos assumem um curso circular ao redor dos átrios, criando ondas ▪ Ao lado vemos: ritmo regular ▪ Diferença da fibrilação atrial ▪ Ritmo ventricular é regular: ou seja, QRS é regular ▪ Relação determinada com o ritmo atrial: 2 ondas F para 1 QRS ou 4:1 ▪ Não tem onda P, mas tem ondas F (De flutter) ▪ Ondas F negativas nas derivações inferiores ▪ Ondas F: seriados, muito rápidas, de forma que o QRS não consegue seguir sua rapidez ▪ Características ▪ Frequência atrial de 220 a 350 / min ▪ Resposta ventricular: é uma função do bloqueio do nó AV ou da condução dos impulsos atriais ▪ Raramente a resposta ventricular está > 150 a 180bpm devido aos limites de condução do nó AV • Por isso não tem QRS após cada onda do flutter → limite refratário do QRS não consegue manter o ritmo ▪ Etiologia ▪ Síndromes coronarianas agudas: doença arterial coronária e a insuficiência cardíaca congestiva ▪ Doença na válvula mitral ou tricúspide ▪ Hipóxia, embolia pulmonar aguda ▪ Induzido por drogas: digoxina ou quinidina, B agonistas, teo lina ▪ Hipertensão arterial ▪ Hipertireoidismo Fibrilação atrial ▪ Impulsos atriais mais rápidos que os sinoatriais (nó AS) ▪ Fibrilação atrial: impulsos assumem múltiplas vias, caóticas e aleatórias, através do átrio Juliana Vieira Queiroz Almeida 27 ▪ Características para identificação ▪ Pode ser normal ou lenta: taqui ou bradicardia ▪ Ocorre pela condução anormal do nó AV ▪ Ambas (taqui ou bradi) podem instabilizar o paciente ▪ Ausência de onda P ▪ Algumas fibrilações podem produzir QRS, mas o ritmo é irregular ▪ Etiologias ▪ Mesmas do flutter atrial ▪ Mais comum em idosos: aumento da FC com a idade Taquicardias paroxísticas supraventriculares (TPSV) ▪ Ao lado: ▪ Até antes da seta, vemos que o QRS está constante e precedido de onda P. ▪ A partir da seta: começou um fenômeno de reentrada e se cria um circuito de reentrada do sangue ▪ Etiologias ▪ Fenômeno de reentrada ▪ Chamado de Circuito de reentrada: ao lado ▪ Em pacientes saudáveis: pode haver presença de via acessória, principalmente se associação com os fatores abaixo. ▪ Em pacientes não saudáveis: associada à doença arterial coronária, doença pulmonar obstrutiva crônica e ICC ▪ Privação do sono e ansiedade ▪ Uso de cafeína e energético em excesso ▪ Hipóxia ▪ Estresse ▪ Tabagismo ▪ Bebeu muito ▪ Geralmente é uma condição benigna, mas pode instabilizar em cardiopatas, por exemplo, e naqueles com fração de ejeção reduzida. ▪ Manifestações clínicas ▪ Palpitações sentidas pelo paciente no início; torna-se ansioso e incomodado ▪ Baixa tolerância aos exercícios físicos, com frequências muito altas ▪ Sintomas de taquicardia instável podem ocorrer Sinais de instabilidade hemodinâmicas ▪ São sinais de baixo débito ▪ Indicam se a decisão deve ser tomada rapidamente ou não ▪ Os critérios são muito utilizados ▪ Queda da pressão arterial ▪ Tontura, lipotimia ou até síncope Juliana Vieira Queiroz Almeida 28 ▪ Sinais de congestão pulmonar: crepitações, fadiga e dispneia ▪ Ocorrência de angina de peito Vídeos ▪ Reconhecimento de ritmo ▪ Da SOMITI ▪ https://www.youtube.com/watch?v=7XwysOpRugM BLS – Basic Life Support Introdução ▪ Avaliação sistematizada dos pacientes graves ▪ Ao lado. ▪ Coopera para diminuição do erro e para manutenção da vida do paciente ▪ Airway ▪ Paciente chega falando: pérvia ▪ Afônica ou roco: avaliação ▪ Breathing ▪ Ele falando: sabe que respira ▪ Ausculta: sibilos, crepitações, tiragens ▪ Circulation: hemodinâmica ▪ Pulso, perfusão capilar, auscular ▪ Disability: ▪ Gasglow < 8 ou = 8 ▪ Glicemia ▪ Exposure ▪ Equimoses, entre outros ▪ BLS: foca muito na parada cardiorrespiratória Dados gerais ▪ No Brasil: 200.000 mortes súbitas/ano ▪ Metade dos casos: ambiente extra-hospitalar ▪ BLS deveriam ser ensinados no ensino médio ▪ Já eleva a mortabilidade ▪ Causa de morte mais frequente depois dos 40 anos de idade ▪ Sobrevida ▪ Números mostram que se alcança acima de 70% de sobrevida se quem estiver perto souber prestar o primeiro socorro. ▪ Sobrevida extra-hospitalar: 1 a 6% ▪ Quando mais treinamento, aumenta ▪ Sobrevida quando atendimento por equipe do SAMU: 5 a 10% ▪ Quando a causa da PCR é FV: 15% ▪ Importância do DEA ▪ Sobrevida intra-hospitalar: 17% ▪ Tipo de parada https://www.youtube.com/watch?v=7XwysOpRugM Juliana Vieira Queiroz Almeida 29 ▪ 70% das PCR extra-hospitalares são FV / TV sem pulso ▪ RCP prolonga tempo de FV, aumentando assim a resposta à desfibrilação ▪ Na criação é diferente: aumenta as paradas por hipóxia ▪ 30% das PCR extra-hospitalares são assistolia ou Atividade Elétrica sem pulso (AESP) ▪ Associados a problemas crônicos e trauma ▪ História ▪ Boca a boca: surgiu em 1958 ▪ Tentativas de compressões torácica: 1958 ▪ Criação de dispositivo elétrico para choque: 1957 PCR ▪ Fases ▪ Explicam por que se deve ser muito rápido ▪ Elétrica: 4 a 5 minutos ▪ No início se tem atividade elétrica cardíaca e a desfibrilação ajuda ▪ Maioria dos problemas, no início, é elétrico ▪ Hemodinâmica: 4 a 10 minutos ▪ Micro e macrocirculação ▪ Metabólica: > 10 minutos ▪ Cascata de oxigenação é comprometida ▪ Medicamentos, choque: perdem a eficiência ▪ Base do suporte ▪ Reconhecimento precoce ▪ CPR eficaz ▪ Desfibrilação ▪ Passo a passo ▪ Abaixo CAB – Para o adulto em parada ▪ Como a maior parte das paradas são relacionadas a FV e TV as compressões são muito importantes ▪ 30 compressões:2 ventilações ▪ Compressions ▪ Airway ▪ Breathing Juliana Vieira Queiroz Almeida 30 Na cena do incidente – BLS ▪ 1º passo → Verifique se a cena é segura ▪ Não faça uma nova vítima ▪ 2º passo → Cheque a responsabilidade do Paciente ▪ Alguém que fala: via aérea pérvia ▪ 3º passo → Chame por ajuda ou ligue para alguém e coloque no viva-voz ▪ 4º passo → Mandar buscar o DEA ▪ Aponte para a pessoa e a descreva: ela tem que entender que a responsabilidade é dela ▪ Nos shoppings, rodoviárias, aeroportos, clubes tendem a ter ▪ 5º passo → Checar pulso e respiração ▪ Verifique se não há respiração ou somente gasping ▪ Cheque o pulso: 5 a 10 segundos ▪ Adultos: pulso carotídeo▪ Crianças: pulso femoral ▪ Bebês: pulso braquial ▪ Atenção: não orientamos leigos a checar o pulso ▪ Se ausente: começar compressões ▪ 6º passo → compressão ▪ Localiza a posição das mãos ▪ Palma da mão: entre a linha mamilar do paciente ▪ Mãos: como mostrado na imagem mais à direita ▪ Peso do tronco para as mãos, para não entrar em fadiga • Se usar cotovelos: rapidamente se entra em fadiga • Mostrado na imagem ao lado ▪ Fluxo sanguíneo pelo aumento da pressão intratorácica ou diretamente pela compressão cardíaca (30% do DC normal) ▪ O retorno do sangue de forma adequada só ocorre na descompressão, como mostrado ao lado: permite que o coração se encha de sangue novamente ▪ Minimizar interrupções nas compressões torácica: não mais do