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Estágio Supervisionado - 1 Peça Direito Civil

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE RONDONÓPOLIS/MT
 Gabriela, brasileira, solteira, modelo fotográfica, portadora da cédula de identidade nº 10203040, inscrita no CPF sob o nº 012.345.678-90, residente e domiciliada na Rua das Araras, nº 3245, Parque Universitário, em Florianópolis/SC, CEP 78750-300, não possui endereço eletrônico, por seu procurador constituído, advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, com escritório profissional no endereço, na Rua Rio Branco, nº 3388, Jardim Guanabara, em Florianópolis/SC, CEP 78700-000, onde recebe intimações, nos termos do mandato anexo, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 936 do Código Civil c/c artigo 319 e seguintes do Código de Processo Civil, propor a presente
Ação de Indenização de Danos Morais e Reparação de Danos Estéticos e Materiais
 Em face de Empresa Bela Musa, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº. 18.437.840/0001-75, situada na Rua avenida Presidente Kennedy, nº 2084, centro Florianópolis/SC CEP 78.700-300 pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
PRELIMINARMENTE
 Inicialmente cumpre informar que, devido à atual precária situação econômica, a Autora, através de seu representante legal, declara expressamente, sob as penas da lei, não possuir renda suficiente para arcar com as despesas e custas processuais, sem prejuízo de seus sustentos e de sua família, conforme documentos que seguem anexos, requerendo os benefícios legais da Assistência Judiciária gratuita, nos termos do artigo 4º, da Lei 1.060/50.
I – DOS FATOS
 Gabriela, aos dezenove anos de idade, foi convidada a participar, na condição de modelo fotográfica, de uma campanha da marca denominada Realeza. Para tanto, seria fotografada vestindo roupas e acessórios da marca. Gabriela receberia, conforme avençado em contrato, para autorizar a divulgação de sua imagem em campanhas publicitárias, o valor de R$ 100.000 (cem mil reais), em 10 (dez) parcelas de R$ 10.000 (dez mil reais), que seriam pagas a medida em que realizadas as sessões fotográficas. Após a assinatura do contrato entre as partes, Gabriela realizou duas sessões, uma por mês; portanto, recebeu R$ 20.000 (vinte mil reais). 
 Em seguida, pouco antes de realizar a terceira sessão de fotos, Gabriela entrou em contato com a empresa Bela Musa, atuante no ramo de cuidados estéticos, para realizar um tratamento a laser e retirar uma pequena marca em sua perna direita – buscando aperfeiçoar-se em seu ofício de modelo fotográfica; e de fato, acabou firmando contrato com essa empresa. Gabriela comprometeu-se a pagar à Bela Musa o valor de R$ 8.000 (oito mil reais), em 4 (quatro) parcelas de R$ 2.000 (dois mil reais); comprometendo-se a Bela Musa, por sua vez, a retirar a marca de Gabriela, sem deixar resquícios quaisquer – justamente conforme anunciava em sua oferta publicitária. Realizou-se, assim, a primeira sessão de laser, e a marca, de fato, foi reduzida. Contudo, na segunda sessão para retirada da marca, o funcionário da Bela Musa, ao aplicar o laser, o fez na perna esquerda (em vez de fazê-lo na direita); além disso, a potência do instrumento, possivelmente desregulada, causou uma grave queimadura em Gabriela, que teve de ser levada às pressas ao hospital local. Como resultado, a perna esquerda de Gabriela ficou com uma cicatriz da queimadura causada pelo laser, Seção 1 DIREITO CIVIL Sua causa! 3 e a empresa Realeza (contratante para as sessões fotográficas), antes de realizar a terceira sessão fotográfica, rescindiu imediatamente o contrato e interrompeu os pagamentos, alegando não ser possível divulgar sua marca pela modelo Gabriela, que apresentava uma recente cicatriz, inexistente ao tempo da contratação.
