Buscar

Opioides

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

DANIELE CARNEIRO – FISIO/UNEB 
 
Opioides
Sinonímias: opiáceo, narcoanalgésico, 
hipnoanalgésico. 
Opioides: todas as drogas com 
propriedades semelhantes às da morfina. 
- Alcaloides 
Morfina: 10%; Codeína: 0,5 a 1%; Tebaína 
(etorfina); Papaverina 0,5 a 2,5%; 24 
alcaloides conhecidos. 
 
FISIOLOGIA DA DOR 
Os analgésicos opioides, usa-se em 
situações de dor. Os nociceptores 
periféricos: capitam estímulos sejam eles 
térmicos, mecânicos, químicos, e usam as 
vias ascendentes até a região do tálamo, 
que é uma região onde se decifra esses 
estímulos. 
No corno dorsal da medula, nos temos 
zonas que iremos chamar de lâminas, de I 
até VI. Os nociceptores derivam das fibras 
Aβ (são mais espessas, dores rápidas) e 
fibras C (dores lentas, dor em queimação). 
Os nociceptores se encontram nas lâminas 
I, II (muitos receptores opioides 
endógenos, e o os fármacos podem ser 
administrados no liquido cefalorraquidiano 
terão grande atuação nesse bloqueio das 
vias ascendentes de dor), e V. 
Existem dois caminhos possíveis 
anatômicos: o Trato neoespinotalâmico, que 
termina no tálamo; e o trato 
paleoespinotalâmico. Quando se vem de uma 
lesão tecidual, um corte no dedo, uma 
inflação, você irá saber exatamente de 
onde vem, capaz de identificar uma dor 
localizada. Esta informação ascendeu, 
entrou pelo corno dorsal da medula, sobe 
pelo trato neoespinotalâmico, e termina em 
um ponto único, onde o tálamo decifra o 
local da informação. 
Entretanto, em uma dor visceral a via 
ascendente é a do trato 
paleoespinotalâmico e ela termina em outra 
região chamada de: giro pós central, então 
não se sabe de onde vem a dor, é uma dor 
difusa, não localizada. 
Essa neurotransmissão é dependente de 
sinapses, de neurotransmissores, como por 
exemplo a substância P. Essa substância 
gera dor, os opioides vão modular essa 
neurotransmissão, hora ativando, hora 
inibindo a depender do tipo de receptor, 
então terá uma neurotransmissão inibitória 
ascendente de dor. 
RECEPTORES OPIOIDES 
- mu (µ) 
Existe o 1 (quando ativado produz analgesia 
espinhal e supra, euforia, retenção urinária) 
e 2 (quando ativado produz depressão 
respiratória, dependência fisiológica, 
constipação). 
- capa (k) 
DANIELE CARNEIRO – FISIO/UNEB 
 
Analgesia espinhal e supra, miose 
(característica da overdose), sedação, 
diurese. 
- delta (δ) 
Analgesia espinhal e supra, depressão 
ventilatória, dependência física, retenção 
urinária. 
- sigma (σ) 
Associado a alucinação e disforia. 
- épsilon (ε) 
Não se sabe exatamente seu papel. 
→ São esses receptores que vão produzir 
os efeitos do fármaco que se ligar dos 
agonistas e dos antagonistas. 
DISTRIBUIÇÃO DOS RECEPTORES 
OPIOIDES 
Tronco cerebral (mesencéfalo, ponte e 
medula oblonga, substancia cinzenta 
periaquedutal), região rica em receptores 
opioides. A ponte e medula oblonga possui 
centros vitais importantes como o centro 
respiratório, umas das grandes 
complicações da overdose de opioides é a 
depressão respiratória que pode ser fatal. 
Outra região é o tálamo, região associada a 
decifrar os estímulos ascendentes de dor. 
Se o tálamo for lesionado deixa de der 
percebido a lesão que está ocorrendo no 
momento. O hipotálamo, amigdala, sistema 
límbico, ela produz efeitos de dependência, 
pois a sensação de bem estar é a ativação 
desses receptores do sistema límbico, 
então afeta a interpretação sensorial da 
dor, o agonista se ligando a esses 
receptores do sistema límbico. 
No sistema digestório, é uma complicação 
nos pacientes que irão fazer cirurgia que 
recebem opioide, quase todas, no primeiro e 
segundo dia sofrem com constipação, uma 
atonia do peristaltismo, por isso se deve 
preparar o paciente para tais situações, 
ainda assim terá essa reação pois o 
fármaco é extremamente potente. 
 