que 10 segundos ▪ 30 compressões: 2 ventilações ▪ Após intubação traqueal ou se TQT: compressões + ventilação em modo não sincronizado (1 ventilação a cada 6 segundos) ▪ Só para as compressões a cada 2 minutos para troca de massageador, o que evita queda da performance das compressões, e para que o DEA chegue o pulso Juliana Vieira Queiroz Almeida 31 ▪ Frequência da compressão ▪ 100 a 120/min ▪ Número de compressões aplicadas /min durante a RCP é um fator determinante importante do retorno da circulação espontânea e da sobrevivência com boa função neurológica • Se aumentar muito: diminui a chance de retorno venoso e diminui o retorno venoso • Se diminuir: menos chance chega aos tecidos que se quer reperfundir e diminui a FC do paciente ▪ O número real de compressões torácica aplicadas por min é determinada pela frequência das compressões torácica e o número e a duração das interrupções nas compressões ▪ Profundidade: 5 cm ▪ Importância da superfície rígida ▪ Como ter uma boa compressão? Olhar abaixo. Avaliação da obstrução e abertura das vias aéreas ▪ Manobras de extensão do pescoço e levantamento das mandíbulas ▪ Permite desobstruir vias aéreas e melhorar fluxo de ar ▪ Extensão proibida quando suspeita de lesão raquimedular ▪ Ventilação resgate ▪ Duração: 2 segundos ▪ Quantidade: 2 ▪ Deve elevar visivelmente o tórax ▪ Evitar hiperventilação ▪ Não somos obrigados a ventilação boca a boca quando não se conhece o indivíduo ▪ Há dispositivos de proteção ▪ Ambu é o ideal ▪ Pocket mask ▪ Permite que a pessoa ventile sobrando ar com a boca, sendo que o filtro impede que partículas da boca de quem está recebendo ao ar passe e alcance quem está soprando ▪ Socorristas leigos sem treinamento devem fornecer RCP somente com as mãos ▪ Na página seguinte vemos as diferenças, dependendo da idade ou presença de caracteres secundários Juliana Vieira Queiroz Almeida 32 Terapia Elétrica ▪ Desfibrilador Externo Automático (DEA) ▪ Desfibrilador manual ▪ Nesse o médico analisa o ritmo e decide se desfibrilará ou não ▪ Posição das pás ▪ Ao lado ▪ Ápice do hemitórax direito e base do esquerdo ▪ Ritmos chocáveis e não chocáveis ▪ A diferença do BLS e ACLS é que no BLS a decisão do choque não parte do médico, mas sim do DEA, enquanto no ACLS, já parte do médico. ▪ Chocável: FV/TV sem pulso ▪ Não chocável: Assistolia ou AESP Juliana Vieira Queiroz Almeida 33 ACLS – Advanced Cardiovascular Life Support Introdução ▪ Cadeia de sobrevida ▪ É a mesma do BLS praticamente ▪ No ACLS, quando fora do ambiente hospitalar, quem avalia o choque é o médico, assim como as drogas ▪ Como envolve o ambiente hospitalar, após parada, se tem que ofertar os cuidados de suporte pós-parada. ▪ No fluxo ao lado demonstra o ambiente extra-hospitalar, sendo que no intra-hospitalar não se chama o carrinho de emergência. O passo seguinte sempre é verificar pulso e respiração. Juliana Vieira Queiroz Almeida 34 ▪ Se ela não tem pulso, não respira. Se ela tem pulso carotídeo, ela pode ou não respirar, sendo a conduta descrita ao lado. ▪ Por isso é importante reavaliar. ▪ Chegando o DEA, ele faz avaliação do ritmo e necessidade de choque de forma simples e rápida. Ambiente no ACLS ▪ Pode ser tanto a ambulância quanto o hospital, sendo o ambiente intra- hospitalar, nesse caso, um ambiente com drogas e desfibrilador manual. Juliana Vieira Queiroz Almeida 35 ▪ Você identifica o ritmo e