 Diante dessa situação, a autora, ficou um longo período sem realizar trabalhos, recuperando-se do trauma sofrido, para, somente então, dirigir-se até seu escritório de advocacia nessa cidade, buscando auxílio. Para analisar o caso, que já havia ocorrido tempos atrás, você solicitou os contratos e demais documentos relacionados ao evento que estavam em poder de Gabriela e constatou, de plano, o seguinte: a sessão a laser na qual foi queimada a perna esquerda de Gabriela havia ocorrido há exatamente 4 (quatro) anos, quando Gabriela já tinha dezenove anos de idade; o contrato de prestação de serviços estéticos da empresa Bela Musa, em vez de interrompido, como havia solicitado Gabriela, continuou vigente e todo o valor foi pago por Gabriela, mediante cobranças mensais em seu cartão de crédito, conforme demonstrado por extratos; o contrato com a empresa Realeza foi rescindido unilateralmente, interrompendo-se os respectivos pagamentos. Gabriela, visivelmente abalada psicologicamente pelos fatos ocorridos – mesmo após tanto tempo passado entre os fatos e a reunião com você – , relatou, ainda, que teve de arcar com novo tratamento estético para retirar a cicatriz causada pela queimadura, e para tanto desembolsou R$ 18.000 (dezoito mil reais); ainda assim, conforme laudo médico que o demonstra, Gabriela soube que seria impossível retirar completamente a cicatriz, o que lhe causará transtornos para sempre, como a própria relatou. Quanto à empresa Realeza, o contrato não foi restabelecido, simplesmente.
II - DO DIREITO
II.1 – Da responsabilidade objetiva
 A respeito dos danos morais, pode-se afirmar que resultam de ofensas a direitos da personalidade. E como fundamento jurídico básico referente ao dano moral, no art. 5º, inciso X da Constituição Federal de 1.988: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. Está também disposto no inciso V, do mesmo art. 5º da CF/88 já apontado. Conduta (comissiva ou omissiva) Nexo Causal (conexão entre a conduta e o dano) Dano (patrimonial ou moral) Culpa (stricto sensu) ou Dolo5 Além disso, note-se o disposto no art. 186, do Código Civil de 2002: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Além do dano moral, o dano estético, que pode ser entendido como aquele abalo a interesse pessoal relacionado à disposição física externa da pessoa, que passará a ser vista – por si própria e/ou por terceiros – de maneira diferente. Em outros dizeres, as deformidades, cicatrizes, marcas ou outras alterações indesejadas na disposição física da pessoa, poderão significar o denominado dano estético – que é diferente do dano moral. Quanto ao dolo, podemos compreendê-lo pela voluntariedade e intenção do agente em relação à produção de determinado resultado. Agir culposamente, é justamente, mediante imprudência (conduta comissiva), negligência (conduta omissiva) ou imperícia, causar danos a terceiros por não observar deveres impostos por lei a todos – ou mesmo por regras gerais de conduta social baseadas na básica noção de que não devemos causar danos a outrem – neminem laedere (ou, “a ninguém ofender”). 
 Em profissões ou ofícios que exigem o manuseio de atividades técnicas complexas, tais como a advocacia, a odontologia ou a medicina, cabe ao profissional respeitar regras Súmula 387/STJ: é lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral. Observando que são diferentes o dano moral e o estético. Perfeitamente possível, portanto, que a vítima realize pedidos buscando por ambas as indenizações ou compensações na mesma petição inicial.
II.2 – Dos danos morais e estéticos
 A presente demanda tem fundamento adjetivo nos artigos 319 e seguintes do Código de Processo Civil, que regulamentam o procedimento ordinário.
 Substantivamente, fundamenta sua pretensão no artigo 186 do Código Civil, que assim determina:
 “Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência,ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
 Por sua vez, o artigo 927, do Código Civil, estabelece:
 “Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
 É evidente que o Réu procurará veementemente eximir-se de sua culpa ou na melhor das hipóteses minimizá-la, porém, é incontroversa a sua responsabilidade.
 A culpa abrange a imperícia, a imprudência e a negligência. A imperícia é a falta de habilidade para praticar certo ato; a negligência é a inobservância de normas que nos ordenam a agir com cautela, atenção; e a imprudência é a precipitação ou o ato de proceder sem cautela. Em todas as modalidades de culpa, incorrendo o réu nelas, é dever a indenização.