 
Os opioides endógenos vem dos peptídeos 
endógenos. 
 
MECANISMO GERAL DE AÇÃO 
- Desde sua identificação, diversas 
denominações foram utilizadas para os 
receptores opioides. 
- Atualmente a mais aceita pela “União 
Internacional de Farmacologia” é a 
seguinte: 
MOP (receptor peptídico opioide mu) 
KOP (receptor peptídico opioide kappa) 
DOP (receptor peptídico opioide delta) 
NOP (receptor peptídico FQ de 
nociceptinas orfanina). 
→ O receptor sigma não preenche todos os 
critérios para ser considerado um receptor 
opioide. 
DANIELE CARNEIRO – FISIO/UNEB 
 
USO DOS OPIOIDES 
Costuma-se dizer que os opioides alteram a 
percepção sensorial da dor, ou alteram a 
interpretação da dor. Faz com que os 
pacientes possam suportar dores intensas 
de uma maneira mais tranquila. 
→ Analgésico opioides 
- Agonistas potentes: Morfina, Meperidina, 
Metadona, Heroína, Oxicodona, Fentanil, 
Alfentanil, Sufentanil, Remifentanil. 
- Agonistas moderados/fracos: Codeína, 
Propoxifeno. 
- Agonistas-antagonistas e agonistas 
parciais: Buprenorfina, butorfanol, 
nalbufina, pentazocina. 
- Antagonista: Nalaxona, naltrexona, 
nalmefeno. 
MANEJO SEQUENCIAL DA DOR 
O uso de opioides se dá por sentir a dor, 
porém não se inicia o tratamento da dor, 
processos álgicos com analgésicos opioides, 
se começa com analgésicos não opioides. 
Especialmente que em dores leves você tem 
a dipirona, paracetamol, ácido 
acetilsalicílico. Em dores intermediarias, já 
se tem associação de analgésicos opioides e 
não opioides, como tylex, codaten, paco. 
Para dores severas, se usa os analgésicos 
opioides, cirurgias ortopédicas, pacientes 
com cânceres terminais. 
 
→ Morfina 
Ações: Euforia, Respiração, Miose, Vômitos, 
Liberação de histamina, Ações hormonais, 
inibir o Parto. 
Usos terapêuticos: Analgesia, Depressão do 
reflexo da tosse, Atonia do Trato 
gastrointestinal, Redução da pré-carga (dor 
do infarto) Cardiovascular. 
A morfina atravessa muito pouco a barreira 
hematoencefálica, apenas 3%. Já fentanil, 
metadona, e heroína tem uma entrada 
facilitada, quanto mais lipofílico mais fácil 
atravessar. Se ocorrer de conseguir 
colocar a morfina nesse espaço ela também 
não sai, pacientes usam bomba de morfina, 
para tratamento. 
- Efeito adverso: sedação, constipação, 
náuseas, retenção urinária, potencial para 
dependência, depressão respiratória. 
AÇÕES FARMACOLÓGICAS 
- É mediada pelos receptores opioides do 
tipo µ e k. 
- Estimulam o núcleo do nervo oculomotor – 
miose. 
- Pupilas puntiformes – diagnostico de 
intoxicação por opioides. 
- A maioria das outras causas de depressão 
respiratória e coma causam midríase. 
- A tolerância não se desenvolve por 
constricção pupilar induzida. 
→ Meperidina 
- Petidina – Demerol – Dolosal. 
- Analgésico semelhante a morfina; Não age 
sobre a tosse e diarréia; Menos 
constipante; Empregada na obstetrícia; 
Depressão respiratória; Midríase (visão 
DANIELE CARNEIRO – FISIO/UNEB 
 
