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Transição demográfico-epidemiológica e estrutura populacional – p. 1 
O PROCESSO DE TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICO-
EPIDEMIOLÓGICA 
 
Ao contrário da crença geral, a principal característica 
demográfica do processo de envelhecimento de uma população 
não é o prolongamento do período de vida de seus indivíduos em 
decorrência da redução da mortalidade, mas a diminuição de suas 
taxas de fecundidade. 
 
O número de pessoas de 60 anos ou mais é em grande parte 
determinado pelo número de nascimentos ocorridos 60 a 80 anos 
antes da data-base e pela taxa de sobrevivência desde o 
nascimento até a velhice. 
 
A expectativa de vida é um índice de mortalidade (e um indicador 
de saúde) conciso e consistente. Em 1870, na Inglaterra, a 
expectativa de vida era de apenas 26 anos, quase metade da 
população tinha menos de 20 anos e menos de um quarto tinha 
menos de 45. Nos Estados Unidos, desde a virada do século até 
1980, aumentou de 47 para 73,6 anos. 
 
No Brasil, as mudanças são ainda mais impressionantes, já que a 
expectativa de vida ao nascer dos brasileiros dobrou ao longo do 
século. 
 
A causa do rápido aumento da expectativa de vida neste século foi 
uma substituição das causas de morte, anteriormente resultantes 
de doenças infecciosas e parasitárias, pelas doenças cardíacas e 
pelo câncer. Esta alteração é conhecida como transição 
epidemiológica. 
 
À medida em que as nações se modernizam, tendem a aprimorar 
suas condições sociais, econômicas e de saúde. As condições de 
vida anteriormente favoráveis à disseminação de doenças 
infecciosas e parasitárias foram rapidamente substituídas por 
condições de vida mais salubres e tecnologia médica aperfeiçoada. 
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Transição demográfico-epidemiológica e estrutura populacional – p. 2 
À medida em que o risco de morte por doença infecciosa vai 
sendo reduzido, aqueles que escapam (em geral, crianças) 
sobrevivem até a meia-idade e velhice, quando enfrentam um 
risco maior de morrer de doenças degenerativas. 
 
Em síntese: 
A teoria da transição demográfico-epidemiológica descreve quatro 
fases, que representam uma mudança em que populações partem 
de situações de mortalidade alta/fecundidade alta (com 
predomínio de doenças infecciosas) e chegam a uma situação de 
mortalidade baixa/fecundidade baixa (com predomínio de doenças 
degenerativas). 
 
Idade da pestilência e da fome: quando a mortalidade é alta, 
impedindo o crescimento populacional. A expectativa média de 
vida ao nascer é baixa, entre 20 e 40 anos. 
 
Idade da pandemia retrocedente: quando a mortalidade declina 
progressivamente. A taxa desse declínio se acelera à medida em 
que os picos epidêmicos se tornam menos freqüentes. Durante 
essa fase, a expectativa de vida ao nascer encontra-se em torno de 
50 anos. O aumento populacional é constante e exponencial. 
 
Idade da doença degenerativa e das doenças “criadas pelo 
homem”: quando a mortalidade continua a cair e se estabiliza em 
um nível relativamente baixo. Nesse ponto, o efeito da 
longevidade se torna visível, com a expectativa de vida em torno 
de 70 anos. 
 
Idade da doença degenerativa adiada: quando a maioria das 
mortes se dá em idade avançada, por doenças degenerativas. 
Acredita-se atualmente que a expectativa de vida máxima do ser 
humano esteja em torno de 120 anos. 
 
 
 
 
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Transição demográfico-epidemiológica e estrutura populacional – p. 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação de Sundbarg para o estágio do PTDE: 
 
População progressiva: é aquela onde há altos coeficientes de 
natalidade e de mortalidade infantil, aliados a graves problemas 
sócio-econômicos (atualmente, países sub-desenvolvidos da África 
e da Aménca Latina Sul). 
 
População estacionária: apresenta um baixo coeficiente de 
mortalidade infantil e coeficiente de natalidade decrescente. 
 
População regressiva: é aquela na qual os coeficientes de 
mortalidade infantil e de natalidade há muito tempo são muito 
baixos (atualmente, Europa Ocidental e Japão). 
 
Distribuição percentual etária nos diferentes tipos de população, 
segundo Sundbarg. 
 