conduz as atividades sendo feitas no ACLS. Assistolia e AESP ▪ É importante saber identificar os dois, sendo que nesses casos, não se administra o choque e continua o RCP, o que facilita a avaliação do paciente. ▪ O que se sabe ▪ Paciente está não responsivo ▪ Paciente está em PCR: sem pulso e respiração ▪ Monitor: um dos dois ritmos ▪ O que fazer ▪ Continuar compressões e ventilação ▪ Pegar acesso ▪ Administrar a primeira droga assim que possível → adrenalina, aplicando a cada 3 ou 5 minutos ▪ Reavaliar O RITMO a cada 2 minutos ▪ Se o ritmo for organizado com possibilidade de pulso: checa o pulso ▪ Se não for ritmo chocável: reassume compressões e pensar em 5H e 5T ▪ Se chocável: muda de conduta ▪ Paciente em AESP evoluindo para assistolia ▪ Imagem ao lado. ▪ Sempre que se vê uma “linha reta” não se fala que é uma assistolia → se fala que é uma linha reta ▪ Fazer CAGADA: Cabos, ganhos e derivação = artefatos ▪ Abaixo vemos o algoritmo de PCR em AESP ou assistolia ▪ Se não tem DEA: BLS ▪ Chegou desfibrilador, mas é manual, e agora? Para de fazer BLS e avalia o ritmo, pois isso é mais importante (lembrar das fases da PCR)! ▪ Causas reversíveis: 5H e 5T Juliana Vieira Queiroz Almeida 36 FV / TV ▪ Se desfibrilador manual bifásico: 200J ▪ O choque é prioridade! ▪ Após aplicar já começa a pegar acesso e organizar tudo (MOVglic). ▪ Dose de epinefrina: assim que conseguir acesso ▪ Amiodarona ▪ Principal diferença!! ▪ 300mg após 1ª dose de epinefrina, com flush de 20ml ▪ Máximo: 450mg ▪ Ou seja, a segunda dose é de 150mg ▪ Fluxograma abaixo: ▪ É uma forma fácil de gravar ▪ Dica: Refaça ele em seu caderno de cabeça e depois confira e faça isso várias vezes até gravar e lembrar facilmente. ▪ Lidocaína: ▪ Na ausência de amiodarona ▪ Menos utilizada ▪ Sempre lembrar de avaliar as vias aéreas ▪ Imagem ao lado ▪ Ritmos chocáveis ▪ FV ▪ As duas imagens na 1ª linha ▪ TVSP ▪ Imagem na segunda linha: TV monomórfica Juliana Vieira Queiroz Almeida 37 ▪ Abaixo: FV fina - com linha de base fina Drogas durante o PCR ▪ Epinefrina ▪ 1mg + 20ml de flush ▪ 3-5 minutos ▪ Administrada em qualquer ritmo de PCR ▪ Amiodarona ▪ Dose: 300mg + 150mg (segunda e última dose) ▪ Intervalo: 3 a 5 min ▪ Somente ritmos chocáveis 5H e 5T ▪ Hipovolemia ▪ Volume, cristaloide, hemoderivados ▪ Hipóxia ▪ Hipocalemia ou hiper ▪ HIdrogênio: acidose ▪ Bicarbonato pode ajudar ▪ Hipotermia ▪ Ternsão no tórax: pneumotórax ▪ Tamponamento cardíaco ▪ Pericardiocentese ▪ Tóxicos: drogas ▪ Nem todas tem antidotos ▪ Trombose pulmonar / embolia ▪ Trombolíticos ▪ Trombose coronária Cuidados pós-PCR ▪ Quando retorno à circulação espontânea já se inicia ▪ Ordem: pulso → pressão → pulmão (Ausculta) ▪ Primeiro objetivo é conseguir pulso. ▪ Segundo: evitar hipotensão, podendo usar noradrenalina (é a amina mais recomendada) se PA < 90/65 ▪ PAM > 65 e PAS > 90mmHg ▪ Terceiro: Ausculta pulmonar ▪ SpO2 > ou = a 94% ▪ Não se pode hiperventilar: queda do PCO2 e vasoconstrição cerebral ▪ Hipotermia: 32-36ºC por 24h ▪ Aumento de temperatura pós-PCR causa mais lesão neuronal ▪ Protocolos de hipotermia: associada a melhor desfecho, mas como no Brasil é complicado aplicar, se pode apenas evitar a febre ativamente. ▪ Há locais que tem protocolos e condições. ▪ Resfriamento extra-hospitalar não recomendado ▪ Não se faz em pacientes que já acordaram
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