borrada) é uma exceção pois a molécula da 
meperidina foi descoberta em um ensaio 
clinico com produtos originais da atropina, 
que é um anticolinérgico, é um efeito 
anticolinérgico, não é derivado da morfina. 
→ Fentanil 
- Excelente analgésico: 
Rápida ação: início imediato (5min) 
Curta duração: 30 a 60 minutos IV 100mcg 
Elevada potência: 80 a 100 vezes maior 
morfina (dose/efeito) 
Forte depressor respiratório; pode ocorrer 
bradicardia e ligeira hipotensão; não há 
comprometimento cardiovascular. 
Indicações: analgesia de curta duração 
período anestésico e pós-operatório 
imediato; Componente analgésico da 
anestesia geral; Associado ao droperidol na 
pré-medicação, na indução e manutenção em 
anestesia geral e regional; Para 
administração espinhal no controle da dor 
pós-operatória. 
Advertências: Deve ser administrado em 
centro cirúrgicos, pode causar rigidez 
muscular. 
Podem originar: 
Euforia; Miose; Bradicardia; 
Broncoespasmos. 
Sub-grupo do Fentanil: 
- Durogesic / fentanila transdérmica 
- Sufenta / citrato de sufentanila 
- Rapifen /cloridrato de alfentanila 
EQUIVALÊNCIA DE DOSES 
 
→ Metadona 
Ações: 
Analgésico, é bem absorvido pelo TGI, 
Usado na descontinuação controlada da 
heroína e morfina, Também causa 
dependência. 
→ Oxicodona 
Derivado semissintético da morfina 
Ativa Via oral, associada ao AAS ou 
paracetamol, propriedades em comum com a 
morfina. 
→ Codeína 
O mais popular é o tylex. Produz analgesia, 
sedação, euforia, tosse seca. Tem efeito de 
ação central pelo opioide, e periférica pelos 
AINES. 
→ Propoxifeno 
Potência 2/3 da codeína; Menor 
dependência que a codeína; 
Estereoisomeria: dextro-analgésico/levo-
antitussígena. 
→ Pentazocina 
Agonista: receptor capa 
Antagonista: receptores mu e Sigma, 
produz analgesia espinhal- dor moderada; 
Menos euforia; uso reduzido por 
taquicardia e tonturas, sintomas de 
psicose; Não antagoniza depressão 
respiratória. 
→ Buprenorfina 
Agonista parcial – mu 
Uso na desintoxicação de opioides, uso 
sublingual ou parenteral. 
→ Nalburfina e butorfanol 
DANIELE CARNEIRO – FISIO/UNEB 
 
Uso limitado na dor crônica; uso parenteral, 
menos psicose que a pentazocina. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
Inibidores da MAO - Contraindicação 
absoluta para meperidina e contraindicação 
relativa para outros analgésicos narcóticos 
devido à alta incidência de coma 
hiperpiréxico. 
Sedativos-hipnóticos: Maior depressão do 
SNC, particularmente depressão 
respiratória. 
Antidepresivos tricíclicos e Farmacos 
neurolépticos: maior sedação; efeitos 
variáveis. 
→ Tramadol 
Agonista fraco em receptores mu; ação 
inibitória na recaptação de NA e 5-HT no 
SNC; carbazepina reduz concentração 
plasmática; quinidina aumenta. 
Alternativas de quem tem alergia a AINE, 
induz bastante náuseas e vômitos, se 
associar com antidepressivos. 
→ ANTAGONISTAS 
Naloxona: 
Via intra venosa; reverte depressão 
respiratória em 30s; meia vida curta de 60 
a 100min; pode precipitar síndrome de 
abstinência adictos. 
Naltrexona e Nalmefeno 
Ações similares a naloxona; meia vida longa 
– bloqueia heroína IV por 48h 
Ações similares a naloxona; meia vida de 8 
a 10h; Uso no processo de tratamento do 
alcoolismo, por bloqueio de endorfinas e 
retira a sensação do prazer do etanol, 
melhorar o sistema imunológico.

Outros materiais

Outros materiais