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PRINCÍPIOS DO DESENHO, DESENVOLVIMENTO E MANEJO DO RETALHO O termo retalho indica uma seção de tecido mole que (1) é delimitado por uma incisão cirúrgica, (2) contém seu próprio suprimento sanguíneo, (3) permite acesso cirúrgico aos tecidos profundos, (4) pode ser recolocado em posição original, e (5) mantido com suturas.. Retalhos de tecido mole são normalmente usados em cirurgia oral, periodontal, e procedimentos endodônticos para ganhar acesso às estruturas profundas de dentes e osso. Desenho do retalho: base mais larga que a sua margem livre para preservar um provimento sanguíneo adequado. (Isso significa que todas as áreas do retalho devem ter uma vascularização ininterrupta para prevenir necrose isquêmica de todo o retalho ou de porções dele. • O ápice nunca devera ser maior que a base • A extensão do retalho não deve ser maior que duas vezes a largura da base • Deve-se incluir um suprimento sanguíneo axial na base do retalho • A base não deve ser excessivamente torcida ou distendida • Deve ser realizado em osso sadio • Evitar dilaceração O retalho deve proporcionar uma visualização adequada da área. O tecido mole cicatriza através da incisão, e . Assim, A incisão mais comum é a sulcular que, quando não combinada com uma incisão relaxante, produz o retalho tipo envelope. retalho (envelope) – adequado: Para ser adequado o comprimento do retalho na dimensão anteroposterior normalmente se estende dois dentes anteriores e um dente posterior à área da cirurgia (Fig. 8-2). Como alternativa, se uma incisão relaxante anterior é planejada, o retalho apenas precisa se estender um dente anteriormente e um dente posteriormente ao dente que será extraído Retalho -> deve ser desenhado para evitar lesão a estruturas vitais na área da cirurgia. Ao fazer as incisões na região posterior da mandíbula, principalmente na região do terceiro molar, as incisões devem ser bem distantes da região lingual da mandíbula.. tipos de retalhos mucoperiosteais Em pacientes edêntulos, a incisão é feita no sulco gengival até a crista óssea, através do periósteo, e o retalho de espessura total mucoperiosteal é rebatido apicalmente. Se o paciente é edêntulo, a incisão tipo envelope é normalmente feita através da cicatriz na crista do rebordo.. Nenhuma estrutura vital é encontrada nesta área, e a incisão tipo envelope pode ser longa tanto quanto necessário para dar o acesso adequado. A única exceção ocorre em mandíbulas extremamente atróficas nas quais o nervo alveolar inferior pode ficar em cima do rebordo alveolar residual. Uma vez que a incisão tenha sido feita, pode-se rebater o tecido vestibular ou lingualmente, como necessário, para recontornar o rebordo ou remover torus mandibular. Se a incisão sulcular tem incisões relaxantes verticais, é um retalho de três cantos, com cantos no final posterior da incisão tipo envelope, na parte inferior da incisão vertical, e na parte superior da incisão relaxante vertical. Esta incisão dá um maior acesso com pequena incisão sulcular. Quando um grande acesso é necessário na direção apical, especialmente na parte posterior da boca, esta incisão é frequentemente necessária. O componente vertical é mais difícil de fechar e pode causar uma cicatrização prolongada, mas se houver cuidado na sutura, o período de cicatrização não é notadamente aumentado. O retalho quadrangular é uma incisão tipo envelope com duas incisões relaxantes. Dois ângulos estão na parte superior da incisão relaxante e dois, nas duas extremidades do componente envelope da incisão. Apesar de este retalho dar acesso substancial a áreas que delimitaram a dimensão anteroposterior, ele é raramente indicado. Quando incisões relaxantes são necessárias, um retalho de três ângulos é o suficiente. Uma incisão usada ocasionalmente para alcançar o ápice radicular é a incisão semilunar. Essas incisões evitam trauma à papila e à margem gengival, mas dá acesso limitado, pois a raiz inteira do dente não está visível, a incisão é mais útil para cirurgia periapical de extensão limitada. Uma incisão útil no palato é a incisão em “Y”, assim chamada pela sua forma. Esta incisão é útil para acesso cirúrgico ao palato ósseo para remoção de torus palatino. Este tecido recobrindo o torus é normalmente fino e deve ser rebatido cuidadosamente. - As extensões anterolaterais da incisão média são anteriores à região dos dentes caninos. - As extensões são anteriores o suficiente para que nenhuma ramificação da artéria palatina maior seja atingida; assim, sangramento