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Um dente impactado é o que falha em irromper no arco dentário dentro do tempo previsto. O dente se torna impactado por causa de dentes adjacentes, osso de recobrimento denso, tecido mole excessivo, ou uma anormalidade genética que impede o irrompimento. Como dentes impactados não irrompem, eles ficam retidos a vida inteira do paciente a menos que seja removido cirurgicamente ou exposto devido à reabsorção de tecidos de recobrimento Todos os dentes impactados/inclusos devem ser removidos Na maioria das vezes, os dentes se tornam impactados devido a comprimento de arco dentário inadequado e falta de espaço onde irromper; isto é, o comprimento total do arco alveolar ósseo é menor que o comprimento total do arco dentário. Os dentes mais comumente impactados são os terceiros molares maxilares e mandibulares, seguidos pelos caninos maxilares e pré-molares mandibulares. Os terceiros molares são os mais frequentemente impactados, porque são os últimos a irromper; assim, são mais propensos a ter espaço inadequado para erupção. • Pericoronarite recorrente ou grave • Doença periodontal com bolsa com profundidade de 5 mm ou mais distal ao 2º molar • Cáries não restauráveis no 3º molar • Reabsorção do 3º molar ou dente adjacente • Cáries no 2º molar, de modo que a remoção do 3º molar tomaria a restauração possível ou mais simples • Periodontite apical • Cistos ou tumores associados ao 3º molar (ou dente adjacente) • Quando necessário, antes da cirurgia ortognática • Remoção do 3º molar em um traço de fratura • Quando um 3º molar pode ser considerado para transplante autógeno • Germes em 3º molares de pacientes jovens não sejam enucleados • 3º molares livres da doença, assintomáticos, totalmente recobertos por osso, não sejam removidos • Não seja realizada remoção rotineira de 3º molares livres de doença, total ou parcialmente recobertos por tecidos moles, embora condições locais e clinicas especificas possam tomar adequada uma abordagem profilática • A cirurgia do 3º molar seja contraindicada em pacientes cuja história medica e cuja condições clínicas as exponham a risco inaceitável para sua doença Princípios de Tratamento de Dentes Impactados Cirurgião deve examinar as circunstancias clínicas metodicamente -> Principal fator determinante da dificuldade de remoção é acessibilidade • Dentes adjacentes ou outras estrtuturas • Facilidade de expor o dente • Preparar a via para sua remoção • Preparar um ponto de apoio Indicações e contraindicações para a remoção de terceiros molares impactados foi feita para mostrar que existem vários riscos e benefícios na remoção de dentes impactados nos pacientes. Pacientes que têm um ou mais sintomas de problemas devem ter seus dentes impactados removidos. A maioria dos problemas patológicos e sintomáticos que resultam de terceiros molares impactados ocorre por causa de dentes parcialmente irrompidos e ocorre menos comumente com impactação óssea completa. O que deve ser feito com dentes impactados antes que eles causem sintomas ou problemas é, entretanto, menos claro. Tomando a decisão se um dente impactado deve ser removido, deve-se considerar uma variedade de fatores. Primeiro, o espaço disponível no arco onde o dente pode irromper deve ser considerado. Se existir espaço adequado, o clínico pode escolher adiar a remoção do dente até que a erupção esteja completa. Uma segunda consideração é a condição do dente impactado e a idade do paciente. É importante lembrar que a média de idade da erupção completa é aos 20 anos, mas que a erupção continua a ocorrer até os 25 anos de idade. Um dente que parece estar com impactação mesioangular aos 17 anos de idade pode eventualmente se tornar mais vertical e irromper na boca. Se existe espaço insuficiente para acomodar o dente e o opérculo existe sobre a face posterior, então as sequelas patológicas podem ocorrer. Apesar de ter havido algumas tentativas precoces de prever se o dente irá se tornar impactado, esses efeitos ainda não resultaram em um modelo de previsão confiável. Entretanto, quando