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Endométrio e sua relação com o estrogênio

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2
PH
SARA PRADO RAMOS
7º PERÍODO
Quais os tipos de câncer de endométrio?
Tumores do tipo I são mais comuns, são comumente responsivos ao estrogênio e costumam ser diagnosticados em mulheres na perimenopausa, mais jovens ou obesas. São precedidos por hiperplasia endometrial. Esses tumores geralmente são de baixo grau; o prognóstico é bom. Adenocarcinoma endometrioide (graus 1 e 2) é a histologia mais comum. Esses tumores podem mostrar instabilidade microssatélite e têm mutações no PTEN, PIK3CA, KRAS e CTNNBI.
Em geral, tumores tipo II são de alto grau e incluem carcinomas endometrioides de grau 3 e tumores com histologia não endometrioide (p. ex., seroso, de células claras, de células mistas, indiferenciado, carcinossarcoma). Eles tendem a ocorrer em mulheres mais velhas. Cerca de 10 a 30% têm mutações p53. Até 10% dos carcinomas do endométrio são do tipo II. O prognóstico é muito reservado.
Adenocarcinomas endometrioides é responsável por cerca de 75 a 80% dos cânceres de endométrio.
Carcinomas serosos papilares uterinos (10%), carcinomas de células claras (< 5%), e carcinossarcomas (< 5%) são considerados histologias mais agressivas, de alto risco e, portanto, estão associadas a maior incidência de doença extrauterina na apresentação.
Carcinomas mucinosos costumam ser de baixo grau; o prognóstico é bom. Mutações KRAS são comuns nesses tumores.
Câncer endometrial pode se disseminar como a seguir:
· Da superfície da cavidade uterina ao canal cervical
· Do miométrio à serosa e à cavidade peritoneal
· Do lúmen das trompas de Falópio ao ovário, ligamento largo e superfícies peritoneais
· Pela corrente sanguínea, levando a metástases à distância
· Por via linfática
Quanto maior (mais indiferenciado) o grau do tumor, maior a probabilidade de invasão miometrial profunda, de metástases para os linfonodos pélvicos ou para-aórticos, ou de que o câncer se espalhe na região extrauterina.
Quais as questões moleculares/ genéticas de cada um deles?
Sabe-se que o câncer é essencialmente uma doença genética. Uma célula normal torna-se uma célula tumoral como resultado de uma série de mutações em genes importantes no controle do ciclo celular, da proliferação celular e da morte9 . Acredita-se que três tipos de genes estejam envolvidos no processo de transformação maligna: oncogenes, genes supressores tumorais e genes de reparo do DNA. Os primeiros são proto-oncogenes inapropriadamente ativados e que promovem a proliferação da célula anormal; os genes supressores tumorais retardam o crescimento ou a replicação celular frente a danos no genoma; e os genes de reparo do DNA são responsáveis pela detecção e correção de erros no DNA9 . Para que ocorra a transformação neoplásica, é necessário, além da presença gênica, sua ativação ou inativação, mutação, amplificação e/ou expressão do seu conteúdo proteico de forma anormal, excessiva ou mutada. O resultado dessas alterações define o comportamento e a expressão fenotípica neoplásica. Desde que Silverman et al.10 reconheceram uma série de mutações no DNA da célula endometrial resultando em uma célula neoplásica, muito tem se acrescentado ao conhecimento da biologia molecular desse tumor. O câncer endometrial é acessível à avaliação molecular por várias razões: primeiro, apresenta um componente pré-maligno; segundo, existem tipos histológicos distintos e, portanto, diferentes expressões gênicas; terceiro, é acessível para amostragem histológica9 . Entre os genes descritos na neoplasia endometrial incluem-se TP53, Bcl-2, c-erbB2 e p16.
Qual a relação com o estógeno?
O estrogênio leva à proliferação das glândulas endometriais, atuando como um agente promotor. Antes da menopausa, os ovários são a principal fonte de hormônios femininos (estrogênio e progesterona). O equilíbrio entre esses dois hormônios durante o ciclo menstrual de uma mulher produz períodos menstruais e mantém o endométrio saudável. Um aumento no nível de estrogênio aumenta o risco de uma mulher desenvolver câncer de endométrio. Após a menopausa, os ovários param de produzir esses hormônios, mas uma pequena quantidade de estrogênio é ainda produzida naturalmente no tecido adiposo. Esse estrogênio tem um impacto maior após a menopausa do que antes da menopausa.
REFERÊNCIAS:
APPEL, Márcia; SELBACH, Tiago. Biologia molecular no carcinoma de endométrio: uma revisão. Femina, 2015.
MARC, Chrystiane da Silva. Expressão da enzima SIRT 1, p 53 e receptores hormonais (RE/RP) no endométrio neoplásico e sadio. 2015.
YOSHIDA, Adriana; SARIAN, Luís Otávio Zanatta; ANDRADE, Liliana Aparecida Lucci De Angelo. Hiperplasia endometrial e câncer do endométrio. Femina, v. 47, n. 2, p. 105-9, 2019.

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