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Título 
REGIMES DE GOVERNO - CONTINUAÇÃO 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
11 
Tema 
REGIMES DE GOVERNO - CONTINUAÇÃO 
Objetivos 
·        Compreender categorias e conceitos fundamentais ao fenômeno jurídico-político. 
·        Analisar as estruturas e as articulações do discurso político pela lógica dos regimes. 
Estimular a utilização de raciocínio jurídico -político, de argumentação, de persuasão e de reflexão crítica, elementos 
essenciais à construção do perfil do profissional do Direito. 
Estrutura do Conteúdo 
11.1. Nazismo. 
  
"Assim como o fascismo italino, surgiu o nazismo na Alemanha com o duplo objetivo de combater o liberalismo democrático decadente e de 
reagir contra a infiltração comunista. 
Duas outras finalidades integravam o programa de ação do Partido Nacional Socialista: desvencilhar a Alemanha das cláusulas asfixiantes 
do Tratado de Versalhes e impor a supremacia da raça ariana. 
Desenvolveu-se o nazismo à sombra das instituições democráticas, sob a égide da Constituição de Weimar, ascendendo ao poder através 
das eleições de maio de 1933. A república alemã de Weimar era excessivamente liberal, o que propiciou o rápido desenvolvimento de um 
partido declaradamente subversivo, totalitarista e revestido de caráter militar. Aliás, a corrente nazista exaltava as tradições e reunia os 
expoentes do antigo militarismo prussiano." MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 153. 
  
11.2. Fascismo. 
  
A história política e cultural da Europa na transição do século XIX para o século XX caracteriza -se pela aceleração da modernidade e é 
marcada pelo desenvolvimento e expansão de um capitalismo imperialista dos Estados, e como tal da indústria e da técnica, através de uma 
massificação da sociedade e do fantasma do operariado que acaba por culminar, sustentadas pelas ideologias do imperialismo e do 
nacionalismo, em duas guerras mundiais. 
No contexto específico da Itália, vislumbra-se neste período a tentativa de uma afirmação italiana no jogo das nações, impulsionada pelo 
crescimento industrial do norte italiano. 
A sociedade italiana, marcada por fortes diferenças culturais e sociais, une-se socialmente no esforço da 1ª Guerra Mundial, mas, logo após, 
entra em crise pelas dificuldades econômicas decorrentes do conflito. Surgem, então, em 1919, o maior controle do Estado nacional sobre os 
paese (províncias), o operariado organizado para a luta política e a revolta dos católicos a favor do Papado. 
Revoltas e greves operárias estremecem a frágil monarquia italiana, que assiste a ascensão do movimento político liderado por Benito 
Mussolini baseado numa coalisão de forças sociais que agregam as premissas das transformações oriundas do progresso técnico, o 
descontentamento dos combatentes da 1ª guerra, as idéias revolucionárias socialistas e a necessidade de expansão imperialista da burguesia 
industrial, ficando a monarquia a deriva da marcha sobre Roma no dia 28 de outubro de 1922, quando o partido fascista se aloja no poder. 
Desta forma, estabelece-se o Fascismo na Itália como um movimento político totalitário e totalizante, caracterizado por ser uma saída do capital 
nacional ao crescimento das reivindicações comunistas, pela prática econômica coorporativa, por uma afirmação de uma identidade nacional 
italiana e pela expansão colonial. 
Este movimento apresenta duas tendências ideológicas: uma revolucionária, que possui traços da cultura e das estéticas do século XIX (de 
D`Annunzio ao futurismo) e fundamenta-se sobre os mitos do progresso e do desenvolvimento pela indústria e pela técnica. E outra 
conservadora, que objetiva ser uma saída liberal autoritária para o restabelecimento da ordem social fraturada e contensão das classes 
populares. 
11.3. Socialismo, Comunismo e Anarquismo. 
  