o paciente completa 18 anos, o cirurgião-dentista pode prever racionalmente se haverá espaço suficiente para que o dente possa irromper com distância suficiente do ramo anterior pra prevenir a formação de opérculo de tecido mole. Neste ponto, se a remoção cirúrgica for escolhida, cicatrização de tecido mole e tecido ósseo irão ocorrer no seu nível máximo. Aos 18 ou 19 anos, se o diagnóstico for de espaço inadequado para erupção funcional, então o terceiro molar assintomático pode ser removido, e a saúde periodontal de longo prazo do segundo molar pode ser otimizada. • Angulação (Winter) • Relação com a borda anterior do ramo (Pell e Gregory) • Relação com o plano oclusal (Pell e Gregory) • Natureza do tecido de recobrimento Assim como a morfologia radicular de dentes irrompidos têm a maior influência no grau de dificuldade de extrações fechadas, a morfologia radicular tem um grande papel na determinação do grau de dificuldade da remoção de dentes impactados. • Posição mesioangular • Classificação de Pell Gregory Classe IA • Raízes um terço ou dois terços formados • Raízes cônicas fusionadas • Ligamento periodontal grande • Folículo grande • Osso elástico • Separado do segundo molar • Separado do nervo alveolar inferior • Impactação de tecido mole *Presente em pacientes mais novos Dentes em intimo contato com nervo alveolar inferior -> odontosecção -> visando não causar injúrias ao nervo alveolar inferior Os sistemas de classificação para os terceiros molares impactados são essencialmente os mesmos que para os terceiros molares impactados mandibulares. Entretanto, algumas distinções e adições devem ser feitas para avaliar mais corretamente a dificuldade de remoção durante o plano de tratamento do procedimento. No que diz respeito à angulação, os três tipos de terceiros molares são (1) impactação vertical, (2) impactação distoangular, e (3) impactação mesioangular. Impactação vertical corre aproximadamente em 63% dos casos, impactação distoangular em aproximadamente 25% e impactação mesioangular em aproximadamente 12% dos casos. Raramente, outras posições como a transversa, a invertida, ou a horizontal são encontradas; estas posições incomuns contabilizam menos de 1% dos terceiros molares maxilares impactado. Mais comum depois dos 3MS e 3MI -> Canino Maxilar Determinar onde o dente está posicionado Se o cirurgião-dentista decide que o dente deve ser removido, deve se determinar se o dente está posicionado labialmente, na direção do palato, ou no meio do processo alveolar. Se o dente estiver na face labial, um retalho de tecido mole pode ser rebatido para permitir a remoção de osso de recobrimento e do dente. Entretanto, se o dente estiver na face palatina ou na posição vestibulolingual intermediária, é muito mais difícil de remover. Assim, quando se estiver avaliando o canino maxilar impactado para a remoção, a observação mais importante do cirurgião é aposição do dente. 1. O primeiro passo é ter exposição da área dos dentes impactados. Isso significa que o tecido mole refletido deve ser de dimensão adequada para permitir que o cirurgião retraia o tecido mole e faça a cirurgia necessária sem prejudicar seriamente o retalho. 2. O segundo passo é avaliar a necessidade de remoção óssea e remover uma quantidade suficiente de osso para expor o dente para qualquer seccionamento ou remoção. 3. O terceiro passo, se necessário, é dividir o dente com uma broca para permitir que ele seja extraído sem a remoção desnecessária de grandes quantidades de osso. Pontos de apoio também podem ser colocados neste passo. 4. No quarto passo, o dente seccionado ou não é removido do processo alveolar com as alavancas apropriadas. 