Tipos Grupo etário 
em anos Progressiva Estacionária Regressiva 
0 |— 15 40% 33% 20% 
15 |— 50 50% 50% 50% 
50 e + 10% 17% 30% 
Total 100% 100% 100% 
Transição Demográfica Brasileira - 1940 a 1991
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
40-50 50-60 60-70 70-80 80-91
ta
xa
s 
po
r m
il
Natalidade Mortalidade Geral Crescimento
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Transição demográfico-epidemiológica e estrutura populacional – p. 4 
PIRÂMIDE DE POPULAÇÃO 
 
É a representação gráfica da estrutura de uma população, segundo 
idade e sexo. 
 
A pirâmide é uma figura onde dois diagramas de barras 
conjugadas são acoplados, isto é, possuem um único eixo vertical 
onde é locada a escala de idade. 
 
Cada um dos sexos é representado pelo seu próprio histograma. 
 
À esquerda do eixo das idades, são construídas barras 
proporcionais às frequências apresentadas pela população 
masculina, em cada grupo etário; à direita do eixo, tem-se o 
histograma, com a distribuição da população feminina segundo os 
grupos etários. 
 
As idades podem estar representadas ano a ano, ou em grupos 
etários de cinco ou dez anos. 
 
Importante: Os grupos etários devem ser homogêneos. Caso 
contrário, a pirâmide ficará distorcida. 
 
Nas abscissas, com origem no eixo das idades, são apresentadas 
escalas, com as divisões representando valores absolutos (ou 
relativos, em termos percentuais) das populações masculina e 
feminina, respectivamente. 
 
A forma geral da pirâmide da população é um elemento essencial 
para se ter a primeira idéia da tendência demográfica do país e 
para se poder compará-la no tempo (seqüência histórica) ou no 
espaço (com outros países). 
 
A construção do histograma em números absolutos ou relativos (% 
da população, na faixa etária, em relação ao total da 
população) depende do interesse do investigador. 
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Transição demográfico-epidemiológica e estrutura populacional – p. 5 
Se se pretende comparar populações de um país em momentos 
diferentes, a escolha é indiferente; entretanto, quando a 
comparação for entre dois ou mais países, que possuem 
populações de tamanhos muito diferentes, devem ser usados os 
valores relativos. Neste caso, as áreas das pirâmides terão sempre 
valores iguais (100%), mas suas formas poderáo ser bem distintas. 
Em termos de forma, geralmente sua base (representando as 
idades jovens) é larga. As barras diminuem progressivamente até o 
ápice afilado, que representa as idades mais avançadas. 
 
À primeira vista, podem-se distinguir duas formas bem distintas 
de pirâmides: a forma piramidal e a forma de "barril". 
 
A forma piramidal é aquela que apresenta base muito larga e 
acentuada diminuição das barras seguintes, até um ápice bem 
afilado, nas idades avançadas. Este tipo de pirâmide é 
representativo de países pobres, onde coexistem altos 
coeficientes de natalidade e mortalidade, principalmente a 
infantil, restando poucos indivíduos nas faixas etárias mais 
velhas; 
 
A forma de barril é aquela em que a base (barra de O a 5 anos) é 
menor (ou no máximo igual) do que a seguinte (barra de 5 a 10 
anos), que pode ser suplantada pela de 10 a 15 anos e assim 
sucessivamente, até as idades intermediárias. É representativa de 
países desenvolvidos, com baixos coeficientes de natalidade 
 
Pode-se classificar, esquematicamente, as pirâmides cinco tipos, 
associadas a diferentes estruturas etárias. 
 
Tipo I - típica de países com elevados coeficientes de natalidade e 
de mortalidade. Apresenta uma base larga e acentuada diminuição 
das barras seguintes. A idade média de seus habitantes é baixa e 
em torno de 40% da população é menor de 15 anos. Esta pirâmide 
é a representação aproximada de todosos países até 1650. 
Atualmente, países africanos e alguns sul-americanos têm esta 
estrutura. 
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Transição demográfico-epidemiológica e estrutura populacional – p. 6 
Tipo 2 - esta pirâmide tem base mais larga que a do tipo 1, isto é, 
proporcionalmente, há mais jovens menores de 5 anos. 
Relativamente, o ápice (indivíduos com mais de 60 anos) é mais 
afilado que o tipo anterior. É representativa de países que estão 
iniciando um crescimento muito rápido, como conseqüência de 
redução da mortalidade infantil, mas sem redução da natalidade. 
Cerca de 45% da população tem menos de 15 anos. O Brasil era 
assim classificado em 1980. 
 
Tipo 3 - a pirâmide tem a forma de um barril. É representativa de 
países com baixos coeficientes de mortalidade e de natalidade 
(base estreita). A idade média de seus habitantes é bem alta, 
apresentando em torno de 20% de sua população composta de 
indivíduos com mais de 60 anos. Grande parte dos países da 
Europa Ocidental tem este aspecto, pelo menos desde a segunda 
metade do século XX. 
 