"De todas as escolas socialistas, a mais indefinida e multiforme é a do socialismo do Estado (ou socialismo integral), que se não distingue 
fundamentalmente do socialismo de cátedra, autêntico coletivismo, em que o Estado perde as suas características próprias para transformar-
se em instrumento de opressão a serviço de uma ditadura classista. Para esta escola, o Estado é proprietário único, inclusive dos meios de 
trabalho, dirigindo verticalmente a produção e a distribuição. No campo social, o Estado absorve todas as atividades, levando a sua 
concepção materialista ao ponto de impedir as tendências naturais de religiosidade, sob pretexto de que as manifestações espiritualistas, 
sejam quais forem, colidem fundamentalmente com a filosofia básica do Estado. 
O socialismo de Estado se impõe através de um governo ditatorial, que tem a seu cargo consolidar a ordem revolucionária e suprimir todas as 
resistências, particularmente das forças capitalistas particulares e da burguesia. É a sua primeira fase. Na segunda, realizam-se os 
planejamentos, por meio dos planos quinquenais, característicos do stalinismo, pelos quais se chegaria ao estágio superior de evolução da 
ordem comunista. Neste ponto, extinguir-se-ia o Estado como governo de pessoas, para dar lugar a um simples sistema de administração do 
patrimônio comum. Em suma, o socialismo de Estado seria o meio pelo qual se atingiria o fim ideal, que é o comunismo, sonho e miragem dos 
utopistas." MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 357. 
Aplicação Prática Teórica 
Caso Concreto 1 
  
Tema: Totalitarismo – Fascismo 
Leia os  textos a seguir: 
a) “O Estado, segundo o Mein Kampf, não é evidentemente o Estado liberal, vazio de conteúdo moral,desprovido de todo 
imperativo,de todo absoluto,entregue aos apetites de múltiplos partidos,que por sua vez encobrem interesses particulares.É um 
Estado que possui uma missão um Estado ético, que depende de um Absoluto. É um Estado antiliberal, antiparlamentar, 
antipartidos, um Estado fundado sobre  o princípio e a mística do Chefe, do Condutor (Fuhrer) e cujo motor é um Partido 
único,intermediário entre  as massas e o Chefe. É um Estado radicalmente antimarxista (embora afirmando-se antiburguês), 
antiigualitário, hierárquico e corporatiivo, obstinado, enfim, em nacionalizar, em tornar não grosseiramente nacionais,mas 
agressivamente ¨nacionalistas¨ as massas que o marxismo judeu queria desnacionalizar,internacionalizar.¨ (As grandes obras 
políticas de Maquiavel aos nossos dias, Jean-Jacques Chevallier) 
  
b) “A doutrina fascista recusa a concepção do Estado agnóstico, privado de substância própria, com objetivos particulares e alheio 
à vida dos cidadãos. Ao contrário do Estado democrático, o Estado fascista não pode permitir que as forças sociais sejam 
abandonadas a si mesmas. O fascismo compreendeu que as massas que, por tão prolongado tempo, permaneceram estranhas e 
hostis ao Estado deviam ser unidas e enquadradas no Estado...É por essa razão que o Estado fascista é não somente um Estado 
de autoridade, mas, além disso, um Estado popular, como nenhum outro jamais o foi. Não é um Estado democrático, no sentido 
antigo dessa expressão, porque não dá a soberania ao povo, mas é um Estado eminentemente democrático, no sentido de que 
adere estreitamente ao povo, de que está em constante contato com ele, de que penetra a massa por mil caminhos, guia-a 
espiritualmente, sente-lhe as necessidades, vive-lhe a vida, coordena-lhe a atividade... Segundo a concepção totalitária do 
fascismo, o Estado deve presidir e dirigir a atividade nacional em todos os seus setores. Nenhuma organização, quer política, quer 
moral, quer econômica, pode subsistir fora do Estado...”  (ROCCO. A transformação do Estado In BURON, Thirry&GAUCHON, 
Paschoal. Os fascismos) . 
              Este texto foi escrito por um adepto do fascismo italiano em 1931 e expressa a concepção fascista do Estado, que incorpora 
em si todas as instituições e sufoca os indivíduos e as entidades sociais autônomas. Como afirmava o líder do Partido Fascista 
Italiano, Benito Mussolini: “para o fascista, tudo está no Estado, e nadade humano nem de espiritual... existe fora do Estado”. 
              A leitura dos textos acima sugere alguns fundamentos essenciais do fascismo em suas manifestações na Alemanha e na 
Itália. Identifique-os. 
Plano de Aula: REGIMES DE GOVERNO - CONTINUAÇÃO
CIÊNCIA POLÍTICA 
Estácio de Sá Página 1 / 2
Título 
REGIMES DE GOVERNO - CONTINUAÇÃO 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
11 
Tema 
REGIMES DE GOVERNO - CONTINUAÇÃO 
Objetivos 
·        Compreender categorias e conceitos fundamentais ao fenômeno jurídico-político. 
·        Analisar as estruturas e as articulações do discurso político pela lógica dos regimes. 
Estimular a utilização de raciocínio jurídico -político, de argumentação, de persuasão e de reflexão crítica, elementos 
essenciais à construção do perfil do profissional do Direito. 
Estrutura do Conteúdo 
11.1. Nazismo. 
  