não é normalmente um problema técnicas para realização de um retalho mucoperiosteal - Incisão: inicia posterior e caminha para posterior (para ter uma melhor visualização) 1. Incisão no Sulco Gengival 2.. Incisão relaxante vertical: Feita tensionando a mucosa alveolar 3. Descolamento Incisões relaxantes verticais (oblíquas) -> usadas apenas quando necessário e não rotineiramente - Levemente obliquas - Usadas apenas quando necessário PRINCÍPIOS De sutura - Descolador periosteal é usada para elevar uma pequena quantidade de tecido fixo - A primeira sutura é colocada no término oclusão da incisão relaxante vertical (1) INDICAÇÕES PARA EXTRAÇÃO ABERTA É prudente que o cirurgião-dentista avalie cuidadosamente cada paciente e cada dente a ser removido para a possibilidade de uma extração aberta. Como guia geral, os cirurgiões devem considerar fazer uma extração cirúrgica eletiva quando eles antecipam a possibilidade de necessitar de força excessiva para extrair um dente. O termo excessivos significa que a força irá provavelmente resultar em fratura de osso, da raiz do dente, ou ambos. Em qualquer caso, perda excessiva de osso; a necessidade de cirurgia adicional para recuperar a raiz, ou ambos, pode causa prejuízo ao tecido. Os seguintes são exemplos de situações nas quais extrações fechadas podem precisar de força excessiva. O cirurgião- dentista deve considerar seriamente fazer uma extração aberta depois que tentativas iniciais de extração com fórceps tenham falhado. Em vez de aplicar maiores quantidades de força que podem não ser controladas, o cirurgião- dentista deve simplesmente rebater o retalho de tecido mole, seccionar o dente, remover algum osso, se necessário, e extrair o dente em partes. Nessas situações, a filosofia de “dividir para conquistar” resulta na extração mais eficiente e menos traumática. Se a avaliação pré-operatória revela que o paciente tem osso grosso ou especialmente denso, particularmente a lâmina vestibular, extração cirúrgica deve ser considerada. A extração da maioria dos dentes depende da expansão da lâmina vestibular. Se este osso for especialmente grosso, é menos provável que expansão adequada ocorra e a fratura de raiz é mais provável. Pacientes jovens têm osso mais elástico e mais passível de expansão com força controlada, enquanto pacientes mais velhos normalmente têm osso mais denso e mais calcificado, que é menos provável de gerar expansão adequada durante a luxação do dente. Osso denso em pacientes idosos necessita de ainda mais precaução. INDICAÇÕES PARA EXTRAÇÃO ABERTA – (unirradiculares) Indicada paradentes que resistiram às tentativas de extração fechada ou que tenham fraturado na linha cervical e, assim, existem apenas como raiz técnica: Direta passo a passo: 1. Adequada visualização com acesso pelo rebatimento de um retalho mucoperiosteal suficientemente grande (na maioria das vezes um retalho envelope é suficiente) 2. Decidir pelo uso dos fórceps ou alavancas 3. Determinar a necessidade de remoção de osso vestibular com cinzel e martelo ou uso da broca A largura do osso vestibular que é removido é essencialmente a mesma largura que o dente na direção mesiodistal. Em uma dimensão vertical, o osso deve ser removido aproximadamente metade ou dois terços do comprimento do dente. Esta quantidade de remoção óssea reduz suficientemente a quantidade de força necessária para deslocar o dente e tornar a remoção relativamente mais fácil. Uma alavanca reta pequena ou fórceps podem ser uados para remover o dente. 4. As bordas ósseas devem ser conferidas após remoção da raiz *se estiverem afiadas, elas devem ser alisadas com uma lima para osso. *irrigação com soro fisiológico INDICAÇÕES: Retalho em envelope -> fórceps (segura a raiz) OU pode quebrar a parede vestibular OU utilizar alavancas (reta) para luxar a raiz SEM SUCESSO, PASSA PARA A BROCA com uso de broca -> fórceps ou alavanca INDICAÇÕES PARA EXTRAÇÃO ABERTA – (multirradiculares) Se a decisão é feita para fazer extração aberta de um dente multirradicular como molar mandibular ou maxilar, a mesma técnica cirúrgica usada para dentes unirradiculares é geralmente usada. A maior diferença é que o dente pode ser dividido com uma broca para transformar um dente multirradicular em dois ou três dentes unirradiculares. Se a coroa do dente permanece intacta, a porção coronária é seccionada para facilitar a remoção das raízes. Entretanto, se a porção coronária do dente está ausente e apenas as raízes permanecem, o objetivo é separar as raízes para torná- las mais fáceis de elevar. passo a