Maria Helena Diniz, em seu Curso de Direito Civil, vol. 7 - Responsabilidade Civil, 13ª ed. 1999, p. 40, define a culpa assim:
A culpa em sentido amplo, como violação de um dever jurídico, imputável a alguém, em decorrência de fato intencional ou de omissão de diligência ou cautela, compreende: o dolo, que é a violação intencional do dever jurídico, e a culpa em sentido estrito, caracterizada pela imperícia, imprudência ou negligência, sem qualquer deliberação de violar um dever. Portanto, não se reclama que o ato danoso tenha sido, realmente querido pelo agente, pois ele não deixará de ser responsável pelo fato de não se ter apercebido do seu ato nem medido as suas consequências.
 Ora, em todos os fatos e fundamentos narrados, presentes estão todos os requisitos à indenização, ou seja, a ação culposa do agente, o dano causado a Requerente e o nexo de causalidade entre a ação e o dano.
 Em razão de tais ensinamentos, Excelência, aduz-se que nos fatos está patente a existência de culpa por parte do Réu, e patente está o direito da Autora em ser devidamente indenizada na forma da lei, conforme preconizam todas as regras de responsabilidade civil.
 Quando falamos em dano estético, estamos falando da ofensa à beleza externa de alguém, ou seja, da integração das formas físicas de alguém. Ele surge a partir de um sentimento de constrangimento ou de humilhação e desgosto que o lesado tem ao ver que não existe mais a harmonia de seus traços, e que no lugar destes existirá uma marca, mesmo que pequena, que lhe desperte a sensação de inferioridade.
 Avaliar a extensão do dano estético é matéria de grande dificuldade para um julgador, assim como quantificar qualquer dano extrapatrimonial. Mesmo com toda essa problemática, não se deve deixar de reparar o dano de tal espécie, pelo contrário, a lesão à intimidade de uma pessoa é muito mais dolorosa do que aquela ao seu patrimônio.
 No entanto, deve-se ficar claro que a reparação do dano estético não tem por finalidade curar a dor da ofendida, ora Autora, pois nenhum valor pecuniário poderia compensar a integridade física que foi abalada pelo animal ao atacá-la. A questão pecuniária aqui visa apenas amenizar o sofrimento da Autora, para que não fique a sensação de impunidade perante todo o ocorrido.
 Portanto, levando em conta todos esses critérios é que se pode calcular a extensão do dano. Não se trata aqui de ferir o Princípio da Isonomia, pois a própria Constituição Brasileira assegura algumas formas de tratamento diferenciado, tratando desigualmente os desiguais com o fito de torná-los iguais de fato, visto que é relevante levar em consideração os fatores pessoais que individualizam cada pessoa na sociedade.
 Desse modo, ante todas as imagens, receitas médicas e tratamentos que precisou fazer para amenizar seu sofrimento, como bem demonstram os documentos anexos, resta configurado o dano estético sofrido pela Autora.
 Acerca do assunto, este é o entendimento do Egrégio Tribunal de Justiça de Santa Catarina:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS, MORAIS E ESTÉTICOS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA FUNDAMENTADA NA AUSÊNCIA DE ELEMENTOS HÁBEIS PARA COMPROVAR CULPA. ÔNUS QUE RECAI SOBRE A PARTE AUTORA, NOS TERMOS DO ART. 333, INCISO I, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973. RECURSO DA AUTORA. PROVA TESTEMUNHAL QUE, APESAR DAS CONTRADIÇÕES, APRESENTA ELEMENTOS SÓLIDOS QUE EVIDENCIAM A CULPA DOS RÉUS. INVASÃO DA CONTRAMÃO DE DIREÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MATERIAIS. RECIBOS QUE COMPROVAM O CONSERTO DA MOTOCICLETA QUITADO PELA PRÓPRIA VÍTIMA. DESPESAS MÉDICAS. DEVER DE RESSARCIR. DEDUÇÃO DE EVENTUAL VALOR RECEBIDO A TÍTULO DE SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. POSSIBILIDADE DE AVERIGUAÇÃO EM SEDE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. DANO MORAL PRESUMIDO DIANTE DAS PRÓPRIAS CIRCUNSTANCIAS DO EVENTO. DANO ESTÉTICO. IMAGENS QUE APRESENTAM AS MARCAS PERMANENTES ORIUNDAS DO ACIDENTE. PLEITO ACOLHIDO. [...] RECURSOS CONHECIDOS. DADO PROVIMENTO AO RECURSO DA AUTORA E NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO DOS RÉUS. (TJSC, Apelação n. 0005598-86.2008.8.24.0073, de Timbó, rel. Des. Rubens Schulz, j. 14-06-2016).