"Assim como o fascismo italino, surgiu o nazismo na Alemanha com o duplo objetivo de combater o liberalismo democrático decadente e de 
reagir contra a infiltração comunista. 
Duas outras finalidades integravam o programa de ação do Partido Nacional Socialista: desvencilhar a Alemanha das cláusulas asfixiantes 
do Tratado de Versalhes e impor a supremacia da raça ariana. 
Desenvolveu-se o nazismo à sombra das instituições democráticas, sob a égide da Constituição de Weimar, ascendendo ao poder através 
das eleições de maio de 1933. A república alemã de Weimar era excessivamente liberal, o que propiciou o rápido desenvolvimento de um 
partido declaradamente subversivo, totalitarista e revestido de caráter militar. Aliás, a corrente nazista exaltava as tradições e reunia os 
expoentes do antigo militarismo prussiano." MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 153. 
  
11.2. Fascismo. 
  
A história política e cultural da Europa na transição do século XIX para o século XX caracteriza -se pela aceleração da modernidade e é 
marcada pelo desenvolvimento e expansão de um capitalismo imperialista dos Estados, e como tal da indústria e da técnica, através de uma 
massificação da sociedade e do fantasma do operariado que acaba por culminar, sustentadas pelas ideologias do imperialismo e do 
nacionalismo, em duas guerras mundiais. 
No contexto específico da Itália, vislumbra-se neste período a tentativa de uma afirmação italiana no jogo das nações, impulsionada pelo 
crescimento industrial do norte italiano. 
A sociedade italiana, marcada por fortes diferenças culturais e sociais, une-se socialmente no esforço da 1ª Guerra Mundial, mas, logo após, 
entra em crise pelas dificuldades econômicas decorrentes do conflito. Surgem, então, em 1919, o maior controle do Estado nacional sobre os 
paese (províncias), o operariado organizado para a luta política e a revolta dos católicos a favor do Papado. 
Revoltas e greves operárias estremecem a frágil monarquia italiana, que assiste a ascensão do movimento político liderado por Benito 
Mussolini baseado numa coalisão de forças sociais que agregam as premissas das transformações oriundas do progresso técnico, o 
descontentamento dos combatentes da 1ª guerra, as idéias revolucionárias socialistas e a necessidade de expansão imperialista da burguesia 
industrial, ficando a monarquia a deriva da marcha sobre Roma no dia 28 de outubro de 1922, quando o partido fascista se aloja no poder. 
Desta forma, estabelece-se o Fascismo na Itália como um movimento político totalitário e totalizante, caracterizado por ser uma saída do capital 
nacional ao crescimento das reivindicações comunistas, pela prática econômica coorporativa, por uma afirmação de uma identidade nacional 
italiana e pela expansão colonial. 
Este movimento apresenta duas tendências ideológicas: uma revolucionária, que possui traços da cultura e das estéticas do século XIX (de 
D`Annunzio ao futurismo) e fundamenta-se sobre os mitos do progresso e do desenvolvimento pela indústria e pela técnica. E outra 
conservadora, que objetiva ser uma saída liberal autoritária para o restabelecimento da ordem social fraturada e contensão das classes 
populares. 
11.3. Socialismo, Comunismo e Anarquismo. 
  