Tipo 4 - pirâmide em forma de campânula; representa uma 
transformaçao do tipo 3. É resultado de uma população que, 
depois de cem anos de coeficientes baixos de natalidade e de 
mortalidade, inverteu a tendência da natalidade. É considerado 
um tipo de transição. Assim eram os Estados Unidos na década de 
1970. 
 
Tipo 5 - a pirâmide representa uma população que está 
experimentando uma rápida diminuição no coeficiente de 
natalidade, já tendo um baixo coeficiente de mortalidade. A base é 
menos larga que a barra seguinte, mostrando o controle de 
natalidade. É considerado, também, um tipo 
de transiçáo. A pirâmide brasileira em 1991 apresentava, de 
forma aproximada, esse formato. 
 
 
 
 
 
 
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Transição demográfico-epidemiológica e estrutura populacional – p. 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Transição demográfico-epidemiológica e estrutura populacional – p. 8 
ESTRUTURA POPULACIONAL POR SEXO 
 
O indicador demográfico clássico para o estudo desta 
característica é a Razão de Sexos, também conhecida como 
Razão de Masculinidade. 
Mede o número de homens para cada grupo de 100 mulheres. 
 
 
RS = --------------------------------- x 100 
 
 
A RS expressa a relação quantitativa entre os sexos. Se igual a 
100%, o número de homens e de mulheres se equivalem; acima de 
100%. há predominância de homens e, abaixo, predominância de 
mulheres. 
 
Utilidades da RS: 
ü Analisar variações geográficas e temporais na distribuição da 
população por sexo. 
ü Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de 
políticas públicas nas áreas de saúde, educação, segurança e 
emprego. 
ü Auxiliar na compreensão de fenômenos sociais relacionados a 
essa distribuição (migrações, mercado de trabalho, 
organização familiar, morbimortalidade). 
ü Permitir a comparação direta da composição, por sexo, de 
diferentes populações, de seus tamanhos. 
 
A razão de masculinidade tende a ser bastante estável na 
população humana. Deveria, idealmente, ser de 100%. 
Entretanto, são gerados muito mais homens do que mulheres. Nos 
países desenvolvidos, tem-se uma proporção de 5 a 6% a mais de 
homens ao nascimento; entretanto, países pobres, ou com sérios 
problemas de saúde pública, não seguem este padrão. Tal fato é 
decorrente do grande número de perdas fetais e, nestas, a 
fragilidade masculina se destaca; quanto mais precoce a perda, 
maior a proporção de fetos do sexo masculino. Ainda assim, 
nascem mais homens do que mulheres. 
Número de homens 
Número de mulheres 
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Transição demográfico-epidemiológica e estrutura populacional – p. 9 
Razão de masculinidade nas perdas fetais (por 1.000 perdas 
femininas) segundo tipo. Distrito de São Paulo, 1968/1970. 
 
Tipo de perda Razão de masculinidade 
Precoce 2.165 
Intermediária 1.338 
Tardia 1.190 
 
No decorrer da vida, morrem mais homens (mais cedo) do que 
mulheres (4 a 5% a mais). Com isto, alcança-se um “equilíbrio 
numérico” entre os sexos na idade adulta e, nas idades mais 
avançadas, há um “excesso” de população feminina, dada a maior 
longevidade das mulheres. 
Em síntese, o excesso de homens verificado desde o nascimento 
vai se reduzindo, até que, nas idades mais idosas, o número de 
homens é superado pelo número de mulheres. 
Alguns fatores podem interferir neste processo; assim, RSs muito 
altas (acima de l00%) nas idades adultas podem ser decorrentes 
de: 
a) emigração feminina; 
b) imigração masculina; 
c) fatores que provoquem uma alta mortalidade 
feminina (ex.: mortalidade materna); 
d) erro na coleta dos dados (superenumeração 
masculina ou subenumeração feminina). 
Quando há razões de masculinidade muito baixas (valores bem 
abaixo de 100%), pode ter ocorrido: 
a) imigração feminina; 
b) emigração masculina; 
c) fatores que provoquem uma alta mortalidade 
masculina (ex.: causas externas); 
d) erro na coleta dos dados (superenumeração 
feminina ou subenumeração masculina). 
 
A RS pode ser calculada para a população como um todo, ou para 
subgrupos populacionais de interesse (grupos etários, zonas 
urbana/rural, escolaridade etc.). 
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