passo: 1. Retalho mucoperiosteal em envelope 2.. Remoção de osso vestibular com uso da broca 3. Secção da coroa/furca ou raízes 4. Decidir pelo uso dos fórceps ou alavancas 5. Osteoplastia após remoção das raízes Remoção de Fragmento de raiz e dos ápices radiculares Cuidado -> remoção de raízes de maxila -> não empurrar a raiz em direção ao alvéolo maxilar Força com a alavanca deve ser com MOVIMENTO LATERAL (não pra cima) #LuxaçãoDaRaiz Se a fratura da raiz no terço apical (3 a 4 mm) ocorre durante a extração fechada, um procedimento ordenado deve ser usado para remover o ápice da raiz do alvéolo. - Tentativas iniciais devem ser feitas para extrair o fragmento da raiz pela técnica fechada, mas o cirurgião-dentista deve começar a técnica cirúrgica, se a técnica fechada não tiver sucesso imediatamente. - Qualquer que seja a técnica escolhida, dois requisitos para a extração são criticamente importantes: (1) excelente iluminação e (2) excelente aspiração, preferivelmente com uma ponta de aspiração de pequeno diâmetro. A remoção de um pequeno fragmento de raiz é difícil a menos que o cirurgião- dentista possa visualizá-lo claramente. - Também é importante que a seringa de irrigação seja capaz de lavar o sangue e os debris do redor do ápice da raiz para que ela possa ser visualizada claramente. Excelente: 1. Iluminação 2. Aspiração 3. Irrigação *Se a técnica de irrigação e aspiração não obtiver sucesso, o próximo passo é movimentar o ápice da raiz com uma alavanca apical. Técnica aberta: raiz não luxada ou curva Justificativa para permanência de fragmentos de raiz Pesar os benefícios e os riscos da cirurgia Considerações para que um fragmento de raiz seja deixado no processo alveolar: 1. O fragmento deve ser pequeno, geralmente não maior que 4 a 5 mm de comprimento 2. A raiz deve estar profundamente inserida no osso 3. Dente envolvido não deve estar infectado ou com lesão periapical .4. Risco de lesão de estruturas nobres ou destruição excessiva do tecido circundante 5. Risco de deslocamento para dentro dos espaços teciduais ou para dentro do seio maxilar Múltiplas extrações Se vários dentes adjacentes precisam ser extraídos em uma única consulta, modificações leves do procedimento da extração devem ser feitas para facilitar uma transição tranquila de um estado com dentes para um edêntulo que permita reabilitação apropriada com prótese fixa ou removível. Esta sessão discute estas modificações. Plano de tratamento “Qual o plano de tratamento para cada cirurgia?” - Depende do tratamento que será realizado posteriormente - Devemos levar as seguintes considerações: PLANEJAMENTO PT, PPR, PF.... A radiografia colabora no meu planejamento Planejamento -> de acordo com a morfologia da raiz Terceiros molares inferiores *Tamanho do saco folicular *Densidade do osso circundante *Contato com segundo molar mandibular *Relação com o nervo alveolar inferior *Natureza do tecido de recobrimento Sequência de extração Cirurgia extensa -> sequenciada -> várias raízes - Remoção do dente normalmente começa com a extração dos dentes mais posteriores - Canino deve ser extraído por ultimo, por ser mais difícil Ordem recomendada: 1. Dentes maxilares posteriores 2. Dentes maxilares anteriores 3. Caninos maxilares 4. Dentes mandibulares posteriores 5. Dentes mandibulares anteriores 6. Caninos mandibulares O procedimento cirúrgico para a remoção de múltiplos dentes adjacentes é uma leve modificação da técnica usada para remover dentes individuais. - O primeiro passo na remoção de um único dente é descolar os tecidos moles inseridos ao redor do dente. - Em múltiplas extrações, o rebatimento do tecido mole é estendido levemente para formar um pequeno retalho envelope a fim de expor apenas osso alveolar ao redor de todos os dentes do quadrante. - Os dentes no quadrante são luxados com a alavanca reta e depois extraídos com o fórceps de forma usual. - Se a remoção de qualquer um dos dentes requer força excessiva, o cirurgião-dentista deve remover uma pequena quantidade de osso vestibular para prevenir fratura e excessiva perda óssea. - É benéfico fazer o máximo de luxação em todos os dentes na área de remoção antes da extração de qualquer um deles, já que os dentes adjacentes podem ser usados com ancoragem enquanto luxa os outros dentes sem preocupação, pois os dentes usados como ancoragem também serão extraídos. Irrigação -> limpeza -> sutura Em casos de sequência de extração, recomenda-se suturas continuas (prof também recomenda fazer algumas simples)
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