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Em relação à anatomia A gata possui ovários, corpo uterino igual as demais espécies. Diferentemente do que esta no esquema, a gata possui corpo do útero pequeno e cornos longos. Os ovários possuem posicionamento diferente, esquerdo (caudal) direito (cranial), o pedículo que faz a ligação (composto por tecido conjuntivo, vasos linfáticos, ramos nervosos) liga o ovário ao pólo caudal do rim, é mais longo do que em cadelas. Os ovários não são envoltos por nenhuma estrutura, já as cadelas possuem a bursa ovariana (bolsa de tecido conjuntivo). Existe uma patologia chamada de síndrome do ovário remanescente, é uma manifestação de comportamento cíclico em animais que já foram submetidas à OSH, isso pode ser fruto de erro de técnica cirúrgica, deixando um fragmento de ovário, pode variar de semanas à anos a manifestação de cio. Existem situações que a SOR pode ocorrer por fragmentos ovarianos em outros órgãos implantados. Problemática: impregnação prévia de estrógeno à impregnação de P4, podendo resultar em piometra de coto. Ciclo estral Assim como a vaca é uma espécie poliestrica, mas com tendência à ser estacional, ou seja, apresentam vários ciclos estrais. As gatas percebem o aumento da luminosidade pela retina, aumentando os níveis de GNRH, LH... culminando com a ovulação. As gatas iniciam a ciclicidade na primavera (dias mais longos), concentrando seus ciclos em primavera e verão, perdendo essa característica quando se passa do verão para o outono. Gestação em média de 60 dias, épocas em que há maior disponibilidade de alimentos. Algumas gatas não respeitam a estacionalidade, quanto mais perto do equador ou tiver nascido devido a duração de dia e noite, as fêmeas não percebem o aumento da luminosidade. 10° norte e sul da linha do equador (não percebem). Muda-se para outra região o animal continua respeitando a sua não estacionalidade. A ovulação na gata é geralmente do tipo induzida, ou seja, precisa de algum mecanismo neural para a ovulação, existem fibras nervosas no canal vaginal (mecanoreceptores) que são estimuladas pelas espículas presentes no penis do macho, através de fricção. Começam a liberar GNRH pelo centro ovulatorio hipotalâmico, cada estimulo induz a liberação de GNRH, coitos sucessivos fazem o acumulo de GNRH liberado pelo centro pré ovulatorio, o pico de LH vai culminar por indução de coito. Você pode induzir a ovulação da gata por meio de um swab, bastão de vidro, estimulando os mecanoreceptores até induzir sucessivos pulsos de GNRH. A espontânea, a gata é estimulada pelos mecanoreceptores presentes na vagina ao pico de LH, que culmina nas ovulações, no entanto não é por meio do coito que é gerada a ovulação. Pode ser por contato, audição e através da liberação de feromonios ela acaba ovulando. Induzindo a ovulação Sem o coito o animal entra em pseudogestação (40 dias), ovulações não seguidas de fertilização. A pseudogestação é uma fase do ciclo, não é uma patologia como na cadela. Após os 40 dias se a fêmea esta em baixas concentrações de luminosidade ou nutrição defeituosa, podem entrar em anestro. Puberdade As gatas podem entrar na puberdade entre o 6-9 mês de idade, fêmeas de pêlos curtos e orientais são mais precoces, a maturidade sexual é hereditária. Raças de pêlo longo e Manx são mais tardias. Até 24 meses não se investiga se não houve cio. As gatas sendo fotoperíodo, pode-se controlar o ciclo deixando-as durante 14 horas sob efeito de luminosidade, com a redução da luz do dia liga-se as lâmpadas até chegar as 14 horas. 80% do peso adulto 2,3-2,5kg, sempre lembrar da idade e do histórico hereditário. Outra coisa que favorece a ciclicidade é a época de nascimento. Se a fêmea nascer no mês de agosto, em dezembro estará com 4 meses e ela não irá ter a percepção do aumento da luminosidade. Sendo assim só apresentará o cio quando observar o aumento da luminosidade. Fases do ciclo estral: Primeira fase que podem passar, mas que a minoria apresenta é o ... PROESTRO (0-1 dias) É uma fase basicamente caracterizada por alta concentração de E2, mas sem permissão de copula, sendo a fase seguinte e obrigatória o Estro. Canal vaginal apresenta edema, mas muitas vezes imperceptível. Dificilmente vemos o sangramento. O animal se esfrega em objetos, principalmente onde há glândulas. Há multiplicação de células do canal vaginal ESTRO Tendo alta impregnação de E2 e permissão de monta (pode ser tão curto como 2 dias, chegando até 19 dias, mas em média é 5 dias), animal levanta os posteriores, há hiperextensão do dorso e pico da atividade folicular. Do estro há três caminhos a serem seguidas: INTERESTRO (8-10 dias), DIESTRO P (40 dias) ou DIESTRO G (60 dias). DIESTRO Ambas as situações há predominância de P4, houve ovulação e formação de corpo lúteo. Gestacional (fértil), Pseudogestação (não houve fertilização), pode ter passado por copulas não férteis também. Há novo estro 7-10 após a luteólise. INTERESTRO Sem contato com o macho ou não consegue ter ovulação espontânea. O interestro é caracterizado pela não ovulação, não há impregnação de P4 e não há corpos lúteos. Essa fase é suficiente para que ocorra novo crescimento folicular, os folículos entram em atresia, durante 8-10 dias crescem e a gata entra no cio novamente. A gata pode ir e voltar do estro para interestro, pode parar quando há indução da ovulação ou ela não percebe mais o aumento de luminosidade. Ou pode entrar em anestro (casos de grave privação nutricional) em fêmeas estacionais. ANESTRO Pode ir para o Proestro ou estro, depende do animal. Não há atividade cíclica, hormônios em níveis basais, há crescimento folicular. DIESTRO GESTACIONAL Fêmeas amamentando 10-14 dias entram em ciclicidade. Um balanço energético negativo impede um novo estro, ou há crescimento folicular para nova ovulação. Os níveis de prolactina interferem também na ciclicidade. Lactação pode causar um anestro de 2-3 semanas. Cobertura Monta e mordedura (5-50 segundos); Posicionamento (0,3- 8 minutos); Intromissão e ejaculação até 40 microlitros ( 10-30 segundos); Desmonta. Teratospermia: apresenta mais de 60% de patologia. Reação pós coital 1-7 minutos, há contração facilitando o transporte espermático. Recusa monta 0-5 horas, podem ser montas sucessivas. 20-36 cópulas, durante 36 horas... 4-5 copulas para ter o pico de LH. Indução da ovulação 29-40 horas, o numero de coitos necessários para que haja a ovulação é menor conforme esse estro já tenha andado, porque quanto mais tempo a fêmea estiver em estro mais tempo há de impregnação de estrógeno. Citologia vaginal Células fora do estro (células arredondadas, relação núcleo e citoplasma grande, núcleo arredondado), em estro (relação núcleo e citoplasma pequena, bordos irregulares, células com nucleos fantasma)
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