5. Finalmente, no quinto passo, o osso nas áreas de elevação é alisado com uma lima para osso; a ferida é irrigada abundantemente com solução fisiológica estéril; e o retalho é reaproximado com suturas 1. Rebatendo Retalhos Adequados para Acessibilidade 2. Remoção de Osso de Recobrimento 3. Seccionamento do Dente 4. Remoção do Dente Seccionado com a Alavanca 5. Preparação para Fechamento da Ferida Para minimizar o inchaço, comum após a remoção cirúrgica dos terceiros molares impactados, alguns cirurgiões-dentistas ministram corticoides parenterais. Administração intravenosa de um esteroide glucocorticoide gera atividade anti-inflamatória suficiente para limitar o edema. Apesar de existirem muitos regimes e protocolos diferentes para administração de esteroides intravenosos, uma relativamente comum é um de administração única de 8 mg de dexametasona antes da cirurgia. Dexametasona é um esteroide de ação longa, e sua eficácia no controle pós- operatório do edema do terceiro molar é documentada. Esta droga pode ser continuada em dose oral de 0,75 a 1,25 mg duas vezes ao dia por 2 a 3 dias para continuar o controle do edema. Apesar de os esteroides dados dessa maneira terem poucos efeitos colaterais ou contraindicações, a filosofia geral é pesar os riscos e os benefícios da administração da droga antes de tomar a decisão de administrar qualquer droga rotineiramente. Outra medicação usada algumas vezes é o antibiótico. • Se um paciente tem uma pericoronarite preexistente ou abscesso periapical, é comum prescrever antibióticos por alguns dias após a cirurgia. Entretanto, se o paciente é saudável e o clínico não acha nenhuma indicação sistêmica para antibióticos ou uma infecção local preexistente, antibióticos sistêmicos não são usualmente indicados. • O uso de um antibiótico tópico como a tetraciclina tem mostrado cientificamente baixar bastante a incidência de alveolite nos locais de extração de molares mandibulares. • Colocar um quarto do conteúdo da cápsula de 250 mg no alvéolo é adequado para dar a proteção necessária. Inchaço: depende do grau de trauma tecidual e da variabilidade no potencial de inchaço entre os pacientes. Um modesto desconforto normalmente segue o procedimento, o seu grau depende da quantidade de trauma cirúrgico necessário para remover o dente impactado. Este desconforto pode ser controlado efetivamente com analgésicos orais potentes. • Pacientes geralmente precisam de analgésicos potentes por 2 ou 3 dias rotineiramente e intermitentemente (especialmente na hora de dormir) por mais alguns dias. O paciente deve ter alguma dor leve na região de 2 a 3 semanas após a cirurgia. • Pacientes que tiveram os terceiros molares removidos cirurgicamente frequentemente têm trismo de leve a moderado. Esta incapacidade de abrir a boca interfere na higiene oral normal do paciente e nos hábitos alimentares. O paciente deve ser avisado que não será capaz de abrir a boca normalmente após a cirurgia. O trismo se resolve gradualmente, e a habilidade de abrir a boca deve retornar ao normal de 7 a 10 dias após a cirurgia. Se a dor, edema, e o trismo, não melhoraram bastante em 7 dias após a cirurgia, o cirurgião deve investigar a causa. • Todas as sequelas da remoção cirúrgica de dentes impactados são de menor intensidade em pacientes jovens e saudáveis e muito mais intensas em pacientes mais idosos e debilitados. • Mesmo pacientes adultos saudáveis entre 35 e 40 anos de idade têm um período significativamente mais difícil após a extração de terceiros molares impactados do que a maioria dos adolescentes. Se um paciente começar a desenvolver - Edema com eritema superficial - Febre - Dor • Todos esses sintomas após o 3º dia de P.O Deve-se presumir que o paciente desenvolveu uma infecção até que se prove o contrário Dor pós-operatória que começa a aumentar após o 3º dia, sem inchaço ou outros sinais de infecção é, provavelmente, sintoma de um alveolite - Data - Nome e identificação do paciente - Diagnóstico do problema que será tratado cirurgicamente - Revisão do histórico médico, medicações e sinais vitais - Exame oral - Anestesia (quantidade utilizada) - Procedimento (incluindo a descrição da cirurgia e complicações) - Instruções no momento da liberação - Medicações prescritas e sua quantidade (ou anexar cópia da prescrição) - Necessidade de consulta de acompanhamento - Assinatura (legível ou nome impresso abaixo) bons estudos!
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