E ainda:
RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. CULPA DO RÉU DEMONSTRADA. RESPONSABILIDADE CIVIL SOLIDÁRIA DO PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO. DANO MORAL. DANO ESTÉTICO. LUCRO CESSANTE. PENSÃO MENSAL VITALÍCIA. RECURSOS PARCIALMENTE PROVIDOS. 01. Comprovado que o réu deu causa ao acidente de trânsito, cumpre-lhe reparar o dano moral e os danos materiais dele decorrentes (CC, arts. 186 e 927). 02. Caracteriza dano estético "qualquer modificação duradoura ou permanente na aparência externa de uma pessoa, modificação esta que lhe acarreta um enfeiamento e lhe causa humilhações e desgostos, dando origem, portanto, a uma dor moral. Assim, toda essa situação terá de causar na vítima humilhações, tristezas, desgostos, constrangimentos, isto é, a pessoa deverá se sentir diferente do que era - menos feliz. Há, então, um sofrimento moral tendo como causa uma ofensa à integridade física e este é o ponto principal do conceito de dano estético" (Teresa Ancona Lopes). Para o reconhecimento do dano estético, devem ser sopesados a extensão e a localização (visibilidade) da deformidade, bem como o sexo, a idade, a atividade profissional, o ambiente social da pessoa lesionada, e, se for possível concretamente aferi-la, também a intensidade do abalo psicológico. Todavia, se o autor sofreu outras lesões físicas que geraram incapacidade laborativa, ainda que temporária, há dano moral que deve ser pecuniariamente compensado. (TJSC, Apelação n. 0501938-11.2012.8.24.0033, de Itajaí, rel. Des. Newton Trisotto, j. 14-04-2016). 
 Ressalta-se ainda que é plenamente lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral, como bem demonstra a Súmula 387 do Superior Tribunal de Justiça.
 Por conseguinte, são incontestes os danos estéticos sofridos, já amplamente aqui debatidos e demonstrados. Assim, partindo-se da premissa dos casos análogos e das recentes decisões, o Réu deverá ser condenado no importe de R$ 100.000,00 (cem mil reais), acrescido de juros e correção monetária, a título de indenização, pelos danos estéticos sofridos em decorrência dos danos causados pelo procedimento estético.
II.3 – Dos danos materiais
 O dano material ou também conhecido como dano patrimonial é aquele que compreende todos os bens e direitos, substanciando-se na expressão “conjunto das relações jurídicas”, abrangendo nesse sentido não apenas as coisas corpóreas, mas de outra banda inclui necessariamente as coisas incorpóreas, como bem leciona Sérgio Cavalieri Filho, em sua doutrina Programa de Responsabilidade Civil. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
III – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Ante todo o exposto, requer-se:
a) O recebimento da presente ação, bem como os documentos que seguem anexos;
b) A total procedência da ação, a fim de condenar o Réu ao pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais), a título de indenização por danos morais.
c) A citação do Réu para, querendo, responder no prazo previsto em lei, sob pena de serem tidos por verdadeiros todos os fatos aqui alegados,conforme artigo 344 do Código de Processo Civil;
d) Tendo em vista a natureza do direito e demonstrando espírito conciliador, a par das inúmeras tentativas de resolver extrajudicialmente a questão, a Autora desde já, nos termos dos artigos 319, VII, e 334 do CPC, manifesta interesse em auto composição e requer a designação de audiência de conciliação;
e) Sejam deferidos os benefícios da assistência judiciária gratuita, em razão da Autora não poder demandar em juízo sem prejuízo de seu próprio sustento, conforme demonstra a declaração anexa;
f) A condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios de sucumbência, nos termos do art. 82, § 2º e 85 do Código de Processo Civil.
g) Protesta-se pela produção de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do Réu, oitiva de testemunhas, juntada de documentos, entre outras, se necessário for.
Dá-se à causa o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Florianópolis/SC, 10/04/2021
Hélida Tavares da Fonseca
OAB/10225

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