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Mearsheimer: Estratégias para conter agressores: O Mearsheimer acha, assim como o Waltz, que o balanceamento é a estratégia pra conter a ameaça (aliança ou se armar). Mas os Estados preferem transferir os custos desse comportamento rpa alguém, melhor pra ele se ele conseguir deter uma ameaça sem ter que gastar com isso. Portanto, os Estados preferem "buck-passing" do que "balancing". É a ideia do free-rider mesmo, se livrar da ameaça sem ter custos. Eles preferem que outro faça o "balancing". Pro Mearsheimer deve-se evitar o "bandwagon". O buck-passing é muito difícil na bipolaridade. Ex: Brasil-EUA-URSS na década de 70. Não é buck-passing dos EUA pro Brasil. Os EUA não estão transferindo seus custos pro Brasil conseguir se livrar da ameaça comunista. Funciona mais no contexto da multipolaridade, onde tem vários Estados mais fortes. Ex: Melhor pros EUA se a China se envolver diretamente contra a Rússia. Os EUA não precisa se envolver diretamente no contexto. A transferência se dá entre grandes potências. Você não transfere os custos C. Layne (1993): - Waltz: Bipolaridade/multipolaridade - Gilpin: Hegemonia/bipolaridade/multipolaridade - Mearsheimer: descarta a hegemonia global (unipolaridade); considera bipolaridade/multipolaridade (equilibrada ou desequilibrada) O Layne escreve tendo o Waltz como referência e assim como ele, acredita que a unipolaridade é passageira e não a considera como uma configuração do sistema. É apenas um momento da transição pra algo que vai surgir em instantes. A unipolaridade é instável e de baixa duração, é só um momento de transição entre configurações (bipolaridade e multipolaridade). No pós Guerra Fria ele prevê a multipolaridade. A lógica do Layne é o subtítulo: por que é que grandes potências vão surgir? Sua hipótese é de que novas potências surgirão, pondo fim a unipolaridade. Por que é que outras grandes potências surgem? Em função do fato, segundo Layne, que elas indentificam nesse único polo uma ameaça. O argumento dele baseia-se em dois fundamentos: a anarquia internacional (tudo que ela tem de característico; tudo que tem no Waltz) e ele também traz algo que está na teoria da estabilidade hegemônica: taxas de crescimento diferenciais. O sistema anárquico gera a mesma coisa, o problema da auto-ajuda, a busca de poder. A consequência disso é a formação do equilíbrio de poder contra poderes desequilibrados (EUA). Quem são os Estados que mais podem chegar a conter os EUA, em 1993? Alemanha e Japão. Esses são os Estados que mais tem chance de tentar equilibrar o poder contra os EUA. Os Estados podem imitar os outros Estados naquilo que eles são bem sucedidos, para ganharem poder ("sameness") Segundo Layne, a unipolaridade é uma configuração desequilibrada, em função das taxas de crescimento diferenciadas. Os anos 90 pro Layne deveria se configurar como uma multipolaridade (EUA, Alemanha e Japão). Espera-se então mais instabilidade, maior preocupação com segurança, menos cooperação, mais incertezas. Esse ambiente é mais competitivo, é mais tendente a guerra. Entretanto, não é esse o sistema que se desenvolve na década de 90. O orçamento de defesa dos Estados diminui, a cooperação aumenta, os avanços na arena de comércio são grandes, avança-se nas questões de clima, uma série de agendas que antes não eram discutidas. Acontece o oposto do que o Layne previa, menos guerra, mais estabilidade e mais cooperação. E ele tinha previsto, mais guerra, menos estabilidade e menos cooperação. Problema pro Layne e pra todos os outros realistas que estão pensando o sistema internacional apenas como multipolaridade, porque ela nos leva a esperar um sistema muito instável. E é nesse momento que o realismo começa a considerar a possibilidade da unipolaridade e que ela possa explicar essa maior estabilidade e maior tendência à cooperação nesse mundo. Wohlforth: Em 1999, o Wohlforth publica um artigo chamado a "Estabilidade no sistema Unipolar". O argumento é dividido em torno de 3 argumentos: (1) o mundo pós-Guerra Fria é sim unipolar; (2) a unipolaridade é estável; (3) a unipolaridade é durável. É considerado um Realista, tem as mesmas premissas do Neorealismo do Waltz. Unipolaridade: estrutura em que as capacidades de UM Estado são grandes demais para serem contrabalançadas. Não se deve entender a unipolaridade apenas por um sistema onde há vários Estados fortes e um um pouco mais forte. Esse Estado é muito mais forte, mas não se trata também de um Império, ele não controla o mundo inteiro. Esse Estado ser muito mais forte torna difícil o que os Realistas defendem: equilíbrio de poder. Ou seja, é muito difícil equilibrar o poder. Resumo feito por Victor Miranda IRiscool 2012.1
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