"De todas as escolas socialistas, a mais indefinida e multiforme é a do socialismo do Estado (ou socialismo integral), que se não distingue 
fundamentalmente do socialismo de cátedra, autêntico coletivismo, em que o Estado perde as suas características próprias para transformar-
se em instrumento de opressão a serviço de uma ditadura classista. Para esta escola, o Estado é proprietário único, inclusive dos meios de 
trabalho, dirigindo verticalmente a produção e a distribuição. No campo social, o Estado absorve todas as atividades, levando a sua 
concepção materialista ao ponto de impedir as tendências naturais de religiosidade, sob pretexto de que as manifestações espiritualistas, 
sejam quais forem, colidem fundamentalmente com a filosofia básica do Estado. 
O socialismo de Estado se impõe através de um governo ditatorial, que tem a seu cargo consolidar a ordem revolucionária e suprimir todas as 
resistências, particularmente das forças capitalistas particulares e da burguesia. É a sua primeira fase. Na segunda, realizam-se os 
planejamentos, por meio dos planos quinquenais, característicos do stalinismo, pelos quais se chegaria ao estágio superior de evolução da 
ordem comunista. Neste ponto, extinguir-se-ia o Estado como governo de pessoas, para dar lugar a um simples sistema de administração do 
patrimônio comum. Em suma, o socialismo de Estado seria o meio pelo qual se atingiria o fim ideal, que é o comunismo, sonho e miragem dos 
utopistas." MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 357. 
Aplicação Prática Teórica 
Caso Concreto 1 
  
Tema: Totalitarismo – Fascismo 
Leia os  textos a seguir: 
a) “O Estado, segundo o Mein Kampf, não é evidentemente o Estado liberal, vazio de conteúdo moral,desprovido de todo 
imperativo,de todo absoluto,entregue aos apetites de múltiplos partidos,que por sua vez encobrem interesses particulares.É um 
Estado que possui uma missão um Estado ético, que depende de um Absoluto. É um Estado antiliberal, antiparlamentar, 
antipartidos, um Estado fundado sobre  o princípio e a mística do Chefe, do Condutor (Fuhrer) e cujo motor é um Partido 
único,intermediário entre  as massas e o Chefe. É um Estado radicalmente antimarxista (embora afirmando-se antiburguês), 
antiigualitário, hierárquico e corporatiivo, obstinado, enfim, em nacionalizar, em tornar não grosseiramente nacionais,mas 
agressivamente ¨nacionalistas¨ as massas que o marxismo judeu queria desnacionalizar,internacionalizar.¨ (As grandes obras 
políticas de Maquiavel aos nossos dias, Jean-Jacques Chevallier) 
  
b) “A doutrina fascista recusa a concepção do Estado agnóstico, privado de substância própria, com objetivos particulares e alheio 
à vida dos cidadãos. Ao contrário do Estado democrático, o Estado fascista não pode permitir que as forças sociais sejam 
abandonadas a si mesmas. O fascismo compreendeu que as massas que, por tão prolongado tempo, permaneceram estranhas e 
hostis ao Estado deviam ser unidas e enquadradas no Estado...É por essa razão que o Estado fascista é não somente um Estado 
de autoridade, mas, além disso, um Estado popular, como nenhum outro jamais o foi. Não é um Estado democrático, no sentido 
antigo dessa expressão, porque não dá a soberania ao povo, mas é um Estado eminentemente democrático, no sentido de que 
adere estreitamente ao povo, de que está em constante contato com ele, de que penetra a massa por mil caminhos, guia-a 
espiritualmente, sente-lhe as necessidades, vive-lhe a vida, coordena-lhe a atividade... Segundo a concepção totalitária do 
fascismo, o Estado deve presidir e dirigir a atividade nacional em todos os seus setores. Nenhuma organização, quer política, quer 
moral, quer econômica, pode subsistir fora do Estado...”  (ROCCO. A transformação do Estado In BURON, Thirry&GAUCHON, 
Paschoal. Os fascismos) . 
              Este texto foiescrito por um adepto do fascismo italiano em 1931 e expressa a concepção fascista do Estado, que incorpora 
em si todas as instituições e sufoca os indivíduos e as entidades sociais autônomas. Como afirmava o líder do Partido Fascista 
Italiano, Benito Mussolini: “para o fascista, tudo está no Estado, e nada de humano nem de espiritual... existe fora do Estado”. 
              A leitura dos textos acima sugere alguns fundamentos essenciais do fascismo em suas manifestações na Alemanha e na 
Itália. Identifique-os. 
Plano de Aula: REGIMES DE GOVERNO - CONTINUAÇÃO
CIÊNCIA POLÍTICA 
Estácio de Sá Página 2 / 2

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